(foto reprodução)
Por *Irmã Theresa Noble
Veja como manter a sua paz interior, enquanto o
mundo em torno de você cede à desconfiança, suspeita, raiva e paranoia. Enquanto ouvia um recente debate eleitoral
nos Estados Unidos, notei que os minutos se arrastavam enquanto os candidatos
debatiam sobre a construção de um muro entre Estados Unidos e México. Enquanto
ouvia, pensei: é isso mesmo? Os muros
realmente são um mal-estar na nossa sociedade. O Papa Francisco recentemente foi notícia quando disse que “uma
pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que seja, e não em
construir pontes, não é um cristão”. Eu iria mais longe do que isso e diria
que uma sociedade que se concentra na construção de muros não só não é cristã,
é perigosamente perto de desumana. Já posso ter perdido muitos de vocês na
discussão sobre imigração. Mas eu não estou aqui para discutir os prós e
contras da construção de um muro ou até mesmo a questão da imigração. A
“discussão do muro” no recente debate republicano não é realmente sobre o
México, e não é realmente sobre a imigração. Trata-se de medo! A polarização
nunca foi tão extrema! Os valores estão
mudando durante a noite. O relativismo reina em todos os lados. Muitos estão
lutando para sobreviver. As pessoas estão enfurecidas. É assustador desvendar
uma sociedade como esta. Estamos obcecados com a construção de muros, porque
queremos nos proteger do futuro. O problema é que nossa nação já está cheia de
muros, e são esses muros que põem em risco o nosso futuro. Há um muro entre
republicanos e democratas; entre os pró-vida e pró-escolha; entre gerações
novas e as gerações mais velhas; entre as pessoas religiosas e a multidão
“espiritual mas não religiosa”; entre progressistas e conservadores. Muros
entre vizinhos. Entre os cristãos, há muros separando as denominações. Muros
que separam uma tribo de católicos de outra tribo. Parece que as muitas
divisões em nossa cultura se tornaram um muro impossível de romper. Somos uma
nação que vive com medo. E o medo pode transformar-se em ira. Quando trocamos o
enfrentamento do medo e da vulnerabilidade pelo simples nervosismo, acabamos
encontrando razões para estar zangados. E a raiva acumulada muitas vezes leva à
desconfiança, suspeita e até mesmo paranoia.
Assim, em meio a essas circunstâncias
assustadoras, aqui estão algumas maneiras de manter a sua paz interior em
tempos de tensão política:
1)- Evitar os piores cenários!
Muitas vezes, quando assisto ao noticiário ou
recupero o atraso em política, vou imediatamente para os piores cenários na
minha mente. Pressinto que a sociedade está desmoronando. Começo a me perguntar
se deveria revisar minhas habilidades de sobrevivência. Aprender sobre os
frutos comestíveis da minha região. Guardar alguns suprimentos de emergência.
Aprender a arte de camuflagem e caça. Afastar-me do convento e viver em uma
tenda na Mongólia. Ok, estou exagerando, mas você entendeu a questão. Há uma
razão para a Bíblia estar repleta de versos sobre não se preocupar. Deus sabia
que seria uma das maiores cruzes que levaríamos como seres humanos. Quando se
pensa nos piores cenários, ajuda perguntar-se: há alguma coisa que eu
possa fazer sobre isso? Se houver, então faça. Se não houver, fique algum
tempo longe das notícias, discussões nas redes sociais e de pessoas que te
agitam e te colocam em estado de ansiedade. Em vez disso, vá para a adoração,
leia Mt. 6,25-34 e fale com Jesus.(Podem até taxar-lhe de alienado, mas o
próprio Cristo fez isto em momentos de tensão e aconselhava os apóstolos a
orarem afastados das tensões).
2)- Recusar-se a desumanizar outras
pessoas!
Como cristãos, somos chamados a ser a luz do mundo
(Mt. 5,14). Esta luz é a presença batismal de Deus em nós. Cada pessoa é
portadora dessa luz, feita à imagem e semelhança de Deus. Quando atacamos
pessoas ao invés de discutir ideias, bloqueamos a luz. Pode-se argumentar que as pessoas
que estão nos levando para baixo são ruins e estão longe da luz. Isto pode ou
não ser verdade, mas uma coisa é verdade: bloqueamos a graça de Deus em nós
quando zombamos, falamos e arremessamos insultos contra outros seres humanos.
Não importa o quão repugnante seja o ponto de vista da outra pessoa para
conosco, é importante nós não desumanizarmos essa pessoa e nós mesmos na nossa
resposta.
3)- Tire um tempo para rezar!
Sempre perco minha sanidade quando não estou
rezando o suficiente. Se você sentir sua raiva fervendo ou o medo
borbulhando em você, tire um tempo para rezar. Vá, entregue seu coração para
Jesus. Ele é o único que pode mudar os corações e nos ajudar a enfrentar a
incerteza e falta de controle. Ele é o único que pode nos dar coragem em
situações que parecem sem esperança. Além disso, nosso país precisa de
orações. Mais do que tiradas e posts enfurecidos, nosso país precisa de suas
orações.
4)- Faça um Jejum eventual de mídia
A Igreja vê a mídia como “dom de Deus”. Meios de
comunicação social, a televisão e os jornais são dons de Deus que podem ser
usados de acordo com seu plano de salvação. Mas nós os usamos de acordo com o
plano de salvação de Deus? As minhas palavras e ações on-line levam outros a
Cristo?A mídia pode ultrapassar o silêncio em nossa vida e levar-nos à
frenética atividade constante. Quando isso acontece, pode ser útil tomar
pequenas pausas da mídia quando precisamos de algum equilíbrio e sanidade em
nossa vida. Se você está se sentindo exausto, corte algum tempo com a mídia e
substitua-o por um tempo com Deus. Você não vai se arrepender.
5)- Manter seu senso de humor
São Filipe Neri, conhecido por sua alegria e senso
de humor, disse uma vez: “a alegria fortalece o coração e nos faz
perseverar em uma boa vida”. Se acharmos que os eventos mundiais nos
fazem sentir tristes e amargos, então certamente faz sentido perguntar o que
está roubando nossa alegria e esperança ? Se estivermos permitindo que as
circunstâncias que estão fora de nosso controle roubem o nosso senso de humor e
leveza do ser, então é um sinal de que algo precisa mudar! Pode ajudar
pedir ao seu anjo da guarda para lembrá-lo a sorrir durante todo o dia!
*Irmã Theresa Noble, FSP, é autora de The
Prodigal You Love: Inviting Loved Ones Back to the Church. Recentemente,
ela pronunciou seus primeiros votos com as Filhas de São Paulo. Ela escreve no
blog “Pursued by Truth”.
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