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Os especialistas Robert Royal e Ed. Peters não gostaram da "Amoris Laetitia" do papa Francisco

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 9 de abril de 2016 | 10:17







Em suma, o Papa Francisco não desprezou os ensinamentos da Igreja sobre casamento e aborto. Mas novamente temos problemas enormes em alguns argumentos ambíguos do Papa Francisco, que podem ser considerados erros básicos de Doutrina Católica. A ambiguidade é uma característica perigosa em matéria de doutrina sobre fé e moral.
Quando eu quero saber sobre os aspectos canônicos de um documento da Igreja, eu recorro a Edward Peters no site In the Light of the Law. Peters é renomado mundialmente, acostumado a dar aulas para bispos e cardeais até em Roma. Procuro fugir da falácia da autoridade, olhando outras fontes, mas em geral Peters é mais convincente e profundo que o resto. Aqui mostro a opinião de Peters e também de outro especialista Robert Royal, presidente do instituto católico Faith & Reason, que admira o Papa Francisco,mas com ressalvas.Fica evidente que Peters não gostou de Amoris Laetitia sobre a família.Robert Royal, outro católico renomado, autor de diversos livros, também viu coisas muito preocupantes no texto do Papa.




Primeiro vamos aos argumentos de Peters. vou fazer um resumo:





1. Primeiro, Peters achou que o texto não estava tão bem escrito, nem tão lógico, e com muitas platitudes, mas disse que o Papa Francisco é assim mesmo, não é claro e apela para platitudes (s.f.Propriedade do que é banal; que apresenta banalidade; trivial. Qualidade do que se apresenta de maneira medíocre; inexpressividade.Etm. do francês: platitude).




2. Depois, ele trata dos problemas canônicos do texto. Eu ressalto as letras "a",  "d" e "e". O erro mais crasso para mim é a letra "e":




a) Sobre comunhão para divorciados que se casaram novamente - Peters diz que o Papa Francisco não aprovou a comunhão, mas também o Papa não reiterou claramente o ensinamento da Igreja. Outro problema é que o Papa usa a expressão "casamento irregular", quando a Igreja usa a expressão "pseudo-casamento" (FALSO CASAMENTO) para uniões que não são reconhecidas pela Igreja. Além disso, o Papa colocou a palavra irregular entre parênteses, como querendo dizer que ele não considerava irregular.




b) O Papa Francisco ainda falando sobre os divorciados que vivem em segunda união civil comentou sobre a sugestão canônica de que eles vivessem como irmãos, e usa uma passagem de Gaudium et Spes que trata do período de abstinência sexual entre casamentos reconhecidos pela Igreja. Peters disse que o Papa Francisco usou de "forma errada e perigosa" (serious misuse) a Gaudium et Spes, uma vez que a Igreja considera adultério a segunda união, ou até mesmo o desejo por outra pessoa, principalmente se esta outra pessoa já for casada, conforme nos alerta o próprio Cristo:
Mateus 5,27-28:"Vocês ouviram o que foi dito: 'Não adulterarás'.Mas eu digo: Qualquer que olhar para uma mulher e desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.”(Imagine duas pessoas convivendo sobre o mesmo teto, ainda que como irmãos?...).









c) O Papa Francisco falando de casamentos cristãos, como reflexo da união entre Cristo e a Igreja, disse que algumas formas de casamentos contradizem essa união e outras realizam essa união pelo menos em parte. Peters disse que o Papa deveria ter elaborado mais este ponto, pois formas de união que contradizem a união de Cristo e a Igreja são adúlteras e pseudo-casamentos e formas de união que realizam pelos menos em parte são todas formadas pelo casamento natural entre homens e mulheres. Essas duas formas não são variações de um mesmo tema, são dois tipos completamente diferentes. O Papa não deixou isto muito claro o que certamente gerará controvérsias teologógicas e pastorais.





d) O Papa Francisco disse que alguns casamentos de divorciados podem exibir fidelidade, generosidade e compromisso cristão". Peters aqui questiona: “como um casamento considerado adúltero pela Igreja pode exibir fidelidade e compromisso cristão ?”













e) O Papa diz que "ninguém pode ser condenado para sempre em vida, porque essa não é a lógica do Evangelho". Peters disse que pelo contrário: é justamente esta a lógica do evangelho para aqueles que não querem seguir o estreito caminho da Salvação, no qual alguém pode sim ser condenado para sempre ao inferno, caso esta pessoa tome deliberadamente e conscientemente esta opção de optar pelo caminho largo e das facilidades propostas pelo demônio.





f) Na passagens sobre a educação sexual dos jovens, Peters ressalta que o Papa não faz nenhuma menção sobre os direitos dos pais nessa importante área. Ele deveria ter feito pela circunstâncias atuais.







Robert Royal achou o texto "Bonito e Emocionante", mas AMBÍGUO:
















Os dois últimos parágrafos de Royal ressaltam que o texto do Papa Francisco é muito ambíguo e por isso traz problemas para a Igreja. 
Vejamos esses dois últimos parágrafos de Robert Royal, que dizem que o Papa Francisco em Amoris Laetitia não segue o que disse o cardeal Newman - “Newman afirmou que a Igreja deve ser clara nos seus ensinamentos”, porém, o Papa Francisco neste documento deu um entender que está mais interessado em trazer conforto para as pessoas do que em buscar a conversão para o que Cristo ensinou sobre casamento. O beato Newman condenou aquele que busca demasiadamente o conforto das pessoas esquecendo o caminho da santidade, e como já dizia Santo Agostinho: 





“A verdade sempre na caridade, mas jamais negar a verdade em nome da caridade". 







CONCLUSÃO:





As intenções do santo padre são santas, aguardemos portanto, os frutos deste documento na vida prática da Igreja antes de fazermos julgamentos precipitados ao documento e ao nosso querido Papa Francisco, e rezemos pelo seu ministério, pedindo o auxílio e intercessão de Maria. Amados irmãos e irmãs, não tenho a intenção de passar-me como voz oficial da Igreja, caso aconteça alguma falha no meu ensinamento, a exemplo de São Tomás de Aquino, digo:






“Se, por ignorância, ensinei algo errado e contrário a sagrada tradição dos apóstolos e ao sagrado magistério Petrino, revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa mãe Igreja" (Santo Tomás de Aquino).






Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! E Viva o Papa!







Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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