*Conforme o Dicionário de Sinônimos, canalhice é o
mesmo que: patifaria, infâmia, baixeza, bandalheira, cachorrada, molecagem,
sujeira,cafajestada...
Genial não é quem
choca, não é quem agride com sua pseudo arte. Genial é quem surpreende e sabe
fazer a inclusão sem ofensas e com sabedoria.
Há 20 anos chegava aos cinemas o filme O Auto da Compadecida, baseado na obra do Mestre Ariano Suassuna. O filme trazia um Jesus negro, uma Maria idosa, uma estória de adultério, um trambiqueiro, um mentiroso, um monte de cangaceiros, um Padre e um Bispo interessados em dinheiro. Mas sabe de uma coisa? Foi escrito por um gênio! Foi escrito sem agredir, com doçura e delicadeza. Com respeito e bondade.
Há 20 anos chegava aos cinemas o filme O Auto da Compadecida, baseado na obra do Mestre Ariano Suassuna. O filme trazia um Jesus negro, uma Maria idosa, uma estória de adultério, um trambiqueiro, um mentiroso, um monte de cangaceiros, um Padre e um Bispo interessados em dinheiro. Mas sabe de uma coisa? Foi escrito por um gênio! Foi escrito sem agredir, com doçura e delicadeza. Com respeito e bondade.
O Auto da Compadecida em nada ofendeu aos católicos. Não levantou
bandeiras, mas foi a obra mais inclusiva que o Brasil já teve, colocando um
negro sentado no trono de Cristo.
Não, nós católicos
não nos doemos com tudo, ou qualquer coisa. Não venha dizer que nós católicos
não temos senso de humor ou somos racistas por estarmos revoltados com a
afronta do "porta dos fundos”.
Ninguém, nunca,
jamais, em tempo algum cogitou processar Ariano Suassuna por conta da obra
dele. Arte é arte, afronta é afronta. Vamos tratar cada coisa conforme a sua
natureza. Artista é artista e Canalha é canalha...
Texto atribuído a Ana Lígia Lira
O “Porta dos Fundos”, a liberdade de expressão
e o direito dos cristãos à reação
(Por Reinaldo
Azevedo)
O “Porta dos Fundos”,
outros antes deles e outros depois deles são todos herdeiros do Monty Python, um
grupo verdadeiramente engraçado, culto, inteligente. A melhor cena de
humor que conheço está no filme “A Vida de Brian”, num trechinho conhecido por
“O que nos deram os romanos?” - Veja a cena no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=Pc5DlVZRNE8
Pode ser que alguém se ofenda com aquilo? É possível. Não há ali, como em tudo o mais que o grupo fez, uma só canelada, uma só grosseria, uma só generalização estúpida, e o humor vive, em parte, da generalização, daí a necessidade de cuidado. É bem verdade que, na sua curta existência, o “Porta dos Fundos” já fez mais piadinhas do que o Monty Python em décadas. Nem sempre dá para escolher o roteiro, pelo visto.
https://www.youtube.com/watch?v=Pc5DlVZRNE8
Pode ser que alguém se ofenda com aquilo? É possível. Não há ali, como em tudo o mais que o grupo fez, uma só canelada, uma só grosseria, uma só generalização estúpida, e o humor vive, em parte, da generalização, daí a necessidade de cuidado. É bem verdade que, na sua curta existência, o “Porta dos Fundos” já fez mais piadinhas do que o Monty Python em décadas. Nem sempre dá para escolher o roteiro, pelo visto.
Na falta de uma ideia melhor, por que não provocar os religiosos? Sempre
funciona. Perdi o interesse por eles em razão desse e de outros proselitismos, maconha,
por exemplo. Humor, quando pretende doutrinar, vira política, e precisa tomar
cuidado para não se tomar como uma religião.
Cristo e Maomé
No dia 3 de abril de
2013, faz tempo já, escrevi aqui um post sobre uma entrevista de Fábio Porchat
a Sônia Racy. Ele sustentava que o limite do humor é não ter graça. Leiam este
trecho (em destaque):
Sônia Racy - Por quê?
Acha que o limite [do humor] é não ter graça?
Fábio Porchat - Acho que, no nosso caso, somos cinco cabeças pensando.
Cinco sócios. Então, é difícil uma coisa passar despercebida. A gente tem
batido em coisas que, na verdade, merecem apanhar. No idiota que inventou a Ku
Klux Klan, no padre pedófilo. Eu, por
exemplo, não faço piada com Alá e Maomé, porque não quero morrer! Não quero que
explodam a minha casa só por isso (risos). Mas, de um modo geral, a gente
vai fazendo, vai falando.
Sônia Racy - Não houve uma situação em que vocês falaram “isso não”?
Fábio Porchat - Já. E a gente não fez...
Na conversa com a Folha, Feliciano afirmou:
“Não entendo esses ataques. Eles só mexem com os cristãos porque sabem
que somos pacíficos. Por que não mexem com muçulmanos?”
Bem, Porchat
respondeu à pergunta de Feliciano, não é mesmo? E vou ter de discordar de
ambos, no fim das contas, reparem, eles são mais iguais no pensamento do que
ambos gostariam.
Por que não posso concordar com a pergunta-afirmação de
Feliciano?
Ora, o fato de
humoristas não poderem fazer piada com Maomé e Alá não deve servir de argumento
definitivo para que não se faça piada também sobre o cristianismo. Fosse assim,
a interdição imposta pelos islâmicos relativa à sua religião seria de tal forma
poderosa que acabaria se alastrando para as demais religiões. E eu não posso
concordar com isso.
Mas a resposta de Fábio Porchat é também inaceitável !
O fato de os
humoristas, por uma covardia justificada, não fazerem piada sobe o Islã deveria
levá-los a uma reflexão: então a violência cultivada por uma religião
os empurra para o silêncio, e o reconhecido pacifismo da outra, para a falta de
limites, a não ser o da graça? Não é possível ! Fosse assim, a tal graça (quando
não envolve islâmicos, claro!) seria um valor soberano, superior a todos os
outros. Essa fala, ademais, é perigosa porque está a sugerir que, se os
cristãos reagissem de forma violenta, eles parariam. Não é um bom modo
de pensar...
Apostolado Berakash
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