Papa Francisco quer institutos de vida consagrada
longe de ideologias
Miguel Pérez Pichel -
ACI Press
REDAÇÃO
CENTRAL, 18 mai. 21 / 10:10 am (ACI).- O papa Francisco pediu aos institutos de vida consagrada que fujam das
ideologias, porque «quando um Instituto
se reformula do carisma para a ideologia, perde a sua identidade, perde a sua
fecundidade”.
Em mensagem de vídeo
enviada em 17 de maio de 2021, aos participantes da Semana Nacional dos
Institutos de Vida Consagrada da Espanha, o pontífice afirmou que:
“É
triste ver como alguns institutos caíram em ideologias para buscar uma certa
segurança, para poder se controlar. Ideologias de qualquer signo. De esquerda,
de direita, de centro, de qualquer signo...Manter vivo o carisma fundacional é
mantê-lo no caminho e crescer, em diálogo com o que o Espírito vai nos dizendo
na história dos tempos, nos lugares, nas diferentes épocas, nas diferentes
situações”.
Isso, segundo Francisco:
“Implica
discernimento e supõe oração. Não se pode manter um carisma fundacional sem
coragem apostólica, isto é, sem caminhar, sem discernimento e sem oração...Manter vivo o carisma fundador não é nos reunirmos para tocar
violão e dizer 'que bela é a vida consagrada, disse o papa, mas buscar
juntos não nos perdendo em formulismos, em ideologias, nos medos, nos diálogos
com nós mesmos e não com o Espírito Santo".
Para o Papa Francisco
“A vida consagrada se entende ao
caminhar, como sempre. Entende-se ao consagrar-se diariamente. Compreende-se no
diálogo com a realidade... Quando a vida
consagrada perde essa dimensão de diálogo com a realidade e de reflexão sobre o
que está acontecendo, ela começa a se tornar estéril. Pergunto-me sobre a
esterilidade de alguns institutos de vida consagrada. Ao ver a causa,
geralmente está na falta de diálogo e de compromisso com a realidade. Não deixem que isso aconteça. A vida
consagrada é sempre um diálogo com a realidade”.
O Santo Padre propôs Santa Teresa como exemplo para os
membros dos Institutos de Vida Consagrada:
“Santa Teresa viu a realidade,
optou pela reforma e foi em frente. Depois,
ao longo do caminho, houve tentativas de transformar essa reforma em um
confinamento. Sempre há. Mas a reforma é sempre um caminho, é um caminho em
contato com a realidade e um horizonte sob a luz de um carisma
fundacional”.
O Papa Francisco concluiu sua mensagem convidando a não ter
medo dos limites:
“Não
tenham medo dos limites! Não tenham medo das fronteiras! Não tenham medo das periferias! Porque ali o Espírito vai
lhes falar. Coloquem-se ao alcance do Espírito Santo”.
Fonte:https://www.acidigital.com/noticias/papa-quer-institutos-de-vida-consagrada-longe-de-ideologias-31733?fbclid=IwAR1t3yUfxxtX2L0-BajXyR3bJXogRgbIOawOv_HuL8hFgJjMkZtNjtTTq9g
Papa: “Atenção para não escolher a ideologia no
lugar da fé”
Existe uma maneira de
ser cristão "desde que", isto é, somente em determinadas condições,
que Papa Francisco indica na homilia da missa da manhã de terça-feira
08/10/2019 na Casa Santa Marta. Falando daqueles cristãos que:
Julgam
tudo, mas partindo "da pequenez do coração deles", lembra que o
Senhor se aproxima com misericórdia a todas as realidades humanas porque Ele
veio para salvar, não para condenar.
(Adriana Masotti – Cidade do Vaticano)
A primeira leitura da
liturgia do dia, extraída do Livro do profeta Jonas, prossegue a narração
bíblica iniciada na segunda-feira e que será concluída na quarta (08/10/2019),
em que se descreve a relação contraditória entre Deus e o próprio Jonas. O Papa
busca o trecho precedente em que se lê a primeira chamada do Senhor que quer
enviar o profeta a Nínive para pregar aquela cidade à conversão. Mas Jonas
tinha desobedecido à ordem e se dirigiu para o lado oposto, distante do Senhor,
porque aquela tarefa para ele era muito difícil. Depois ele embarcou para
Társis e, durante a tempestade provocada pelo Senhor, foi jogado no mar porque
se sentia culpado daquele desastre, foi engolido por uma baleia e, então, após
três dias e três noites, foi novamente jogado na praia. E Jesus, como disse
Francisco, “pega essa figura de Jonas no ventre do peixe por três dias como a
imagem da própria Ressureição”.
Diante da conversão, Deus se arrepende
Na leitura desta terça-feira, a
segunda chamada: Deus se dirige de novo a Jonas e, desta vez, Jonas obedece,
vai a Nínive e aquelas pessoas acreditam na sua palavra e querem se converter
tanto que Deus “se corrige em relação ao mal que tinha ameaçado de fazer a eles
e não o faz. O teimoso Jonas, porque essa é a história de um teimoso, o teimoso
Jonas fez bem o próprio trabalho e depois foi embora”, comenta Francisco. Na
quarta-feira vamos ver como a história vai terminar, isto é, como Jonas fica
irritado com o Senhor porque é muito misericordioso e porque cumpre o contrário
daquilo que tinha ameaçado fazer pela boca do próprio profeta. Jonas repreende
o Senhor: Senhor, não era talvez isso que dizia quando eu estava no meu país?
Por esse motivo me apressei pra fugir a Társis, porque eu sei que tu és um Deus
misericordioso e piedoso, vagaroso em irar-se, de grande amor e que se
arrepende em relação ao mal ameaçado. Mais ou menos, Senhor, tira-me a vida: eu
contigo não quero mais trabalhar porque para mim é melhor morrer do que viver”,
prossegue o Papa. É melhor morrer que continuar
esse trabalho de profeta contigo que, ao final, faz o contrário daquilo que me
mandou fazer.
A indignação de Jonas pela misericórdia do Senhor
E ele sai da cidade, constrói uma
cabana e de lá espera para ver o que o Senhor fará. Jonas esperava que Deus destruísse a cidade. O Senhor então fez
crescer um pé de mamona para lhe fazer
sombra. Mas logo deixa que um verme roa a raiz da mamona e ela seque. Jonas
fica novamente indignado com Deus por aquele pé de mamona. “Tiveste compaixão
de uma planta”, diz a ele o Senhor, pela qual não fizeste nenhum esforço, e
“eu não deveria ter compaixão de uma grande cidade como Nínive?”
Aquele diálogo entre o Senhor e Jonas é entre dois
obstinados, observa o Papa:
Jonas,
obstinado com suas convicções de fé e o Senhor obstinado em sua misericórdia:
ele nunca nos deixa. Bate na porta do coração até o fim, está lá. Jonas, obstinado porque concebia a
fé com condições; Jonas é o modelo daqueles cristãos "desde que",
cristãos com condições. "Eu sou
cristão, mas desde que as coisas sejam feitas assim" - "Não, não,
essas mudanças não são cristãs" - "Isso é heresia" - "Isso
não está certo" ... Cristãos que condicionam Deus, que condicionam a fé e
a ação de Deus.
Os cristãos "desde que" têm medo de crescer
Francisco enfatiza que é este
"desde que" que faz com que tantos cristãos se fechem "nas
próprias ideias e acabem na ideologia: é o mau caminho da fé para a
ideologia". "E hoje existem tantos assim" - prossegue o Papa - e esses cristãos têm medo:
"de crescer, dos desafios da vida, dos desafios do Senhor, dos desafios da
história", apegados "às suas convicções, às suas primeiras
convicções, às suas próprias ideologias”.
São os cristãos que – afirma ainda
o Pontífice - "preferem a ideologia à fé" e se afastam da
comunidade", têm medo de se colocar nas mãos de Deus e preferem julgar
tudo, mas a partir da pequenez do próprio coração". E conclui - As duas figuras da Igreja, hoje:
A
Igreja daqueles ideólogos que se escondem em suas próprias ideologias, ali, e a
Igreja que mostra o Senhor que se aproxima de todas as realidades, que não
sente repugnância: as coisas não causam repugnância ao Senhor, os nossos pecados não lhe são
repugnantes. Ele se aproxima para acariciar os leprosos, os doentes. Porque Ele
veio para curar, veio para salvar, não para condenar.
Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-10/papa-francisco-missa-santa-marta-8-outubro-2019-profeta-jonas.html?fbclid=IwAR3L1eELKkfNmTvCIm-zQqleYrDHkX3BitLzT5ub73LeqBeTNyoF_iQvmS0
Papa: a defesa da vida não é ideologia, é uma
realidade humana
O Pontífice deu uma
pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar neste dia 25/03/2020,
a Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da Encíclica Evangelium
vitae, de São João Paulo II.
(Bianca Fraccalvieri –
Cidade do Vaticano)
“O Evangelho da vida” este foi o sugestivo título da
catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (25/03/2020).
Realizada mais uma vez
na “modalidade coronavírus”, na Biblioteca Apostólica, o Pontífice deu uma
pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar neste dia 25 a
Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da Encíclica Evangelium vitae,
de São João Paulo II.
Contexto de pandemia que ameaça a vida
“O
elo entre a Anunciação e o ‘Evangelho da vida’ é íntimo e profundo, como
destacou São João Paulo II na Encíclica”, ressaltou o Papa. E hoje, “nos
encontramos a relançar este ensinamento no contexto de uma pandemia que ameaça
a vida humana e a economia mundial”.
Como todo anúncio evangélico, prosseguiu o Pontífice,
também este deve ser, antes de tudo, testemunhado:
“E penso com gratidão ao testemunho silencioso de tantas pessoas que, de
várias maneiras, estão se sacrificando a serviço dos doentes, dos idosos, de
quem é só e mais indigente. Colocam em prática o Evangelho da vida, como
Maria que, ao acolher o anúncio do anjo, foi ajudar a prima Isabel.”
A ameaça à vida repercute no coração da Igreja, não é
ideologia
A vida que somos
chamados a promover e defender não é um conceito abstrato, salientou o Papa,
mas se manifesta sempre numa pessoa em carne e osso. E toda ameaça à dignidade
e à vida humanas repercute no coração da Igreja, nas suas “vísceras” maternas.
“A
defesa da vida para a Igreja não é uma ideologia, mas uma realidade humana.
Envolve todos os cristãos. Porque são cristãos, são humanos. Não é uma
ideologia.”
E
as ameaças existem, desde novas formas de escravidão às legislações que nem
sempre tutelam a vida mais vulnerável. “A mensagem da Encíclica Evangelium vitae,
portanto, é mais do que nunca atual”, disse Francisco.
Para além das
emergências, como esta que estamos vivendo, se trata de agir no plano cultural
e educativo para transmitir às futuras gerações a atitude da solidariedade, do
cuidado e do acolhimento.
“Queridos
irmãos e irmãs, toda vida humana, única e irrepetível, constitui um valor
inestimável. Isto deve ser anunciado sempre novamente, com a coragem da palavra
e a coragem das ações.”
Francisco então concluiu com o apelo feito pelo santo
polonês 25 anos atrás:
“Respeita,
defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada,
encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!”
Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-03/papa-francisco-audiencia-geral-anunciacao-evangelho-da-vida.html?fbclid=IwAR0pwfAd9gQaMI3YL2o_Zo8ZNCVeAcl04YoqsnQHNeR-uVyRQD3TYtDDTek
O que pensa o Papa Francisco sobre a ideologia de
gênero?
(Rodrigo Luiz dos
Santos – Canção Nova)
Sobre
a ideologia de gênero nas escolas,
Francisco diz que “é terrível”. Para Bento XVI, “esta é a época do pecado
contra Deus Criador”
Esse assunto, mais uma
vez, passou despercebido por muitos! Por que os jornais, as grandes TVs não
falam sobre esse assunto? Será que seus patrocinadores são os mesmos das
cartilhas de ideologização?
O tema da ideologia de gênero nas escolas foi abordado em
uma reunião com bispos poloneses, durante a viagem do Papa Francisco, por
ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, na Polônia:
Muitos problemas escondem
ideologias. São verdadeiras colonizações ideológicas presentes na Europa, nos
Estados Unidos, na América Latina, na África, na Ásia. “E uma delas – digo-a claramente por ‘nome e apelido’ – é o gênero!
Hoje, às crianças – às crianças! –, nas escolas, ensina-se isto: o sexo, cada
um pode escolhê-lo”, denunciou. O Pontífice acrescentou que, essa forma
organizada de ideologização, está presente em cartilhas bancadas por pessoas e
instituições, apoiadas por países muito influentes, “e isso é terrível”,
afirmou.
Francisco citou uma conversa que teve com o Papa Emérito,
Bento XVI:
“Ele
está bem e tem um pensamento claro”, acrescentou. “Dizia-me ele: ‘Santidade,
esta é a época do pecado contra Deus Criador’, contou. Tal afirmação é inteligente,
seguindo a lógica de que Deus criou o homem e a mulher; Deus criou o mundo assim, assim e assim; e nós estamos a fazer o
contrário. Deus deu-nos um estado ‘inculto’ para que o fizéssemos tornar-se cultura;
depois, com esta cultura, fazemos as coisas que nos levam ao estado ‘inculto’! Devemos
pensar naquilo que disse o Papa Bento:
‘É a época do pecado contra Deus Criador’! E isto ajudar-nos-á”, explicou o
Papa Francisco.
Esse assunto quase não
aparece nas principais manchetes e não é comentado por personalidades, no
entanto, em meu livro “Papa Francisco às Famílias”, resgatei o assunto que pode
ser consultado facilmente no site do Vaticano. O tema é tão sério, que Papa
Francisco o comparou a uma ação nazista. A partir de uma necessidade da
população, tais ideologias encontram oportunidades de entrar e fortalecer-se
por meio das crianças. Ditaduras do século passado, como a Juventude
Hitleriana, fizeram o mesmo, causando sofrimentos e tirando a liberdade de
muitas pessoas. Impérios colonizadores buscam tirar a identidade das pessoas e
impor uma igualdade.
Educação
Em 1995, uma Ministra
da Educação pediu um grande empréstimo para construir escolas para os pobres.
“Deram-lhe o empréstimo com a condição de que, nas escolas, houvesse um livro
para as crianças de certo grau de escolaridade. Era um livro escolar, um livro
didaticamente bem preparado, onde se ensinava a teoria do gênero. Essa senhora
precisava do dinheiro do empréstimo, mas havia aquela condição. Sagaz, disse
que sim, e fez preparar outro livro, tendo dado os dois, e assim resolveu o
problema”, contou o Pontífice.
O Papa explicou o motivo da colonização ideológica ser
perigosa:
“invadem
um povo com uma ideia que não tem nada a ver com o povo; com grupos do povo,
sim; mas não com o povo. E colonizam o povo com uma ideia que altera ou quer
alterar uma mentalidade ou uma estrutura”.
Nosso papel de pais é
termos uma postura ativa na educação de nossos filhos, acompanhando o que estão
recebendo nas escolas, ajudando nas tarefas, transmitindo os ensinamentos de
nossa fé. É preciso também que nos responsabilizemos em cooperar na educação
dos amiguinhos de nossos filhos.
A Igreja espera que
sejamos promotores do que é bom e defendamos a família de tudo o que atenta à
sua identidade e missão.
Fonte:https://formacao.cancaonova.com/atualidade/ideologiadegenero/o-que-pensa-o-papa-francisco-sobre-ideologia-de-genero/?fbclid=IwAR0RrXZpx1ygiVFNC7kaq5whwtFDgyuDI9OIKrYImkIH5CWyw2L2JDWf7a4
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