"Em breve teremos padres reduzidos ao papel de assistentes sociais e a mensagem de fé reduzida a uma visão política. Tudo parecerá perdido, mas no momento certo, apenas na fase mais dramática da crise, a Igreja renascerá. Será menor, mais pobre, quase catacumbal, mas também mais santa. Porque não será mais a Igreja daqueles que procuram agradar o mundo, mas a Igreja dos fiéis a Deus e sua Lei Eterna. O renascimento será obra de um pequeno remanescente, aparentemente insignificante, mas indomável, passado por um processo de purificação. Porque é assim que Deus trabalha. Um pequeno rebanho resiste ao mal."(Joseph Ratzinger - Papa Emérito Bento XVI)
A reportagem é de Marco Bardazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 18-02-2013 (A tradução é do Cepat)
Uma Igreja redimensionada, com menos seguidores, obrigada inclusive a abandonar boa parte dos lugares de culto que construiu ao longo dos séculos. Uma Igreja católica de minoria, pouco influente... humilhada e obrigada a “voltar às suas origens”. Entretanto, também uma Igreja que, por meio desta enorme sacudida, reencontrará a si mesma e renascerá “simplificada e mais espiritual”. É a profecia sobre o futuro do cristianismo que, há 40 anos, um jovem teólogo bávaro, Joseph Ratzinger, pronunciou.A profecia encerrou um ciclo de lições radiofônicas que o então professor de teologia pronunciou, em 1969, num momento decisivo de sua vida e da vida da Igreja. Eram os anos turbulentos da contestação estudantil, da conquista da Lua, mas também das disputas após o Concílio Vaticano II. Ratzinger, um dos protagonistas do Concílio, acabava de deixar a turbulenta Universidade de Tübingen e havia se refugiado na de Regensburg, um pouco mais calma.Como teólogo, estava isolado, após ter se distanciado das interpretações do Concílio feita por seus amigos progressistas: Küng, Schillebeeckx e Rahner. Nesse período, foram se consolidando novas amizades com os teólogos Hans Urs von Balthasar e Henri de Lubac, com quem fundaria a revista “Communio”, a mesma que se converteu no espaço para alguns jovens sacerdotes “ratzingerianos”, que atualmente são cardeais (todos apontados como possíveis sucessores de Bento XVI: Angelo Scola, Christoph Schönborn e Marc Ouellet). Era o complexo 1969, e o futuro Papa, em cinco discursos radiofônicos, pouco conhecidos (e que a Ignatius Press publicou há tempo no volume “Faith and the Future”), expôs sua visão sobre o futuro do homem e da Igreja. A última lição, que foi lida no dia do Natal, nos microfones da “Hessian Rundfunk”, tinha todo o teor de uma profecia.Ratzinger disse que estava convencido de que a Igreja estava vivendo uma época parecida a que viveu após a Ilustração e Revolução Francesa. “Encontramo-nos num enorme ponto de mudança – explicava – na evolução do gênero humano.Um momento diante do qual a passagem da Idade Média para os tempos modernos parece ser quase insignificante”. O professor Ratzinger comparava a época atual com a do papa Pio VI, raptado pelas tropas da República francesa e morto na prisão em 1799. Nessa época, a Igreja ficou frente a frente com uma força que pretendia anulá-la para sempre. Uma situação parecida, explicava, poderia viver a Igreja de hoje, golpeada, segundo Ratzinger, pela tentação de reduzir os sacerdotes a meros “assistentes sociais” e a própria obra a uma mera presença política. “Da crise atual – afirmava – surgirá uma Igreja que terá perdido muito. Será menor e terá que recomeçar mais ou menos do início. Já não será capaz de habitar os edifícios que construiu em tempos de prosperidade. Com a diminuição de seus fiéis, também perderá grande parte dos privilégios sociais”. Recomeçará com pequenos grupos, com movimentos, e isto graças a uma minoria que terá a fé como centro da experiência. “Será uma Igreja mais espiritual, que não subscreverá um mandato político cortejando seja a Esquerda, seja a Direita. Será pobre e se converterá na Igreja dos indigentes”. O que Ratzinger expunha era um “longo processo, mas, quando passar todo o trabalho, surgirá um grande poder de uma Igreja mais espiritual e simplificada”. Então, os homens descobrirão que vivem num mundo de “indescritível solidão”, e quando perceberem que perderam a Deus de vista, “lembrarão o horror de sua pobreza”. Então, e apenas então, concluía Ratzinger, verão “a esse pequeno rebanho de crentes como algo completamente novo: o descobrirão como uma esperança para eles próprios, a resposta que sempre haviam buscado em segredo”.
Que bom termos a certeza da fé assegurada pelo próprio Cristo e que corroboram com a profecia de Bento XVI:
Lucas
18, 8: “Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso ainda achará fé sobre a terra?”
Mat
16,18: “Mas as portas do inferno não triunfarão sobre a Igreja”
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