Inferno é um termo
usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada
dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina:
infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo
inferior".
A palavra inferno,
que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares
baixos", infernus.[1-6]. Na Bíblia latina, a palavra é usada para
representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem
distinção.A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não
fazem distinção do original hebraico ou grego.Das palavras Hades e Sheol, ambas
com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos
vão. Em
versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se
trata de um só lugar (Ou estado espiritual).Com o passar do tempo,
muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns;
pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e
que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.[7]Alguns teólogos
observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar
desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no
mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor.Porém, o
próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava
no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não
estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo
molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16,
versículos de 19 ao 31).[8]Obviamente tal relato não foi em sentido literal,
pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor
intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de
qualquer jeito.A crença na
existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e
Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago
de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna.Alguns teólogos concluem
que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o
próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária.Como a própria Bíblia
menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia
conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos
veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada
ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e
sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar
de não ter visto corrupção.
Mudanças
no Sentido da Palavra Inferno
O Dicionário
Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de
inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades
(Bíblia): Hades Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada
do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.[9]A Enciclopédia
da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do
Antigo Testamento, e o grego Hades, daSeptuaginta e do Novo Testamento. Visto
que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação
dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida
atualmente, não é uma tradução feliz.[10] O Terceiro Novo Dicionário
Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno
(Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas
palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim,
originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar
coberto ou oculto (de helan, esconder).[11]A Enciclopédia
Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato
de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o
hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples
transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da
Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.[12] O
significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina
Comédia de Dante[13], e no Paraíso Perdido de Milton[14], significado este
completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum
inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante
ou a Milton.
O
Inferno de Fogo e a Igreja
O conceito sobre o
inferno de fogo começou a ser adotado pelos cristãos principalmente a partir do
2.° século EC, bem depois da época dos primitivos cristãos, segundo a
“Apocalypse of Peter (Apocalipse de Pedro do 2.° século EC) foi a primeira
obra cristã apócrifa a descrever apunição e as torturas de pecadores no
inferno”.[15]
No entanto, os primeiros Pais da Igreja discordavam na questão do
inferno. Justino, o Mártir, Clemente de Alexandria,
Tertuliano e Cipriano acreditavam que o inferno era um lugar de fogo. Orígenes e o teólogo Gregório de Nissa achavam que o
inferno era um lugar de separação de Deus, de
sofrimento espiritual. Agostinho de Hipona, por outro
lado, sustentava a idéia de que o sofrimento no inferno era tanto espiritual como físico, conceito que passou a ser aceito.Por volta do quinto século a rigorosa doutrina de que os pecadores não terão uma segunda oportunidade após a vida, e que o fogo que os devorará jamais se extinguirá, prevalecia em toda a
parte.[16]
No século XVI,
reformadores protestantes tais como Martinho Lutero e João Calvino entenderam
que o tormento ardente do inferno simbolizava passar a eternidade separado de
Deus.No entanto, a idéia de o inferno ser um lugar de tormento ressurgiu nos
dois séculos seguintes.O pregador protestante Jonathan Edwards costumava
aterrorizar o coração dos colonos americanos no século XVIII com a descrição
vívida do inferno.Pouco depois, porém, as chamas do inferno começaram a
diminuir lentamente. “O inferno quase morreu no século 20”.[17]
Inferno
como arquétipo contemporâneo:
A fusão entre paixão,
desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao
imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer
do que propriamente de sofrimento ou purificação.O fenômeno é bem observado na
cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de
purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da
fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou
em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao
do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a
imaginação.
Outras correntes de pensamento atuais, curiosamente também com base na cultura
católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico,
mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por
diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação.
Mitologia grega - Na mitologia grega, as profundezas
correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum
encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do
plural,infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do
que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno.Distinguindo
o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de
condenação ou de prisão, o Tártaro. A
Grolier Universal Encyclopedia(Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p.
205), sobre “Inferno”, diz:
“Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação
espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um
lugar de castigo eterno.”
O conceito de
sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos
povos antigos da Babilônia e do Egito.As crenças dos babilônios e dos assírios
retratavam o “mundo inferior, como lugar cheio de horrores,presidido por deuses
e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos
egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria
eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo”
para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de
Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead
(O Livro dos Mortos), com apresentação de E. Wallis Budge, 1960, pp. 135, 144,
149, 151, 153, 161, 200.
No judaísmo, o termo
Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para
que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na
religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual
a alma está purificada.Outro termo designativo do mundo dos mortos é
Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação.A
palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo
com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de
Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas
anteriores.Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém,
frequentemente em chamas devido ao material orgânico.O uso do termo Sheol
indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra e
não um lugar de punição.
O inferno no Cristianismo
No Cristianismo
existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às
diferentes correntes cristãs. A ideia de que o inferno é um lugar de condenação
eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre
foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do
cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era
temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde,
segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa
idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.
A
doutrina do inferno no Catolicismo
Para a corrente Cristã
católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno
e corresponde a um dos chamados novíssimos ensinamentos de caráter dogmático,
ou seja, irrevogáveis: a morte, o juízo
final, o inferno e o paraíso.
Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse: “não
temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode
destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28).Jesus também, disse, “Se tua mão
te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter
ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43).Usando
a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os
anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão
os seus dentes (Mt 13,42).Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a
ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim,
malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt
25,41).
(Eva está com com a mão amputada recoberta pelo manto vermelho de Cristo)
O inferno
é real? O inferno é eterno?
Resposta: O inferno é
real !!! Estudos mostram que mais de 90%
das pessoas no mundo crêem em um “céu”, enquanto menos de 50% crêem em um
inferno eterno. De acordo com a Bíblia, o inferno é sim real. A punição dos
ímpios no inferno é tão eterna como a felicidade dos justos no Céu. A punição
dos perdidos mortos em pecado é descrita através da Escritura como “fogo
eterno” (Mateus 25:41), “fogo que nunca se apagará” (Mateus 3:12), “vergonha e
desprezo eterno” (Daniel 12:2), um lugar “onde o seu bicho não morre, e o fogo
nunca se apaga” (Marcos 9:44-49), um lugar de “tormentas” e “chamas” (Lucas
16:23-24), “eterna perdição” (II Tessalonicenses 1:9), um lugar de tormento com
“fogo e enxofre” onde “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre”
(Apocalipse 14:10-11) e “lago de fogo e enxofre” onde os ímpios “de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre” (Apocalipse 20:10). O próprio
Jesus indica que a punição no inferno é eterna, e não meramente a fumaça e as
chamas (Mateus 25:46).
Aqueles que estiverem no inferno reconhecerão a perfeita justiça de Deus
(Salmos 76:10). Aqueles que estiverem no inferno, real como é, saberão que sua
punição é justa e que eles sozinhos têm a culpa (Deuteronômio 32:3-5).
A
DOUTRINA SOBRE O INFERNO CONFORME O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:
Definição do inferno:
§1033 Não podemos
estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não
podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou
contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que
odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna
permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos
separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos
pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se
arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar
separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este
estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os
bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".
§1034 Jesus fala
muitas vezes da "Geena", do "fogo que não se apaga",
reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual
se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves
que "enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os
escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente"
(Mt 13,41-42), e que pronunciar a condenação: "Afastai-vos de mim
malditos, para o fogo eterno!" (Mt 25,41).
Doutrina da Igreja sobre o inferno
§1036 As afirmações
da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um
chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em
vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão:
"Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que
conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a
porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o
encontram" (Mt 7,13-14): Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a
advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso
de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser
contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos,
obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro
e ranger de dentes.
Inferno e aversão livre e voluntária de Deus
§1037 Deus não
predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a
Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e
nas orações cotidianas de seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus,
que quer "que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se"
(2Pd 3,9): Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos servos e de toda a
vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação e acolhei-nos
entre os vossos eleitos.
Pecado mortal causa da morte eterna
§1861 O pecado mortal
é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta
a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de
graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de
Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que
nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No
entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o
julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.
Descida de Cristo aos infernos
§624 "Pela graça
de Deus, Ele provou a morte em favor de todos os homens" (Hb 2,9). Em seu
projeto de salvação, Deus dispôs que seu Filho não somente "morresse por
nossos pecados" (1Cor 15,3), mas também que "provasse a morte",
isto é, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e
seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que expirou na cruz
e o momento em que ressuscitou. Este estado do Cristo morto é o mistério do
sepulcro e da descida aos Infernos. É o mistério do Sábado Santo, que o Cristo
depositado no túmulo manifesta o grande descanso sabático de Deus depois da
realização da salvação dos homens, que confere paz ao universo inteiro.
§631 "Jesus
desceu às profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que
subiu" (Ef 4,9-10). O Símbolo dos Apóstolos confessa em um mesmo artigo de
fé a descida de Cristo aos Infernos e sua Ressurreição dos mortos no terceiro
dia, porque em sua Páscoa é do fundo da morte que ele fez jorrar a vida:Cristo,
teu Filho/ que, retomado dos Infernos,/ brilhou sereno para o gênero humano,/ e
vive e reina pelos séculos dos séculos. Amem.
§632 As freqüentes
afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus "ressuscitou dentre
os mortos" (1Cor 15,20) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este
tenha ficado na Morada dos Mortos. Este é o sentido primeiro que a pregação
apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como
todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas
para lá foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali
estavam aprisionados. (1Pd 4,6).
§633 A Escritura
denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos,
o sheol ou o Hades, Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de
Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera
do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra
Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no "seio de Abraão"."São
precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de
Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos". Jesus não desceu aos
Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da
condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido.
§634 "A Boa Nova
foi igualmente anunciada aos mortos..." (1Pd 4,6). A descida aos Infernos
é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase
última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente
vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens
de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se
tomaram participantes da Redenção.
§635 Cristo desceu,
portanto, no seio da terra, a fim de que "os mortos ouçam a voz do Filho
de Deus e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25). Jesus, "o Príncipe da
vida", "destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e
libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da
morte" (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado "detém a
chave da morte e do Hades" (Ap 1,18), e "ao nome de Jesus todo joelho
se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos" (Fl 2,10).Um grande silêncio
reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande
silêncio porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu
na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos... Ele vai procurar Adão,
nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se
assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles
dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão acorrentado e Eva com ele
cativa. "Eu sou teu Deus, e por causa de ti me tornei teu filho.
Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do
Inferno: Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos."
Descida do homem aos infernos
§1035 O ensinamento
da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que
morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos
infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno". A pena
principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o
homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais
aspira.
Porta dos infernos e Igreja
§552 No colégio dos
Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única.
Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na
ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as
Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo,
"Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória
sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada,
permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé
de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.
PERGUNTA: "Como pode o Pai do Céu, que é
infinitamente bom, condenar o homem a um inferno eterno, quando os pais na
terra não castigam seus filhos com punições sem fim? Deus não há de
perdoar aos pecadores que se acham no inferno ?"
A dificuldade acima
provém de uma concepção errônea do inferno: supõe, seja este um castigo que
Deus na hora do juízo concebe mais ou menos arbitrariamente para atormentar a
criatura; em tal caso, a sentença divina poderia ser reformada ou até cancelada
por anistia, à semelhança do que se dá nos tribunais humanos. Na verdade, a condenação ao inferno não
depende propriamente de um veredito divino pronunciado após a morte do pecador;
é, antes, a consequência muito lógica de certos princípios que caracterizam a
existência do ser humano, de modo que se pode dizer que, anteriormente a uma
sentença divina positiva, já o pecador lavrou sua sorte infernal; não é
preciso que Deus tome alguma deliberação especial para que o inferno se torne
realidade para o pecador.
Para tal questão, alguns princípios devem ser
observados:
1. Todo homem traz em
si uma aspiração inata e incoercível ao Bem Infinito, que é Deus (todos querem
ser bem- aventurados sem que possam assinalar limites a essa sua sede de
bem-aventurança).
2. Para conseguir a
felicidade a que aspiram, Deus outorgou às criaturas humanas o livre arbítrio.
Este lhes confere dignidade própria, fazendo que se movam, e não sejam
simplesmente movidas, em demanda do Fim Supremo.
3. Se o homem,
utilizando devidamente a sua liberdade de arbítrio, adere ao infinito ou a
Deus, compreende-se que esta atitude se lhe torne fonte de alegria e felicidade
imensas; pois então convergem para o mesmo objetivo as aspirações inatas de sua
natureza humana e a opção consciente da vontade livre.
4. Admita-se, porém,
que a criatura humana livremente preste adesão, e adesão total, a um bem criado
(dinheiro, gozo, fama), afastando-se conscientemente de Deus.De tal atitude não
pode deixar de resultar tremendo dualismo ou penosa dilaceração dentro da alma
humana; a sua natureza, feita para o Bem Infinito, continua a bradar por Deus,
enquanto a vontade adere a um bem finito.Convém aqui lembrar que a adesão a um
bem finito capaz de provocar tal dilaceração é chamada «pecado mortal», o qual só se dá
quando as três seguintes condições são simultaneamente preenchidas:
a) haja matéria
grave,
b) haja pleno
conhecimento de causa (ato da inteligência),
c) haja vontade
deliberada e consciente de aderir ao bem finito.
Caso estas três
condições sejam preenchidas, toda a personalidade humana (por suas faculdades
características: o intelecto e a vontade) está empenhada.
5. Enquanto o pecador
é peregrino neste mundo, pode mitigar o drama que ele traz em seu íntimo:
ocupando-se com as tarefas e as diversões da vida cotidiana, vai
encobrindo aos seus próprios olhos a dura realidade de sua alma, e esquece, ao
menos parcialmente, a dilaceração de sua personalidade.
6. Suponha-se, porém,
que tal indivíduo venha a morrer nessa situação: sua alma se separa do corpo e
deixa de usufruir, da parte das criaturas sensíveis, os paliativos que a
consolavam neste mundo. A consequência será clara: tal alma continuará a trazer
dentro de si o desejo profundo e espontâneo de se saciar no Bem infinito; tal
desejo está impregnado na natureza humana e é incoercível; nenhuma criatura
humana pode ser concebida sem essa aspiração ou sem esse sinete característico.
A mesma alma, porém, tomará consciência clara da monstruosidade de seu estado:
sim, verificará que a sua vontade livre terá dirigido toda a personalidade do
indivíduo para um bem limitado e lacunoso, incapaz de a satisfazer; ao finito
terá dado a adesão que devia ter prestado ao infinito. E não lhe será possível
«esquecer» essa situação, pois não terá em torno de si algum dos objetos
sensíveis que lhe serviam de paliativo neste mundo.Daí redunda a mais profunda
dilaceração de que seja capaz a criatura: de um lado, haverá o brado espontâneo
da natureza, anterior a qualquer deliberação, brado voltado para Deus, o
Infinito; do outro lado, existirá deliberada entrega da vontade a uma criatura,
ao finito; estes dois clamores estarão em luta entre si, dividindo ou
retorcendo (por assim dizer) a alma.
7. Tal é o estado em
que, logo após a morte, entra naturalmente a alma de quem tenha pecado
gravemente. Vê-se então como, antes mesmo que Deus profira alguma sentença
sobre ela, essa alma já traz dentro de si o inferno, ou o maior tormento
possível.
O juízo póstumo que o Senhor formula a seu respeito, não vem a ser senão o
reconhecimento de tal situação; nada de novo induz na sorte que tal alma
ocasionou para si.
"Mas
porque Deus não muda essa ordem de coisas vigentes na alma
de um condenado?"
O Senhor não a muda,
porque só o faria forçando ou violentando a livre deliberação da criatura. Ora
Deus, que dotou de personalidade livre o ser humano, não lhe retira a dignidade
assim outorgada; antes, respeita-a plenamente.Seja lícito lembrar de novo o
seguinte: todo pecado grave supõe, da parte do homem, claro conhecimento do mal
e pleno desejo de o cometer; supõe, portanto, uma tomada de posição consciente
e livre de toda a personalidade humana frente à mais séria das questões, que é
a questão do Fim Último. Não se poderá, por conseguinte, tachar de pecado
mortal qualquer ação que tenha aspecto de culpa grave, pois nenhum observador
humano é capaz de penetrar o íntimo das consciências para lá discernir as
possíveis atenuantes da culpabilidade. Não nos é lícito, por conseguinte, em
caso algum supor ou afirmar que determinada pessoa está no inferno. Se
a justiça humana leva em conta os estados de obsessão e diminuída
responsabilidade dos criminosos, muito mais a Justiça Divina os considera, de
modo que ninguém padece a triste sorte do inferno sem realmente se ter
encaminhado para ela.
8. Contudo, talvez insista alguém: "afinal, Deus, que
é sumamente misericordioso, não poderia perdoar?"
Sim! Deus
poderia perdoar, e de fato, perdoa às suas criaturas, desde que, da parte
destas, uma condição se verifique: haja repúdio do pecado ou arrependimento; em
caso contrário, isto é, se a criatura não o quer receber, vão se torna o
perdão.
Ora acontece justamente que nenhuma das almas que morrem em
pecado mortal e, por conseguinte, nenhum dos réprobos do inferno se quer
arrepender e voltar para Deus, por muito tormentosa que seja a sua situação. Com
efeito, a alma só muda de disposições ou se arrepende quando unida ao corpo; é
só mediante a atividade dos sentidos externos e internos que ela pode conceber
novos conhecimentos e desejos; por conseguinte, quando se separa do corpo ou
dos sentidos, a alma humana se fixa irrevogavelmente na última disposição que
teve durante esta vida (amor ou ódio a Deus). O pecador, portanto, que
morra com aversão a Deus e apego apaixonado à criatura, para o futuro sentirá,
de um lado, a tremenda dilaceração que este afeto acarreta, mas, de outro lado,
não desejará em absoluto voltar para Deus, desfazendo-se do seu amor desregrado
ao finito; não o desejando, está claro que o Senhor não o forçará.Vê-se assim
algo de aparentemente paradoxal, mas sumamente verídico e significativo: não há
quem esteja no inferno e daí queira sair; os réprobos sofrem, mas não querem
abandonar o estado que lhes motiva o sofrimento. Se algum deles pedisse perdão,
Deus não lho negaria.Esta afirmação é ilustrada pela parábola do filho pródigo
(cf. Lc 15, 11-32). Não há dúvida, tal trecho do S. Evangelho visa incutir a
suma confiança em Deus cuja misericórdia surpreende a expectativa humana; o
Senhor perdoa ultrapassando todas as categorias da benevolência humana. Contudo
a parábola bem mostra que esse perdão só é outorgado à criatura que, cheia de
arrependimento o deseje e peça: «Pai, pequei contra o céu e contra Ti; já não
sou digno de ser chamado teu filho» (Lc 15,18), exclamou o herói da narrativa.
Ora foi justamente o fato de se ter reconhecido indigno que lhe mereceu ser
recebido como filho bem-amado! Oxalá os homens que se afastam de Deus,
procedessem até as últimas instâncias como o filho pródigo! Então seriam sempre
tratados como este!
9. Deve-se observar
outrossim que o estado aflitivo do réprobo não tem fim, porque a alma humana é,
por sua natureza, imortal (não consta de partes que se desgastem e
decomponham); cf. «P.R.» 2/1957, qu. 5. Deus poderia, a rigor, aniquilar as
criaturas que estão no inferno. Ele não o faz, porém, pois a existência desses
seres tem seu sentido no conjunto do universo. Note-se bem que o centro ou o
ponto de referência de todas as criaturas não é o homem, mas Deus; todas as
criaturas são chamadas a dar glória a Deus; portanto, desde que realizem esta
finalidade, sua existência tem valor no grande quadro do universo. Ora o
pecador sofre no inferno justamente porque reconhece que Deus é sumamente bom e
que ele voluntàriamente se incompatibilizou com o Sumo Bem (se não reconhecesse
a Bondade de Deus, o réprobo não sofreria). Vê-se então que o tormento mesmo do
pecador é proclamação da perfeição e da santidade de Deus; destarte a
existência do réprobo não é vã, mas preenche sua finalidade primária e suprema.
A modalidade de que essa existência, para o respectivo sujeito, é
infeliz, torna-se secundária; Deus fez o homem para ser, e ser sempre (claro
está que… à semelhança do Exemplar Divino, o qual é sempre feliz) ; a
modalidade de ser feliz, porém, Deus a quis tornar dependente da livre opção do
homem; este a pode frustrar. Contudo, o bem fundamental que é o ser, existir,
Deus o quis tomar a seus exclusivos cuidados; o Criador o dá irrevogàvelmente;
não o retira, mesmo que o homem não cumpra a sua parte, abusando do dom do
Benfeitor. O homem, por conseguinte, existirá sempre, como Deus planejou
bondosamente, mesmo que, em consequência de uma livre opção sua, não exista
feliz. Sua existência, mesmo nessas circunstâncias, não carecerá de significado
e valor.
10. Talvez ainda nos
aflore à mente uma última dúvida: Deus, sabendo que tal ou tal criatura se perderia
no inferno, não poderia ter deixado de a criar? Não deveria ter feito apenas
criaturas que usassem da sua liberdade para o bem? Reflitamos um pouco
sobre o valor dessa «sedutora» solução do problema. «Liberdade» diz, por seu
conceito mesmo, variedade e multiplicidade de realizações; é natural, portanto,
que a liberdade humana se afirme na história com essa multiplicidade de formas
que a caracterizam; se tal variedade não se verifica, tem-se estranha
liberdade,liberdade artificialmente canalizada numa só direção; ora, isto não
sendo normal, não se poderia pretender que Deus procedesse assim. O essencial é
que nenhuma das criaturas livres, mesmo usando plenamente da sua liberdade,
deixe de ser uma expressão da santidade do Criador; ora isto se verifica também
nos réprobos, os quais, por todo o seu ser, no inferno, proclamam a Perfeição
e, em particular, a Bondade do Criador. O Senhor não criou seres livres que
artificialmente só optassem por um alvitre, como também não criou flores de
papel, mas criou flores naturais; é somente o homem que, não podendo produzir
flores naturais, fabrica flores artificiais, flores que não murcham,mas flores
que parecem ser flores, quando, na verdade, não o são!
ATENÇÃO!!! Para o inferno só vai quem livremente por suas ações e opções, fez espontaneamente,
por onde merecê-lo, pois o céu é graça, o inferno é mérito!
A minha vida de Cristão não gira em torno do
medo do inferno, mas em servir a Deus que tanto me tem abençoado sem
merecimento algum, pois Ele existe antes de mim, e nada fiz antecipadamente
para merecer seu amor. Pergunta que não cala: Se o inferno não existe, seria justo Hitler e
Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio ?
Na Divina comédia de Dante na entrada da Porta do Inferno está a frase:
“ Deixa aqui fora toda tua esperança...”Dirá, porém, o incrédulo: “Onde está a
justiça de Deus ao castigar com pena eterna um pecado que dura um instante?” E como se atreve o pecador, por um prazer
momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita? Ora a resposta é simples:
é eterna, porque a relação TEMPO E ESPAÇO já não existe na ETERNIDADE, entramos
em estado eterno de decisão que tomamos no TEMPO.E porque o réprobo jamais
poderá prestar satisfação por sua culpa. Nesta vida, o pecador penitente pode
satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus Cristo; mas o condenado não
participa desses méritos, e, portanto, não podendo por si satisfazer a Deus,
sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o castigo (Sl 48, 8-9).
“Ali a culpa
disse o Belluacense, poderá ser castigada, mas jamais expiada” (Lib. II, 3p),
porque, segundo Santo Agostinho, “ali o pecador é incapaz de arrependimento”.E
ainda que Deus quisesse perdoar ao réprobo, este não aceitaria a reconciliação,
porque sua vontade obstinada e rebelde está confirmada no ódio contra Deus.
Disse o Papa Inocêncio III:
“Os anjos réprobos
e os condenados não se humilharão; pelo contrário, crescerá neles a
perseverança do ódio”. São Jerônimo afirma que “nos réprobos, o desejo de pecar
é insaciável” (Pr 27, 20). A ferida de tais desgraçados é incurável; porque
eles mesmos recusam a cura (Jr 15, 18).” (Santo Afonso de
Ligório - Preparação para a morte, edição em PDF, pp. 287-288)
Outras questões atinentes ao inferno já foram abordadas em «P. R.» 3/1957, qu.
5. O que interessava, na presente questão, era mostrar que o inferno nada tem
de arbitrário da parte de Deus; não é um castigo que o Criador estipule
atendendo a um código de penas e sanções, à semelhança do que se dá na justiça
humana, código naturalmente reformável. O inferno, em verdade, não é senão a
última consequência da violação dos princípios que definem a estrutura do ser
humano: quem voluntariamente ingere veneno, morre, simplesmente porque
contradisse as leis que regem a vida física do homem
Dom Estêvão Bettencourt - OSB
O inferno no Protestantismo
Para muitas das
denominações protestantes, o inferno é o local destituido da presença de Deus,
porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será
lançado no lago que arde com fogo e enxofre. A interpretação bíblica
protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá
mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de
cruzar a fronteira que separa estes dois locais.Há ainda outra visão
dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado
sem consciência (Eclesiastes 9:5;Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que,
conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no
céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão
para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno,
(Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3).Segundo esta
interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus
anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca
Satanás como dominante do inferno.
No Adventismo
Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gênesis 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Jó 34:14-15; Salmo 146:4; Eclesiastes 9:5,6).Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gênesis 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12:7). Cabe lembrar que na Bíblia, os termos hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia - download:http://www.cpb.com.br/arqs/nc/NC.pdf) A Bíblia é enfática ao afirmar que uma pessoa viva É uma alma (Atos 7:14); afirma, também, que a alma NÃO é imortal (Ezequiel 18:4; Romanos 6:23), que o homem busca a imortalidade (Romanos 2:6-7; I Coríntios 15:53) e que o Único que possui e imortalidade é Deus (I Timóteo 6:16).Assim sendo, fica evidente que os mortos dormem num estado de inconsciência (I Reis 2:10; 11:43; Jó 14:12; Salmo 17:15; Mateus 27:52; João 11:11-14; I Coríntios 15:51; I Tessalonicenses 4:13-17); logo, não estão em alguma habitação intermediária mas, unicamente, na sepultura (Jó 3:11-19; 14:10-12; Salmo 89:48; Eclesiastes 9:10; João 5:28-29), donde não poderão retornar às suas casas (Jó 7:9-10), não possuem glórias (Salmo 49:17), não sabem de nada do que se passa (Jó 14:21), não possuem sentimentos e nem lembrança alguma (Eclesiastes 9:5-6), não lembram de Deus e nem louvam a Deus (Salmos 6:5; 88:11; 115:17; Isaías 38:18-19).É impossível que algum homem esteja, agora, no Céu, pois a Bíblia afirma que ninguém subiu ao Céu, a não ser Jesus Cristo (João 3:13; Atos 2:34; Hebreus 11:13).O próprio Cristo afirmou que não subiu ao Céu por ocasião de Sua morte (João 27:17), mas desceu ao Hades (greg. supultura - Atos 2:31), ressuscitando ao terceiro dia (Atos 2:32).Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (I Tessalonicenses 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9).Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1); não restará nada (Salmo 37:20). Satanás, os demônios e os ímpios também serão aniquilados (Apocalipse 20:9). Isso é chamado pela Bíblia de segunda morte (Apocalipse 20:6, 14) Jesus e Seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura. A nomenclatura inferno não aparece nos textos gregos e hebraicos por se tratar de uma palavra de origem latina (inferuim - mundo inferior). Na Bíblia, os próprios termos originais já denotam isso - Sheol (hebraico, sig. sepultura: Salmos 16:10; 49:15; 89:48); Hades (grego, sig, sepultura: Atos 2:27 e 31, Apocalipse 20:13-14).O fogo da destruição final vem da palavra hebraica "Geena", e mesmo este só ocorre após o juizo final e resulta na aniquilação completa de Satanás, os demônios e os perversos (Mateus 10:28). Cada um receberá seu castigo de acordo com suas obras (Mateus 16:27; II Timóteo 4:1; Apocalipse 20:11-15; 22:12). Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim.As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim.Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora).
Para os adventistas do sétimo dia, o plano de Deus não é a destruição da humanidade, mas a salvação das pessoas gratuitamente por meio da fé (Efésios 2:8-9) no sacrifício do Seu Filho (João 3:16).O objetivo de Deus é restaurar a Terra em sua imagem edênica (Atos 3:21), criando um novo Céu, um novo Lar para Seus filhos queridos (Apocalipse 21 e 22), livre da dor e da morte (Isaías 25:8-9), com um ambiente perfeito e puro (Isaías 35), nesta terra renovada (Salmos 37:9 e 22; 78:69; Mateus 5:5; Apocalipse 5:11), onde os salvos habitarão para sempre (Isaías 66:22-23) nas moradas que Cristo foi preparar (João 14:1-3) O pecado não se levantará segunda vez (Naum 1:9)
O inferno na doutrina das Testemunhas de Jeová
Para as Testemunhas
de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é
rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por
"inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo
hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos".
Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação
eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas).Citam Atos 2:27, onde
Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de
Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não
lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu foi absolvido do
[seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida escolhendo
voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.
O inferno na doutrina do Espiritismo:
O inferno, segundo a
visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações
contrárias às estabelecidas pelasLeis morais, as quais estão esculpidas na
consciência de cada pessoa.Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”,
passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de
gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios
Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe
causa terríveis dissabores.Uma vez morta, se a criatura não evitou ações
infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue
para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que
trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins.Os Planos
Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos
diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da
consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura. Portanto o
Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno
da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas
criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de
existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados;
o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.Deus não
imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não
despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho.Um dia mais
cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à
criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e
aperfeiçoamento.Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos,
editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu e o Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec.
O inferno no Islamismo
No Islã, o inferno é
eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de
condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença
judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas,
onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah)
é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um
dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter
bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar
diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato
que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e
sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para
o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com
os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá
cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem
a graça do perdão Divino.
No Budismo
De certo modo, todo o
samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do
samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior
correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e
menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas
vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhum
renascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações
possa ser contado em eras. Contam-se dezoito
formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que
são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos
quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino
dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos"
é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de
forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa
privação.No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das
virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa dokarma.
Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos
infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai
ou a própria mãe. A meditação sobre os infernos deve gerar compaixão.
O inferno segundo as mais variadas mitologias
1)- i Yu, o inferno da mitologia chinesa;
2)- Hades, o inferno da mitologia greco-romana;
3)- Helgardh, o inferno da mitologia nórdica;
4)- Mundo dos mortos, o inferno da mitologia
egípcia;
5)- Mag Mell, o inferno da Mitologia irlandesa;
6)- Ne no Kuni e Yomi no Kuni, os infernos da
mitologia japonesa.
1. ↑ Lewis & Short Inferus
2. ↑ Sheol: Gênesis, 37:35, 42:38, 44:29, 44:31,
e assim por diante
3. ↑ Hades: Mateus 11:23 16:18 Lucas 10:15.
Atos 2:27,31. 1 Coríntios 15:55. Apocalipse 1:18 6:8 20:13,14
4. ↑ גֵיא בֶן־הִנֹּם Hinnom: Jeremias 19:6
"Por isso eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que este lugar não se chamará
mais Tofete, nem o Vale do Filho de Hinom, mas o Vale da Matança". e assim
por diante
5. ↑ LXX πολυάνδριον υἱοῦ Εννομ - o Vale do
Filho de Hinom
6. ↑ Gehenna: Mateus 5:22,29,30, 10:28, 18:09,
23:15,33. Marcos 9:43,45,47, Lucas 12:05, Tiago 3:6.
7. ↑ Cambridge, 1811, p. 148. A Translators
Handbook on the Book of Jonah (Manual do Tradutor Para o Livro de Jonas), 1978,
p. 37. Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica; 1971, Vol. 11, p. 276).
8. ↑ Bíblia Sagrada. Traduzida em português por
J. F. Almeida. R.A. 2ªed. SBB
9. ↑ Vine’s Expository Dictionary of Old and
New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do A.T. e do N.T., de
Vine, 1981, Vol. 2, p. 187)
10. ↑ A Collier’s
Encyclopedia (Enciclopédia da Collier, 1986, Vol. 12, p. 28)
11. ↑ O Webster’s
Third New International Dictionary (Terceiro Novo Dicionário Internacional de
Webster)
12. ↑ The
Encyclopedia Americana(Enciclopédia Americana, 1956, Vol. XIV, p. 81)
13. ↑ A Divina
Comédia de Dante
14. ↑ PARAÍSO PERDIDO
(1667) John Milton (Inglaterra/1608 - 1674)
15. ↑ Encyclopédia
Universalis francesa.
16. ↑ Professor J. N.
D. Kelly.
17. ↑ Revista
U.S.News & World Report.
Fonte: wikipedia.org
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Gostei desse assunto. Vi um video de um ex-satanista, onde ele diz que um dos planos de Satanás era levar as pessoas crerem que tem uma "alma imortal" e isso ele chama de idolatria, pois acreditam numa doutrina que o próprio Diabo criou! Por que a imortalidade só pertence a Deus:
Aquele que tem, ELE SÓ, A IMORTALIDADE, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém. 1 Timóteo 6:16 GRIFO MEU.
Prezado Marcos,
Veja como sua argumentação está logicamente equivocada:
Vc expôe a sua tese da seguinte forma(Provavelmente oriunda da seita testemunha de jeová que não acredita na imortalidade da alma espiritual):
"...Vi um video de um ex-satanista, onde ele diz que um dos planos de Satanás era levar as pessoas crerem que tem uma "alma imortal" e isso ele chama de idolatria, pois acreditam numa doutrina que o próprio Diabo criou! Por que a imortalidade só pertence a Deus..."
Ora se imortalidade da alma fosse uma invenção do diabo e não revelação de Deus, o demônio seria "BURRO", pois não teria sentido ele nos tentar para perdição eterna, e não teria sentido o sacrifício SALVÍFICO de Cristo,que confoRme está escrito foi: Para que todo aquele que N'Ele crer não pereça, MAS TENHA A VIDA ETERNA.
O inferno é real e a nossa ALMA ESPIRITUAL é imortal, conforme vemos na passagem do rico e Lázaro após suas mortes físicas.
" Louvado seja N. Sr. Jesus Cristo "
Boa Noite. Sou catolica mas possuo ainda muitas duvidas e futuramente pretendo te fazer muitas perguntas. Segundo nossa fe os nao justos morrem e imediatamente vao p o inferno. E os justos vao imediatamente p o ceu ou p algum lugar intermediario como um semi ceu ou purgatori? Se nossas almas as sim q morremos ja tem destino certo no ceu, inferno ou purgatorio, Jesus vira na ressurreiçao julgar qm? Nesse dia havera a ressurreiçao de nossos corpos? Obrigada!
Prezada Aline,
Bem vinda ao nosso apostolado !!! Que bom que como Católica resolveu fazer as perguntas no lugar certo: Em um blog católico que defende a autêntica doutrina de sempre da santa Igreja Católica. Respondo agora estas e suas outras dúvidas:
1)-Segundo nossa fe os nao justos morrem e imediatamente vao p o inferno. E os justos vao imediatamente p o ceu ou p algum lugar intermediario como um semi ceu ou purgatorio?
As respostas estou reirando do nosso Catecismo que vc pode emcontrar em:
http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/j/juizo.html
Resposta:CIC-1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem "tal como ele é" (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):
CIC-1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.
2)- Se nossas almas assim q morremos ja tem destino certo no ceu, inferno ou purgatorio, Jesus vira na ressurreiçao julgar qm? Nesse dia havera a ressurreiçao de nossos corpos?
Resposta:CIC-1038 A ressurreição de todos os mortos, "dos justos e dos injustos" (At 24,15), antecederá o Juízo Final. Este será "a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento" (Jo 5,28-29). Então Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-33.46).
Esperando tê-la ajudado nos colocamos à sua disposição para mais esclarecimentos.
Shalom !!!
Obrigada por sua resposta. Paz!
Inferno!
Uma concepção errônea para que as pessoas através do medo, ficassem atreladas a Igreja.
Deus é amor!
E nós deu o livre arbítrio ou seja, você pode servi lo ou não.
O céu é para os que servem,os que não os servem simplesmente não herdarão a vida eterna.
Simples assim!
Martin Lutero expôs essa farsa pregada pela Igreja Católica e posteriormente por algumas igrejas protestantes oportunistas.
DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE A TEOLOGIA DO INFERNO:
1)-Se Deus é bom e misericordioso, por que criou o inferno ?
2)-Por que não pode haver arrependimento e perdão depois da morte?
3)-Por que uma pena eterna para um pecado a nível temporal ?
4)-Por que a pena do inferno é uma pena infinita ?
5)-O inferno existe ? Ou é apenas uma figura metafórica e analógica ?
6)-O inferno é um lugar ou ESTADO ?
7)-Como são as penas sofridas no inferno ? O Fogo é um fogo material ? Combustível ?
VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU: POR QUE AS PENAS DO INFERNO SÃO ETERNAS ?
Ora,para o inferno só vai quem livremente por suas ações e opções fez por onde merecê-lo, pois o céu é graça, o inferno é mérito.A minha vida de Cristão não gira em torno do medo do inferno, mas em servir a Deus que tanto me tem abençoado sem merecimento algum, pois Ele existe antes de mim, e nada fiz antecipadamente para merecer seu amor.
Pergunta que não cala: Se o inferno não existe seria justo Hitler e Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio ?...
Na Divina comédia de Dante na entrada da Porta do Inferno está a frase: “ Deixa aqui fora toda tua esperança...”
Dirá, porém, o incrédulo: “Onde está a justiça de Deus ao castigar com pena eterna um pecado que dura um instante?”E como se atreve o pecador, por um prazer momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita? Ora a resposta é simples: é eterna, porque a relação TEMPO E ESPAÇO já não existe na ETERNIDADE, entramos em estado eterno de decisão que tomamos no TEMPO.E porque o réprobo jamais poderá prestar satisfação por sua culpa. Nesta vida, o pecador penitente pode satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus Cristo; mas o condenado não participa desses méritos, e, portanto, não podendo por si satisfazer a Deus, sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o castigo (Sl 48, 8-9).
“Ali a culpa disse o Belluacense, poderá ser castigada, mas jamais expiada” (Lib. II, 3p), porque, segundo Santo Agostinho, “ali o pecador é incapaz de arrependimento”.E ainda que Deus quisesse perdoar ao réprobo, este não aceitaria a reconciliação, porque sua vontade obstinada e rebelde está confirmada no ódio contra Deus.
Disse o Papa Inocêncio III:
“Os anjos réprobos e os condenados não se humilharão; pelo contrário, crescerá neles a perseverança do ódio”. São Jerônimo afirma que “nos réprobos, o desejo de pecar é insaciável” (Pr 27, 20). A ferida de tais desgraçados é incurável; porque eles mesmos recusam a cura (Jr 15, 18).” (Santo Afonso de Ligório - Preparação para a morte, edição em PDF, pp. 287-288)
O inferno é então o oposto ao céu. O ser humano, tendo tudo em si para a realização, pode responder negativamente a este chamado, pode escolher o caminho da não realização. Inferno é a situação de não-realização, é o não ao céu. Como o humano pode chegar definitivamente à realização, ele também pode dizer não a esta realização e com isto fechar-se definitivamente a ela.O inferno não é, pois uma alternativa criada por Deus ao céu, mas a situação de negação do céu. Podemos invocar aqui o modo de pensar de Agostinho: o mal não existe, existe a ausência do bem.
O inferno é resultado da liberdade humana.A vontade de Deus é que todos sejam salvos, diz a Bíblia (1Tim 2,4). A Bíblia descreve esta situação de frustração eterna através de muitas imagens: fogo que não se apaga (Mt 5,22), choro e ranger de dentes (Mt 18,22; Lc 13,28), trevas exteriores (Mt 8,12), cárcere (1Pd 3,19), segunda morte (Ap 2,11) etc.Tanto como podemos perceber sinais do céu, de realização já entre nós, também o inferno se faz presente, ou seja, sinais de não realização. Também já agora há sinais de frustração, de não comunhão, de fechamento ao amor, de impedimento à justiça.
Na religião Budista, o Inferno se chama Naraka
Na religião Nórdica, o Inferno é gelado, e se chama Niflheim
Na religião Taoísta chinesa, o Inferno se chama Diyu
Na religião Maia, Xibalbá é o reino subterrâneo onde regem as divindades Hun-Camé (doença) e Vucub-Camé (morte).
Na religião Japonesa, o Inferno se chama Yomi
Na religião Judaica, o Inferno se chama Geena
Na religião egípcia, o inferno se chama Duat, ou Mundo dos Mortos
Na religião Maia, o inferno se chama Xibalbá
Na religião Grega, o Inferno se chama Hades
Na religião Nórdica, o Inferno se chama Helgardh
Na religião irlandesa, o Inferno se chama Mag Mell
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