“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que
são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o
pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e a vossa essência está escondida agora
com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também
serão manifestados com ele em glória. Assim, façam morrer tudo o que pertence à
natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos
maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que
vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês
praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas agora, abandonem
todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem
indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram
do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está
sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador...”(Colossenses
3,1-10).
O cantor e compositor
Cazuza, de forma poética, acertadamente criticou a necessidade humana de
prender-se a ideologias.Parece, realmente, que existe uma ânsia no indivíduo em
fazer parte de grupos, tribos etc. A grande maioria das pessoas busca por
definições de si mesma. Poucos percebem que aquele que precisa de
alguma ideologia para definir-se não é livre. Você só poderá ser livre e
encontrar sua verdadeira identidade e liberdade que está oculta em Cristo, longe
dos uniformes, das etiquetas, dos rótulos, das facções, e extremismos
ideológicos. A liberdade vai exigir um total desinteresse pela figura deste
mundo que passa, e de seus modismos ideológicos também, se não atentarmos para isto, viveremos assim:“Até
que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e
cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo. O objetivo é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado
para o outro pelas ondas teológicas, nem jogados para cá e para lá por todo
vento de doutrina e pela malícia de certas pessoas que induzem os incautos ao
erro. Longe disso, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo... (Efesios
4,13-15). Quem dera pudéssemos
todos dizer que não temos partido, que perdemos as nossas ilusões, que vendemos
os nossos sonhos, como explica a letra do poeta, tudo isso seria a tradução
mais pura da liberdade. Quem dera muitos que dependem de ideologias e terapias
pudessem pagar a conta do analista e desistir da ideia absurda de descobrir
quem somos por estes meios meramente humanos, não existe armadilha maior, pois
somos um mistério sempre a ser revelado pelo próprio Cristo.
Existem várias óticas para analise da realidade, não apenas a Marxista!
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Sinto muito em
dizer-lhe, mas aquilo que somos não é algo para ser identificado através de uma
busca psicoterapêutica. Quem eu sou é algo para ser vivido e plenificado em
Cristo. Se fomos criados para a eternidade e para o absoluto que é Deus, como
posso ousar definir, limitar ou estreitar o infinito que somos? Cazuza, quando escreveu
essa letra, estava em uma profunda crise existencial que talvez nem ele se
desse conta. Ele cantava esta música com muita melancolia, e tentava fazer de seus últimos momentos de vida uma festa, pois a ideia de
festa está muito próxima da ideia hinduísta de tratar a vida como uma
brincadeira do divino (Leela).O mundo tem a sua própria agenda, e jáz sob o
poder do maligno, é loucura pensar que podemos mudar alguma coisa sem estarmos
unidos a Cristo, pois Ele mesmo nos disse: Sem mim nada podeis fazer. Estamos
aqui para perdermos a falsa identidade que criamos, ou que colocaram sobre nós, cedo percebeu isto, a jovem Santa Teresinha, que chegou a dizer:“Não sou aquilo que
eu penso e nem que os outros pensam de mim, sou aquilo que Deus pensa de mim...” E tudo que as
ideologias fazem conosco é apenas reforçar uma identidade falsa criada por nós,
ou imposta pelos outros. O que esses pobres incautos não percebem é que estão se
transformando em meras fotocópias ideológicas, pois passam a se vestir, falar,
pensar e agir de forma programada, sem perceber que estão se ajustando a uma
mera ideologia. De certa forma, Herman Hesse estava certo ao dizer que, aquele
que não se encaixa no mundo, está mais perto de encontrar a si mesmo.Por que
essa ânsia primitiva de querer fazer parte de tribos ainda é tão forte na
humanidade? Será que ainda somos influenciados por instintos? Só isso
explicaria, pois é algo absolutamente primário. Estamos no limiar de um novo
milênio, mas ainda agimos e pensamos como os nossos primatas. O homem precisa
aprender a ser imagem e semelhança de Deus,e não de vanguardas ideológicas que o descaracteriza...Ideologia? não quero e
não preciso de uma para viver, só Deus é, e me basta!
Papa Francisco: Atenção para não escolher a
ideologia no lugar da fé!
Existe uma maneira de
ser cristão “desde que”, isto é, somente em determinadas condições, que Papa
Francisco indica na homilia da missa na Casa Santa Marta. Falando daqueles
cristãos que julgam tudo, mas partindo “da pequenez do coração deles”, lembra
que o Senhor se aproxima com misericórdia a todas as realidades humanas porque
Ele veio para salvar, não para condenar.A primeira leitura da
liturgia do dia, extraída do Livro do profeta Jonas,em que se descreve a
relação contraditória entre Deus e o próprio Jonas. O Papa busca o trecho
precedente em que se lê a primeira chamada do Senhor que quer enviar o profeta
a Nínive para pregar aquela cidade à conversão. Mas Jonas tinha desobedecido à
ordem e se dirigiu para o lado oposto, distante do Senhor, porque aquela tarefa
para ele era muito difícil.Depois ele embarcou para Társis e, durante a
tempestade provocada pelo Senhor, foi jogado no mar porque se sentia culpado
daquele desastre, foi engolido por uma baleia e, então, após três dias e três
noites, foi novamente jogado na praia. E Jesus, como disse Francisco, “pega
essa figura de Jonas no ventre do peixe por três dias como a imagem da própria
Ressurreição”.
Diante da conversão, Deus se arrepende!
Na leitura Deus se
dirige de novo a Jonas e, desta vez, Jonas obedece, vai a Nínive e aquelas
pessoas acreditam na sua palavra e querem se converter tanto que Deus “se
corrige em relação ao mal que tinha ameaçado de fazer a eles e não o faz”.O
teimoso Jonas, porque essa é a história de um teimoso, o teimoso Jonas fez bem
o próprio trabalho e depois foi embora”, comenta Francisco. Depois vamos ver
como a história vai terminar, isto é, como Jonas fica irdo com o Senhor porque
é muito misericordioso e porque cumpritare o contrário daquilo que tinha
ameaçado fazer pela boca do próprio profeta. Jonas repreende o Senhor:Senhor, não era talvez isso que
dizia quando eu estava no meu país? Por esse motivo me apressei pra fugir a
Társis, porque eu sei que tu és um Deus misericordioso e piedoso, vagaroso em
irar-se, de grande amor e que se
arrepende em relação ao mal ameaçado. Mais ou menos, Senhor, tira-me a
vida: eu contigo não quero mais trabalhar porque para mim é melhor morrer do
que viver”, prossegue o Papa. É melhor morrer que continuar esse trabalho de profeta contigo
que, ao final, faz o contrário daquilo que me mandou fazer.
A indignação de Jonas pela misericórdia do Senhor
E ele sai da cidade,
constrói uma cabana e de lá espera para ver o que o Senhor fará. Jonas esperava
que Deus destruísse a cidade. O Senhor então fez crescer um pé de mamona para lhe fazer sombra. Mas
logo deixa que um verme roa a raiz da mamona e ela seque. Jonas fica novamente
indignado com Deus por aquele pé de mamona. “Tiveste compaixão de uma planta”,
diz a ele o Senhor, pela qual não fizeste nenhum esforço, e “eu não deveria ter compaixão de uma grande
cidade como Nínive?”
Aquele diálogo entre o Senhor e Jonas é entre dois
obstinados, observa o Papa:
Jonas, obstinado com
suas convicções de fé e o Senhor obstinado em sua misericórdia: ele nunca nos
deixa. Bate na porta do coração até o fim, está lá:Jonas, obstinado porque concebia a fé com condições; Jonas é o modelo
daqueles cristãos “desde que”, cristãos com condições. “Eu sou cristão, mas
desde que as coisas sejam feitas assim” – “Não, não, essas mudanças não são
cristãs” – “Isso é heresia” – “Isso não está certo”… Cristãos que condicionam
Deus, que condicionam a fé e a ação de Deus.
Os cristãos “desde que” têm medo de crescer
Francisco enfatiza
que é este “desde que” que faz com que tantos cristãos se fechem “nas próprias
ideias e acabem na ideologia:É o mau caminho da fé para a
ideologia”. “E hoje existem tantos assim” –
prossegue o Papa – e esses cristãos têm medo: “de crescer, dos desafios
da vida, dos desafios do Senhor, dos desafios da história”, apegados “às suas convicções, às suas primeiras
convicções, às suas próprias ideologias”.São os cristãos que – afirma ainda o
Pontífice – “preferem a ideologia à fé”
e se afastam da comunidade”, têm medo de se colocar nas mãos de Deus e preferem
julgar tudo, mas a partir da pequenez do próprio coração”.
E conclui:
As duas figuras da Igreja, hoje: a Igreja daqueles ideólogos que se
escondem em suas próprias ideologias, ali, e a Igreja que mostra o Senhor que
se aproxima de todas as realidades, que não sente repugnância: as coisas não
causam repugnância ao Senhor , os nossos
pecados não lhe são repugnantes. Ele se aproxima para acariciar os leprosos, os
doentes. Porque Ele veio para curar, veio para salvar, não para condenar.
Fonte:
https://www.vaticannews.va/pt
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