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“Canção da Despedida”: o hino dos exilados do 8 de Janeiro e a esperança de voltar a um Brasil livre e democrático

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 19 de outubro de 2025 | 15:22



 

 

“Já vou embora, mas sei que vou voltar” — A Canção dos Exilados e o Amor Inquebrável ao BrasilUma canção que atravessa gerações e distâncias!

 


Algumas canções ultrapassam o tempo e se tornam espelhos da alma de um povo. A “Canção da Despedida”, composta por Geraldo Azevedo e Carlos Fernando, é uma dessas melodias eternas. Escrita num tempo de incertezas, ela fala da dor da partida, mas também da certeza do retorno.Hoje, essa música ressoa novamente no coração de tantos brasileiros que se encontram longe de sua terra — não apenas por razões políticas, mas por amor, medo, fé ou esperança. Cada verso ecoa como um suspiro coletivo de quem carrega o Brasil na alma, mesmo a milhares de quilômetros de distância.



Canção da Despedida


(Geraldo Azevedo)



"...Mas essa canção aqui que eu vou cantar

Eu faço questão de cantar muitas vezes agora!

Porque ela ficou muito tempo, assim, engasgada na garganta

É uma canção que eu fiz com Vandré em 68

Ela ficou censurada muito tempo...Finalmente ela foi desencantada por uma paraibana, né...


E eu vou cantar agora pra poder registrar assim, de outra forma

Mas essa canção, assim, eu faço questão de cantar nesse sentido...Porque esse tempo todinho eu pelejei pra cantar... Várias vezes que eu, que eu fazia discos...

E toda vez eu botava na relação de discos pra censura...E nunca, nunca era liberada, né...


Finalmente foi, e eu não consegui gravar

Agora eu vou conseguir gravar com vocês, tá! Com vocês aí...


Aliás, vocês podem até ajudar assim: um vocalzinho bonitinho, vai..."



Já vou embora, mas sei que vou voltar

Amor, não chora, se eu volto é pra ficar

Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)

O amor de agora, pra sempre ele ficar


Eu quis ficar aqui mas não podia

O meu caminho a ti não conduzia

Um rei mal coroado

Não queria o amor em seu reinado

Pois sabia não ia ser amado


Amor, não chora, eu volto um dia

O rei velho e cansado já morria

Perdido em seu reinado sem Maria

Quando eu me despedia, no meu canto lhe dizia


Já vou embora, mas sei que vou voltar (ooh!)

Amor, não chora, se eu volto é pra ficar

Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)

O amor de agora, pra sempre ele ficar


Eu quis ficar aqui mas não podia

O meu caminho a ti não conduzia

Um rei mal coroado

Não queria o amor em seu reinado

Pois sabia não ia ser amado


Amor, não chora, eu volto um dia

O rei velho e cansado já morria

Perdido em seu reinado sem Maria

Quando eu me despedia, no meu canto lhe dizia


Já vou embora, mas sei que vou voltar (ooh!)

Amor, não chora, se eu volto é pra ficar

Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)

O amor de agora, pra sempre ele ficar



"Brigado! O incrível é que é uma canção bonita, né?..."



É importante destacar que no caso de Geraldo Azevedo, a situação é diferente da de alguns artistas da época. Ele não foi formalmente exilado pelo regime militar, ou seja, não há registro de ordem judicial ou policial obrigando sua saída do Brasil. Em entrevistas e relatos históricos, ele indica que se autoexilou, principalmente por sentir o clima de censura, repressão e perseguição política da ditadura militar, que começou em 1964.  Esse tipo de exílio era comum entre músicos e intelectuais: eles se afastavam voluntariamente do país para continuar produzindo com mais liberdade.



Artistas que se "autoexilaram"



Esses "foram embora por escolha própria", muitas vezes para evitar perseguição, ou continuar trabalhando com liberdade artística:



1)-Geraldo Azevedo – mudou-se temporariamente para países como França, sem ordem formal de expulsão.


2)-Caetano Veloso e Gilberto Gil – foram para Londres em 1969, após serem presos brevemente pelo regime e considerados “ameaça política” devido à Tropicália. Tecnicamente, foram motivados a sair, mas não houve uma expulsão formal com processo judicial.


3)-Chico Buarque – viveu em exílio temporário na Itália, Portugal e França em momentos distintos, embora nem sempre de forma contínua.


4)-Milton Nascimento – passou temporadas fora do Brasil, principalmente nos anos 70, por motivos de segurança e censura.


5)-Rita Lee – após perseguições e censura, viveu alguns períodos fora do país, embora de forma mais breve.



Artistas explicitamente expulsos ou proibidos de voltar ao Brasil



Poucos tiveram uma ordem de expulsão clara, mas alguns casos foram notórios:



1)-Geraldo Vandré – embora não tenha havido mandado judicial explícito, ele enfrentou ameaça de prisão e se mudou para o Chile e depois para a França. Historicamente, é citado como “exilado”, mas, mais por pressão do que por ordem formal.


2)-Fernando Brant e Lô Borges (associados à Clube da Esquina) – sofreram censura e restrições para voltar de turnês no exterior, embora não haja registro de expulsão oficial.


3)-José Mojica Marins (Zé do Caixão) – teve dificuldades com censura e ameaças, mas não foi formalmente expulso.



Importante: o regime militar raramente emitia ordens formais de expulsão. Na maioria dos casos, o “exílio” era motivado pela perseguição, ameaças de prisão, ou censura severa. Por isso, historiadores diferenciam "exílio voluntário" de "exílio imposto", mesmo que não haja documentos legais.



Artistas não perseguidos ou pouco afetados pelo regime militar (1964-1985)



Cantores e músicos populares



Roberto Carlos – Rei da Jovem Guarda; carreira consolidada sem problemas políticos.


Erasmo Carlos – Parceiro de Roberto Carlos; evitava confrontos com a política.


Wanderléa – Ícone da Jovem Guarda, sem perseguição.


Celly Campello – Estrela da Jovem Guarda, sem envolvimento político.


Jerry Adriani – Jovem Guarda, sem conflitos com o regime.


Paulo Diniz – Cantor romântico e popular, sem registro de perseguição.


Wilson Simonal – Cantor e entertainer; não sofreu perseguição formal durante o regime.


Nelson Gonçalves – Sucesso nas décadas anteriores, sem envolvimento político.


Amado Batista – Evitava temas políticos, carreira tranquila.


José Augusto – Cantor romântico, sem perseguição.


Reginaldo Rossi – Rei do brega, sem conflito com o regime.


Emílio Santiago – Cantor de MPB e boleros, sem problemas políticos.


Paulinho da Viola – Carreira relativamente segura, embora ligado à cultura popular.


Os Mutantes – Algumas críticas pontuais, mas não perseguidos diretamente.


Ney Matogrosso – Sofreu censura parcial de letras e performances; não foi perseguido diretamente.


Tom Jobim – Reconhecido internacionalmente; manteve postura discreta e diplomática, sendo respeitado até mesmo por setores do regime.


João Gilberto – Figura central da Bossa Nova; viveu parte do tempo no exterior e evitava manifestações políticas, sem registro de perseguição.


Jair Rodrigues – Popular com “Deixa Isso Pra Lá” e “Disparada”; manteve imagem alegre e nacionalista, sem enfrentamentos políticos.


Ronnie Von – Ídolo da Jovem Guarda e da psicodelia; adotou postura artística e apolítica, sem registros de perseguição.


Vanuza – Cantora ligada à MPB e música popular; manteve carreira sem envolvimento político e sem registros de perseguição.


Elis Regina – Voz emblemática da MPB; apesar de algumas críticas pontuais, manteve carreira intensa e não sofreu perseguição direta.


Jorge Ben Jor – Criador de um estilo único misturando samba, funk e rock. Algumas de suas músicas continham críticas sociais sutis ou referências culturais afro-brasileiras, mas nunca chegaram a ser alvo de censura oficial ou repressão direta pelo regime, diferentemente de artistas mais politizados da MPB.  Ou seja, apesar de viver em um período de forte controle cultural, Jorge Ben Jor conseguiu trabalhar e lançar seus discos sem enfrentar sanções políticas.


João Bosco – Compositor e cantor ligado à MPB; apesar de algumas de suas parcerias com Aldir Blanc trazerem temas sociais, conseguiu manter carreira ativa e sem perseguição direta do regime, evitando confrontos abertos com o poder militar.



Atores e artistas de TV



-Glória Menezes e Tarcísio Meira – Principais atores de novelas, sem perseguição.


-Chico Anysio – Humorista, adaptou seu trabalho evitando problemas políticos diretos.


-Renata Sorrah – Trabalhou em novelas, sem problemas com a censura política.


-Yoná Magalhães – Atriz de teatro e TV sem problemas políticos.


-Regina Duarte – Principal atriz de novelas na Globo, sem perseguição.


-Jorge Dória – Humorista e ator de TV sem restrições políticas.


-Mário Lago – Apesar de engajamento cultural, conseguiu atuar sem perseguição direta.



Compositores e músicos clássicos / instrumentais



-Toquinho e Vinicius de Moraes – Letras poéticas, sem confronto político direto.


-Radamés Gnattali – Maestro e compositor de música erudita popular, sem perseguição.


-Edino Krieger – Compositor e maestro, carreira segura.


-Cláudio Santoro – Compositor e regente sem perseguição política direta.



Observações importantes



A maioria desses artistas não foi perseguida porque evitava críticas políticas diretas ou produzia obras de caráter romântico, humorístico ou popular.Alguns, como Wilson Simonal e Ney Matogrosso, tiveram censura parcial ou atenção do regime, mas não sofreram perseguição direta, prisão ou exílio. Uma das músicas de Wilson Simonal que chamou atenção e sofreu algum tipo de vigilância do regime militar foi “Sá Marina” - Na verdade, Simonal não era um alvo constante da censura política, porque grande parte do seu repertório era considerado alegre, comercial e sem críticas explícitas ao governo. Porém, houve momentos em que certas interpretações ou associações de suas músicas com contextos sociais mais amplos geravam suspeitas. Mais notoriamente, Simonal não foi perseguido da mesma forma que artistas engajados politicamente, como Geraldo Vandré ou Caetano Veloso. O regime o observava porque ele era muito popular e tinha influência sobre o público, mas músicas com letras de protesto ou críticas diretas quase não constavam em seu repertório. Por isso, o que houve foi mais atenção e restrições pontuais, não censura severa.




Aqui está um panorama das músicas de Wilson Simonal que chegaram a chamar atenção do regime militar e o contexto em que isso ocorreu:



1. “Sá Marina” (1967) - Apesar de ser uma música romântica e aparentemente inocente, foi monitorada porque o regime desconfiava de qualquer influência cultural que mobilizasse grandes públicos jovens. Não houve censura direta, mas a música foi observada.


2. “Mamãe, Eu Quero” (parceria com Jorge Veiga, gravação de Simonal) - Uma canção popular do repertório de samba e marchinhas que Simonal interpretava com grande energia. A atenção do regime vinha mais do carisma de Simonal e sua influência sobre o público, não do conteúdo da letra.



3. “Nem Vem Que Não Tem” (1969, com Wilson Simonal e Edson Trindade) -Músicas de samba e soul com ritmo animado às vezes eram vistas com desconfiança pelo regime, por causa do impacto cultural e social, mas não havia críticas políticas na letra.



Interpretações de músicas de protesto de outros artistas



Simonal, em shows ou gravações, às vezes cantava músicas de autores um pouco engajados, como Jorge Ben Jor ou outros compositores, e isso gerava olhares atentos da censura, mesmo que ele próprio não fosse um artista de protesto.Wilson Simonal nunca sofreu censura severa como Geraldo Vandré, Caetano Veloso ou Chico Buarque, porque suas músicas eram majoritariamente comerciais, dançantes e sem críticas explícitas ao regime. O que houve foi atenção e monitoramento por parte do governo, devido à sua enorme popularidade e influência cultural. Mesmo os que não sofreram perseguição direta estavam sujeitos à censura indireta, como veto de músicas ou ajustes em shows.




Análise estrofe por estrofe da "Canção de Despedida" de Geraldo Vandré, relacionando-a ao contexto dos exilados do 8 de janeiro, período recente em que brasileiros(as) foram forçados(as) a deixar suas familias, vivendo como exilados políticos.



1ª Estrofe



“Já vou embora, mas sei que vou voltar

Amor, não chora, se eu volto é pra ficar

Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)

O amor de agora, pra sempre ele ficar”


-Análise:Aqui Vandré expressa o tema central da despedida temporária. A partida é inevitável, mas carregada de esperança de retorno. No contexto dos exilados do 8 de janeiro, essa estrofe reflete o sentimento de deslocamento forçado: sair do país ou de sua casa não significa renunciar à vida que construíram, nem ao amor ou aos vínculos afetivos. A ideia de que “o amor de agora, pra sempre ele ficar” simboliza a memória, a cultura e as relações humanas que resistem à violência do exílio.


2ª Estrofe


“Eu quis ficar aqui mas não podia

O meu caminho a ti não conduzia

Um rei mal coroado

Não queria o amor em seu reinado

Pois sabia não ia ser amado”


-Análise:Essa estrofe mostra a impossibilidade de permanecer em um lugar hostil. O “rei mal coroado” pode ser interpretado como a autoridade opressora — seja o regime ditatorial vivido por Vandré, seja a violência institucional enfrentada pelos exilados de hoje. A negação do amor pelo “rei” simboliza a exclusão, a perseguição e a falta de acolhimento, forçando a saída. Vandré reconhece que seu caminho não conduz ao amor ou à liberdade, portanto a partida é uma medida de sobrevivência.



3ª Estrofe


“Amor, não chora, eu volto um dia

O rei velho e cansado já morria

Perdido em seu reinado sem Maria

Quando eu me despedia, no meu canto lhe dizia”



-Análise: O eu-lírico reforça a promessa de retorno, transmitindo esperança aos que ficam. O “rei velho e cansado” sugere a decadência da opressão, a ideia de que regimes autoritários e injustos são temporários. “Perdido em seu reinado sem Maria” pode simbolizar a ausência de valores humanos, compaixão ou justiça. Para os exilados contemporâneos, essa estrofe inspira resistência: mesmo que sejam afastados de suas casas,famílias, ou do país, há esperança de reconstruir a vida e a convivência de forma justa e afetiva.


-Refrão repetido: O refrão retorna diversas vezes, reforçando a dualidade entre partida e retorno. Ele funciona como um mantra de esperança e resistência. No contexto dos exilados, reforça a memória coletiva e o direito de voltar, enquanto mantém o vínculo afetivo e cultural intacto.



Síntese



A música de Vandré, embora escrita em outro contexto histórico, dialoga fortemente com experiências de exílio e deslocamento forçado de hoje. Ela combina: Despedida dolorosa, mas consciente da necessidade de proteção ou sobrevivência. Esperança de retorno, uma promessa que mantém vivos vínculos e ideais. Crítica à opressão, simbolizada pelo “rei mal coroado”, que recusa o amor e a justiça. No caso dos exilados do 8 de janeiro, a canção ganha nova relevância, pois traduz sentimentos de separação, resistência e a esperança de reconstrução de lares e vidas. Vandré, mesmo que de forma poética, dá voz ao que o deslocamento forçado tenta silenciar.

 

 


Por que Geraldo Vandré acabou sendo esquecido pela própria esquerda?



(foto reprodução)



Desde os anos 60, Vandré ocupou um lugar central na música de resistência ao regime militar no Brasil — com canções como Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores que se tornaram hinos do movimento de oposição (UOL). Entretanto, ao longo do tempo, seu nome e trajetória foram se apagando dos cânones da esquerda. Há vários elementos que explicam esse distanciamento:



1. Transformação da trajetória pessoal e artística


Vandré viveu o exílio, retornou ao Brasil em circunstâncias pouco claras e adotou uma postura pública mais discreta (UOL Notícias).



Em entrevista de 2018, por exemplo, ele afirmou que “nunca fiz música de protesto” (JC).



Essa mudança de posicionamento — de compositor símbolo da resistência para figura reclusa e de discurso indefinido — fez com que a esquerda tradicional perdesse o “herói” que havia construído.



Geraldo Vandré: o exílio, o silêncio, e o retorno antes da anistia  



Ícone da música de protesto brasileira, Geraldo Vandré viu sua trajetória atravessar o palco da fama e os bastidores da repressão. Após o sucesso de canções como Pra Não Dizer que Não Falei das Flores, que se tornaram hinos contra a ditadura militar, Vandré passou a ser alvo de censura e perseguição. Pressionado pelo regime, deixou o país e viveu em exílio, principalmente no Chile e na França, longe do público e da imprensa.  Ao contrário de muitos artistas que só puderam retornar legalmente após a Lei da Anistia de 1979, Vandré voltou ao Brasil antes da anistia, mantendo, no entanto, um perfil discreto e evitando envolvimento político aberto. O retorno silencioso marcou o início de uma fase de recolhimento, na qual o artista continuou sua produção, mas sem o mesmo protagonismo que teve nos anos 1960 e início dos anos 1970.  Mesmo distante dos holofotes, Vandré permanece como referência da resistência cultural contra a repressão, e sua obra continua a provocar debates sobre arte, política e memória histórica.



2. Aproximação com instituições militares


Após o retorno do exílio, Vandré compôs a canção "Fabiana" em homenagem à Força Aérea Brasileira (bpp.pr.gov.br). Também há relatos de que, atendido em hospital militar e em ambiente de quartel, passou a ter relações com agrupamentos das Forças Armadas (Diario de Pernambuco). Para setores da esquerda, essas atitudes funcionaram como uma espécie de “renegação simbólica” do papel de Vandré como artista de oposição — o que gerou estranhamento e crítica. A música “Fabiana”, composta por Geraldo Vandré após o seu retorno do exílio (anos 1970/80), marca uma mudança profunda no estilo do autor de Pra não dizer que não falei das flores. Enquanto antes Vandré era direto, político, inflamado, agora ele se expressa por meio de metáforas, alusões e simbolismos. “Fabiana” pertence a essa fase enigmática e interpretada por muitos como uma mensagem velada ao Brasil e à Força Aérea Brasileira (FAB).




(foto reprodução)



O duplo sentido de “Fabiana” - O título “Fabiana” é um jogo de palavras que pode ser lido de duas formas:



-Fabiana, nome feminino — a mulher idealizada, símbolo de pureza, beleza e paz.


-FAB-iana, isto é, referência à FAB (Força Aérea Brasileira).


Vandré, que teve proximidade com militares e chegou a elogiá-los em entrevistas posteriores, parece aqui personificar a Força Aérea numa figura feminina, etérea e protetora, quase como uma musa.



Interpretação simbólica da letra



Embora Vandré não tenha explicado abertamente o significado, o conteúdo da canção pode ser lido assim:



“Fabiana” representa a pátria, a Força Aérea e a liberdade, unidas numa só imagem feminina.


A letra fala de esperança, beleza e transcendência, o que sugere que Vandré via naquela instituição uma forma de reconciliação com o Brasil — depois de anos de exílio e ruptura política. O tom é sereno, lírico e contemplativo, sem o protesto explícito do passado. Pode ser vista também como uma canção de agradecimento, já que há relatos de que Vandré teria recebido apoio de oficiais da Aeronáutica em determinados momentos.



Interpretação política e pessoal - A canção simboliza o renascimento de Vandré:


Se antes ele cantava “Caminhando e cantando e seguindo a canção”, agora ele canta para reconciliar-se com o país e consigo mesmo.


“Fabiana” é pátria, ideal e perdão — um gesto poético de paz depois da dor e da perseguição.



“Fabiana” — Análise simbólica e contextual



Análise estrofe por estrofe de “Fabiana”, de Geraldo Vandré, explorando sentido poético, simbólico, emocional e possível contexto biográfico (lembrando que Vandré compôs essa canção em homenagem à Força Aérea Brasileira, uma de suas paixões desde a infância).


1ª estrofe


Desde os tempos distantes de criança

Numa força sem par do pensamento,

Teu sentido infinito e resultante

Do que sempre será meu sentimento;


Análise: A canção se abre em tom de lembrança e afeição profunda. O “desde os tempos distantes de criança” indica uma ligação antiga, quase atávica, com o objeto da canção — a aviação, símbolo de liberdade, sonho e transcendência. A “força sem par do pensamento” sugere que esse amor nasceu da imaginação infantil, da fantasia do voo.O “teu sentido infinito e resultante do que sempre será meu sentimento” confere dimensão espiritual: o amor por essa “Fabiana” (a Força Aérea, personificada como musa) é eterno e inseparável do próprio ser do poeta.



2ª estrofe


Todo teu, todo amor inconfidente,

Vertente, resplendor e firmamento.

Vive em tuas asas, todo o meu viver;

Meu sonhar marinho, todo amanhecer.


Análise: Aqui o amor é declarado de forma total (“todo teu”). “Amor inconfidente” pode sugerir algo íntimo, reservado, mas também corajoso, como o dos inconfidentes mineiros — amor pela pátria e pela liberdade. As imagens — “vertente, resplendor e firmamento” — remetem aos elementos da natureza e do céu, unindo o divino e o terreno. A repetição de “vive em tuas asas” é a metáfora central: o eu poético vive nas asas de Fabiana, ou seja, encontra sentido no voo, no ideal, na liberdade aérea. “Meu sonhar marinho” sugere vastidão, o horizonte sem fim do céu e do mar, dois espelhos de infinitude.


3ª estrofe


Como a flor do melhor entendimento,

A certeza que nunca me faltou,

Na firmeza do teu querer bastante,

Seja perto ou distante é meu sustento;


Análise:O tom aqui é de confiança e fé. A metáfora da “flor do melhor entendimento” indica sabedoria e maturidade emocional.O amor — ou a admiração — pela “Fabiana” é constante, “certeza que nunca me faltou”, algo que dá sustento espiritual mesmo “seja perto ou distante”. Trata-se de uma dedicação resiliente, semelhante à de quem serve a uma vocação ou ideal, o que reforça a leitura da canção como uma homenagem à Força Aérea, cuja presença inspira mesmo à distância.


4ª estrofe


De lamentos não vive o que é querente

Do teu ser, no passado e no presente.

Vive em tuas asas, todo meu viver;

Meu sonhar marinho, todo amanhecer


Análise: O poeta afirma que o verdadeiro amor — ou vocação — não se alimenta de lamentações, mas de esperança e fidelidade. O verbo “querente” (aquele que quer, que ama) reforça o tom antigo e elevado da linguagem, quase litúrgico. A repetição do refrão (“vive em tuas asas...”) cria um motivo lírico constante, símbolo de que a vida e o sonho do poeta estão totalmente ligados ao voo, à força espiritual e estética que essa “Fabiana” representa.


5ª estrofe


Do futuro direi que sabem gentes,

De todos os rincões e continentes,

Que só tu sabes do meu querer silente,

Porque só tu soubeste, enquanto infante,


Análise: Agora o tempo verbal se projeta para o futuro: o poeta deseja que o mundo todo saiba da profundidade desse amor silencioso. “Meu querer silente” reforça que se trata de uma devoção interior, discreta, mas profunda. A expressão “enquanto infante” pode se referir tanto à infância do poeta, quando nasceu essa paixão, quanto a um termo militar — “infante” como combatente —, o que sugere uma ponte entre a pureza infantil e o ideal do soldado, da pátria.



6ª estrofe (final)


Das luzes do luzir mais reluzente,

Pertencer ao meu ser mais permanente.

Vive em tuas asas, todo o meu viver;

Meu Sonhar marinho, todo amanhecer...


Análise: A canção se encerra num tom místico e luminoso. “Das luzes do luzir mais reluzente” indica o esplendor máximo, talvez o brilho das estrelas ou do sol refletido nas asas da aeronave — símbolo de transcendência. “Pertencer ao meu ser mais permanente” resume tudo: Fabiana é parte essencial e eterna da alma do poeta. O refrão final repete a ideia de fusão total entre o “viver” e as “asas” — o voo não é apenas metáfora, é essência da existência.





Conclusão interpretativa de fabiana



“Fabiana” é um poema de amor e devoção — amor à aviação, à liberdade e ao ideal do voo, mais do que a uma mulher literal. Vandré, ao personificar a Força Aérea como “Fabiana”, une patriotismo, espiritualidade e lirismo, revelando um lado pouco conhecido de sua obra: o do artista que vê na técnica e na coragem humana (o voo) uma expressão do divino. A canção é ao mesmo tempo mística e nacionalista, intimista e universal, infantil e madura — reflexo da complexa alma de Vandré. “Fabiana” é mais que uma canção amorosa. É uma metáfora política e existencial. “Fabiana” simboliza o Brasil idealizado — livre, pacificado e belo. O título faz um trocadilho com “FAB”, indicando a Força Aérea Brasileira como destinatária de uma homenagem velada. A letra revela o novo Vandré: introspectivo, reconciliado, místico, substituindo o tom de protesto pelo de contemplação e esperança.“Fabiana”, de Geraldo Vandré, é uma das canções mais simbólicas e enigmáticas da música brasileira, especialmente quando colocada em diálogo com a história pessoal e política de seu autor. Depois do sucesso e da perseguição que se seguiram a “Pra não dizer que não falei das flores”, Vandré viveu o exílio e o silêncio. 



O homem que havia se tornado símbolo de resistência à ditadura militar voltou ao Brasil nos anos 1970 profundamente transformado, mais introspectivo e cercado de mistério. O discurso combativo deu lugar à contemplação poética. Nesse novo tempo, Vandré parecia não mais cantar contra algo, mas a favor da beleza, da memória e da reconciliação. É nesse contexto que nasce “Fabiana”.  



O título da canção já carrega um duplo sentido. À primeira vista, parece o nome de uma mulher, a musa idealizada, pura e distante. Mas por trás do nome se esconde uma alusão quase transparente à FAB, a Força Aérea Brasileira. O jogo sonoro entre “Fabiana” e “FAB” sugere que a mulher da canção não é apenas um ser humano, mas uma personificação simbólica — uma representação poética da Força Aérea e, mais amplamente, da própria pátria. Vandré, que após o retorno ao Brasil teve contato próximo com oficiais da Aeronáutica e chegou a morar em uma vila militar, parece ter encontrado na imagem do voo e do céu uma metáfora de liberdade, paz e transcendência.  Os versos falam de um vento leve que vem de longe, de um sol que brilha sobre o rosto e de um coração que é Fabiana. Essas imagens, longe de serem apenas líricas, revelam um artista que reencontra o país não pela via da denúncia, mas pela via do perdão. O vento que sopra representa o retorno da inspiração, o sol da tarde reflete o amadurecimento de quem viu a dor e sobreviveu a ela, e o coração que é Fabiana é o coração que volta a pertencer ao Brasil. O voo de Fabiana pelo céu evoca tanto a liberdade espiritual quanto o poder de sobrevoar as feridas do passado. Ao pousar, essa figura simbólica repousa sobre a terra — sobre o povo e o chão da pátria —, unindo céu e solo, ideal e realidade, sonho e vida concreta.  Vandré não abandona seu amor pelo povo, mas o expressa de outro modo. Se antes pedia que todos “caminhassem e cantassem”, agora convida a olhar o Brasil com serenidade. “Fabiana” se torna um canto de reconciliação, uma tentativa de refazer os laços com o país e com o próprio destino. O cantor, que já havia sido visto como inimigo do regime, agora se mostra disposto a perdoar e a ser perdoado. A mulher-Fabiana, ou a FAB-iana, representa o Brasil possível: aquele que ainda pode ser puro, livre e digno de amor. É uma canção que fala do voo e do pouso, da liberdade e da pertença, do silêncio e da palavra recuperada.  Em sua aparente simplicidade, “Fabiana” é o retrato de um homem que sobreviveu à própria lenda. Vandré canta não para protestar, mas para existir de novo. Sua musa é o símbolo da nação e também o espelho de si mesmo. Ao transformar a Força Aérea em figura feminina, ele cria uma ponte entre o passado e o presente, entre o artista e o Estado, entre o homem e o país. “Fabiana” é, no fim das contas, um hino de reconciliação — a canção de um homem que um dia foi expulso do céu e, anos depois, aprendeu a voar outra vez. A música traduz o olhar sereno e contemplativo de Vandré em sua fase posterior ao exílio, quando o cantor, antes símbolo de resistência, passou a expressar-se por meio da poesia, da metáfora e do símbolo.  



“Fabiana” nunca foi gravada oficialmente por Vandré, mas foi mostrada por ele ao maestro Hélio Martins (Lelinho), que registrou a canção exatamente como a ouviu da voz do próprio autor. A gravação que apresentamos aqui foi feita e gentilmente cedida pelo maestro Lelinho (voz e violão), preservando a pureza e a delicadeza originais da composição.  



Não há qualquer intenção de obter lucro com a divulgação deste material. O objetivo é apenas celebrar e difundir ainda mais a genialidade e a sensibilidade da obra de Geraldo Vandré, um dos maiores nomes da música popular brasileira.  



Ouça com atenção no link abaixo essa linda melodia a qual repousa a alma de um artista que aprendeu a transformar silêncio em poesia e reconciliação em arte:


 

https://www.youtube.com/watch?v=ZUnHHbyr2zU


 

 

Fabiana (Geraldo Vandré)

 

 

Desde os tempos distantes de criança

Numa força sem par do pensamento,

Teu sentido infinito e resultante

Do que sempre será meu sentimento;

 

Todo teu, todo amor inconfidente,

Vertente, resplendor e firmamento.

Vive em tuas asas, todo o meu viver;

Meu sonhar marinho, todo amanhecer.

 

Como a flor do melhor entendimento,

A certeza que nunca me faltou,

Na firmeza do teu querer bastante,

Seja perto ou distante é meu sustento;

 

De lamentos não vive o que é querente

Do teu ser, no passado e no presente.

Vive em tuas asas, todo meu viver;

Meu sonhar marinho, todo amanhecer

 

 

Do futuro direi que sabem gentes,

De todos os rincões e continentes,

Que só tu sabes do meu querer silente,

Porque só tu soubeste, enquanto infante,

 

Das luzes do luzir mais reluzente,

Pertencer ao meu ser mais permanente.

Vive em tuas asas, todo o meu viver;

Meu Sonhar marinho, todo amanhecer...



3. Incompatibilidade com a narrativa hegemônica da esquerda pós-ditadura



Nas décadas após a redemocratização, a esquerda brasileira construiu uma narrativa de memória da ditadura embasada em heróis, mártires, resistências claras. Vandré, no entanto, recusou esse estatuto confortável: evitou alinhamento partidário, evitou o rótulo de “artista de protesto” e adotou uma postura mais ambígua, por vezes crítica também da denominada “canção de protesto” (Jornal da Paraíba). Essa ambiguidade dificultou seu reaparecimento como símbolo referencial da esquerda.




4. Autossilenciamento e opção por não alimentar o mito



Vandré preferiu um distanciamento voluntário da vida artística de massa, da mídia e da militância visível. Ele mesmo afirmou que “na mão esquerda trago uma certeza, na direita sua garantia. Atenção: às vezes eu troco de mão.” (Jornal da Paraíba). Esse tipo de declaração reforça a ideia de que ele não se via mais como parte de uma causa ou de um movimento coletivo — o que implica seu “esquecimento” pelos grupos que buscam figuras simbólicas claras.



Em resumo



Vandré foi esquecido porque deixou de representar o que a esquerda esperava dele: o ícone incontestável de resistência política. Ele mesmo recusou esse papel, aproximou-se dos aparelhos que outrora combatera, e optou pelo silêncio e ambiguidade. Em uma cultura de militância e símbolos definidos, quem foge ao script se distancia da memória coletiva.



Fontes



-“Geraldo Vandré diz que nunca fez música de protesto” – JC/UOL. 


-“Paraibano Geraldo Vandré: o ícone da música de protesto faz 80 anos no completo ostracismo” – Polêmica Paraíba. 


-“O retorno misterioso de Geraldo Vandré ao Brasil, há 50 anos” – Deutsche WelleUOL Notícias


-“Biografia de Geraldo Vandré desfaz mito do artista torturado” – O Globo


-“Depois de anos de silêncio, Geraldo Vandré concede entrevista” – Vermelho


-Diversos artigos sobre sua relação com a Aeronáutica e mudança de postura - Diario de Pernambuco




Presos Políticos e Exilados no Brasil: A Verdade que o Mundo Precisa Saber



(foto reprodução)



Um país que mantém presos políticos e exilados políticos não pode ser considerado verdadeiramente democrático. É urgente que o mundo saiba o que está acontecendo no Brasil sob o regime Lula, onde cidadãos inocentes têm sido perseguidos por suas convicções e ações pacíficas.



Protestos Contra as Sentenças Monocráticas do STF



Recentemente, ocorreram manifestações legítimas contra as sentenças monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF) que têm condenado injustamente pessoas inocentes envolvidas nos eventos do 8 de janeiro. Cartazes com fotos de presos políticos foram distribuídos em frente à Avenida Atlântica, local por onde passarão líderes mundiais nos próximos dias.O objetivo dessas ações é claro: chamar a atenção da imprensa internacional e denunciar publicamente a situação do Brasil, mostrando que cidadãos comuns estão sendo punidos sem cometer crimes.



Exibição Internacional das Fotos dos Exilados



Em 18 de novembro de 2024, as fotos dos exilados e presos políticos do 8 de janeiro foram exibidas na Praia de Copacabana, diante de líderes mundiais presentes no Brasil. Essa ação simbólica mostrou ao mundo a realidade do país e reforçou a necessidade de liberdade e justiça para os inocentes.




Veja as imagens dos exilados e presos políticos do 8 de Janeiro no link abaixo:


https://www.instagram.com/reel/DCg2Hkjo5C1/?utm_source=chatgpt.com  



Casos de Injustiça e Perseguição Política -Entre os presos políticos mais conhecidos estão:


-Iraci Meugmi Nagoshi, professora aposentada de 71 anos


-Ezequiel Ferreira Luis, 43 anos


-Débora Rodrigues, cabeleireira de 38 anos


-Jorginho Cardoso de Azevedo, 63 anos







Todos foram condenados a 14 anos de prisão por ações que não configuram crimes: entrar em um prédio público ou escrever mensagens em uma estátua com batom. Essa situação expõe uma clara violação de direitos humanos e o uso político da justiça brasileira.



Liberdade para os Inocentes: Um Chamado Internacional



Não podemos aceitar que pessoas inocentes continuem pagando por crimes que não cometeram. A verdadeira justiça só será feita quando os inocentes forem libertados. E para aqueles que afirmam que os acusados “cumpriram pena pelos crimes que cometeram”, esse mesmo argumento foi utilizado durante o regime militar, reforçando a necessidade de atenção internacional sobre essas injustiças.


 

Conclusão – Um Brasil que vive a saudade dos que se foram...

 


“Já vou embora, mas sei que vou voltar…” — canta Geraldo Azevedo, e a letra ganha outro sentido quando ecoa no coração dos brasileiros que hoje vivem longe de sua terra, forçados ao exílio político.  



Eles partiram, mas não desistiram! Levaram consigo o amor pelo Brasil, a esperança de justiça e a fé inabalável de que um dia poderão pisar novamente o chão que os viu nascer — livres, sem medo e sem perseguição. Assim como tantos exilados de outras épocas, deixaram para trás família, amigos e a rotina de um país que, por ora, parece ter esquecido o valor da liberdade e do contraditório.  Mas quem parte com a verdade no peito não parte em vão — parte semeando o retorno.  



A “Canção da Despedida” é mais do que música: é prece, é promessa, é profecia. Cada verso soa como um sussurro de esperança, uma lembrança viva de que a saudade pode ser também uma forma de resistência. Porque a esperança não morre — apenas repousa à espera do tempo certo de florescer.  Os que partiram não deixaram o Brasil: levaram o Brasil dentro de si. Em cada oração, em cada gesto, em cada lembrança, a pátria continua viva, pulsando no exílio. 



E quando voltarem, não virão com rancor, mas com o coração disposto a reconstruir. Pois o verdadeiro amor à pátria não nasce do ódio, mas da saudade que purifica, do perdão que liberta e da fé que renova.  E então, como na canção, cada um poderá repetir — não mais em silêncio, mas em coro:  “Já vou embora, mas sei que vou voltar.”  



E quando esse dia chegar, o Brasil reencontrará não apenas seus filhos, mas também a si mesmo — redescobrindo, no retorno dos exilados, a própria alma livre que nunca deixou de existir, apenas adormeceu à espera da aurora.






 

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