A web é uma arena de gladiadores e um tratado
sociológico sobre a vergonha alheia. Aqui aprendemos, como em nenhum outro
lugar, como se comportam os partidários das mais diferentes tribos e escolas de
pensamento. Uma, em especial, se destaca nesses tempos de crise – a dos
petistas. Eis uma classe entregue a desconstruir adversários e críticos,
abraçando o governo da maneira mais desavergonhada possível, reinventando-se
através das desculpas mais esfarrapadas do mundo. Abaixo, 10 coisas que aprendi
com eles nos últimos meses (as imagens são meramente ilustrativas!).
1) Quem não é
Petista, é Tucano!
REFUTAÇÃO 1 : Para um Ptista não
importa quem você é ou o que você defende: se você não é petista, você é tucano.
Não há outra opção disponível. Ataque um
descaso do Partido dos Trabalhadores e espere: será apenas uma questão de tempo
para que um ataque ao PSDB apareça na sua frente como se esse
fosse um argumento. E aqui não importa se você reside num estado ou numa
cidade governada por tucanos. Quem ataca Lula e Dilma automaticamente defende
Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso. É uma determinação
implícita nos debates, um contrato que você assinou se responsabilizando sem
saber.
2)
Quem não é petista não gosta de pobre viajando de avião!
REFUTAÇÃO 2 : Este é o argumento
mais usado, e que todo Ptista já tem na ponta da língua. Por alguma razão
inexplicável, quem não é petista não gosta de pobre viajando de avião.
Não me pergunte por quê, mas alguém que não apoia o atual governo só pode
assumir essa posição porque perdeu sua escrava doméstica; não consegue
alugar seus apartamentos graças ao sucesso do “Minha Casa, Minha Vida“; não gosta de negros cursando o ensino superior (mesmo que você
seja negro); e se irrita porque é obrigado a ficar mais tempo preso no
trânsito com seu carro, engarrafado no meio de um monte de veículos
populares guiados por domésticas, cabeleireiras, pedreiros e porteiros (o
que lembra a velha máxima “congestionamento é progresso”, dita por Paulo Maluf
em certa ocasião). Como disse Rui Costa, o atual governador petista da
Bahia, “o antipetismo é a insatisfação da classe média”. Para ele, “o Brasil
está vivendo um segundo período de fim
da escravidão“, com a derrota de “pessoas [que] veem como um absurdo o porteiro chegar de carro ao trabalho e
se incomodam ao ficar atrás de um agricultor ou uma empregada doméstica em uma fila de aeroporto; acham que pobre não
pode ter carro, não pode andar de avião, não pode entrar em uma universidade”.
Não há outra razão possível – quem ataca o PT é rico e não gosta de pobres.
Simples assim.Há algum tempo, essa vem sendo a grande fórmula mágica do governo: dividir para conquistar. Mas não se engane, essa não é uma tática recente na história. Pelo contrário. Foi usada muito antes de direita e esquerda serem orientações políticas, do imperador romano Julio César (divide et impera) a Napoleão Bonaparte (divide ut regnes). Por aqui, ela se repete. Dividir para conquistar vem sendo a fórmula adotada pelo populismo latino americano há pelo menos dois séculos.Foi exatamente dessa forma que o atual governo chegou a poder. Fracionando, separando, partindo ao meio, dividindo. Para ele, sempre houve dois caminhos muito claros a seguir, como se todos fôssemos estrelas de uma grande história em quadrinhos. De um lado, os vilões típicos: os coxinhas, a elite branca, gente sectária e ignorante que não gosta de ver gente pobre crescendo na vida. Do outro, os super-heróis de capa: os grandes líderes do partido, o mito de suas cores e suas bandeiras, e a burocracia oficial, construída com o único objetivo de defender os interesses dos mais pobres contra as tratativas malignas dos mais ricos. E foi nesse ponto da história que o governo criou aquilo que ele mesmo acusa – o tal clima de ódio.Você se lembra da última eleição? Ele estava lá o tempo todo. Aécio era um filhinho de papai, machista, que cheirava cocaína, batia na mulher, arriscava retirar direitos sociais, defendia que os jovens estivessem na cadeia ao invés das escolas, ameaçava a democracia, defendia a escravidão, o genocídio da juventude negra e pregava ódio contra os nordestinos. Marina Silva não deixava por menos – era uma serviçal dos interesses dos banqueiros, tinha desvio de caráter, ameaçava tirar comida da mesa dos mais pobres e acabar com os programas sociais, era simpática à ditadura militar e cumpria um script que logo a transformaria numa versão feminina de Fernando Collor. Criar uma cultura de ódio contra tudo aquilo que ameaçasse o projeto de poder do Partido dos Trabalhadores assumiu o tom por toda campanha oficial em 2014, e quem passasse pelo seu caminho era logo taxado de anti-povo e inimigo dos mais pobres (mesmo Marina, uma ex-seringueira e empregada doméstica, criada no interior do Acre por uma família humilde e que aprendeu a ler e escrever aos 16 anos).Como política é essencialmente identidade de grupo, todo essa lenga-lenga pegou. Afinal, quem se importa com propostas quando a discussão está presa a questões morais como a luta do bem contra o mal e seguir cegamente as ordens de um líder messiânico?Desta forma, o PT cooptou em seus discursos a narrativa de cunho religioso e messiãnico para angariar a simpatia dos incautos e permanecer no poder. Assim, em suas sentenças sempre foi possível reconhecer dois caminhos antagônicos – de um lado, os grandes profetas milagrosos do partido, guiando o povo à salvação e à compreensão das verdades divinas; de outro, os demônios que os combatiam, condenando todos à danação eterna e obscurecendo o entendimento do homem a respeito da verdade. Não por acaso, a cada vez que uma nova denúncia surgisse, que escancarasse a falibilidade celestial do partido, era logo encarada como uma artimanha demoníaca do PIG, uma manipulação astuta daqueles que insurgiam dos porões do inferno para confundir seu sacro dogmatismo – e o diabo (do grego diábolos, aquele que acusa, que intriga, que separa), como pai da mentira, logo assumia diferentes formas: ora como mídia golpista, ora como cacique da oposição, ora como organização de um pretenso movimento neoliberal, ora como direita, ora como classe empresarial.Para condenar a astúcia dos inimigos, não raramente figuras escrachadas que representavam o arquétipo vilanesco da oposição eram expostas como a representação fidedigna dos que combatiam o governo. Logo, os infiéis que questionavam a santidade oficial eram tratados como cães adestrados para servir aos interesses de organizações profanas como a Rede Globo ou a Veja, Eduardo Cunha, Aécio, e de empresários bonachões ianques de almanaque interessados em sugar cada gota do nosso petróleo. Todos babões mesquinhos condenando o país ao impiedoso Armagedom, manipulando um exército satânico em verde e amarelo. Todos irremediavelmente condenados ao fracasso no juízo final graças à ressurreição do grande líder.Longe da campanha eleitoral, o nós contra eles permanece mais atual do que nunca: Resumir a insatisfação de milhões de brasileiros a uma mera luta golpista de uma minoria branca e rica, desiludida com a ascensão dos mais pobres, ainda dá o tom do discurso oficial, mesmo na maior crise de popularidade do Planalto na história republicana. Na sexta-feira, na Paulista, Lula disse que o protesto contra o governo pertencia à elite, enquanto a manifestação em sua defesa era obra dos trabalhadores. O que tudo isso alimenta? A inevitável ira de quem é excluído dos discursos oficiais – aquela turma que subitamente se vê acossada como a vilã da história. Com tantas razões para ir às ruas, não se espanta que tanta gente tratada nos últimos anos como inimiga, sobrecarregada com a cizânia repetida incansavelmente nos discursos governistas, proteste agora com tamanho furor.E os políticos não são os únicos a sofrer com isso. Pelo contrário. Há nesse exato instante uma multidão de intolerantes no país ante o cinismo de uma classe em especial – a artística e “intelectual”, que se esconde atrás de uma pretensa ideia de defesa da democracia pra fazer proselitismo governista. Uma classe que faz campanha em período eleitoral pelo partido, que convoca manifestações em defesa do partido, que aplaude lideranças do partido, que critica duramente oposicionistas do partido e que silencia ante as barbáries cometidas pelo partido, covarde em assumir sua condição partidária, fingindo uma isenção pra inglês ver.Uma classe que, ante todo maniqueísmo de uma luta do bem contra o mal travada violentamente pelo governo nos últimos anos, que insiste em permanecer de pé, perseguindo e condenando de forma hostil, rebaixando à categoria de anti-povo qualquer um que não reze sua cartilha, fingir despudoradamente sair às ruas para lutar pelo amor e pela paz, contra o “clima de intolerância” que invade as esquinas. Uma classe predatória que toma as ruas de vermelho para manifestar-se em defesa de um governo que não raramente lhe rende dividendos, fingindo apartidarismo num ambiente homogêneo, enquanto questiona a isenção de milhões de pessoas, que saem às ruas livremente para protestar e são inevitavelmente tratadas como golpistas de direita comprometidas com um discurso único de violência.Agora, o clima de ódio provocado pela repetição maciça de golpismo é inevitável, ainda que boa parte das pessoas que provocaram essa situação nos últimos anos finjam desavergonhadamente fazer de conta que nada tem a ver com isso. Como resolver a situação? Sem devoção. O petismo se transformou na maior religião de nosso tempo. É preciso lutar por laicidade, em defesa da racionalidade das instituições do país. Desmantelar o clero de artistas, intelectuais e sindicalistas pelegos – classes sacerdotais que há uma década sobrevivem com o dinheiro dizimático dos pagadores de impostos. Lutar contra o clima inquisidor a que se submeteu o Judiciário, pelo fim da condenação de juízes, investigadores e promotores previamente catalogados como hereges e feiticeiros. E finalmente condenar ao inferno das páginas dos nossos livros de história quem prometeu um céu sem ser divino.
3)
Você só protesta contra o governo do PT porque nunca leu um livro de
história na vida!
REFUTAÇÃO 3 : Certamente não os livros
de história do Mario Schmidt. É duro ter que dizer isso, mas você certamente é
um iletrado que ignora o fato irrefutável de que por 500 anos o Brasil foi governado pela direita (para os Ptistas somos um país tão
conservador que já éramos de direita antes mesmo da direita nascer). Na
última campanha presidencial, conforme apontado por diversas pesquisas de
opinião, a candidata petista liderou com folga entre aqueles com escolaridade
até a 4ª série, mas viu um cenário
radicalmente oposto entre aqueles com ensino superior, que apoiaram em massa o
candidato da oposição. Deve ser que na dúvida, os mais escolarizados
fugiram dos livros de história.
4)
Quem não é Petista, nem Tucano, defende a Ditadura Militar!
REFUTAÇÃO 4 : Se você não é
petista, só há um caminho possível se
você não é tucano: você é um defensor da Ditadura Militar. Não, não adianta
contra argumentar e simplesmente não há outra razão. Dilma combateu os
militares, se você não gosta dela, logo os defende. O caminho é muito claro:
você não gosta do PT porque provavelmente é um Nazi Fascista. E nem adianta olhar pro lado, tão falando com você mesmo, que segundo os Ptistas
sem nunca ter ido a sua casa, você esconde pôsteres do Mussolini e Hitler
no seu quarto. Você não é brasileiro, mas um ultra direitista que está querendo
a instauração de um regime racial,
para toma as ruas com as cores do país para protestar contra o governo.
5)
Você não pode reclamar dos bilhões desviados pela corrupção do PT porque você fura fila na
padaria!
REFUTAÇÃO 5 : Você não tem o
direito de reclamar dos casos de corrupção cometidos pelo governo. Por duas
razões. A primeira porque o PT não criou a corrupção, logo
não faz sentido acusar o partido de nada, além disso segundo os Ptistas, o PT é
o único partido que manda investigar. A segunda é porque você fura a
fila da padaria, já buzinou perto de um hospital e já estacionou em local
proibido (Um Ptista jamais fez isto claro).E nem adianta dizer que você nunca
fez nada disso. Antes de reclamar dos bilhões de reais desviados pelo PT, pense
naquele dia em que você colou fazendo uma prova de geografia na oitava série.
Além disso, lembre-se do primeiro argumento dessa lista: o PSDB já esteve
envolvido em casos de corrupção. Todos os seus argumentos contra o PT são inválidos,
pois todas as falhas do PT já foram anteriormente praticadas pelos outros,
portanto isto simplesmente os inocenta e ponto final.
6)
O processo “constitucional” de impeachment é "gopi"
REFUTAÇÃO 6: Se você toma as ruas
reclamando de um governo envolvido em esquemas de corrupção (do zagueiro
ao ponta-direita), e pedindo a investigação da presidente pelo ao menos ousar
pronunciar a palavra impeachment,
só o faz porque é automaticamente um golpista. Isso mesmo. O impeachment é um processo regulado no Brasil pela
lei 1.079/50, um artifício democrático e
constitucional, não presente em regimes ditatoriais (você já viu algum ditador
saindo do cargo porque sofreu um processo de impeachment?). Ainda assim, caso
você ouse pronunciá-lo, pedindo apuração dos fatos, você é um defensor da
ditadura. E o que dizer de um governo se aproximar de regimes ditatoriais
(como Cuba e Venezuela), oferecendo ajuda econômica e política. O que dizer dos
petistas terem pedido a saída de quase todos os presidentes eleitos democraticamente
no país desde a redemocratização?.Realmente é lamentável que a presidente Dilma esteja sendo denunciada por crime de responsabilidade cometido na área fiscal. O ideal seria que estivesse respondendo pelos descalabros na Petrobras, que está sob o seu comando desde 2003. Mas, infelizmente, não é assim. Para arremate dos absurdos, o PT e esquerdas agregadas chamam o eventual impeachment de golpe. É claro que eles sabem ser uma mentira. Então por que o fazem? Resposta: Querem se manter no poder a qualquer custo.Comecemos do óbvio: não pode ser golpe o que está previsto na Constituição e regulado por lei. Indague-se: Dilma transgrediu essa lei? Está demonstrado que sim,portanto sigamos com este processo democrático que dar também amplo direito de defesa.Ora, a possibilidade do impeachment está dada. Trata-se de um juízo principalmente político com base em evidências jurídicas. Ao contrario do que diz Edinho Silva, se a questão fosse só jurídica, Dilma teria apenas uma de duas coisas a fazer: procurar emprego ou viver de aposentadoria. Infelizmente, é a política que pode salvá-la. Que ela tenha transgredido vários dispositivos da Lei 1.079, bem, disso não se duvide: está demonstrado.O PT insuflando sua militãncia ao confronto e desrespeito às instituições democráticas estabelecidas,o chama de golpe. Pensemos nas implicações dessa consideração: quer dizer que, se Dilma for impedida, o governo a assumir é ilegal e ilegítimo, mesmo sendo fruto de um processo democrático e jurídico legal?Por ilegal e ilegítimo, estará, então, sujeito à sabotagem daqueles que se colocarão como defensores da legalidade a qualquer custo e meios?.Vocês já se deram conta de que, ao tachar de golpista uma alternativa que é constitucional e legal, o partido está avisando que está pronto para o tudo ou nada caso a presidente seja impichada? Vocês já se deram conta de que, ao tachar de golpista uma solução que é constitucional e legalmente regulamentada, o PT está a dizer que só aceita seguir as leis com as quais eles mesmos concordam? Vocês já se deram conta de que, obviamente, essa é que é a perspectiva verdadeiramente golpista, não permitindo o fluxo democrático acontecer? e que ganho uma eleição o ganhador tem que trabalhar para manter sua legitimidade junto a todas as representações da sociedade e não apenas para sua militância,coisa que o PT não conseguiu?.Trata-se tudo isto de mais uma evidência que a inabilita a exercer o cargo que ocupa. Então ela tem de desocupá-lo para que outro possa exercê-lo, e um outro que respeite o Estado de Direito.
7)
Dilma não pode sair porque seu vice (indicado e eleito pelos petistas),
não presta!
REFUTAÇÃO 7: Além de golpista,
aprendemos com os petistas que você também não tem consciência política,
pois afinal, se sai a Dilma e entra o Michel Temer no lugar, quem em sã
consciência pode entender e aceitar isto ?
(Todo mundo que votou na Dilma votou no Temer também, afinal de contas, não
existe um candidato único à presidência, mas uma chapa-presidencial), mas
você não tem consciência aqui simplesmente por querer que seu vice naturalmente
e Constitucionalmente tome o poder. Você precisa entender que quem elegeu
Michel Temer vice-presidente de um país onde os vices assumiram o poder em
1/3 das ocasiões desde a redemocratização, ignorando o fato de que ele poderia
assumir o poder a qualquer momento, são os únicos capazes de lhe ensinar agora
como ser um eleitor mais consciente, entendeu ou precisa desenhar?...
8)
Quem vaia Dilma é machista!
REFUTAÇÃO 8: Se você vaia a
presidente, se bate panelas quando ela aparece na televisão, se por algum
motivo não gosta dela, só o faz porque é você um machista (mesmo que você seja uma mulher). Não
adianta ignorar a realidade. Se você não gosta de uma presidente mulher é
porque têm ódio de mulheres e provavelmente não se sente tão à vontade
vendo mulheres alcançando posições de destaque na sociedade.(Ainda que estas
mulheres sejam suas filhas, irmãs ou esposas).Toda oposição à Dilma é uma
apologia ao machismo. Esqueça o noticiário, esqueça os casos de corrupção,
esqueça a economia, esqueça a incompetência e busque urgentemente um psicólogo.
9)
Todos os problemas do país serão resolvidos com uma reforma política! (todos viram santos no dia seguinte?)
REFUTAÇÃO 9: Todas as soluções
para o país estão na Reforma Política proposta evidentemente pelos membros
iluminados de QI mais elevados do planeta que estão nos movimentos sociais e
sindicais e tão somente de esquerda. É a
reforma política quem irá estabelecer a paz mundial, curar todas as doenças,
devolver o poder ao povo brasileiro. Quer combater a corrupção? Os petistas têm
a solução: Acabem com o financiamento privado de campanha.(mesmo que
eles continuem a receber direta e indiretamente da CUT, Sindicatos, ONG’s e
dinheiro enviado para o apoio as ditaduras de esquerda. Depois da proibição,
segundo os simpatizantes do partido que mais recebe doações de empresas
privadas no país, não mais haverá caixa 2 (um crime que remete a
um dinheiro que já não é contabilizado de forma legal, mas tudo bem), não
mais obras superfaturadas no país, não mais escândalos em ministérios
e nas estatais. Sem dinheiro privado de campanha, como num passe de mágica,
os políticos brasileiros não terão mais incentivos para o roubo e as
aproximações com empresários corruptos. A verba de dinheiro público aos
partidos irá aumentar substancialmente – com o dinheiro dos pagadores de
impostos, claro – mas esse é o preço que se paga para combater uma chaga tão
dura na sociedade brasileira. Ok, não há qualquer indício que a
corrupção diminua no país com a medida, mas como esta parte de seres humanos
são os iluminados, temos apenas que nos curvar e dizer Amém. É claro que isto
não é menosprezar a inteligência de alguém.
10)
Os 2 milhões de pessoas tomaram as ruas no dia 15/03, foi simplesmente porque a
Globo ordenou!
REFUTAÇÃO 10: Por fim, aprendi recentemente
com os petistas na internet que dois milhões de pessoas tomaram as ruas do
país em protesto contra o governo porque a Globo simplesmente os convocou.
Sim, caros leitores: se a maior emissora do país registra em sua programação o
maior protesto da história do Brasil é porque ela claramente está se
opondo ao governo e convocando as pessoas para o ato. E o brasileiro é
como um zumbi: ele viu os protestos sendo noticiados na televisão no domingo de
manhã, vestiu sua camisa verde e amarela e tomou conta das ruas sedento por
carne humana. Grave bem isto: tudo que acontece de errado nesse país é culpa
da Globo! Depois
da Tramontina, da CIA, da crise recente de 1929 e do governo FHC, o
Partido dos Trabalhadores, sob o comando de Rui Falcão, mira na velha
responsável por tudo de ruim que acontece no Brasil, quando todas as
outras hipóteses falham: a Rede Globo. Afinal, vai que cola? Rui Falcão
afirmou:“a mobilização das emissoras foi responsável pelo sucesso das
manifestações“ - Prezado Rui, o
responsável único pelo sucesso das manifestações foi o seu partido e todas
atitudes tomadas por ele, nada além disso. O PT é como um adolescente que
culpa os EUA e o capitalismo por todas mazelas do mundo — só que o tempo passa
e o amadurecimento não vem. Penso que há duas hipóteses para tal:
a) Completo atraso
mental, ausência de noção de responsabilidade, delegação de culpas e fracassos(esquerdopatia)
ou:
b) Fingimento completo, noção exata de suas falhas,
contradições, mentiras e crimes, e a transferência consciente de
responsabilidade para enganar parte de sua militância, o famoso incitamento dos
7% que ainda acreditam em Dilma. Ao adotá-la, oferecendo um cinismo delivery pros
militantes/simpatizantes, o PT tenta colocar a Rede Globo como a representante
do que há de pior em nossa imprensa. Nos sites pagos pelo governo, como
CartaMaior, Carta Capital, Conversa Afiada, e outros panfletos petistas,
mantidos através de dinheiro do contribuinte, as mentiras propagadas pela
ala mais radical do PT e outros partidos de esquerda são divulgadas como
verdades absolutas. Por
lá, os leitores vivem em outra dimensão.A mais
recente convicção de um militante, ensinado por Rui Falcão e cia., foi a de que
a Globo estaria irritada com o método de partilha do pré-sal, ou seja, tem
gente que acha que a família Marinho, bilionária no ramo das comunicações, faz
reuniões em becos do Centro do Rio de Janeiro para discutir como derrubar, em
conjunto com a CIA e empresas privadas estrangeiras, a Petrobras. E não estou
exagerando. O militante pode falar
a tese completa; Dilma fica com a versão light dos “inimigos externos
da Petrobras” e outras indiretas, como as que fez em seu discurso de posse, no
início deste ano, mas estão falando da mesmíssima teoria. Somente isso, um
militante desinformado e uma presidente da República replicarem a mesma
informação completamente fora da realidade, é um sinal de como a sanidade passa
longe do PT.O verdadeiro objetivo de demonizar uma empresa de
comunicação, além de jogar a responsabilidade para terceiros, é aprovar a
famosa “democratização da mídia”, que o Ministro das Comunicações, Ricardo
Berzoini, já deixou claro que será “prioridade no segundo mandato da presidenta
(sic) Dilma”. Para isso, o PT
encontra outros adolescentes, ainda mais rebeldes, precisando urgentemente de
uma ida ao psiquiatra: PSOL, PSTU, PCdoB e afins. Com qual objetivo? Calar a
imprensa. Censurá-la. Dificultar ao máximo que a população saiba das coisas. De
todos escândalos que você conhece, quantos você soube pela mídia? E quantos
você soube porque algum membro do governo foi até a sua casa pra lhe pedir
desculpas? Esta é a gigantesca diferença entre um país que resiste ao
“socialismo do século XXI”, como nós, e uma Cuba, com o comunismo correndo nas
veias do povo, enquanto Fidel vive com tudo que o capitalismo oferece de
melhor.Particularmente, acho o BBB um programa horrível, deplorável
e idiota, mas dá audiência, ou seja, as pessoas gostam de ver; se tem quem
goste, através da liberdade individual de escolha, que sejam felizes assistindo
o programa e que fiquem milionários fazendo este programa. Isso é o capitalismo
podendo atuar minimamente num país onde a economia é colada com Super Bonder
pelo Estado. Não é minimamente aceitável que o Estado determine o que pode ou
não pode em mais um setor da sociedade.Prova gigantesca de que a imprensa não é
golpista, foi a reportagem do jornal O GLOBO sobre o caso conhecido como
“SwissLeaks”, onde foram descobertos aproximadamente 700 mil dólares na conta
da ex-mulher de Roberto Marinho, Lily, já falecida, ou seja: fato noticiado no jornal da própria família.
Quando que uma Carta Capital faria o mesmo? E quando que o PT colocaria uma
reportagem própria criticando um dos mensaleiros, para ficar em um exemplo?
Quando uma hipotética TV sob comando do Estado faria uma auto-crítica e
denúncia? As organizações Globo são extremamente tolerantes e pacientes com o
PT, esta que é a verdade.Neste momento de completa indignação
nacional, o PT ter a ousadia de terceirizar responsabilidades para seus bodes
expiatórios de praxe tais como: CIA, E.U.A. Globo, FHC,etc... ao invés de olhar
para o próprio rabo, é mais uma prova de que a saída deste partido do poder e
da vida pública não é problema, mas solução.O
fato do PT ter ganho as últimas quatro eleições presidenciais, num período em
que a Globo permaneceu líder de audiência, é um mero acaso, um acidente.
Nos últimos treze anos ela não teve força suficiente para mudar a vontade
de um povo soberano que não é bobo e que grita tanto de direita como de
esquerda e centro: “abaixo a Rede Globo”.
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