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Os dois pulmões da Igreja que se completam e se complementam: Carismas e Hierarquia

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 15 de dezembro de 2019 | 13:33







Comentários do Blog Berakash: Vemos hoje sacerdotes defendendo e até negando a necessidade do sacerdócio ministerial na Igreja, como vemos também, leigos defendo um "Clericalismo exacerbado". Como encontrar o equilíbrio nestas duas dimensões da Igreja: Carismas e Poder? A espiritualidade laical é uma espiritualidade que une polos distintos e processos improváveis de comunhão, isto é, encontrar Deus em todas as coisas, contemplar na ação, usar de todas as coisas na medida em que nos levem a um fim maior. Ela permite que muitos aspectos do nosso mundo que estão nos fragmentando façam sentido em uma mesma direção, que é encontrar o rosto encarnado de Cristo em meio à realidade diversa, e, nela, sentir-nos chamado a ser redenção do gênero humano, ou seja, a fazer sentido da esperança e do projeto de vida, de justiça e de dignidade em meio à realidade. Essa espiritualidade permite que, em todos os âmbitos da vida cotidiana, profissional, política, social, cívica, sintamos que somos chamados a fazer a diferença, que, seja o que for que façamos, fazemo-lo com uma profunda convicção de que ali estamos construindo o Reino e que isso seja notado. Não que seja notado de uma maneira qualitativamente distinta, mas sim pela profundidade e pelo testemunho de fazê-lo com toda a certeza de que Deus trabalha dentro da vida e que nós somos um pouco criadores com Ele. O Papa Francisco está chamando a uma forte afirmação do laicato de hoje e não só em palavras. Eu acho que a exortação apostólica Gaudete et exsultate é uma absoluta convicção a partir do pontificado de Francisco e um mapa para poder fazer do meio da vocação laical o caminho privilegiado para a santidade. Ela está reafirmando e reivindicando essa vocação na Igreja, que não é uma vocação secundária, que não é uma vocação também reduzida, mas sim o caminho pleno para responder aos sinais mais profundos da realidade hoje. O papa também está marcando para nós leigos e leigas, linhas muito concretas, por exemplo, na criação do novo Dicastério para a Vida, a Família e os Leigos, no qual tivemos alguns encontros e avanços importantes como a nomeação de subsecretários dentro desse âmbito eclesial na figura de leigas. O único antídoto contra o clericalismo é um laicato maduro, responsável, capaz de encontrar seu próprio lugar na Igreja e que possa ser uma interlocução construtiva com a Igreja, mas, ao mesmo tempo, servir de interface para responder a todos os outros espaços onde hoje a Igreja não está ou não pode estar presente ou está cada vez mais limitada para chegar. O século presente, como já dizia o Concílio Vaticano II, é o século dos leigos, mas cabe a nós fazer um discernimento profundo, com maturidade, a partir da complementaridade, para poder encontrar a nossa verdadeira identidade e a nossa contribuição mais profunda no meio desse caminho do Reino. O kairós que estamos vivendo hoje, a partir do Concílio Vaticano II e até o Papa Francisco, passa necessariamente pela sua concretização, pelo fato de os leigos encontrarem seu verdadeiro chamado e vocação no meio da Igreja, porém, é preciso entender que a Igreja não é  uma ANARQUIA, nem muito menos uma DEMOCRACIA, mas um "Reino de Ordem" (conf. I Cor 14,33).






CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ (NOTIFICAÇÃO SOBRE O LIVRO: «IGREJA: CARISMA E PODER - ENSAIOS DE ECLESIOLOGIA MILITANTE» DE FREI LEONARDO BOFF, O.F.M.)




INTRODUÇÃO





No dia 12 de fevereiro de 1982, Frei Leonardo Boff, OFM, tomou a iniciativa de enviar à Congregação para a Doutrina da Fé a resposta que deu à Comissão arquidiocesana para a Doutrina da Fé do Rio de Janeiro, que criticara o seu livro « Igreja: Carisma e Poder » (Editora Vozes - Petrópolis, RJ, Brasil, 1981). Declarava que aquela crítica continha graves erros de leitura e de interpretação.A Congregação, após ter estudado o livro nos seus aspectos doutrinais e pastorais, expôs ao Autor, numa carta de 15 de maio de 1984, algumas reservas, convidando-o a aceitá-las e oferecendo-lhe, ao mesmo tempo, a possibilidade de um diálogo de esclarecimento. Tendo porém em vista a repercussão que o livro estava tendo entre os fiéis, a Congregação informou L. Boff de que, em qualquer hipótese, a carta seria publicada, levando eventualmente em consideração a posição que ele viesse a tomar por occasião do diálogo.No dia 7 de setembro de 1984, L. Boff foi recebido pelo Cardeal Prefeito da Congregação, acompanhado pelo Mons. Jorge Mejía, na qualidade de Secretário. Foram objeto do colóquio alguns problemas eclesiológicos surgidos da leitura do livro « Igreja: Carisma e Poder » e assinalados na carta de 15 de maio de 1984. A conversa, que se desenvolveu num clima fraterno, proporcionou ao Autor ocasião de expor seus esclarecimentos pessoais, que ele quis também entregar por escrito. Tudo isto foi explicado num comunicado final publicado e redigido de comum acordo com L. Boff. Concluído o diálogo, foram recebidos pelo Cardeal Prefeito, em outra sala, os Eminentíssimos Cardeais Aloísio Lorscheider e Paulo Evaristo Arns, que se encontravam em Roma para esta oportunidade. A Congregação examinou, seguindo a praxe que lhe é própria, os esclarecimentos orais e escritos fornecidos por L. Boff e, embora tomando nota das boas intenções e das repetidas declarações de fidelidade à Igreja e ao Magistério por ele expressas, sentiu-se contudo no dever de salientar que as reservas levantadas acerca do conteúdo do livro e assinaladas na carta, não poderiam, na sua substância, considerar-se superadas. Julga pois necessário, assim como estava previsto, agora publicar, nas suas partes essenciais, o conteúdo doutrinal da mencionada carta.






PREMISSA DOUTRINAL










A eclesiologia do livro « Igreja: Carisma e Poder » propõe-se ir ao encontro dos problemas da América Latina e, em particular do Brasil, com uma coletânea de estudos e perspectivas (cf. p. 13). Tal intenção exige, de um lado, uma atenção séria e aprofundada às situações concretas, às quais o livro se refere e, por outro lado, — para realmente corresponder ao seu objetivo — a preocupação de inserir-se na grande tarefa da Igreja universal, no sentido de interpretar, desenvolver e aplicar, sob a inspiração do Espírito Santo, a herança comum do único Evangelho, entregue, uma vez para sempre, pelo Senhor à nossa fidelidade. Deste modo a única fé do Evangelho cria e edifica, ao longo dos séculos, a Igreja católica, que permanece una na diversidade dos tempos e na diferença das situações próprias às múltiplas Igrejas particulares. A Igreja universal realiza-se e vive nas Igrejas particulares e estas são Igreja exatamente enquanto continuam a ser, num determinado tempo e lugar, expressão e atualização da Igreja universal. Deste modo, com o crescimento e o progresso das Igrejas particulares cresce e progride a Igreja universal; ao passo que, debilitando-se a unidade, diminuiria e decairia também a Igreja particular. Por isso o verdadeiro discurso teológico não pode jamais contentar-se em apenas interpretar e animar a realidade de uma Igreja particular, mas deve, ao contrário, procurar aprofundar os conteúdos do depósito sagrado da palavra de Deus, depósito confiado à Igreja e autenticamente interpretado pelo Magistério. A praxis e as experiências que sempre têm origem numa determinada e limitada situação histórica, ajudam o teólogo e o obrigam a tornar o Evangelho acessível ao seu tempo. A praxis, contudo, não substitui, nem produz a verdade, mas está a serviço da verdade, que nos foi entregue pelo Senhor. O teólogo é, pois, chamado a decifrar a linguagem das diversas situações — os sinais dos tempos — e a abrir esta linguagem à inteligência da fé (cf. Enc. Redemptor hominis, n. 19). Examinadas à luz dos critérios de um autêntico método teológico — aqui apenas brevemente assinalados — certas opções do livro de L. Boff manifestam-se insustentáveis. Sem pretender analisá-las todas, colocam-se em evidência apenas as opções eclesiológicas que parecem decisivas, ou seja: a estrutura da Igreja, a concepção do dogma, o exercício do poder sagrado e o profetismo.






A ESTRUTURA DA IGREJA






L. Boff coloca-se, segundo as suas próprias palavras, dentro de uma orientação, na qual se afirma « que a igreja como instituição não estava nas cogitações do Jesus histórico, mas que ela surgiu como evolução posterior à ressurreição, particularmente com o processo progressivo de desescatologização » (p. 123). Consequentemente, a hierarquia é para ele « um resultado » da « férrea necessidade de se institucionalizar », « uma mundanização », no « estilo romano e feudal » (p. 71). Daí deriva a necessidade de uma « mutação permanente da Igreja » (p. 109); hoje deve emergir uma « Igreja nova » (p. 107, passim), que será « uma nova encarnação das instituições eclesiais na sociedade, cujo poder será pura função de serviço » (p. 108). Na lógica destas afirmações explica-se também a sua interpretação acerca das relações entre catolicismo e protestantismo: « Parece-nos que o cristianismo romano (catolicismo) se distingue por afirmar corajosamente a identidade sacramental e o cristianismo protestante por uma afirmação destemida da não-identidade » (p. 132; cf. pp, 126 ss., 140).Dentro desta visão, ambas as confissões constituiriam mediações incompletas, pertencentes a um processo dialético de afirmação e de negação. Nesta dialética « se mostra o que seja o cristianismo. Que é o cristianismo? Não sabemos. Somente sabemos aquilo que se mostrar no processo histórico » (p. 131). Para justificar esta concepção relativizante da Igreja — que se encontra na base das críticas radicais dirigidas contra a estrutura hierárquica da Igreja católica — L. Boff apela para a Constituição Lumen gentium (n. 8) do Concílio Vaticano II. Da famosa expressão do Concílio « Haec Ecclesia (se. única Christi Ecclesia) ... subsistit in Ecclesia catholica », ele extrai uma tese exatamente contrária à significação autêntica do texto conciliar, quando afirma: de fato, « esta (isto é, a única Igreja de Cristo) pode subsistir também em outras Igrejas cristãs » (p. 125). O Concílio tinha, porém, escolhido a palavra « subsistit » exatamente para esclarecer que há uma única « subsistência » da verdadeira Igreja, enquanto fora de sua estrutura visível existem somente « elementa Ecclesiae », que — por serem elementos da mesma Igreja — tendem e conduzem em direção à Igreja católica (LG 8). O Decreto sobre o ecumenismo exprime a mesma doutrina (UR 3-4), que foi novamente reafirmada pela Declaração Mysterium Ecclesiae, n. 1 (AAS LXV [1973], pp. 396-398).A subversão do significado do texto conciliar sobre a subsistência da Igreja está na base do relativismo eclesilógico de L. Boff, supra delineado, no qual se desenvolve e se explicita um profundo desentendimento daquilo que a fé católica professa a respeito da Igreja de Deus no mundo.






DOGMA E REVELAÇÃO










A mesma lógica relativizante encontra-se na concepção da doutrina e do dogma expressa por L. Boff. O Autor critica, de modo muito severo, « a compreensão doutrinária da revelação » (p. 73). É verdade que L. Boff distingue entre dogmatismo e dogma (cf. p. 139), admitindo o segundo e rejeitando o primeiro. Todavia, segundo ele, o dogma, na sua formulação, é válido somente « para um determinado tempo e circunstâncias » (pp. 127-128). « Num segundo momento do mesmo processo dialético o texto deve poder ser ultrapassado para dar lugar a outro texto do hoje da fé » (p. 128). O relativismo que resulta de semelhantes afirmações torna-se explícito quando L. Boff fala de posições doutrinárias contraditórias entre si, contidas no Novo Testamento (cf. p. 128). Consequentemente « a atitude verdadeiramente católica » seria de « estar fundamentalmente aberto a todas as direções » (p. 128). Na perspectiva de L. Boff a autêntica concepção católica do dogma cai sob o veredito do « dogmatismo »: « Enquanto perdurar este tipo de compreensão dogmática e doutrinária da revelação e da salvação de Jesus Cristo dever-se-á contar irretorquivelmente com a repressão da liberdade de pensamento divergente dentro da Igreja » (pp. 74-75).A este propósito convém ressaltar que o contrário do relativismo não é o verbalismo ou o imobilismo. O conteúdo último da revelação é o próprio Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, que nos convida à comunhão com Ele; todas as palavras referem-se à Palavra, ou — como diz São João da Cruz: « ... a su Hijo ... todo nos habló junto y de una vez en esta sola Palabra y no tiene más que hablar » (Subida del Monte Carmelo, II, 22, 3). Mas nas palavras, sempre analógicas e limitadas, da Escritura e da fé autêntica da Igreja, baseada na Escritura, exprime-se, de modo digno de fé, a verdade acerca de Deus e acerca do homem. A constante necessidade de interpretar a linguagem do passado, longe de sacrificar esta verdade, torna-a, antes, acessível e desenvolve a riqueza dos textos autênticos. Avançando, guiada pelo Senhor, que é o caminho e a verdade (Jo 14, 16), a Igreja, que ensina e que crê, está convencida de que a verdade expressa pelas palavras de fé não só não oprime o homem, mas o liberta (Jo 8, 32) e é o único instrumento de verdadeira comunhão entre os homens de diversas classes e opiniões, enquanto uma concepção dialética e relativizante o expõe a um decisionismo arbitrário.No passado, esta Congregação teve ocasião de mostrar que o sentido das fórmulas dogmáticas permanece sempre verdadeiro e coerente, determinado e irreformável, embora possa ser ulteriormente esclarecido e melhor compreendido (cf. Mysterium Ecclesiae, n. 5: AAS LXV [1973], pp. 403-404).Para continuar na sua função de sal da terra, que nunca perde o seu sabor, o « depositum fidei » deve ser fielmente conservado na sua pureza, sem deslizar no sentido de um processo dialético da história e em direção ao primado da praxis.






O EXERCÍCIO DO PODER SAGRADO








Uma «grave patologia » de que, segundo L. Boff, a Igreja romana deveria livrar-se, é provocada pelo exercício hegemónico do poder sagrado que, além de torná-la uma sociedade assimétrica, teria também sido deformado em si mesmo. Dando por certo que o eixo organizador de uma sociedade coincide com o modo específico de produção que lhe é próprio, e aplicando este princípio à Igreja, L. Boff afirma que houve um processo histórico de expropriação dos meios de produção religiosa por parte do clero em prejuízo do povo cristão que, em consequência, teria sido privado de sua capacidade de decidir, de ensinar etc. (cf. pp. 75, 215 ss., 238-239). Além disso, após ter sofrido esta expropriação, o poder sagrado teria também sido gravemente deformado, vindo a cair deste modo nos mesmos defeitos do poder profano em termos de dominação, centralização, triunfalismo (cf. pp. 98, 85, 91 ss.).Para remediar estes inconvenientes, propõe-se um novo modelo de Igreja, no qual o poder seria concebido sem privilégios teológicos, como puro serviço articulado de acordo com as necessidades da comunidade (cf. pp. 207, 108).Não se pode empobrecer a realidade dos sacramentos e da palavra de Deus enquadrando-a no esquema da « produção e consumo », reduzindo deste modo a comunhão da fé a um mero fenómeno sociológico. Os sacramentos não são «material simbólico », a sua administração não é produção, a sua recepção não é consumo. Os sacramento são dom de Deus. Ninguém os « produz ». Todos recebemos por eles a graça de Deus, os sinais do eterno amor. Tudo isto está além de toda produção, além de todo fazer e fabricar humano. A única medida que corresponde à grandeza do dom é a máxima fidelidade à vontade do Senhor, de acordo com a qual todos seremos julgados — sacerdotes e leigos — sendo todos « servos inúteis » (Lc 17, 10). Existe sempre, decerto, o perigo de abusos; põe-se sempre o problema de como garantir o acesso de todos os fiéis à plena participação na vida da Igreja e na sua fonte, isto é, na vida da Senhor. Mas interpretar a realidade dos sacramentos, da hierarquia, da palavra e de toda a vida da Igreja em termos de produção e de consumo, de monopólio, expropriação, conflito com o bloco hegemónico, ruptura e ocasião para um modo assimétrico de produção, equivale a subverter a realidade religiosa. Ao contrário de ajudar na solução dos verdadeiros problemas, este procedimento leva, antes, à destruição do sentido autêntico dos sacramentos e da palavra da fé.






O PROFETISMO NA IGREJA





O livro « Igreja: Carisma e Poder » denuncia a hierarquia e as instituições da Igreja (cf. pp. 65-66, 88, 239-240). Como explicação e justificação para semelhante atitude reivindica o papel dos carismas e, em particular, do profetismo (cf. pp. 237-240, 246, 247). A hierarquia teria a simples função de « coordenar », de « propiciar a unidade, a harmonia entre os vários serviços », de « manter a circularidade e impedir as divisões e sobreposições », descartando pois desta função « a subordinação imediata de todos aos hierarcas » (cf. p. 248).Não há dúvida de que todo o povo de Deus participa do múnus profético de Cristo (cf. LG 12); Cristo cumpre o seu múnus profético não só por meio da hierarquia, mas também por meio dos leigos (cf. ib. 35). Mas é igualmente claro que a denúncia profética na Igreja, para ser legítima, deve permanecer sempre a serviço, para a edificação da própria Igreja. Esta não só deve aceitar a hierarquia e as instituições, mas deve também colaborar positivamente para a consolidação da sua comunhão interna; além disso, pertence à hierarquia o critério supremo para julgar não só o exercício bem orientado da denúncia profética, como também a sua autenticidade (cf. LG 12).







CONCLUSÃO





Ao tornar público o que acima ficou exposto, a Congregação sente-se na obrigação de declarar, outrossim, que as opções aqui analisadas de Frei Leonardo Boff são de tal natureza que põem em perigo a sã doutrina da fé, que esta mesma Congregação tem o dever de promover e tutelar.O Sumo Pontífice João Paulo II, no decorrer de uma Audiência concedida ao Cardeal Prefeito que subscreve este documento, aprovou a presente Notificação, deliberada em reunião ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé, e ordenou que a mesma fosse publicada.



Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 11 de Março de 1985.



Joseph Card. Ratzinger

Prefeito



+ Alberto Bovone - Arcebispo tit. de Cesarea de Numidia

Secretário






“Laicato e Clericalismo” – Avanços e desvios no entendimento do Sacerdócio Comum dos fieis!












A Igreja de Cristo, do Papa ao mais simples dos fiéis, é um reino de sacerdotes, uma nação consagrada ao culto de Deus. Mas isso não significa que a todos correspondam, indistintamente, os mesmos papéis e poderes.Nos últimos tempos, uma das questões que tem gerado mais dúvidas e mal-entendidos entre os fiéis diz respeito ao chamado sacerdócio comum. Há quem pense tratar-se de pura e simples “novidade”, introduzida em tempos recentes como algo totalmente estranho ao conteúdo da sagrada Tradição; outros, pelo contrário, interpretando de forma indevida e exagerada os documentos eclesiásticos em que se fala do assunto, pretendem atribuir aos leigos poderes e prerrogativas que eles, na verdade, jamais exerceram em toda a história da Igreja.A fim de esclarecer o verdadeiro alcance da expressão “sacerdócio comum dos fiéis”, conforme o sentido autêntico que lhe dá a Igreja, convém transcrever aqui algumas páginas cristalinas em que o Pe. Antonio Royo Marín [1] explica de modo mais do que transparente este tema controvertido, que, longe de ser um detalhe marginal dentro da doutrina católica, tem grandes repercussões práticas na vida espiritual de todos os batizados.As explicações seguintes servem, antes de tudo, para pôr em relevo o que, no fundo, já está dito com todas as letras no próprio Catecismo da Igreja Católica (cf. n. 1591s), a saber: o sacerdócio comum e ministerial, embora constituam duas participações no único sacerdócio de Cristo, são distintos não apenas em grau, mas essencialmente.Um princípio teológico fecundíssimo ensina que tudo o que há em Jesus Cristo como cabeça do Corpo místico existe também, proporcionalmente, nos membros desse mesmo corpo, contanto que se trate de perfeições comunicáveis.




Em Jesus Cristo, com efeito, há duas classes de perfeições muito distintas entre si:





- Umas lhe são de tal maneira próprias e exclusivas que são, em si mesmas, incomunicáveis aos demais; tais são, por exemplo, a união hipostática e a plenitude absoluta de graça.





- Outras que são, por sua própria natureza, comunicáveis aos membros de seu Corpo místico e estão em Cristo como cabeça ou origem primária da qual derivam para os demais; tais são, principalmente, a graça santificante, as virtudes infusas e os dons do Espírito Santo.A este segundo grupo de graças pertence o seu sacerdócio. 






Cristo o possui em toda a sua plenitude absoluta e, neste sentido, o sacerdócio lhe é próprio e exclusivo; mas Ele pode comunicar (e de fato comunica) a seus membros uma participação verdadeira e real do seu próprio sacerdócio, ainda que em graus muito diferentes de intensidade e perfeição.Existe um abismo entre a participação do sacerdócio de Cristo que recebem todos os fiéis e a do ministro de Jesus Cristo, que recebeu o sacramento da Ordem sacerdotal. Essa participação do seu sacerdócio constitui a essência mesma do chamado caráter sacramental, que, como se sabe, é como uma marca ou selo indelével que imprimem na alma três dos sete sacramentos instituídos pelo próprio Cristo: o Batismo, a Confirmação e a Ordem sacerdotal. Por conseguinte, todo aquele que recebe um sacramento que imprime caráter participa, por isso mesmo, do sacerdócio de Jesus Cristo. Essa participação:




- Começa com o caráter do sacramento do Batismo.



- Aperfeiçoa-se com o sacramento da Confirmação.



- E chega à máxima plenitude que pode alcançar em nós com o caráter do sacramento da Ordem.







De maneira que não é nenhum erro nem sequer um “piedoso exagero” falar de um sacerdócio dos fiéis, não em sentido metafórico, mas num sentido muito real e verdadeiro! O caráter batismal e o da Confirmação conferem aos simples fiéis uma participação muito real e verdadeira do sacerdócio de Jesus Cristo em sentido próprio. É claro que é preciso entender retamente o verdadeiro alcance desta participação para não incorrer em lamentáveis equívocos e extravios. Existe um abismo entre a participação do sacerdócio de Cristo que recebem todos os fiéis, pelo fato de estarem batizados e confirmados, e a do ministro de Jesus Cristo, que recebeu, além disso, o sacramento da Ordem sacerdotal.






Vamos expor a seguir, com toda precisão e cuidado, numa série de conclusões, o que pertence a um (sacerdócio comum) e a outro sacerdócio (sacerdócio ministerial):












Em primeiro lugar, é falso e herético dizer que todos os cristãos são sacerdotes no mesmo sentido em que o são os que receberam devidamente o sacramento da Ordem! Esta conclusão consta expressamente das declarações do Concílio de Trento contra os reformadores protestantes, que afirmavam semelhante disparate. No entanto, os simples fiéis recebem, sim, uma participação verdadeira e real do sacerdócio de Jesus Cristo em virtude do caráter do Batismo e da Confirmação. Esta conclusão consta claramente dos lugares teológicos tradicionais. Eis aqui as provas:





A Sagrada Escritura





Os textos alusivos ao sacerdócio de todo o povo fiel são abundantíssimos. Já no Antigo Testamento se vai insinuando progressivamente esta sublime realidade, cuja plena revelação estava reservada para a lei evangélica. Oferecemos a seguir uma seleção de textos extraídos dos dois Testamentos bíblicos:






Ao promulgar a Lei no Sinai, Deus disse ao povo por boca de Moisés:





"Agora, pois, se obedecerdes à minha voz, e guardardes minha aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos. Toda a terra é minha, mas vós me sereis um reino de sacerdotes e uma nação consagrada. Tais são as palavras que dirás aos israelitas" (Ex 19, 5-6).





O profeta Isaías renova esta promessa, aplicando-a aos tempos messiânicos:





"O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção […]; virão estrangeiros apascentar vosso gado miúdo, gente de fora vos servirá de lavradores e vinhateiros; a vós chamar-vos-ão sacerdotes do Senhor, de ministros de nosso Deus sereis qualificados" (Is 61, 1-6).






O Apóstolo São Pedro escreve taxativamente em sua primeira epístola dirigindo-se a todos os cristãos:






"quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1Pd 2, 5).





E um pouco mais abaixo:





"Vós, porém, sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa" (1Pd 2, 9).






São Paulo alude claramente ao sacerdócio dos fiéis, sobretudo quando os exorta a se oferecerem a Deus em sacrifício:





"Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual" (Rm 12, 1).





São João evangelista insiste repetidas vezes no Apocalipse:





"da parte de Jesus Cristo […],  que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai" (Ap 1, 5-6).





"Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; e deles fizeste para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a terra" (Ap 5, 9-10).





Na Sagrada Escritura, portanto, se encontra claramente expressa a doutrina do sacerdócio real dos simples fiéis.






Os Santos Padres na Igreja Primitiva





Na unidade da fé e do Batismo formamos uma sociedade indivisível e participamos todos de uma comum dignidade! É muito frequente nos Santos Padres a alusão ao sacerdócio dos fiéis. 






Eis aqui, a título de exemplo, um texto muito expressivo de São Leão Magno dirigindo-se ao povo de Roma por ocasião do aniversário de sua eleição papal:





"Tendes motivos para celebrar este aniversário se fosse vosso. Porque, embora a Igreja de Deus esteja constituída por diversos graus, a integridade de seu sagrado corpo resulta da união de todos os seus membros. Como diz o Apóstolo, “todos somos um em Cristo” (Gl 3, 28), e não há um só membro tão separado do ofício de outro que não esteja unido com ele na unidade da cabeça. Porque a todos os regenerados em Cristo, o sinal da cruz os faz reis, e a unção do Espírito Santo os consagra sacerdotes, para que, à parte este especial serviço de nosso ministério (sua dignidade papal), todos os cristãos espirituais e razoáveis saibam ser de régia dignidade e partícipes do ofício sacerdotal. De fato, o que há de mais régio do que, tendo a alma submetida a Deus, ser governante do próprio corpo? E que outra coisa é mais sacerdotal do que oferecer a Deus uma consciência pura e oferecer no altar do coração as hóstias imaculadas da piedade? E sendo tudo isso, pela graça de Deus, comum a todos, é justo e razoável que vos alegreis no dia de nossa eleição como se se tratasse de vossa própria honra. Com efeito, em todo o corpo da Igreja não existe mais do que um só pontificado (o de Cristo), cuja graça misteriosa, embora se derrame com maior abundância (pelas exigências do ministério) sobre os membros superiores (o Papa, os bispos, os sacerdotes), nem por isso deixa de fluir sem parcimônia até os membros inferiores [2].





O Magistério da Igreja.





O ensinamento oficial da Igreja a respeito do sacerdócio dos fiéis foi exposto com extraordinária precisão e claridade em nossos dias pelos imortais pontífices Pio XI e Pio XII. Vejamos alguns textos:







Pio XI, em sua Encíclica Miserentissimus Redemptor, escreve [3]:






"Não gozam da participação deste misterioso sacerdócio e deste ofício de satisfazer e sacrificar somente aqueles de quem Nosso Senhor se serve para oferecer a Deus a oblação imaculada, do nascente ao poente em todo lugar (cf. Ml 1, 11), senão que toda a família cristã, chamada com razão pelo Príncipe dos Apóstolos “raça escolhida, um sacerdócio régio” (1Pd 2, 9), deve, tanto por si mesma como por todo o gênero humano, oferecer sacrifícios pelos pecados, quase da mesma maneira que todo sacerdote e pontífice, “escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus” (Hb 5, 1).







Pio XII, em sua magnífica Encíclica "Mediator Dei", expõe amplamente a natureza do sacerdócio dos fiéis, rechaçando as imprecisões e exageros que sobre ele vêm-se difundido ultimamente e proclamando com rigor e exatitude a doutrina verdadeira. Transcrevemos alguns parágrafos particularmente representativos [4]:






"Com clareza não menor, os ritos e as orações do sacrifício eucarístico significam e demonstram que a oblação da vítima é feita pelos sacerdotes em união com o povo".




"De fato, não somente o sagrado ministro, depois da oferta do pão e do vinho, voltado para o povo diz explicitamente: “Orai, irmãos, para que 'o meu e o vosso sacrifício' sejam aceitos junto a Deus-Pai onipotente”, mas ainda as orações com as quais é oferecida a vítima divina são, além do mais, ditas no plural, e nelas se indica que também o povo toma parte como ofertante neste augusto sacrifício."





"Diz-se, por exemplo: “Pelos quais nós te oferecemos, e que eles mesmos te oferecem… Por isso te suplicamos, ó Senhor, aceitar aplacado esta oferta dos teus servos e de toda a tua família… Nós, teus servos, como ainda o teu povo santo, oferecemos à tua excelsa majestade os dons e dádivas que tu mesmo nos deste, a hóstia pura, a hóstia santa, a hóstia imaculada”.




"Nem é de admirar que os fiéis sejam elevados a uma tal dignidade. Com a água do Batismo, com efeito, os cristãos se tornam, a título comum, membros do Corpo místico de Cristo sacerdote, e, por meio do caráter que se imprime nas suas almas, são delegados ao culto divino, participando assim, de modo condizente ao próprio estado, do sacerdócio de Cristo".






A razão teológica







Pio XII destacou com toda precisão no texto que acabamos de citar a razão teológica fundamental do sacerdócio dos fiéis: o caráter sacramental do Batismo, completado pelo caráter do sacramento da Confirmação [5].






Não é nenhum erro nem sequer um “piedoso exagero” falar de um sacerdócio dos fiéis, não em sentido metafórico, mas num sentido muito real e verdadeiro!





Com efeito, como explica Santo Tomás e é doutrina comum em teologia, o caráter sacramental não é outra coisa que um sinal ou um distintivo que fica impresso na alma de maneira indelével e que nos configura a Cristo sacerdote, dando-nos uma participação física e formal do seu próprio sacerdócio eterno! Escutemos o Doutor Angélico:





"O caráter é, de modo geral, um certo selo com que se marca uma pessoa com o fim de ordená-la a um determinado fim, assim como se marca o dinheiro, para usá-lo no câmbio, ou o soldado, para associá-lo ao batalhão. Pois bem, o cristão está destinado a duas coisas: A primeira e principal é a fruição da glória eterna, e para isto ele é marcado com o selo da graça. A segunda é receber ou administrar às outras pessoas as coisas que pertencem ao culto de Deus, e para isto ele é marcado com o caráter sacramental. Ora, todos os ritos da religião cristã derivam do sacerdócio de Cristo. Por isso, é claro e evidente que o caráter sacramental é o caráter de Cristo, a cujo sacerdócio se configuram os fiéis segundo os caracteres sacramentais, que não são outra coisa que certas participações do sacerdócio de Cristo derivadas do mesmo Cristo" [6].






CONCLUSÃO






Esta participação no sacerdócio de Cristo começa com o simples caráter batismal, é ampliado e aperfeiçoado com o da Confirmação e chega à sua plena perfeição com o da Ordem sagrada. Com relação à Igreja, o batismo nos faz cidadãos seus; a Confirmação, soldados; a ordem sacerdotal, ministros! 




-Com relação à fé, o batizado a professa! (conforme: Romanos 10,9-13;Lucas 9,26)



-O confirmado a defende! (conforme 1 Ped. 3,15; II Tim. 4,1-5 - ATENÇÃO! "Não seja burro pecando duas vezes, ou seja, fazendo errado e ensinando errado! Para alguns você será o evangelho vivo e único na vida de muitas pessoas!).



-E o sacerdote ordena as coisas que lhe dizem respeito! (conforme Hebreus 5,1-4).






Referências:






1.      Cf. Antonio R. Marín, Jesucristo y la Vida Cristiana. Madrid: BAC, 1961, pp. 566-570, nn. 552-554.



2.      S. Leão Magno, Serm. IV, De natali ipsius IV, c. 1 (PL 54, 148-149). Os parênteses explicativos são do Pe. Antonio Royo Marín, bem como as restantes notas abaixo.



3.      Pio XI, Encíclica “Miserentissimus Redemptor”, de 8 mai. 1928 (AAS 20 [1928] 172).



4.      Pio XII, Encíclica “Mediator Dei”, de 20 nov. 1947, nn. 78-79 (AAS 39 [1947] 555-556).



5.      Que o Batismo, a Confirmação e a Ordem sacerdotal imprimam caráter na alma de quem recebe validamente estes sacramentos é uma verdade de fé expressamente definida pelo Concílio de Trento.



6.      S. Th. III, q. 63, a. 3, co. Precisamente porque o caráter é uma mera participação do sacerdócio de Cristo, o mesmo Cristo não tem caráter sacerdotal. O seu sacerdócio pleno e absoluto está para o caráter assim como o perfeito e próprio está para o imperfeito e participado.






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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