A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas no todo ou em parte, não significa necessariamente, a adesão às ideias nelas contidas, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Todas postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores primários, e não representam de maneira alguma, a posição do blog. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo desta página.
Home » , , , » Pe. Paulo Ricardo: "50 anos do Catecismo da Igreja Católica – Continuidade ou ruptura com a Tradição?"

Pe. Paulo Ricardo: "50 anos do Catecismo da Igreja Católica – Continuidade ou ruptura com a Tradição?"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 15 de julho de 2022 | 08:37

 


 


Desde que foi promulgado, o Concílio Vaticano II tem suscitado “dois tipos de hermenêuticas”:

 

 

1)-A de continuidade, na qual ele é lido em consonância com os concílios que o precederam, não propondo uma "nova" Igreja, mas reforçando o que sempre fora ensinado, trazendo apenas uma nova roupagem de modo a atingir o homem hodierno.

 

 

 

2)-E a de ruptura, cujo nome já diz, propõe uma Igreja "pós-conciliar", que rompe com o que sempre foi ensinado por ela.

 

 

 

O Papa emérito Bento XVI desde antes de seu pontificado, sempre defendeu e propôs a hermenêutica da continuidade, que nada mais é do que interpretar o Concílio numa continuidade eclesial para dele auferir seus verdadeiros frutos!

 

 

 


 




No ano 2011, o Papa Bento XVI publicou a constituição apostólica Porta fidei, lançando o Ano da Fé, na qual relembrou a hermenêutica da continuidade, dizendo: "Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar», bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua reta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa» - Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja»"

 

 

 

 

Paralelo a isso, o chamado "espírito conciliar" reflete tão somente a vontade de um pequeno número de bispos pouco católicos e revolucionários, auxiliados pela grande mídia, os quais querem implantar uma mentalidade sectária dentro da Igreja, rejeitando o que é anterior ao CVII.

 

 

 

 

Ocorre que os documentos emanados do CVII foram assinados pela maioria dos bispos e, portanto, lê-los de maneira diferente da original equivale a uma traição, aliás, tais documentos constituem uma bênção para a Igreja. O problema se dá porque em alguns desses textos existem ambiguidades que são instrumentalizadas pelos poucos bispos heterodoxos.

 

 

 

Na mesma carta, o Papa Bento XVI fala a respeito do Catecismo da Igreja Católica:

 

 

 

 

"Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição Apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial...Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial» (João Paulo II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 115 e 117). É precisamente nesta linha que toda igreja deve exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja!



 

 


 




-Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja.

 

 

 

-Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos.

 

 

-Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.

 

 

 

Assim, neste ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica torna-se indispensavelmente, um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural.

 

 

 

É visível o grande desejo do Papa Bento XVI em fazer com que os fiéis católicos, de fato, conheçam e fortaleçam a sua fé e, para isso, frisa a necessidade do estudo do Catecismo da Igreja Católica!

 

 



 


 

 

Algumas pessoas perguntam: por que não a Bíblia? É evidente que a Sagrada Escritura é um sustentáculo da fé católica, porém, não se pode esquecer que ela foi escrita por católicos e para católicos, portanto, a sua interpretação deve ser feita também por católicos. É necessário conhecer a Igreja. Ser Igreja. Um outro problema detectado quando se privilegia a Bíblia em detrimento do Catecismo da Igreja Católica no ensino catequético é o fato de existir no mercado algumas Bíblias que possuem uma leitura marxista e subversiva dos fatos.

 

 

 

(inseparáveis e indispensáveis)

 




É o caso da Bíblia "Edição Pastoral", da Paulus Editora, cuja tradução não é de todo ruim, entretanto, as notas de rodapé, os títulos e subtítulos são inaceitáveis, pois propõe uma leitura totalmente imanente, mundanizante e sociológica dos eventos. Neste caso, a Palavra de Deus está sendo utilizada como manual de revolução social, ou seja, de maneira ideológica. Necessário se faz, então, ler a Bíblia como a Tradição e o Magistério da Igreja ensinam. E isso acontece ao se estudar o Catecismo.

 

 

 

(as várias traduções da bíblia Católica)

 

 


O Catecismo da Igreja Católica começa justamente colocando o homem dentro do contexto de que é preciso mergulhar no conhecimento de Deus, quando diz que "a vida do homem é conhecer e amar a Deus" (Prólogo). Voltar a atenção para Deus, conhecendo-O, para poder amá-Lo, pois não é possível amar, sem conhecê-Lo. É necessário estudar aquilo que Ele revelou. Daí se percebe a importância da catequese, da transmissão da fé ao longo da História da Igreja."A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã." (CIC 04)Portanto, antes de ensinar a fé às crianças, jovens e adultos é preciso que o catequista já esteja inserido na plenitude da vida cristã, o que abrange não só as Sagradas Escrituras, mas toda a doutrina, o conteúdo da fé.





O Catecismo é formado por quatro partes distintas, montadas sobre quatro textos basilares:

 

 


 


 



-O primeiro é sobre a profissão de fé, ou seja, o que é necessário crer para ser católico. É a chamada fides quae, a fé enquanto conteúdo.

 

 

 

-A segunda parte versa sobre os sacramentos de fé. A Palavra se fez carne, portanto, apresenta sinais do Deus que irrompe na História, sob a forma de sacramentos.

 

 

 

-Na terceira parte, aprende-se como viver a fé, como amar a Deus de forma concreta, amando também os irmãos e cumprindo os mandamentos.

 

 

 

-E, por fim, a oração na vida da fé, representada pela explicação do Pai-Nosso.

 

 

 

CONCLUSÃO:

 

 

 




Aprender e entender o pensamento da Igreja - Mãe e Mestra da Verdade - sobre os mais diversos temas da vida cotidiana física e espiritual só poderá contribuir para tornar homens de bem verdadeiros católicos, dispostos a configurar-se a Cristo!

 

 

 

Pe. Paulo Ricardo












----------------------------------------------------------

 

 

 

 


 

APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e  já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e  falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:

 

 

 

filhodedeusshalom@gmail.com


Curta este artigo :

Postar um comentário

Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.

TRANSLATE

QUEM SOU EU?

Minha foto
CIDADÃO DO MUNDO, NORDESTINO COM ORGULHO, Brazil
Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

POSTAGENS MAIS LIDAS

SIGA-NOS E RECEBA AS NOVAS ATUALIZAÇÕES EM SEU CELULAR:

TOTAL DE ACESSOS NO MÊS

ÚLTIMOS 5 COMENTÁRIOS

ANUNCIE AQUI! Contato:filhodedeusshalom@gmail.com

SÓ FALTA VOCÊ! Contato:filhodedeusshalom@gmail.com

SÓ FALTA VOCÊ! Contato:filhodedeusshalom@gmail.com
 
Support : Creating Website | Johny Template | Mas Template
Copyright © 2013. O BERAKÁ - All Rights Reserved
Template Created by Creating Website Published by Mas Template
Proudly powered by Blogger