O que é pior ou
melhor? A polaridade, ou a ambiguidade? Nos esconder nesta última, é a solução
de todos os problemas? Jesus, é bom notar,
nunca usou de ambiguidades, ou seja, em lugar
algum nos evangelhos estar a nos convidar a
seguir por esta vereda, muito pelo contrário, nos ordena a fazer a escolha
entre os dois caminhos polarizados e nada ambíguos. A divisão entre os que rejeitam Jesus e os que creem nele,
mostra a polaridade de nossas opções temporais com peso de eternidade. Triste
ilusão a blindagem proporcionada pela falsa segurança do território da
‘pseudo-isenção’, do equilíbrio forjado no receio da exposição, da ambiguidade
calcada no autobenefício, do silêncio obsequioso da omissão em efeito cascata. Entendo que o tema da
covardia é complexo, multifacetado e sensível, nem por isto, deve ser evitado.Como
se sabe há vários modos e formas de sua manifestação, assim como de quem é
assim considerado. Vejamos a definição no Português basilar: “Covardia ou cobardia
é um vício que, convencionalmente, é visto como a corrupção da prudência,
oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de
coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda
ânimo traiçoeiro e ambíguo.” Nada mais letal à
inteligência de um país, de um povo, do que o medo de pensar, de falar, de
opinar, de se posicionar, de ser o que se é, de ter opinião própria, sobretudo,
pública. Para além de toda a tragédia que presenciamos mundialmente e que nos
afeta de forma avassaladora, sobretudo em meio ao obscurantismo relativista de
nosso tempo, é a formação de gerações de covardes, de acossados, de patéticos e
silenciosos cidadãos, induzidos e formados para o sucesso acrítico, que se
movem entre a alienação e a conivência, entre a indiferença e a cooptação.Mais que do nunca é
imperioso arrefecer a epidemia desta covarde ambiguidade de nosso tempo, que se
apresenta pelos quatro cantos do mundo, em várias modulações e formatos. A vacina para sua imunização necessita de
vários elementos em seu composto: o exercício do livre arbítrio, a ampliação
das conquistas democráticas, a promoção e a garantia do direito à liberdade de
expressão, à discordância, o direito ao contraditório, ao dissenso e à
contraposição, dentre outros. Torna-se também fundamental a prática cotidiana
da lição basilar de acolhimento e respeito ao que nos é distinto em todos os
sentidos: cultural, social, econômico e político. Nesse confuso e
indefinido universo melancólico, podemos constatar as consequências do
alastramento da ambiguidade como princípio de conduta e da autocensura como
escudo de proteção, impondo a seus partidários os grilhões de pensamentos e
afetos, o aprisionamento comportamental, a passividade e a insensibilidade. Acusa
o outro de polaridade e se acovarda em sua confortável ambiguidade.Para ajudar a
combater esse estado de acomodamento do espírito e de adestramento da alma,
apelemos para a poesia e as metáforas que instiga, liberta, e desafina o coro
destes adormecidos em cima de muro. A poesia que nada contra a corrente do
politicamente correto, a poesia que não afina e nem desanima, a poesia da
recusa, a poesia do risco de errar, mas que faz do erro o aprendizado para a
maturidade. Neste apelo a poesia,
não posso deixar de falar de uma obra poética e eterna, que é: “Cartas de Um
Diabo a Seu Aprendiz, em que seu autor C.S. Lewis nos presenteia com uma
espécie de fantasia, na qual um Diabo experiente, Fitafuso, dá conselhos ao
sobrinho por meio de cartas sobre como ser bem sucedido em fazer com que
determinado humano caia em pecado e perca a alma. Assim sendo, nos deparamos
com a realidade terrestre, onde o sobrenatural é mais do que real e onde Deus e
Satanás lutam de forma polarizada por cada pessoa. Contudo, nesse livro
encontramos apenas as cartas de Fitafuso e através delas inferimos o que o seu
sobrinho e aprendiz, Vermebile, relatou sobre a vida de um homem, cuja
responsabilidade no quesito tentação lhe cabe. Portanto, tudo o que lemos são
as cartas do diabo experiente e perito em descobrir possibilidades de provocar
a queda humana; cartas assustadoras, poéticas, mas realistas e dignas de
reflexão.Como você e eu, o ser
humano presente nessa obra é falível, possui maus traços de caráter, problemas
em seus relacionamentos e dificuldades espirituais. Dessa forma, é possível nos
enxergarmos nele e nos identificarmos com suas lutas. Porém, o clímax desta
ficção é ver que o autor coloca-nos em nosso devido lugar, ou seja, seres
tendenciosos ao pecado e fracos para lutar contra a tentação por si sós. Satanás
estuda seu comportamento, coloca ideias em sua cabeça, faz o que for necessário
para lhe conduzir ao pecado de forma racional, justificada, sem lhe causar
constrangimentos, portanto, não se iluda achando que você é mais inteligente do
que o “pai da mentira”, e portanto, das melhores ambiguidades possíveis e
imagináveis. Busque força do alto para ter o discernimento e a sabedoria
necessária, a fim de não se desviar do caminho que conduz à salvação, sem
perder-se em ambiguidades.Tendo em vista que a obra de um modo geral coloca em
evidência a inteligência diabólica, que de forma magistral, muito se utiliza
das ambiguidades de nosso tempo, que hoje se camufla do politicamente correto.Esse negócio de
“politicamente correto” entendo como uma espécie de tábua de salvação para quem
vê na cautela extrema um meio cínico, preguiçoso e covarde de sobrevivência sem
riscos,para agradara gregos e troianos. Não, definitivamente não tem a ver com
a fala daquele personagem de Guimarães Rosa no Grande Sertão, o Riobaldo,
narrador e protagonista de Grande sertão: veredas, entendido como o protótipo
do herói problemático, não adepto a ambiguidades, que muito sabiamente pela
experiência adquirida dizia:
“O senhor ache e não ache. Tudo é
e não é …”
A IGREJA
CATÓLICA É FILHA DA CERTEZA, E NÃO DA ACHOLOGIA!
Então o que você ACHA
é o que determina o que é certo e o que é errado?
-E se você ACHAR que o sol é
frio, será que passará a usar cachecol?...
-Se você achar que ácido sulfúrico é
remédio contra a tosse, ele passará a ser meio de cura para a tosse?
-E se você
ACHA que dois mais dois são 5, sua conta estará certa só porque você ACHA? Você
conseguirá construir um prédio, ou ter sucesso em um negócio com esta sua
achologia matemática?
Precisamos entender
que a verdade não depende do sujeito, e sim do objeto. A verdade é a
correspondência entre a idéia de um sujeito com o objeto que ele conhece, e
essa correspondência depende do objeto, e não do sujeito, pois a verdade é
objetiva. Aquilo que você pensa que pensou por si mesmo é fruto do subjetivismo
idealista do romantismo relativista, que lhe foi imposto pela revolução
cultural progressista. Na verdade, se repete o que todo o mundo relativista pensa
que pensa. Repete simplesmente o que a propaganda relativista e progressista com
ares de intelectualidade repete. Nada menos original
do que o pensamento de quem diz EU ACHO.É no hospício que cada louco ACHA que é
Napoleão. E nem por isso fica sendo Napoleão. O subjetivismo lhe foi imposto
nos seu lamentável banco escolar e acadêmico, na mídia, e em todo ambiente relativista
reinante no século XXI, e você nem o percebeu. Faça agora suas opções:
-Você
prefere ser comandado pela polaridade, ou pela ambiguidade?
-Por idéias e modismos que
valem só agora, e que amanhã se devem jogar fora porque já estão ultrapassados?
"Idéias que só valem hoje, são idéias descartáveis. As idéias, não se
classificam como novas ou milenares: as idéias são certas ou erradas, portanto,
polarizadas e não ambíguas"
O subjetivismo ambíguo
é um Credo de um único artigo: EU ACHO. Ele leva ao relativismo. Nada é
realmente certo, ou realmente errado, mas é o que você acha certo, ou errado. Daí
a ACHAR e até propagar que: “Devemos não somente respeitar, mas acatar todos as
opiniões”!
-Diga-me, você respeita a deusa Cali, que exige que se matem pessoas
por estrangulamento?
-Respeita os radicais Islãmicos que degolam que não professa sua fé?
-Ou respeita o deus azteca Huitzlopotchli, que exigia sacrifícios
humanos monstruosos?
-Ou Buda, que condena o homem ter qualquer desejo?
-Ou o deus
cátaro que afirmava serem a mulher, o matrimônio e a procriação intrinsecamente
maus?
-Ou o deus Moloch, que exigia que as mães sacrificassem seus filhos no
fogo?
-Respeita e acata que índios enterrem vivos seus filhos, simplesmente por
nascerem com algum defeito físico?
Como ter
respeito pelo que é falso?
Você
então toma suas decisões por aquilo que sente, ou acha que é verdadeiro? No dia
então que não mais sentir, ou achar que Deus não exista, Deus vai deixar e existir?
Deus não se SENTE, Deus não é um sentimento como alegria, tristeza, saudade, etc.
Com sentimento não se crê em nada! Crê-se com o intelecto, que não sente, mas
que emite juízo daquilo que é falso, ou verdadeiro! Aristóteles e São
Tomás provam que Deus existe, não por sentimentos, mas pelo uso da razão. A
existência de Deus não é algo tão somente de fé, assim já nos revela a própria
escritura. É algo racional, que se prova racionalmente:
Romanos
1,19-22:"Pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto
entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os
atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido
vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma
que tais homens (os incrédulos) são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a
Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus
pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos...”
Conclusão:
A Fé é uma virtude intelectual que nos faz
aceitar o que Deus revelou como verdade, o que a pura razão, por si, não
poderia conhecer, uma complementa a outra e são as duas asas para nos elevarmos
a Deus. Jamais Deus nos deu as asas da ambiguidade e da achologia para
chegarmos até Ele, estas são as asas do adversário dele! Deus nos deu a certeza da fé e da razão para nos elevarmos até Ele!
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