Sonhei que era chegado o dia em que todas as democracias eram fingidas e
tudo não passava de um grande teatro em que todos eram apenas instrumentos de
uma elite das sombras que queria impôr o seu credo anticristão, cujos
dogmas fundamentais eram o eco-feminismo de gênero e o pluralismo multicultural
absolutista.
Aos poucos, uma
censura discreta se ia impondo, mascarada sob a desculpa de combate a mentiras
e ao discurso de ódio, entendendo-se por isso qualquer convicção que não
coubesse dentro daquela ideologia. A
hostilização se avolumava até o ponto de que uma nova perseguição se desenhara
no horizonte, perseguição de morte contra cristãos, apresentados como inimigos
da humanidade, como fundamentalistas fanáticos, culpados de todas as
atrocidades do passado e do presente. A sua morte era considerada um culto a Deus e uma
demonstração de amor aos maltrapilhos do mundo, pois a nova dialética enxergava apenas duas classes: os
cristãos e os outros, vítimas deles.
Tudo era justificado com outro discurso, também "cristão", que
fornecia aos inimigos toda a retórica para que os fiéis fossem mortos. A
cegueira crescia, a certeza também, até que, à humanidade irmanada sob estes
cânones se juntava uma cabeça: um herói maligno. – Àquele ponto, o
sonho terminou, acordei e respirei aliviado: ainda bem que era apenas um sonho,
um devaneio que, espero, nunca chegue a acontecer.
Padre José Eduardo
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.