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Fulton Sheen: "Deus odeia a paz naqueles que foram destinados para a guerra”

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 14 de maio de 2023 | 07:19

 

 


 


João 14,27: "Deixo-vos a paz; a minha paz dou a vocês. Porém, não a dou como o mundo a dá"




 

Resistindo a uma Páscoa falsificada (e ao herético "pacifismo")


 


*Pe. John A. Perricone

 

 

Para celebrar devidamente a Páscoa, talvez tenhamos de recordar A pregação e as ações do Anticristo, obra-prima de Luca Signorelli, de 1499 (logo abaixo). Hoje ela se encontra na capela de São Brício, na cidade italiana de Orvieto. À primeira vista, Cristo parece estar em primeiro plano. Até que o observador percebe que aquele não é Cristo de jeito nenhum, mas um impostor. Mais do que isso: trata-se do Anticristo; Satanás, na verdade. Mas como se pode constatar isso? Só um olhar católico instruído poderia sabê-lo!









O diabo aponta para o seu coração. Mas não seria esse um gesto comum do Salvador desde as admiráveis revelações do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque? Sim, mas algo está visivelmente faltando: não há chagas no corpo de Cristo! E os braços do falso Cristo se confundem com os do demônio em um simulacro que você já não consegue distinguir quem é quem, pois é alguem que está sendo orientado e manipulado pelo diablos. Nos muitos simulacros de Cristo ao longo dos séculos, a pele lisa desprovida das feridas do Gólgota entrega que se trata de um falso Salvador. Só aquelas chagas distinguem a presença do verdadeiro Redentor; os outros são falsificados, como são muitas cruzes sem o verdadeiro Cristo Crucificado.







O cristianismo falsificado sempre se compraz em mostrar o coração de Cristo, mas não o seu coração trespassado! 




Deste simbolismo aparentemente inofensivo provém o credo invertido do cristianismo falsificado. Ele está centrado não no "amor sacrificial" (Ágape) que dá a vida pelo próximo, mas no amor sentimental (Eros) que busca tirar o máximo de prazer do próximo, uma tentação perene para todos os filhos decaídos de Adão e Eva. Mesmo Albert Camus, um existencialista por completo, ecoou essa verdade quando escreveu: 



“As gerações futuras serão capazes de sintetizar a nossa cultura em duas proposições: eles fornicavam e liam os jornais”. 




Esse falso cristianismo vira a verdade do Evangelho do avesso, ditando a bonomia como seu imperativo de ferro!









Nos muitos simulacros de Cristo ao longo dos séculos, a pele lisa desprovida das feridas do Gólgota entrega que se trata de um falso Salvador. Essa inversão cômica da grandeza da cruz deixava desgostoso o jornalista Graham Greene e fazia-o dizer, com impaciência e delicioso desprezo: “Quando ouço o apelo ao amor fraternal, penso em Caim e Abel”. Ao invés de Cristo crucificado, eles pregam sentenciosamente os jargões de sua cultura decadente misturados com clichês que sufocam ao invés de corrigir. O vazio deles é captado por T. S. Eliot em A canção de amor de J. Alfred Prufrock, com escárnio perfeito: “Medi minha vida em colheres de café”. O destino final dos que se casam com esse cristianismo falsificado é afundar com cada vez mais segurança no pântano da autossatisfação. Estamos diante de uma traição grosseira do Sacrifício Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo! Este é o maior triunfo de Deus porque é a vitória da Cruz. Aí reside a alegria crescente do Terceiro Dia, e ela ressoará pelos corredores da eternidade. Não há separação possível: o Crucificado é o Ressuscitado! Como muito bem entendeu e acolheu São Francisco ao contemplar o Cristo Crucificado de São Damião.










Durante a época do Grande Terror, aquele resultado imediato do encerramento do Concílio Vaticano II, armou-se um grande esforço para apagar boa parte do cristianismo histórico. Frases de efeito estéreis tomaram o lugar da doutrina imemorial. Uma das mais insípidas foi uma recém-cunhada atribuição dada aos católicos: um povo pascal. Tão vaga quanto juvenil, ela apreendia o todo do cristianismo falsificado: uma identidade “religiosa” sem o Calvário. A frase estéril felizmente desapareceu, mas seu espírito não. Ele paira sobre muitas igrejas e liturgias como alcatrão gotejante. Infelizmente, ele entra na alma de forma lenta mas efetiva, corrompendo-a. Página após página, os santos Evangelhos desmentem essa fraude. Quando Cristo se senta sobre o túmulo vazio, Ele o faz ostentando as chagas de sua crucificação como troféus. Pois seu corpo ressuscitado é seu corpo crucificado; a vitória da Ressurreição é a proclamação do triunfo do Gólgota. No cenáculo, Nosso Senhor encontra o hesitante Tomé como um general vitorioso que retorna da batalha. Recorde o que faz o Salvador: Ele coloca as mãos do apóstolo nos buracos onde a lança perfurou e os pregos trespassaram. 










Note que, assim que o Salvador oferece “paz” aos Apóstolos, Ele lhes mostra suas chagas. Tal gesto é um golpe retumbante naqueles que desejam efeminar Cristo e neutralizar seu apelo revigorante a que tomemos a nossa cruz e o sigamos. Sorrisos melosos, linguagem inclusiva, apresentar apenas um deus todo amoroso, e canções alegres, e busca desenfreada das benção e milagres de Deus, simplesmente não são o bastante, porque serão inúteis na grande provação que igreja irá INEVITAVELMENTE passar. Todas essas ilusões sentimentalistas desaparecem como poeira ao vento. Mesmo agora, Cristo está sentado à direita de seu Pai, no Céu, com corpo glorificado, ainda mais belo graças às insígnias do Calvário — as santas chagas que, no ensinamento de Santo Tomás, “iluminam os recintos do céu como rubis e safiras”.




A vitória da Ressurreição é a proclamação do triunfo do Gólgota!










O Venerável Fulton Sheen escreveu certa vez que a Via Pacis é a Via Crucis, “o caminho da paz é o da cruz”. Esta é a sua versão da antiga jaculatória: Ave crux, spes unica, “Salve cruz, única esperança”. Sem a cruz, a vida carece de alegria, esperança e paz. Aqui o paradoxo do cristianismo atinge o homem moderno como um cometa veloz, deixando-o atordoado. 




O grande bispo Fulton Sheen continua com palavras que facilmente desmascaram o cristianismo falsificado: “Deus odeia a paz naqueles que foram destinados para a guerra”. Os católicos secularizados veem nisso um grande exagero. Eles guincham: “Somos uma religião de paz”. 









Mas, para manter esse tipo de inanidade, eles precisam confrontar o próprio Deus: “Pensais que vim trazer a paz ao mundo? Vim para trazer não a paz, mas a espada” (Mt 10, 34). Que guerra? Que espada? A única verdadeira: a guerra contra o pecado; contra o erro e as mentiras do mundo; contra nossa fraquezas e transigências; nossas complacências e indulgências. Essas são as únicas guerras dignas de ser travadas. É a vitória nessas guerras que traz a paz. Que os bons católicos se deleitem nas alegrias de Cristo ressuscitado. Não nos cansemos de repetir a antífona antiga: Christus resurrexit! Vere resurrexit! — “Cristo ressuscitou! Ressuscitou realmente!” Deleitemo-nos no mistério do sepulcro vazio. Mas não nos esqueçamos de onde vem essa perfeita vitória divina — apenas da derrota retumbante de Satanás e de seu reino infernal. E isto pela arma da Cruz invencível de Cristo. Cuidado com o Cristo falsificado! Ele irá cortejar os desavisados com mensagens que repousam confortavelmente sobre a natureza decaída do homem. Ele irá usar uma linguagem de reaproximação com o espírito do mundo. E ela soará aos seus ouvidos como o diabo tentando o falso Cristo na obra acima de  Luca Signorelli - oh! tão razoável, oh! tão doce! Tão conveniente...

 








 

*Adaptado de: crisismagazine.com




Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17




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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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