"As
ideologias terminam mal, não servem. As ideologias tem uma relação ou incompleta
ou doente ou ruim com o povo. As ideologias não assumem o povo. Por
isto, olhem para o século passado. Em que terminaram as ideologias? Em
ditaduras, sempre, sempre. Pensam pelo povo, não deixam ao povo pensar. Ou,
como dizia aquele crítico da ideologia, quando lhe disseram, sim, porém
estas pessoas têm boa vontade e querem fazer alguma coisa pelo povo" - sim, sim, sim, tudo pelo povo, porém nada com o povo. Estas são as
ideologias".(Papa Francisco - Discurso à sociedade civil - Assunção - 11.07.2015)
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O papa Francisco
teve de se defender mais uma vez das acusações de ser “marxista”, motivadas
pela sua preocupação com o aumento das desigualdades sociais e econômicas que
estão contribuindo para piorar a cultura da morte.Quando Francisco publicou a exortação apostólica “Evangelii Gaudium”, muitos
comentaristas políticos o acusaram de ser marxista. Com base em quê?
“O capitalismo desenfreado é uma nova
tirania”, tinha denunciado o papa, que também pediu que os líderes mundiais
combatessem a pobreza e a desigualdade crescente. "Isto
é puro marxismo saindo da boca
do papa", exclamou o comentarista norte-americano Rush Limbaugh, que tem
um popular programa de rádio nos Estados Unidos. "Capitalismo desenfreado?
Isso não existe em lugar nenhum. ‘Capitalismo desenfreado’ é uma expressão
socialista liberal para descrever os Estados Unidos. Desenfreado, sem
regulamentação".
O papa já respondeu com toda a
clareza a esse tipo de críticas, mas, em uma nova entrevista, ele voltou a dizer que a preocupação da Igreja com
os pobres se situa na perspectiva do Evangelho e é um fato evidente desde os
primeiros séculos da história cristã:
"[Esta preocupação]
não é uma invenção do comunismo e não deve ser transformada em
ideologia, como tem acontecido tantas vezes", disse o papa na edição do último
domingo do jornal italiano “La Stampa”. "Alguns podem achar que é uma
novidade, quando, na verdade, é uma preocupação que deriva do Evangelho e que
está documentada desde os primeiros séculos do cristianismo. Se eu repetisse
algumas passagens das homilias dos Padres da Igreja do segundo ou do terceiro
século sobre o tratamento que devemos dar aos pobres, alguns ainda me acusariam
de dar uma homilia marxista! ‘Não estás presenteando nada de teu ao pobre, mas
sim devolvendo a ele o que é dele. Tens-te apropriado de coisas que se destinam
ao uso comum de todos. A terra pertence a todos, não aos ricos’. Estas palavras
são de Santo Ambrósio. E o papa Paulo VI as usou na ‘Populorum Progressio’ para
afirmar que a propriedade privada não constitui um direito absoluto e
incondicional para ninguém, e que ninguém está autorizado a manter para seu uso
exclusivo coisas que são supérfluas às suas necessidades enquanto outros não
têm com que suprir as suas necessidades básicas".
(o papa deve estar se perguntando: O que é isto meu Deus?...)
Francisco esclareceu que o
Evangelho não condena os ricos, mas sim a idolatria da riqueza, "a
idolatria que torna as pessoas indiferentes ao apelo dos pobres".
O
papa reconheceu que "a globalização vem ajudando muitas pessoas a sair da
pobreza, mas que ela também "tem condenado muitos outros a morrer
de fome. É verdade que a riqueza global está crescendo em termos absolutos, mas
as desigualdades também estão crescendo e novas pobrezas estão surgindo. O que
eu tenho notado é que este sistema se sustenta numa cultura do descarte, que eu
já discuti várias vezes. Existe a política, a sociologia e até a atitude do
descarte. Quando é o dinheiro, em vez do homem, que está no centro do sistema,
quando o dinheiro se torna um ídolo, os homens e as mulheres são reduzidos a
simples instrumentos de um sistema social e econômico que se caracteriza, ou,
pior ainda, é dominado por profundas desigualdades. Por isto se descarta
qualquer coisa que não seja útil a esta lógica; é esta atitude que descarta
crianças e idosos e que agora está afetando também os jovens”, disse o papa.
Papa Francisco prosseguiu:
“Eu
gostaria ainda de destacar um aspecto da cultura do descarte: aquele que leva
as pessoas a descartar bebês por meio do aborto. São chocantes, para mim, os
baixos índices de natalidade na Itália. É assim que perdemos a nossa ligação
com o futuro. A cultura do descarte também leva a uma ‘eutanásia disfarçada’
das pessoas mais velhas, que são abandonadas em vez de ser consideradas como
nossa memória, como nossa ligação com o nosso próprio passado e como fonte de sabedoria
para o presente”.
A entrevista foi feita em outubro como parte de um livro sobre a doutrina
social da Igreja e sua aplicação durante o papado de Francisco.O livro é
de Andrea Tornielli, diretor do suplemento “Vatican Insider” do jornal “La
Stampa”, e de Giacomo Galeazzi, repórter especialmente dedicado a questões
relacionadas com o Vaticano.
O título do livro é “Papa Francesco - questa economia uccide” [“Papa
Francisco - esta economia mata”].
Fonte: Aleteia
Papa Francisco responde críticas de conservadores: "Não sou
marxista"!
Por Philip Pullella -VATICANO,
15 Dez 2013 - (Reuters)
O papa Francisco, em
resposta às críticas de conservadores de que suas ideias econômicas e sociais
respingam no comunismo, disse para um jornal italiano neste domingo
que não é marxista, mas mesmo marxistas podem ser boas pessoas.Francisco também
negou que pretende nomear uma cardeal feminina, disse que está
fazendo um bom progresso para sanear as finanças do Vaticano e confirmou que
vai visitar Israel e a Palestina no ano que vem, segundo o La Stampa.Mês passado, um
programa de rádio ancorado por Rush Limbaugh, que tem muitos fãs nos Estados
Unidos, criticou o papa por comentários sobre a economia mundial.Limbaugh, que
não é católico, disse que partes do documento eram "marxismo puro saindo
da boca de um papa" e sugeriu que alguém escreveu o documento papal por
ele. Também acusou o papa de passar dos limites do catolicismo e ser
"puramente político".Em resposta às
acusações, que iniciaram um debate na mídia e nos blogs mês passado, Francisco,
membro da ordem dos jesuítas, associada a políticas sociais progressistas,
disse que:
"A ideologia marxista é errada, mas, na minha vida, conheci muitos
marxistas que são boas pessoas, então não me sinto ofendido".
Ele também foi criticado
por outros conservadores.No documento do mês passado, considerado uma
plataforma do seu papado, Francisco atacou o capitalismo como "uma nova
tirania" e disse que "a economia de exclusão e desigualdade"
matou pessoas ao redor do mundo.
Na sua resposta aos críticos, Francisco disse que não estava falando
como um "técnico, mas de acordo com a doutrina social da Igreja Católica
Romana, e isso não o transforma em um marxista". Ele disse que estava
apenas tentando mostrar "um recorte do que estava acontecendo" no
mundo.
Em outro documento
semana passada, Francisco disse que salários enormes e bônus eram sintomas de
uma economia baseada na ganância e pediu que as nações diminuíssem a
desigualdade econômica.
PREOCUPAÇÕES DOS CONSERVADORES
Conservadores estão
preocupados e decepcionados com pronunciamentos do papa, como quando ele disse
que não estava em posição de julgar homossexuais, que são pessoas de bem, se sinceramente
estão procurando Deus. Sobre as especulações de que estaria pensando em nomear uma cardeal
feminina ano que vem, disse: "Eu não sei da onde essa ideia saiu. As
mulheres na Igreja deveriam ser valorizadas, mas não virarem clérigos". Ele disse que as
reformas financeiras estão "no caminho certo", mas ainda não decidiu
o que fazer com o Banco do Vaticano, envolto em escândalos nas últimas décadas.
No passado, não descartou fechá-lo.
Fonte: Reuters
O Papa Francisco "não disse que os
comunistas roubaram os pobres da Igreja", como afirmaram alguns meios de
comunicação!
Na entrevista concedida à jornalista italiana Franca Giansoldati,
do jornal romano Il Messaggero, o que o Papa disse foi exatamente isto:
“Eu digo somente que os comunistas roubaram a nossa bandeira. A bandeira
dos pobres é cristã. A pobreza está no centro do Evangelho. Os pobres estão no centro do
Evangelho. Tomemos Mateus 25, o protocolo sobre o qual seremos julgados: tive
fome, tive sede, estive na prisão, estava doente, nu. Ou vejamos as
Bem-Aventuranças, outra bandeira. Os comunistas dizem que tudo é comunista. Sei,
sei, vinte séculos depois. Rindo, acrescentou: “Então, quando eles falam,
poderíamos dizer: então vocês são cristãos”.
O que o Papa diz está claro!
Ele não diz que os comunistas roubaram “os pobres” de nós, e sim “a
bandeira dos pobres”, ou seja, a bandeira da sua defesa, da defesa da sua
dignidade e dos seus direitos, a defesa da justiça social, a defesa dos
empobrecidos da terra.
E já passaram anos
suficientes após a queda daqueles sistemas comunistas que oprimiam seus povos,
para poder dizer isso sem criar mal-entendidos.Ainda que tanto o marxismo como
ideologia materialista como sistema totalitário sejam defendidos e estejam em
vigor em alguns países do mundo, a verdade é que já são história. Mas é
precisamente por isso que não tem que nos estranhar a afirmação do Papa, que
não mede palavras.
Certamente, durante décadas, na opinião pública, viu-se mais a bandeira
dos pobres levantada pela esquerda política que pela Igreja, e isso deixou
marcas, a longo prazo, na opinião pública.Não se trata de uma acusação, mas de
uma constatação, da qual, em todo caso, nós, cristãos, não estamos livres de
culpa. A bandeira dos pobres levantada pelo socialismo real poderia ser
fictícia, ainda que, como dizia São João Paulo II, muitos a levantaram com boa
intenção.
Mas a bandeira dos
pobres levantada pela Igreja nem sempre contou nem conta hoje com as mãos de
todos os cristãos, pois muitos continuam levantando a bandeira de um
liberalismo sem solidariedade ou, muito ocupados com seu próprio lucro pessoal,
e não levantam bandeira alguma.
Fonte: Aleteia
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