Comentários do blog
Beraká: “A degradação da
razão humana conduz a negação da impossibilidade da existência de qualquer
verdade absoluta. A filosofia hermenêutica presente na obra “Verdade e Método”
de Gadamer é um exemplo. O homem
constrói a verdade segundo seu grupo social e cultura, e este grupo com “suas
verdades" é que constrói o homem e a verdade das coisas. Deste modo, a
verdade é sempre mutável e não um termo “ad quo”, não há uma finalidade para
vida humana, mas apenas uma construção de algo caótico a um nada último.Esta
visão epistemológica se apresenta como fundamento do relativismo moral e do
indiferentismo religioso. Quando tudo é verdade, não existe verdade. E
quando nada é objetivamente verdadeiro, todas as coisas são colocadas no mesmo plano,
perdendo seu valor. Priva a racionalidade humana do principio de não
contradição, conduzindo a humanidade a ações bárbaras. Sobre a bandeira da
tolerância, o relativismo implanta uma verdadeira ditadura da força e do poder.
Pois quando não há uma verdade como critério e medida de nossas ações, se
implanta a verdade subjetiva dos mais fortes.”
O ALASTRAMENTO DA “TOLERÂNCIA FANÁTICA”
(Por: *Vasco
Pulido Valente)
Na "Europa"
inteira, ninguém se lembraria de criticar ou de inibir manifestações contra o
ensino religioso, pela facilitação do divórcio ou pelo casamento de
homossexuais. Como ninguém se lembra de criticar ou de inibir manifestações por formas
de autonomia nacional que roçam, ou até entram, pelo separatismo. E obviamente
ninguém pede que se ponha fim a uma certa propaganda islâmica ou, se
preferirem, de ensino corânico, que prega a perversidade essencial do Ocidente
e tenta promover a sua expeditiva eliminação. Tudo isto a "Europa"
acha legítimo; e sobre tudo estende a sua simpatia. Em contrapartida, cai o céu
se qualquer católico, padre ou Papa, se atrever a afirmar ativamente o que
pensa. A "Infame" deve estar calada ou, pelo menos, ser discreta.
O fanatismo da Espanha (de Zapatero) e da Europa,
não é novo! E o fanatismo "anticatólico" também não!
(existe uma Santa intolerância contra o Mal e o Pecado)
É só estranho que
este se funde na "diversidade" e o aceitem em nome da
"tolerância". Uma "diversidade" imposta e limitada pela
força do Estado, que não levanta a mais leve dúvida ou o mais leve incómodo. E
uma "tolerância" reservada ou recusada pela ortodoxia oficial, que se
tornou o argumento supremo da intolerância. O mundo moderno e a opinião que o
sustenta autorizam o que autorizam e proíbem, muito democraticamente, o resto. As democracias, como
se sabe, produzem com facilidade aberrações destas. Quem não gosta que se
arranje ou se afaste. O Papa emérito Ratzinger previu para a Igreja "uma era de quase
clandestinidade" (ao falar sobre a DITADURA DO RELATIVISMO) Provavelmente, não
se enganou.
*Pseudónimo de Vasco Valente
Correia Guedes (Lisboa, 21 de novembro de 1941 – Lisboa, 21 de fevereiro de
2020), foi um ensaísta, escritor e comentador político
português. Estudante de Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa, em 1962 participou nas lutas académicas contra o salazarismo,
integrando um grupo de esquerda radical chamado MAR - Movimento de Ação
Revolucionária, chefiado por Jorge Sampaio. Vasco Pulido Valente viria,
porém, a aproximar-se do grupo de O Tempo e o Modo, dos católicos Alçada
Baptista e João Bénard da Costa (onde aliás também acabaria por colaborar Jorge
Sampaio). Colaborou
na publicação académica Quadrante (revista da Associação Académica da Faculdade
de Direito de Lisboa, iniciada em 1958) e na revista Almanaque (1959-61), e foi
colaborador assíduo da imprensa desde a década de 1960. Entre finais da década de 1960, princípios de
1970, graças a uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, partiu para
Inglaterra. Nesse país viria a doutorar-se em História,
na Universidade de Oxford, com uma tese orientada por Raymond Carr, e defendida
em maio de 1974, intitulada O Poder e o Povo: a revolução de 1910. Foi
co-argumentista dos filmes O Cerco, de António da Cunha Telles (1970) e Aqui
d'El Rei!, de António Pedro Vasconcelos (1992) e argumentista do filme O
Delfim, de Fernando Lopes (2002).
Fonte: publico.pt/opiniao/jornal/o-fanatismo-da-tolerancia-243836
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