Comentários do blog Berakash: É preciso entender neste contexto que Maria não era a regra, mas a exceção, em virtude de sua missão: Ser a mãe do nosso Salvador. Na lei de Moisés o
preceito existe, e se existe é porque era comum isto acontecer, portanto, Maria
ter permanecido virgem mesmo depois de casada com José seu castíssimo esposo, não feria a lei, muito pelo
contrário, foi respeitado seu voto por José e por seu Pai Joaquim, conforme assegura
a lei de Moisés:
Números 30, 1-13: “1 Moisés disse aos chefes das tribos de
Israel: "É isto que o Senhor ordena:2 Quando um homem fizer um
voto ao Senhor ou um juramento que o obrigar a algum compromisso, não poderá
quebrar a sua palavra, mas terá que cumprir tudo o que disse.3 "Quando uma moça que ainda vive na
casa de seu pai fizer um voto ao Senhor ou obrigar-se por um compromisso4
e seu pai souber do voto ou compromisso, mas nada lhe disser, então todos os
votos e cada um dos compromissos a que se obrigou serão válidos.5 Mas,
se o pai a proibir quando souber do voto, nenhum dos votos ou dos compromissos
a que se obrigou será válido; o Senhor a livrará porque o seu pai a proibiu.6 "Se ela se casar depois
de fazer um voto ou depois de seus lábios proferirem uma promessa precipitada
pela qual se obriga a si mesma7 e o seu marido o souber, mas nada
lhe disser no dia em que ficar sabendo, então os seus votos ou compromissos a
que ela se obrigou serão válidos.8 Mas, se o seu marido a
proibir quando o souber, anulará o voto que a obriga ou a promessa precipitada
pela qual ela se obrigou, e o Senhor a livrará.9 "Qualquer voto
ou compromisso assumido por uma viúva ou por uma mulher divorciada será válido.10 "Se uma mulher que vive
com o seu marido fizer um voto ou obrigar-se por juramento a um compromisso11
e o seu marido o souber, mas nada lhe disser e não a proibir, então todos os
votos ou compromissos pelos quais ela se obrigou serão válidos.12
Mas, se o seu marido os anular quando deles souber, então nenhum dos votos ou
compromissos que saíram de seus lábios será válido. Seu marido os anulou, e o
Senhor a livrará.13 O marido
poderá confirmar ou anular qualquer voto ou qualquer compromisso que a obrigue
a humilhar-se a si mesma.14 Mas, se o marido nada lhe disser a
respeito disso até o dia seguinte, com isso confirma todos os seus votos ou
compromissos que a obrigam. Ele os confirma por nada lhe dizer quando os ouviu...”
Sobre
os supostos "irmãos de Jesus"
Em
diversos lugares, o Evangelho fala desses 'irmãos'. Assim, S. Marcos e S. Lucas
referem que 'estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua
mãe e teus irmãos que querem ver-te" (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8,
19-20). S. João, por sua vez, fala de tais 'irmãos' (Jo 7, 1-10). A bela objeção
protestante apenas mostra uma ignorância da própria Bíblia que dizem tanto
conhecer.As línguas hebraica e aramaica não possuem palavras
que traduzam o nosso 'primo' ou 'prima', e serve-se da palavra 'irmão' ou
'irmã'.A palavra
hebraica 'ha', e a aramaica 'aha', são empregadas para designar 'irmãos' ou
'irmãs' dos mesmo pai, não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14;
39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4)
- e até 'parentes' em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Os trechos acima
demonstram, inequivocamente, que a palavra 'irmão' era uma expressão genérica,
geral.Há muitos
exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que 'Taré era pai de Abraão e
de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a
ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot
'irmão de Abraão' (Gn 13, 3). 'Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos" (Gn
14, 14).Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de
Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15). No Novo Testamento, fica claríssimo que
os 'irmãos de Jesus' não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos 'irmãos de
Jesus' são indicados por S. Marcos: "Não é este o carpinteiro, filho de
Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui
conosco suas irmãs?" Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos
de Alfeu e Cleófas: 'Chamou Tiago, filho de Alfeu... e Judas, irmão de
Tiago" (Lc 6, 15-16). E ainda: "Chamou Judas, irmão de Tiago" (
Lc 6, 16) .Quanto a 'José', S. Mateus diz que é irmão de Tiago: "Entre os
quais estava... Maria, mãe de Tiago e de José" (Mt 27, 56).Em S. Mateus
se lê: "Estavam ali (no calvário), a observar de longe...., Maria Mágdala,
Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu". Essa Maria,
mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S.
João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19,
25): "Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria
(esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala". Simão, irmão dos três outros,
'Tiago, José e Judas' são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai
e da mesma mãe. Alfeu (ou Cleophas) é o pai deles. Da mesma forma, se Nossa
Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João
Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo
ordenava a Lei de Moisés.Eis um dilema sem saída para os protestantes,
pois os 'irmãos de Jesus' são filhos de Maria Cléofas e Alfeu. Também decorre
uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os 'irmãos de Jesus' de
'filhos de Maria' ou de 'José', como fazem em relação à Nosso Senhor? E como,
durante toda a vida da Sagrada Família, os número de seus membros é sempre
três? A fuga para o Egito, a perda e o encontro no templo, etc.Desta forma,
fica provado o equívoco levantado por alguns protestantes.
Sobre
a perpétua virgindade da Santíssima Virgem
Desde o
início do cristianismo Nossa Senhora era cultuada como "Áiepartenon", isto é,
a "sempre Virgem". A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável,
quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica.
O que devemos provar:
a) Nossa
Senhora era Virgem antes do parto?
b) Nossa
Senhora permaneceu Virgem durante o parto?
c) Nossa
Senhora permaneceu virgem após o parto?
Três
asserções que vou provar aqui com a Bíblia na mão, e um pouco de lógica na
cabeça. Aliás, a terceira já está provada pela própria explicação dos irmãos de
Jesus. Todavia, vamos aprofundar mais um pouco a análise.
Nossa
Senhora era Virgem antes do parto:
A
primeira asserção é admitida pelos próprios protestantes, pois se encontra
positivamente no Evangelho: "O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma
virgem desposada... e o nome da Virgem era Maria". (Luc. I, 26). Mais
positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo: "Como
se fará isso, pois eu não conheço varão?". Nenhuma dúvida subsiste - Maria
Santíssima era Virgem.
Nossa
Senhora permaneceu Virgem durante o parto:
A segunda
asserção, mostrando que a Mãe de Jesus ficou virgem no parto, pode deduzir-se
dos mesmos textos. O que é concebido por milagre deve nascer por milagre; o
nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre
seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto
ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa
promessa até o final. "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?"
"O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a
Deus nada é impossível" (Luc 1, 35). A Deus nada é impossível, a
virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela "não conhecendo
varão". Continuamos na argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria,
tendo chegado ao termo ordinário da natureza, "deu à luz o seu filho. E
estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz"
(Luc. 1, 6).Ora, "conceber" e "dar à
luz" são dois termos de uma ação única. A mãe concebe, para dar à luz - é
uma só ação: gerar filhos. O parto e a conceição são inseparavelmente ligados,
sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade); sendo Maria
Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo
da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer "nascer"
virginalmente do que fazer "conceber" virginalmente.Ademais,
se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus
completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final. É uma conseqüência
lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado
em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora de manter a virgindade.A própria
dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa claro a posição dela
perante a virgindade: "Como se fará isso, pois eu não conheço
varão?". O Anjo resolve o problema: "O Santo, que há de nascer de ti, será
chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Luc. 1, 35).
“À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente
de ouro de Ofir.As filhas de reis vêm ao vosso encontro, e à vossa direita
se encontra a rainha com veste esplendente de ouro de Ofir. Escutai, minha
filha, olhai, ouvi isto:Esquecei vosso povo e a casa paterna!Que o Rei se
encante com vossa beleza!!!...”(Salmo 44).A
conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo: "O
Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua
sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de
Deus." (Luc. 1, 35). "Conceber" Jesus e "dá-lo à luz"
são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar
estes dois termos, que o Evangelista resumiu de propósito numa única frase, é
adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra de Deus. Sendo
Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o
milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme à profecia:
"uma virgem conceberá e dará à luz". É o próprio Evangelho que faz a
aplicação desta profecia:"Ora, tudo aconteceu para que se
cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta" (Mat. 1, 22).
Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente! A
Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se
pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus
quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o
precisava, mas assim o fez.
Nossa
Senhora permaneceu virgem após o parto:
Sobre a
virgindade de Nossa Senhora após o parto, já provamos anteriormente. Todavia,
para dar mais realce à explicação, façamos um pequeno exercício de
hermenêutica. Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, "eu não
conheço varão", ela não está dizendo que "até o momento eu não
conheço", mas que ela, por opção pessoal, não "conhece varão", o
que dá uma extensão geral à sua afirmação.Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito
um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como
fica clara pela própria afirmação dela ("Eu não conheço varão"),
quando já estava desposada de S. José. Se não
fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua pergunta não
teria propósito algum, pois o Anjo poderia lhe responder:"se ainda não conhece,
conhecê-lo-á logo, pois não é José o teu prometido esposo?...” A sua
afirmação só faz sentido, dentro deste contexto, tendo Nossa Senhora feito o voto
de castidade perpétua. S. Marcos, na mesma linha, chama Jesus "O filho de
Maria" - "uiós Marias" - (Marc. 6, 3), e não um dos filhos de
Maria,querendo afirmar que ele era o seu filho único.Tudo isso
ficará mais claro quando tratarmos da Imaculada Conceição segundo a Tradição,
onde os evangelistas descrevem a virgindade perpétua de Maria Santíssima.Depois da
queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de
serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça
(semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). Basta um pouco
de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala. A única
mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a
"semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é
a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma
luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do
outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se
Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória
não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita
ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade
entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que
Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado
original. Na
saudação angélica, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é
convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria
plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem
ter perdido a graça após o pecado.A maneira da saudação angélica transparece a
grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de
Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de
Graça", como Deus desejou chamá-la. Ao mesmo tempo, a afirmação "o
Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está)
com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras
anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer
que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o
"pecado original".
Prossegue
o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus".
Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade
divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e
por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28). Pela simples leitura percebe-se a
conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque
achou graça diante de Deus".
Mas, que graça Nossa Senhora
achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele?
Ora, a
única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a
"graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é
dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original"
é a "Imaculada Conceição"! Os evangelhos sinóticos deixam claro que a
palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê",
particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado
na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no
sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia"
ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça".Ou seja,
a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra
portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas
"encontrou graça", mas estava "plena" de Graça.
Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é
contigo". Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o
Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo. Também é
pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o
argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e
completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado
original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove
meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele
pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria
havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue
materno.
MARIA É O TABERNÁCULO DE DEUS NÃO CONSTRUIDO POR MÃOS HUMANAS:
S. Paulo
assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo,
porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais
excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste
mundo" (Hebr 9, 12). Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos
humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica
claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino
Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria
duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria
menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu
"tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas".Ora, este
tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda
a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura. E
esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição;por tudo isto sobre este tabernáculo está profetizado desde o antigo testamento e que se cumpriu no novo com Maria:
Eze 44,2:“E disse-me
o Senhor: Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por
ela, porque o Senhor, o Deus de Israel passou por ela; por isso permanecerá
fechada.”
“Você é um jardim
fechado, minha irmã, minha noiva; você é uma nascente fechada, uma fonte selada.”(Cântico
Dos Cânticos 4,12).
Desfazendo objeções
protestante: "antes de coabitarem", "filho primogênito" e
"não a conhecia até que ela desse à luz":
a) "antes de coabitarem"
S.
Mateus: "Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem,
ela concebeu por virtude do Espírito Santo" (Mt 1, 18). Ora, "antes
de coabitarem" significa apenas "antes de morarem juntos na mesma
casa". Isso aconteceu quando "José fez como o anjo do Senhor lhe
havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Maria)"(Mt 1, 24).
b) "filho primogênito"
S. Lucas:
"Maria deu à luz o seu filho primogênito" (Lc 2, 7). Explicação: É
errado concluir que devia seguir o segundo filho. A lei de mosaica exige que
todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não:
"Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerando) entre os
israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex 13, 2). Um exemplo
elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica:
"Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho
primogênito". Ou no Êxodo, quando Deus disse: "Todo o primogênito na
terra do Egito morrerá" (Ex 11, 5). E assim aconteceu. "Não havia
casa em que não houvesse um morto" (Ex 11, 30). Necessariamente, havia,
como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se
tinham casado nos últimos anos.Depois, em outro trecho, Deus ordena:
"contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de
um mês para cima" (Num 3, 40). Ora, se há primogênito de um mês de idade,
como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo? Logo, há
primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho. A primogenitura
era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho,
primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando
sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23).É,
portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus:
"primogênito" - "ton protótokon". Designa-o, deste modo,
como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança
(cf Gen 10, 15 - 21, 12). E é isso que se pode verificar na apresentação de
Jesus no templo:"Depois que foram concluídos os dias da
purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o
apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao
Senhor" (Lc 2, 22).Essa
passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a
"primogenitura" de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo
ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa
Senhora.
c) "não a conhecia até que
ela desse à luz"
Em
algumas traduções, aparece em S. Mateus: "José não conheceu Maria (= não
teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)". (Mt 1,
25). Explicação: Seria errado insinuar que depois daquele "até" José
devia "conhecer" Maria". "Até", na linguagem bíblica,
refere-se apenas ao passado. Exemplo: "Micol, filha de Saul, não teve
filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6, 23). Ou então, falando Deus a
Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te
abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gen 28, 15). Quererá
isso dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Nosso Senhor diz
aos seus Apóstolos: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos" (Mt 28, 20).Ora, o
texto sagrado deixa claro que a palavra "até" é um reforço do milagre
operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por
obra de um homem (S. José).
“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”
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