O TSE mantém uma página onde é
possível consultar todos os institutos de pesquisas cadastrados e os resultados
das pesquisas eleitorais registradas. Pesquisas de intenção de voto divulgadas
nos últimos três meses mostram um avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) em
intenções de voto e recuperação de popularidade, embora o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) continue temporariamente na liderança. Em média, o percentual dos que avaliam
positivamente o governo Bolsonaro subiu de 30% para 35% nos primeiros meses
deste ano. E nas pesquisas de intenção de voto, o presidente cresceu enquanto
Lula se manteve estável. A
discrepância entre o que mostram as pesquisas eleitorais e o resultado das
urnas tem acontecido em eleições passadas e recentes, não só no Brasil como em
outros países. Um
caso que pode ilustrar tal afirmação foi a eleição presidencial
norte-americana, quando venceu Donald Trump. Pelas pesquisas aparecia que Trump
não conseguiria os delegados para sua indicação. Depois, que perderia por larga margem
para Hillary Clinton. É próprio das campanhas políticas o vale-tudo dos golpes
baixos. Entram
também em cena o marketing, o Quarto Poder da mídia que inclui o Palanque
Eletrônico da TV e, agora com a evolução da tecnologia, o Quinto Poder onde
avulta o poderoso Palanque Digital das redes sociais, composto pelo Facebook, o
WhatsApp, o Twitter, o Instagram e Youtube.
E,
por que não, às vezes as pesquisas, que, com a indução de certeza transmitida
através dos números, podem influenciar eleitores, distorcer a realidade,
utilizar metodologia errada, propiciar interpretações muitas vezes
estapafúrdias.Contudo,
se os resultados forem outros, dirão os donos dos institutos que as pesquisas
refletem a realidade do momento, apesar de as projeções que fazem para segundo
turno darem a impressão de que são imutáveis. Todos os erros, então, se
justificarão apesar das imensas diferenças quando as urnas forem abertas.De
todo modo, é interessante conhecer o que disse James Gulbrandsen, gestor de
investimentos da NCH Capital e que foi publicado na Folha de S. Paulo (22/09/2018
– A13). O gestor questiona a metodologia do Datafolha, e afirma “que as pesquisas eleitorais trazem um recorte
tendencioso da população nordestina que ganha até dois salários mínimos,
utilizam porcentagens menores que as reais de pessoas que se afirmam católicas
ou evangélicas e trazem uma parcela maior de pessoas que se identificam com ideais
de esquerda. Para
Gulbrandsen, estes erros de amostragem tornam as pesquisas enviesadas,
favorecendo outros candidatos...Diz também: Não quero ofender os estatísticos,
mas seus resultados podem ser completamente irrelevantes (para os
investimentos)”. Aponta ainda um viés político do Datafolha, da Folha e do UOL,
empresas do Grupo Folha, que afirma terem inclinações esquerdistas”.
Pesquisas eleitorais são
confiáveis? Especialistas respondem
Por Vinicius Konchinski
Faltando
pouco tempo para as eleições, pesquisas sobre intenções
de voto começam a aparecer com cada vez mais frequência no noticiário. Vários institutos
já realizam levantamentos públicos sobre em quem os brasileiros pretendem votar
para presidente este ano. E os dados apresentados por eles podem divergir.
Alguns critérios são elencados para maior credibilidade!
Transparência em 1º lugar
Uma
pesquisa confiável é uma pesquisa transparente. Isso é o que dizem todos os
pesquisadores e estudiosos ouvidos pelo UOL. Todo instituto que realiza
pesquisas minimamente críveis precisa informar:
-Quantas
pessoas ouviu em seu levantamento?
-Em que
dias elas foram ouvidas?
-Como
elas foram abordadas?
-Que
perguntas foram feitas a elas?
-E
principalmente: quem pagou pelo levantamento?
O TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), inclusive, exige que
esses dados sejam registrados junto ao órgão pelos institutos de pesquisa que
realizarem levantamentos sobre intenção de voto durante o ano eleitoral
buscando garantir a qualidade das informações divulgadas. De acordo com
o professor Oswaldo Amaral, diretor do Cesop (Centro de Estudos da Opinião
Pública), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), quanto mais se sabe como a pesquisa foi realizada, mais é
possível confiar nos seus resultados:"É possível divulgar além dos
dados exigidos pelo TSE", complementou Aranha. "Quanto mais um
instituto expõe sua metodologia, sua forma de trabalho, mais confiável ele
é."
Amostra adequada
A
metodologia da pesquisa, aliás, é outro aspecto que precisa ser considerado. O
professor Glauco Peres da Silva, coordenador do Grupo de Estudos Eleitorais do
Neci (Núcleo de Estudos Comparados e Internacionais) da USP (Universidade de
São Paulo), lembra que existe uma ciência por trás das
pesquisas de intenção de voto. Ela precisa ser respeitada:
1)-"É preciso ouvir, da forma mais aleatória possível, uma quantidade de pessoas que
vão compor um perfil mais próximo da realidade do todo do eleitorado
brasileiro", explicou Silva. "Só assim o resultado da pesquisa vai
refletir o mais fielmente possível a opinião de todos."
2)-Tomar
o cuidado para que nem só jovens ou só ricos, por exemplo, sejam ouvidos num levantamento
é atentar-se para a construção de uma amostra adequada de entrevistados.
3)-Institutos
de pesquisa precisam considerar dados oficiais do Censo e do próprio TSE para
construir uma boa amostra —e informar como isso foi feito.
4)-Sem
esse trabalho, é grande a chance de uma pesquisa ser
feita de forma enviesada. Dessa forma, os resultados do levantamento
seriam pouco confiáveis.
5)-Já o
estatístico Neale Ahmed El-Dash, que estudou métodos de pesquisa durante seu
doutorado na USP, afirmou que existem números mínimos
para um levantamento eleitoral. Um levantamento feito com menos de mil
entrevistas, segundo ele, é pouco crível!
Prós e contras
Construída
uma amostra adequada, é hora de abordar os
entrevistados. Cada instituto tem uma forma de fazer esse trabalho. Não
existe, a princípio, uma forma certa ou errada de fazê-lo, mas as diferenças
entre elas podem ter impactos nos resultados.No Brasil,
a forma mais tradicional de realizar pesquisas é com entrevistas pessoais. Há
institutos, como o Ipec, que vão até a casa do eleitor, e aqueles, como o
Datafolha, que o abordam enquanto ele passa por um certo ponto da cidade. Em
pesquisas eleitorais, geralmente os nomes dos candidatos são apresentados num
disco de papel para que nenhum candidato apareça como primeira ou última opção
de uma lista estabelecida.Há especialistas que
consideram a abordagem presencial mais isenta. Há outros que veem limitações.
"Há condomínios de alto padrão em que um pesquisador não entra, assim como
há locais em que a insegurança impede o acesso", ressaltou El-Dash.
Ele disse que, mais recentemente, no Brasil, institutos de pesquisas têm
realizado levantamentos por telefone, como o PoderData. Isso elimina as
dificuldades de acesso de pesquisadores, mas obriga que candidatos sejam
apresentados em lista e faz com que eleitores sem telefone nunca sejam ouvidos
no levantamento."Já as pesquisas por email ou via site só abordam quem
acessa a internet", completou El-Dash. "A
internet é a forma menos confiável de realizar levantamentos."
Reputação a zelar
O
pesquisador e coordenador do Conselho de Opinião Pública da Abep (Associação
Brasileira das Empresas de Pesquisas), João Francisco
Meira, acrescentou também que institutos com anos de trabalho, em tese, podem
ser considerados mais confiáveis: "Um instituto vive de sua reputação. Se
uma empresa está há anos sendo contratada para realizar pesquisas eleitorais, é
porque ela deve fazer um bom trabalho", disse Meira. "Claro
que há novos institutos sérios, mas o histórico de pesquisas é um bom indicador."
Meira lembra que uma pesquisa nacional sobre intenção de votos para presidente
chega a custar R$ 400 mil, pois envolve entrevistas com até 9.000
pessoas, em mais de 300 municípios.
Segundo
ele, institutos de pesquisas que não realizam levantamentos confiáveis
dificilmente conseguem vender um serviço tão caro a alguém."Instituto que
realizam pesquisas divulgadas por emissoras de televisão e jornais, por
exemplo, têm seus resultados expostos para checagem de qualquer um",
acrescentou Amaral, do Cesop-Unicamp. "Têm resultados historicamente mais
confiáveis."
Autorregulação
Meira,
da Abep, disse que empresas que são filiadas à entidade
estão sujeitas a auditorias da associação. Por isso, precisam realizar
levantamentos com metodologias alinhadas às melhores práticas e, assim,
teoricamente mais confiáveis. Ele, novamente, ressalta que há institutos
confiáveis que, por diferentes razões, decidem não se vincular à Abep. Desta
forma, não estar filiado à entidade não é um sinal automático de má qualidade
de pesquisas ou de manipulação de dados.O próprio site
da Abep (https://www.abep.org/) informa, no diretório de filiados, que empresas
estão sujeitas à autorregulação do setor de pesquisas."Nos EUA,
essa autorregulação funciona muito bem", complementou El-Dash. "Acho
que esse tipo de controle pode funcionar no Brasil também."Os conselhos regional e federal de estatística também
monitoram e fiscalizam as pesquisas eleitorais. O trabalho, contudo, não
é simples e não consegue dar conta de todos os levantamentos sobre intenção de
voto realizados no país, segundo Maurício Gama, presidente do Confe (Conselho
Federal de Estatística)."Para ter certeza de que
uma pesquisa foi realizada adequadamente, teríamos de acompanhar todas as
entrevistas. São inúmeras pesquisas sendo realizadas em ano eleitoral. É
um trabalho impossível de se realizar", admitiu Gama.
Comparar levantamentos ajuda!
El-Dash
disse que uma boa forma de atestar a confiabilidade de resultados de pesquisas
eleitorais é fazendo comparações. De acordo com ele, se
cinco institutos mostram uma realidade semelhante e um sexto tem dados
destoantes, é grande a chance de esse instituto ter cometido erros em sua
pesquisa. Por isso, ele recomenda que os leitores sempre verifiquem mais
de uma pesquisa para acompanharem a corrida eleitoral. E que desconfiem de
resultados atípicos. "Se uma pesquisa mostra um
candidato com 20% das intenções de voto e outra mostra esse candidato com 30%,
é grande a chance de a realidade estar em 25%", explicou. "Quanto
mais informação e pesquisas disponíveis, melhor", ratificou o Meira, da
Abep. "O conjunto de dados traz informações mais confiáveis ao
eleitor."
Pesquisa é cenário naquele
momento!
Amaral,
do Cesop-Unicamp, ainda destaca que pesquisa eleitoral
é "não é ciência exata" nem serve para prever o futuro. O
levantamento, na verdade, busca apresentar as intenções de votos num
determinado período. Assim, não é porque um instituto
informou em julho que um candidato tinha 15% das intenções de voto que, em
outubro, na urna, ele deve ter os mesmos 15% de votos. De julho a outubro, muita coisa pode acontecer e influenciar
a alterar a preferência do eleitorado. Silva, do
Neci-USP, lembrou que os resultados de pesquisas por si só já influenciam a
intenção de voto dos eleitores. "Há o voto útil", ressaltou. "Um
eleitor pode mudar seu voto se uma pesquisa na véspera da eleição apontar que
seu candidato não tem chance de ganhar, por exemplo." As manifestações de
rua também influenciam muito os resultados!
Quais são os institutos de
pesquisa em que Jair Bolsonaro confia?
Por Guilherme Amado
Jair
Bolsonaro e seus ministros rechaçam publicamente as pesquisas eleitorais, mas
nem todas. Os levantamentos que apresentam números favoráveis ao presidente são
sempre citados como a evidência de que as coisas para o lado de Bolsonaro estão
mudando e que a reação, rumo à vitória, já começou. Nos últimos meses, as
pesquisas que indicam abismos de 20% a 26% entre Lula e Bolsonaro, no primeiro
turno – como Datafolha, Ipec (antigo Ibope), Ideia Big Data, Quaest e Ipespe,
por exemplo –, são sempre questionadas e consideradas falsas ou manipuladas.Já outras, que mostram Bolsonaro reagindo e com diferenças
menores entre os dois primeiros colocados, como Paraná Pesquisas, PoderData e
Futura/Modal, são sempre mencionadas e levadas mais a sério. Além,
claro, da Brasmarket, que apresentou, no começo de dezembro, números
completamente diferentes de todos os outros, com Bolsonaro com 34,8% e Lula com
19% num primeiro turno.
Por que as pesquisas eleitorais
divergem tanto? Quem está certo? Entenda por que as pesquisas de diferentes
institutos são tão diferentes?
POR DANIEL MARCELINO
É
preciso separar o sinal do ruído!Existe uma coisa que você verá nestas eleições
mais do que candidatos segurando bebês: muitas pesquisas eleitorais.O número de pesquisas eleitorais cresce ano após ano. E o
interesse por elas também. O problema é que nem todas as pesquisas são iguais.
Muitas vezes os números mudam de semana para semana apenas em pequenas
quantidades, dentro da margem de erro. Mas outras vezes os resultados
são muito diferentes, além da margem de erro calculada pelas empresas,
geralmente um valor entre 2 e 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Por
que isso acontece? Essas diferenças são significativas? Como saber se as
diferenças observadas são indicativos de uma mudança de trajetória ou apenas
ruído?Mas se você quiser saber o que as pesquisas estão dizendo sobre os
principais candidatos, a melhor coisa a fazer é olhar para uma linha de
tendência, em vez de qualquer resultado individual de uma ou outra empresa.
Por que os resultados
divergem?
Não
existe uma única causa que possa explicar a enorme variação observada nos
levantamentos de intenção de voto de diferentes empresas! Entretanto, estudos
realizados desde os anos 1970 apontam para alguns suspeitos mais prováveis:
-Em primeiro lugar, é preciso considerar a margem de erro declarada.
Ela captura a variação amostral, ou seja, o erro que ocorre porque as pesquisas
eleitorais são baseadas em apenas um subconjunto do total de prováveis
eleitores que participarão das eleições. Mesmo que essa amostra de
respondentes seja selecionada aleatoriamente da população total, ainda assim
ela não será uma representação perfeita da população de eleitores. É daí que
vem a margem de erro, usualmente entre 2% e 3%.
-Em segundo, como você já deve saber, a margem de erro deixa de lado
outras formas de erro que podem acometer uma pesquisa eleitoral. Por
exemplo, o erro decorrente de cobertura deficiente da população-alvo: às vezes
uma pesquisa pode não atingir pessoas de um determinado perfil demográfico,
como residentes em bairros verticalizados.
-Outras vezes, o uso excessivo de fatores de ponderação para
tratar justamente essas deficiências é que pode deslocar os números aferidos.
-Muito mais comuns, as divergências nos números de intenção de voto
entre os institutos também tem a ver com as diferenças nos enunciados das
questões realizadas e a ordem em que são apresentadas no questionário; a
maneira como o entrevistador se apresenta e conduz a pesquisa e a duração das
entrevistas para mencionar apenas alguns fatores.
-Para piorar, opiniões e preferências podem mudar em questão de dias
ou semanas, dependendo da informação que o eleitor adquire,
gerando diferenças entre pesquisas aplicadas em diferentes momentos até a data
da eleição.
O
curioso é que muitos destes erros potenciais estão relacionados à maneira como
as sondagens são realizadas, incluindo o método de seleção dos respondentes e o
modo como as entrevistas são realizadas: presencial, telefone ou internet. Se
são conduzidas por um entrevistador ou auto administradas?
As diferenças são
significativas? Todos esses erros de não amostragem aparecem de duas maneiras:
1)-Primeiro, as pesquisas eleitorais realizadas em um mesmo período
variam entre si um pouco mais do que se esperaria das explicações clássicas existentes
nos livros didáticos!
2)-Em segundo lugar, e mais importante, as pesquisas tendem a
superestimar ou subestimar sistematicamente a quantidade real. Isso
faz com que a média calculada a partir dessas pesquisas – mesmo quando muitas –
seja “tendenciosa” a favor de um ou de outro
candidato! - A teoria corrente sustenta que a média desses vários levantamentos
deve estar perto da resposta verdadeira, e que essa diferença diminui para zero
à medida que mais pesquisas são realizadas. Ao final, esse valor estaria bem
próximo do resultado das urnas.
Quem tem mais credibilidade: “a massa das ruas ou uma pesquisa eleitoral” que ouve
mil pessoas?
É
fundamental um debate sobre a ‘ciência’ em levantamentos que pegam a opinião de
alguns poucos eleitores em um país de 213 milhões de habitantes
Por Jorge Serrão
No
Brasil, assistimos ao fenômeno, contraditório, de um
presidente que demonstra e comprova popularidade em gigantescas manifestações
de rua, porém tem seu governo criticado midiaticamente e com avaliações
negativas (crescentes) nas “pesquisas” (ou enquetes). Tamanha contradição é o
ponto intrigante que afeta previsões e prognósticos para a eleição de 2022.
Que fator valerá mais na hora
da decisão final do eleitor?
A
popularidade (aparentemente) positiva do candidato ou a avaliação
(aparentemente) negativa do governo (nas “pisquiza”). Quem
determina o que é verdadeiro ou falso nessa situação divergente? Eis o dilema
fundamental para se acreditar (ou não) nas “pesquisas” ou enquetes. Em um
ambiente político e institucional perigosamente instável e polarizado,
“pesquisas” ou enquetes acerca da “avaliação presidencial” ou sobre “eleições
2022” precisam ser analisadas e encaradas com toda cautela. A divulgação
dessas informações têm o efeito imediato de induzir comportamentos,
manifestações e opções da opinião pública. Verdadeiras
ou falsas, com critérios científicos (estatísticos) rigorosos ou não,
geralmente ouvindo, pessoalmente, por telefone ou via internet, tais
“levantamentos de dados”, quando veiculados midiaticamente, influenciam o
eleitorado e geram polêmicas intermináveis. Quem é favorecido (pessoa ou
instituição) aprova e replica a informação. Os contrariados reclamam,
questionam, desqualificam e rejeitam os resultados. Nada de anormal. Alguns
problemas fundamentais das enquetes (ops, pesquisas) de opinião: seu alto
custo, quem financia a operação, com qual interesse político (tático ou
estratégico) e se é racional e sensato confiar no, em geral, reduzido universo
de pessoas ouvidas, em qual espaço e em quais circunstâncias conjunturais,
sociais e culturais? Todos esses aspectos (sobretudo a
pergunta objetiva: a quem interesse a divulgação dos dados, favoráveis ou
desfavoráveis a alguém ou determinada instituição?) deveriam ser levados em
consideração por quem vai analisar os resultados. O fato concreto e
objetivo é que “pesquisas” (ou enquetes de intenção de voto ou de avaliação dos
governantes e instituições públicas) têm a capacidade de influir na decisão
pelo voto, e não apenas “medir” a tendência de vontade do eleitorado. Sobram
polêmicas. A XP Política, braço do grande grupo de
investimentos, divulgou uma “pesquisa”, feita em parceria com o Instituto
Ipespe, que realizou 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de
agosto, com margem de erro de 3,2 pontos percentuais. Outro ponto que
torna polêmico o resultado da “pesquisa” XP/Ipespe, que ouviu mil pessoas em um
país de 213 milhões de habitantes. A “pesquisa”, que ouviu apenas mil pessoas,
é festejada pelos petistas e pelos inimigos de Bolsonaro. Evidentemente,
desagrada e é desacreditada pelos bolsonaristas. A
contradição a ser explicada é que Bolsonaro consegue dar demonstrações públicas
de apoio popular. Ao contrário do “favorito nas pesquisas”, Luiz Inácio Lula da
Silva — um político que tem colada em sua imagem a praga da corrupção nos
governos petistas (aliás, muito bem avaliados em diversas “pesquisas”, ao
contrário do governo Bolsonaro). Fatos objetivos: personagem que
desmoralizou a honradez política, Lula é o candidato reabilitado pelo golpe que
o Poder Supremo deu em três instâncias do Judiciário para lhe devolver direitos
políticos, recolocando-o no “xadrez” (eleitoral). Lula também é,
insistentemente, o candidato favorito em várias “pesquisas”. Curioso é que diversas enquetes, nas redes sociais, que não
são encaradas com a mesma “credibilidade” dos levantamentos dos institutos
tradicionais, apontam o contrário: Bolsonaro é quem venceria de goleada a
reeleição. De novo, a pergunta básica: quem aponta a “verdade”? A massa
nas ruas ou as pesquisas que ouvem de mil a duas mil pessoas?
FONTES DE CONSULTAS:
https://www.tse.jus.br/eleicoes/pesquisa-eleitorais/consulta-as-pesquisas-registradas
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/quais-sao-os-institutos-de-pesquisa-em-que-jair-bolsonaro-confia
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/01/21/pesquisas-eleitorais-sao-confiaveis-especialistas-respondem.htm
https://pindograma.com.br/ranking.html
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/coluna-daniel-marcelino/por-que-as-pesquisas-eleitorais-divergem-tanto-quem-esta-certo-quem-sabe-02052022
https://www.institutoliberal.org.br/blog/as-pesquisas-eleitorais-sao-infaliveis/
https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/jorge-serrao/quem-tem-mais-credibilidade-a-massa-das-ruas-ou-uma-pesquisa-que-ouve-mil-pessoas.html
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