Chamados ao debate,
psiquiatras trocam acusações ao abordar as supostas vantagens ou desvantagens
da descriminalização da erva.Uma polêmica interessante instalou-se no meio dos
psiquiatras brasileiros sobre a legalização da maconha. Com os novos ventos a
favor da descriminalização, a classe divide-se entre proibicionistas e
antiproibicionistas, com alfinetadas de ambos os lados, enquanto circula nos
bastidores a grave acusação de que o interesse econômico se sobrepõe ao rigor
científico no caso dos defensores de restrições ao uso da droga.
Tudo começou com uma
observação superficial do escritor Ruy Castro na coluna de Ancelmo Gois no
jornal O Globo no início de maio. Castro perguntava:
“Por
que só se veem advogados, sociólogos e ex-presidentes se manifestando a favor
da legalização da maconha e nenhum médico?”
Rapidamente, o psiquiatra
Luís Fernando Tófoli, professor da Unicamp, rebateu: “Como não?” E enviou ao
colunista assinaturas de cem médicos favoráveis à legalização, entre eles o
ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão.
Em seguida, o também médico
Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP), entraria em cena para expor que a legalização não é ponto pacífico na
classe médica:
“A
droga, quando fumada, piora todos os quadros psiquiátricos, que já atingem até
25% da população, como depressão, ansiedade e bipolaridade. A maconha pode
desencadear as primeiras crises graves. Passamos anos esclarecendo os
malefícios do cigarro, lutamos para reduzir o uso de bebida alcoólica, e a
pergunta que fica é: a quem interessa e por que a legalização da maconha fumada
deve ser fomentada?”
Para apimentar ainda mais a
polêmica, a notícia sobre a audiência pública no Senado Federal de 20 de maio
para discutir a descriminalização do porte de maconha foi publicada no site da
ABP com insultos aos participantes da mesa contrários à proibição.
A jurista Maria Lucia Karam,
presidente brasileira da ONG Leap (Juristas contra a proibição, na sigla em
inglês), foi chamada de “bipolar”. O neurocientista Renato Malcher Lopes,
professor de Neurobiologia da Universidade de Brasília, identificado no texto
como “botânico”, seria “fraco”. No fim, uma afirmação: “Eles estão mostrando os
dentes”.
A suspeita dos
antiproibicionistas sobre a autoria da postagem recaiu na psiquiatra Analice
Gigliotti, representante da ABP na audiência no Senado, mas a associação
atribuiu as ofensas a uma “invasão de hackers” e repudiou os termos utilizados.
“Teria
sido mais honesto e adulto se eles tivessem simplesmente admitido o erro. Em
vez disso, insinuaram que seus críticos hackearam o site”, disse Malcher Lopes.
“A audiência foi tranquila, fiquei surpreso com o conteúdo do texto, certamente
um e-mail da Analice publicado por engano.”
O psiquiatra Regis Eric
Barros, que se colocou contra a posição antilegalização da ABP em artigo,
sentiu-se atingido pela insinuação de que teria algo a ver com o suposto ataque
hacker.
“Houve,
sim, essa insinuação”, diz Barros. “A ABP não se permite o diálogo. Nunca
fizeram um fórum sobre a maconha, uma mesa-redonda, nunca abriram espaço para
discussões. Não acho legítima a opinião contundente contrária à legalização, porque
ela não foi sequer discutida.”
Maria Lucia Karam, chamada
de “bipolar” no tal texto, disse que:
“o
termo era de fato ofensivo, mas não a ela, e sim àqueles que sofrem do
transtorno. “Eles ofenderam pessoas que podiam ser seus pacientes. É
estarrecedor algo assim vindo de psiquiatras e que esse tipo de gente
represente uma categoria.”
Para ela, os proibicionistas
são movidos pelo “desespero”. “A realidade tem mostrado que a legalização
avança. Após mais de 40 anos de guerra às drogas, está cada vez mais claro que
a proibição não leva à diminuição de circulação das substâncias, é o contrário:
elas estão cada vez mais baratas, potentes e acessíveis. Uma coisa é achar que
droga faz mal, outra coisa é não conseguir ver que a proibição faz mais mal
ainda.”
Em meio ao tiroteio, circula
nos bastidores a acusação de que a defesa da proibição ocultaria interesses de
psiquiatras ligados às instituições que atendem dependentes químicos no País.
Também associado à ABP, o psiquiatra Luiz Fernando Chazan, professor de Saúde
Mental e Psicologia Médica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, não
entra em detalhes, mas aponta a existência de outros fatores em jogo:
“Há
interesses políticos, religiosos e econômicos e a ciência fica em segundo
plano. Uma verdade científica hoje não será verdade amanhã. Como cientista,
tenho de conviver com as incertezas, não dá para ter certezas inquestionáveis”.
De acordo com o psiquiatra,
a ABP fecha questão em torno dos danos da maconha apesar da falta de consenso.Segundo
Silva, presidente da ABP, a entidade escuda-se em estudos científicos e também
na posição do Conselho Federal de Medicina (CFM) em defesa da proibição da
maconha fumada ou ingerida, admitindo apenas o uso terapêutico.
“Não
é verdade que não debatemos o assunto, tivemos mesas-redondas em vários
congressos”, rebate. “A ABP não faz plebiscito. Se o CFM decidiu, temos de
seguir, obedecer”.
Não existe uma resolução
oficial do CFM sobre a maconha, apenas uma nota, publicada posteriormente ao
imbróglio, na qual o conselho se posiciona:
“contra
a liberação “para uso recreativo de quaisquer substâncias que ofereçam riscos à
saúde pública ou de gerar despesas futuras para nosso combalido sistema de
saúde e securitário”.
O Uruguai conseguiu zerar as
mortes relacionadas ao tráfico de maconha desde a legalização em dezembro de
2013, informou o secretário nacional de Drogas Julio Calzada em outra audiência
pública no Senado brasileiro.
Calzada
deixou várias dúvidas no ar durante a sua exposição:
“Qual
é a questão central das drogas? O foco deve estar na substância? Nas pessoas?
Na cultura? Na sociedade? Na política? Na geopolítica? Nas leis?... Perguntas
interessantes.
(Por Cynara Menezes —
publicado 26/06/2014)
FONTE:http://www.cartacapital.com.br/politica/a-guerra-de-argumentos-pro-e-contra-a-legalizacao-da-maconha-106.html
ARGUMENTOS CONTRA A LIBERAÇÃO DA MACONHA PARA USO RECREATIVO:
“Não
há diferença entre drogas leves e pesadas. A maconha é uma porta de entrada”.
Presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida reitera o “não” à
liberalização das chamadas “drogas leves”
O cardeal Elio Sgreccia,
presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida, reitera a sua rejeição a
qualquer projeto legislativo que liberalize o cultivo e o consumo da maconha.
“Pelo
que eu pude estudar sobre as dependências químicas e sobre a dinâmica e os
fatores que podem ajudar os jovens a sair das drogas, eu considero que tanto o
cultivo quanto a liberalização das drogas consideradas ‘leves’ são fatores
negativos. Conseguiu-se algum sucesso nos lugares que adotaram posições
rígidas, não no sentido punitivo, mas no sentido de afastar as pessoas das
drogas (Pois é praticamente impossível afastar as drogas das pessoas, mas é
mais eficaz afastar as pessoas das drogas).”
É necessário, para o
cardeal, “eliminar a diferenciação entre drogas leves e pesadas, que não tem
nenhum fundamento psicodinâmico, porque se passa facilmente do leve para o
pesado e a cannabis é a porta de entrada.
A ideia da liberalização das
drogas “leves” também “contraria a experiência de outros países em que:
“os
supostos bons resultados da liberalização foram desmentidos pelos fatos e pelos
estudos de especialistas, que sabem que o grupo mais frágil é o dos
adolescentes”. Os jovens, diz o cardeal, “vão ser facilmente arrastados para
dentro do saco do consumismo”.
Fonte: ZENIT
Maconha: dez razões para não despenalizar nem legalizar seu uso
No contexto da promulgação
da lei que permite o consumo de até 40 gramas de maconha por pessoa ao mês no
Uruguai; e em meio ao debate público sobre a sua possível legalização ou
despenalização em outros países, o Sistema Informativo da Arquidiocese do
México publica um artigo no qual apresenta 10 razões convincentes para opor-se
a esta medida.
O
artigo, publicado em 17 de fevereiro, apresenta as seguintes razões:
1. Falou-se falsamente que
fumar maconha não afeta a saúde. Segundo estudos publicados pelo Drug Abuse
National Institute dos EUA, entre os efeitos de consumir maconha estão:
percepção distorcida da realidade; perda da memória e da capacidade de
aprendizagem; falta de coordenação motora; desorientação; incapacidade para
pensar com clareza, de reagir e resolver problemas; perda de habilidades
cognitivas, que podem ser permanentes; ataques de ansiedade, paranoia, pânico;
fobias, alucinações; aumento da frequência cardíaca e diminuição da pressão, o
que aumenta em até quatro vezes o risco de ataque cardíaco; baixa no sistema
imunológico; problemas respiratórios; tosse; congestão pulmonar e câncer,
pois contém mais substâncias cancerígenas que o tabaco.
2. Afetaria gravemente a
economia dedicar ao cultivo de droga terras que poderiam dedicar-se a cultivos
alimentares e/ou medicinais.
3. Legalizar a maconha não
diminuiria a violência; só serviria para enriquecer a uns quantos
latifundiários que já sonham com os lucros que conseguirão.
4. Mais de noventa e nove
por cento dos viciados em cocaína e heroína começaram com este vício porque
algum dia cederam à tentação de experimentar a maconha. E uma vez atravessada essa porta,
continuaram experimentando outras drogas cada vez mais fortes. A maconha é a
porta de entrada a vícios mais graves.
5. Muita gente que hoje não
se atreve a experimentar a maconha porque está proibida, o faria se fosse
legal. Logo, não apenas adultos, mas também jovens, adolescentes e crianças
estariam consumindo-a, começando seu triste caminho de vício e destruição.
6. Da mesma forma que, ainda
que seja proibido, se vende cigarro de tabaco nas esquinas aos motoristas,
também se venderão cigarros de maconha. Agora, além de ter que tomar cuidado com os
motoristas que dirigem embriagados, também teremos que ter cuidado com os
‘maconheiros’! E quando aumentarem os acidentes automobilísticos, as
autoridades instalarão ‘maconhímetro’ junto com o ‘bafômetro?’.
7. As estatísticas provam
que uma porcentagem impressionante de delitos são cometidos sob o efeito da
droga, em especial, da maconha. As prisões estão cheias de delinquentes que não
teriam cometido nada ilícito se não se drogassem.
8.
Promover a maconha é promover uma saída falsa. As pessoas se drogam para evadir
sua realidade porque vivem um grande vazio existencial. Mas a solução não está
em fazer com que as pessoas vivam uma evasão que deixará graves consequências,
mas em ajudar-lhes a encontrar o sentido da sua existência. E para isso, não precisa
de maconha, precisa de Deus.
9. Diz São Paulo: “É para
que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e
não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gal 5, 1). Como fiéis não
podemos estar a favor da legalização de algo que escraviza o ser humano, o
deixa viciado, alienado de sua realidade e privado de sua liberdade.
10. Os interessados em
legalizar a maconha expõem como muito ‘progressista’ e como um grande ‘avanço’
imitar a outros países que a legalizaram. Mas
incentivar que as pessoas se droguem, alterem sua consciência, fiquem viciadas,
percam a bússola, a paz, a saúde e o sentido de sua existência, não contribui
em nada para melhorar a sociedade, pelo contrário, promove sua deterioração
física, mental e espiritual. Queremos isso para a nossa pátria, para o nosso
lar?
O Papa Francisco, em sua
visita ao Brasil realizada no ano passado por ocasião da Jornada Mundial da
Juventude, inaugurou o polo de atenção aos dependentes químicos de um hospital
no Rio de Janeiro e em seu discurso disse que:
“não
é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América
Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência
química; é necessário enfrentar os problemas que estão na raiz no uso das
drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que
constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança
para o futuro”.
Fonte: ACI
A legalização da maconha tem consequências:
Recentes estudos coordenados
pela OEA têm demonstrado que, em todos os países onde houve algum nível de
liberação das drogas, o consumo aumentou notadamente entre os jovens. Nos
lugares onde houve maior tolerância com a maconha, seu consumo aumentou em
razão da queda no preço do produto, verificando-se, também, um maior consumo de
outras drogas perigosas. Este é o caso de Portugal, Áustria, Holanda, Reino
Unido, alguns Estados americanos e o Brasil – onde, em 2006, a legislação abrandou
a pena para o consumidor.
Na Holanda, o consumo de
maconha cresceu 5%. Eu vi a bela cidade de Amsterdã – terra encantada
doRijksmuseum, StedelijkMuseum, Casa de Rembrandt, Casa de Anne Frank, Museu
Van Gogh e outros – infestada de pessoas, principalmente jovens, exalando
maconha de suas roupas pelos bondes. E este mesmo espírito libertarian, que não
mede as consequências sociais dessas legalizações nefastas, incentiva, in pari
passu, a perversão do turismo sexual do Bairro da Luz Vermelha. Dos grandes canais
e artistas às bandeiras verdes e vermelhas da degradação moral, cultural e
paisagística da capital dos Países Baixos.
No caso português, uma
pesquisa realizada pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) registrou
que, entre 2001 – data em que foi implementada a política de descriminalização
da droga em Portugal – e 2007, o consumo continuado de drogas registrou, em
termos absolutos, uma subida de 66%. De forma segmentada, a pesquisa apontou
ainda que, no período em análise, registrou-se aumento de 37% no consumo de
Cannabis, de 215% no de cocaína, de 57,5% no de heroína e de 85% no de Ecstasy.
Embora
a psiquiatria brasileira confirme alguns benefícios clínicos pontuais da
Cannabis no tratamento de algumas doenças como o glaucoma, faz o alerta quanto
aos perigosos efeitos colaterais em longo prazo, tais como: infertilidade,
esquizofrenia e outras psicoses, e desagregação social.
Uma pesquisa do Instituto
Neurológico de Queensland, na Austrália, estudou mais de 3.801 homens e
mulheres nascidos entre 1981 e 1984 e os acompanhou por 21 anos para
perguntar-lhes sobre seu uso de maconha, avaliando os pacientes para episódios
psicóticos.
A
conclusão:
jovens que fumam maconha por
seis anos têm o dobro da probabilidade de sofrer episódios psicóticos, alucinações
ou delírios do que pessoas que nunca usaram a droga.
Os
efeitos reais sobre os jovens são inevitáveis:
Aumentando o consumo de
maconha, aumentará também a evasão escolar – por confusão mental, diminuição da
memória e rebaixamento da inteligência –, a taxa de dependência química de
outras drogas, índices de depressão e esquizofrenia.
Se
já somos o maior mercado consumidor de crack do mundo e o segundo de cocaína,
temos perto de 10 milhões de jovens “nem-nem” (aqueles que nem trabalham, nem
estudam), um consumo frenético de Rivotril (ansiolítico, o segundo medicamento
mais vendido no país, algo em torno de 14 milhões de caixas/ano), 50 mil
estupros e 47 mil homicídios por ano, 58º lugar no ranking de educação no Pisa,
queremos ser o maior mercado de maconha, a ilustrar a nossa galeria de medalhas
de papelão queimado?
O que se passa no Brasil de
hoje já foi diagnosticado por Viktor E. Frankl – psiquiatra austríaco e
fundador da logoterapia – em seu livro “Em Busca de Sentido – Um Psicólogo no
Campo de Concentração”, em que afirma categoricamente: “há ampla evidência
empírica de que as três facetas desta síndrome – depressão, agressão,
dependência de drogas – são devidas ao que se chama em logoterapia de ‘o vazio
existencial’, um sentimento de vacuidade e de falta de sentido”.
A quem interessa a
destruição da família brasileira? A quem interessa o caos social? A quem
interessa a falta de sentido?
Fonte: Midia sem máscara
Shalom lança campanha de prevenção e tratamento do uso de drogas
A Comunidade Shalom lança
hoje, em seus centros de evangelização em todo o Brasil, a Campanha Vida Quero
Mais, iniciativa de caráter preventivo e informativo sobre o uso de drogas. A
campanha atua em escolas e faculdades, por meio de artes, entretenimento e
formações em palestras e mesas redondas. O objetivo é alcançar especialmente os
jovens. Neste ano, uma das ações é a Copa Shalom, inspirada no mundial que deve
acontecer em junho e julho.
“A
Copa Shalom visa o entretenimento entre jovens, nas modalidades de futsal e
vôlei, voltada para um estímulo do esporte em favor de uma vida sem drogas.
Será desenvolvida com o apoio máximo do Projeto Juventude para Jesus nas
missões do Shalom. A identidade visual foi desenhada em uma espécie de time de
combate às drogas, que luta, e que deseja vencer!”, informa o assessor de
Promoção Humana, Vítor Bonfim.
A mesa redonda também merece
destaque, como espaço de informação e discussão. Profissionais da área de
saúde, membros do poder público e da sociedade civil poderão compô-la.
Além de cidades brasileiras,
capitais de outros países também contarão com ações da CVQM: Caiena, na Guiana
Francesa, Londres, Montevidéu e Lima.
Volta Israel
A CVQM apresenta o Projeto
Volta Israel como proposta de prevenção e tratamento. O Volta Israel atua no
combate ao uso abusivo de drogas através da evangelização, prevenção e
tratamento da dependência química, além de buscar promover a reinserção social
dos participantes.
Das 63 missões do Shalom, cerca
de 40 contam com expressões do projeto. Abrange comunidades terapêuticas,
semi-internatos, acompanhamentos ambulatoriais, aconselhamentos e o grupo Volta
Israel, que usa a metodologia ‘12 Passos’. Há ainda as campanhas de prevenção
como a ‘Vida Quero Mais’.
Fonte:http://www.comshalom.org/shalom-lanca-campanha-de-prevencao-e-tratamento-uso-de-drogas/
Legalização das drogas não é caminho para diminuir
violência
(Osmar Terra - Especial para o UOL)
“Sou
firmemente contrário à liberação das drogas no Brasil. Falo como médico,
estudioso do assunto, e gestor de saúde pública por oito anos, como secretário
de Saúde do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Nacional de Secretários
Estaduais de Saúde.”
A experiência me permite afirmar que
a epidemia das drogas se constitui no maior problema de saúde pública e de
segurança no país. Com a liberação, aumentará o número de dependentes químicos
das drogas.
Nos últimos 200 anos, já tivemos verdadeiras tragédias sociais em todos
os locais onde as drogas foram liberadas:
1)- Junto com o aumento de
transtornos mentais decorrentes da dependência, aumentaram os problemas
sociais, de segurança e de saúde.
3)- Sem falar na destruição de
milhões de famílias, devastadas quando um de seus membros se torna dependente.
Quem tem um caso de dependência na família sabe do que falo.
O
álcool e o tabaco juntos, possuem aproximadamente 40 milhões de dependentes
químicos no Brasil, justamente por serem legais e de fácil acesso.
A China, no século 19, guerreou
contra a Inglaterra para (pasmem) poder proibir o ópio. A Suécia teve graves
problemas sociais, de saúde pública e segurança com as drogas liberadas até
que, em 1969, aprovou leis duríssimas contra elas. O mesmo se passou no Japão
pós-guerra. Hoje, China, Suécia e Japão têm baixíssimos índices de violência e
doenças vinculadas às drogas, graças ao rigor das leis.
Os que defendem a liberação alegam que a proibição fracassou, pois o
tráfico de drogas continua existindo:
Ora, o álcool e o tabaco juntos,
possuem aproximadamente 40 milhões de dependentes químicos no Brasil,
justamente por serem legais e de fácil acesso. As drogas ilícitas não chegam à
sexta parte disso. Se liberadas, ultrapassariam, facilmente, os 40 milhões de
dependentes. Alguém duvida?
Prender estelionatários e pedófilos
não acaba com o estelionato e a pedofilia. Mas, haveria muito mais se não
fossem proibidos. As leis e as proibições não eliminam totalmente os crimes,
mas diminuem sua incidência e o número de vítimas.
Os países
que jogaram duro contra as drogas foram os que mais reduziram o número de
dependentes e a violência. É assim da China à Cuba, dos EUA à Suécia. E nenhum
país do mundo liberou o tráfico.
Violência
O argumento de que álcool e cigarro
respondem por 96,2% das mortes entre usuários de drogas, enquanto cocaína e
derivados, por 0,8%, e maconha por nenhuma morte é, no mínimo, ingênuo. É tanta
diferença que para alguém desavisado pareceria sensato colocar na ilegalidade o
álcool e o cigarro e legalizar o crack e a maconha.
Esses dados escondem a enorme
subnotificação de mortes por drogas ilícitas. Com as lícitas é fácil fazer a
ligação do usuário com a doença. Com as ilícitas, não. Cerca de 25% dos
usuários de crack morrem antes do quinto ano de uso, metade pela violência e a
outra metade por doenças ou complicações decorrentes de Aids (segundo dados da
Unifesp).
Como já chegamos a 2 milhões de
usuários de crack, vemos que essa substância pode causar mais danos que o
álcool e o cigarro juntos.
Segundo o INSS, o crack era
responsável, em 2012, por 2,5 vezes mais auxílios-doença por dependência
química que o álcool. Em 2006, a maioria era por álcool. Interessante registrar é que os
defensores da liberação das drogas nunca falam da gravíssima epidemia do crack,
que cresceu muito nos últimos oito anos.
A maconha também é
letal:
Os riscos de complicações pulmonares
e câncer que ela traz são maiores que os do tabaco (Fonte: The impact of
cannabis on Your Lungs - British Lung Foundation - 2012). Para compreendermos
melhor seu risco, devemos considerar ainda que ela desencadeia outros
transtornos mentais, como esquizofrenia. A droga ainda está associada a
acidentes fatais e, para 2 milhões de usuários, ao crack e à cocaína (Unifesp).
As drogas ilícitas, lideradas pela
maconha, já têm importância maior que o álcool nos acidentes fatais com
veículos (Fonte: Soibelman,Pechansky et cols.2010).
Outro argumento mágico é de que legalizando a maconha, a violência
gerada pelas drogas desaparecerá:
O problema da violência em relação às
drogas é que ela não é gerada só pelo tráfico. Antes dele estão o transtorno
mental e a diminuição do controle sobre os impulsos causados pela droga no
cérebro humano.
A liberação de drogas causará um
aumento colossal no número de pessoas afetadas por esse transtorno. A violência
doméstica, o latrocínio, a violência no trânsito, os suicídios e até homicídios
por discussões banais aumentarão.
Por tudo isso, devemos, sim,
restringir mais o uso do álcool e do cigarro e aumentar o rigor contra as
drogas ilícitas, como propõe o meu Projeto de Lei, o 7663/2010, já aprovado na
Câmara.
Não existe outro caminho.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/05/18/legalizacao-das-drogas-nao-e-caminho-para-diminuir-violencia.htm
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Quanta informação absurda, estudo esse assunto a 10 anos, acompanho pesquisas, visito paises, entrevisto pessoas... E posso afirmar e comprovar, em nenhum país que houve a "legalização" aumento o consumo ou a violencia. Desafio vcs a publicarem alguma pesquisa que comprovem seus argumentos. Não existe nenhuma pesquisa que comprove que o consumo da maconha causa morte, ou leve ao câncer. Pelo contrario, se comparada ao cigarro ou ao álcool, se mostra autamente inofensiva!!!
No estado de colorado depois da "legalização" o índice de homicídios caiu 52%, em Portugal o consumo caiu, no Uruguai em 3 meses todos os índices de criminalidade despencaram e não houve aumento de consumo!!!! Todos esses argumentos são baseados em pesquisas.
Mas não defendo a legalização com base nesses argumentos, e sim com base em estudos que mostram que a proibição gera o trafico, que por sua vez gera a violência que gera a corrupção!! Se as drogas fossem liberadas estaria essa semana o centro do Rio em guerra por conta da disputa de território por duas facções? Só essa semana já morreram 12 nessa guerra!!! Estudos e a história mostra que a proibição gera violencia e corrupção!!! Lembram da lei seca na década de 30 nos EUA??? Beira mar é o al Capone dos nossos tempos, continuem achando o combate armado útil pra sociedade, um verdadeira guerra civil que só traz danos a sociedade e que em meio seculo não conseguiu resolver nenhum problema!!!!
Cartaz falando que medico vai operar chapado, motorista vai dirigir chapado, professor vai dar aula chapado... Caros inocentes, isso já acontece, chapados, alcoolizados e cheios de calmantes tarja preta!!! Achar q isso não acontece pq é proibido o consumo chega a ser engraçado...
Prezado leia isto,
Para dar fundamentação a sua argumentação, faltou você citar fontes confiáveis e seguras para as suas supostas pequisas.
Shalom !!!
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