COMENTÁRIOS DO BLOG
BERAKASH: “Indiscutivelmente,
existe uma resistência ao dogma, devido tanto à reação ao dogmatismo, quanto à
postura do espírito moderno e pós-moderno da autonomia do sujeito. Importa
superar o conceito de dogma que o associa a algo irracional, heterônimo e
inflexível. O dogma serviu e serve para
delimitar o campo de sentido duvidoso porém essencial e estabelecer marcos
consensuais e avançar na compreensão dos dados da fé.Ex.: O inferno, Céu e
Purgatório são realidades comprovadas pela revelação nas escrituras, mas podemos
perguntar como são intrinsecamente estas realidades?esta temática de como o
são, é considerada pela teologia e magistério da Igreja como “questões em
aberto.”O dogma contribui assim para a atualização da palavra de Deus e da
formulação da experiência cristã. No dogma aparentemente predomina a
tendência de clausura de sentido. Mas, ao mudar o horizonte de compreensão e se
apresentarem problemas novos à vida cristã, ele recobra sua força polissêmica.O
dogma surge sempre na base, nunca da cúpula da Cristandade,pois a Igreja não
cria dogmas, mas os confirma, ou nega heresias contrárias em definitivo de
afirmações surgidas geralmente na base. E como elemento que provém da Tradição
e faz Tradição, é fruto da tarefa interpretativa realizada por vários grupos na
comunidade eclesial. O senso comum dos
fiéis aponta e prepara a base consensual imprescindível para o dogma. Grupos
minoritários de leigos, religiosos, sacerdotes e bispos ensaiam a tematização,
auxiliando ainda na sua divulgação e aceitação. Por fim, o magistério, através
do conjunto dos bispos unidos ao Papa, realiza o discernimento final e o
define. O trabalho não se encerra aí. Compete à mesma comunidade eclesial, na
pessoa de seus diferentes sujeitos, tornar compreensível e, se necessário,
reinterpretar o dogma, enriquecendo o seu sentido.Os dogmas centrais do
cristianismo são, ao mesmo tempo, infalíveis e reformáveis:A infalibilidade
reside no fato que o dogma significa uma conquista irrevogável, trazendo
elementos vinculantes para expressão da fé. A "reformabilidade" advém
de sua formulação humana, simultaneamente caducável e passível de maior
exploração de sentido. A reforma, ou atualização do dogma visa "suprir
o descompasso da língua, aperfeiçoar as fórmulas usadas, purificar o esquema de
pensamento, manter viva a verdade da revelação em sua relação com a existência
humana e dar mais clareza e plenitude a esta verdade". Pode-se falar, com
propriedade, de uma "evolução do dogma"(Não confundir evolução com
negação do dógma, é uma evolução sempre para melhor entendimento da
formulação.Tudo sobre formulação dogmática é avanço, jamais é retrocesso, pois
nenhum dógma proclamado ex-cátedra, jamais foi e jamais será negado, ou
anulado).O dogma pretende ter acesso ao mistério de Deus, sempre novo e
insuperável. Como Deus é realidade insondável, inesgotável, inabarcável
plenamente, pois como já dizia São Tomás de Aquino: “A verdade é sempre maior
que nossa inteligência”. O dogma portanto, capta algo real sobre Deus, mas
sempre insuficientemente. Necessita assim novas abordagens no correr dos
tempos, que se aproximam mais do mistério de Deus sem dizer palavra final sobre
ele,porém, nada que fuja ao que já foi revelado e definido pelo magistério
milenar da Igreja.Embora se servindo da razão, o dogma não se reduz a um
conjunto de fórmulas frias e exatas, como uma equação matemática de segundo
grau. Manifesta, ao contrário, um sentimento doxológico, isto é, de louvor. Só
se compreende Deus deixando-se fascinar por Ele, abrindo o coração, a mente e o
entendimento para a luz e o calor de sua presença irradiante. Por fim, o dogma evita discussões vãs e
vazias e propõem esclarecimentos sujeitos a evolução dentro de uma tradição
revelada, porém, não totalmente interpretada, de temas cruciais sem retrocesso
a problemáticas já superadas e
respondidas pela teologia, sempre em vista do bem comunitário e pessoal em
relação a nossa salvação.”
CONHEÇA
TODOS OS DOGMAS CATÓLICOS DECRETADOS DE FORMA EXTRAORDINÁRIA, DEFINITIVA E
INFALIVELMENTE EM 2.000 ANOS DE HISTÓRIA DA IGREJA!
Dogmas sobre Deus
1. A Existência de
Deus
2. A Existência de
Deus como Objeto de Fé
3. A Unicidade de
Deus
4. Deus é Eterno
5. Santíssima
Trindade
• Dogmas Marianos:
6. A Imaculada
Conceição de Maria
7. Maria, Mãe de Deus
8. A Assunção de
Maria
9. A sempre Virgem
Dogmas sobre Jesus Cristo
10. Jesus Cristo é
verdadeiro Deus e filho de Deus por essência
11. Jesus possui duas
naturezas que não se transformam nem se misturam
12. Cada uma das duas
naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação
física
13. Jesus Cristo,
ainda que homem, é Filho natural de Deus
14. Cristo imolou-se
a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício
15. Cristo nos
resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz
16. Ao terceiro dia
depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
17. Cristo subiu em
corpo e alma aos céus e está sentado à direita de Deus Pai
Dogmas sobre a Criação do Mundo
18. Tudo o que existe
foi criado por Deus a partir do Nada
19. Caráter temporal
do mundo
20. Conservação do
mundo
Dogmas sobre o Ser Humano
21. O homem é formado
por corpo material e alma espiritual
22. O pecado de Adão
se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação
23. O homem caído não
pode redimir-se a si próprio
Dogmas sobre o Papa e a Igreja
24. A Igreja foi
fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
25. Cristo constituiu
o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de
toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado de jurisdição
26. O Papa possui o
pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de
fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja
27. O Papa é
infalível sempre que se pronuncia ex catedra
28. A Igreja é
infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes
Dogmas sobre os Sacramentos
29. O Batismo é verdadeiro
Sacramento instituído por Jesus Cristo
30. A Confirmação é
verdadeiro e próprio Sacramento
31. A Igreja recebeu
de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
32. A Confissão
Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a
salvação
33. A Eucaristia é
verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
34. Cristo está
presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do
pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue
35. A Unção dos
enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
36. A Ordem é
verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo*SOBRE A ORDENAÇÃO
SACERDOTAL RESERVADA SOMENTE AOS HOMENS (Último dogma decretado pela Igreja
pelo Santo Papa João Paulo II - Veja ao final).
37. O matrimônio é
verdadeiro e próprio Sacramento
Dogmas sobre as Últimas Coisas (Escatologia)
38. A Morte e sua
origem
39. O Céu (Paraíso)
40. O Inferno
41. O Purgatório
42. O Fim do mundo e
a Segunda Vinda de Cristo
43. A Ressurreição
dos Mortos no Último Dia
44. O Juízo Universal
Por: Dercio Antonio
Paganini
Fonte:paginas.terra.com.br/religiao/mppm/dogmas.htm
ÚLTIMO
DÓGMA DECRETADO SOLENEMENTE PELA IGREJA POR SÃO JOÃO PAULO II
CARTA APOSTÓLICA "ORDINATIO SACERDOTALIS" SOBRE A ORDENAÇÃO SACERDOTAL RESERVADA SOMENTE AOS HOMENS
- (DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II)
Veneráveis Irmãos no
Episcopado!
1. A ordenação
sacerdotal, pela qual se transmite a missão, que Cristo confiou aos seus
Apóstolos, de ensinar, santificar e governar os fiéis, foi na Igreja Católica,
desde o início e sempre, exclusivamente reservada aos homens. Esta tradição foi
fielmente mantida também pelas Igrejas Orientais. Quando surgiu a
questão da ordenação das mulheres na Comunhão Anglicana, o Sumo Pontífice Paulo
VI, em nome da sua fidelidade o encargo de salvaguardar a Tradição apostólica,
e também com o objetivo de remover um novo obstáculo criado no caminho para a
unidade dos cristãos, teve o cuidado de recordar aos irmãos anglicanos qual era
a posição da Igreja Católica: "Ela defende que não é admissível ordenar
mulheres para o sacerdócio, por razões verdadeiramente fundamentais. Estas
razões compreendem: o exemplo ― registado na Sagrada Escritura ― de Cristo, que
escolheu os seus Apóstolos só de entre os homens; a prática constante da
Igreja, que imitou Cristo ao escolher só homens; e o seu magistério vivo, o
qual coerentemente estabeleceu que a exclusão das mulheres do sacerdócio está
em harmonia com o plano de Deus para a sua Igreja" [1].Mas, dado que também
entre teólogos e em certos ambientes católicos o problema fora posto em
discussão, Paulo VI deu à Congregação para a Doutrina da Fé mandato de expor e
ilustrar a este propósito a doutrina da Igreja. Isso mesmo foi realizado pela
Declaração Inter insigniores, que o mesmo Sumo Pontífice aprovou e ordenou
publicar [2].
2. A Declaração
retoma e explica as razões fundamentais de tal doutrina, expostas por Paulo VI,
concluindo que a Igreja «não se considera autorizada a admitir as mulheres à
ordenação sacerdotal»[3]. A tais razões fundamentais, o mesmo documento junta
outras razões teológicas que ilustram a conveniência daquela disposição divina,
e mostra claramente como o modo de agir de Cristo não fora ditado por motivos
sociológicos ou culturais próprios do seu tempo. Como sucessivamente precisou o
Papa Paulo VI, «a verdadeira razão é que Cristo, ao dar à Igreja a Sua
fundamental constituição, a sua antropologia teológica, depois sempre seguida
pela Tradição da mesma Igreja, assim o estabeleceu»[4].Na Carta Apostólica
Mulieris dignitatem, eu mesmo escrevi a este respeito: «Chamando só homens como
seus apóstolos, Cristo agiu de maneira totalmente livre e soberana. Fez isto
com a mesma liberdade com que, em todo o seu comportamento, pôs em destaque a
dignidade e a vocação da mulher, sem se conformar ao costume dominante e à
tradição sancionada também pela legislação do tempo» [5].De facto, os
Evangelhos e os Actos dos Apóstolos atestam que este chamamento foi feito
segundo o eterno desígnio de Deus: Cristo escolheu os que Ele quis (cfr Mc
3,13-14; Jo 15,16) e fê-lo em união com o Pai, «pelo Espírito Santo» (Act 1,2),
depois de passar a noite em oração (cfr Lc 6,12). Portanto, na admissão ao
sacerdócio ministerial [6], a Igreja sempre reconheceu como norma perene o modo
de agir do seu Senhor na escolha dos doze homens que Ele colocou como
fundamento da sua Igreja (cfr Ap 21,14). Eles, na verdade, não receberam apenas
uma função, que poderia depois ser exercida por qualquer membro da Igreja, mas
foram especial e intimamente associados à missão do próprio Verbo encarnado
(cfr Mt 10,1.7-8; 28,16-20; Mc 3,13-16; 16,14-15). O mesmo fizeram os
Apóstolos, quando escolheram os seus colaboradores [7] que lhes sucederiam no
ministério [8]. Nessa escolha, estavam incluídos também aqueles que, ao longo
da história da Igreja, haveriam de prosseguir a missão dos Apóstolos de
representar Cristo Senhor e Redentor [9].
3. De resto, o fato
de Maria Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, não ter recebido a missão
própria dos Apóstolos nem o sacerdócio ministerial, mostra claramente que a não
admissão das mulheres à ordenação sacerdotal não pode significar uma sua menor
dignidade nem uma discriminação a seu respeito, mas a observância fiel de uma
disposição que se deve atribuir à sabedoria do Senhor do universo.A presença e o papel
da mulher na vida e na missão da Igreja, mesmo não estando ligados ao
sacerdócio ministerial, permanecem, no entanto, absolutamente necessários e
insubstituíveis. Como foi sublinhado pela mesma Declaração Inter insigniores,
"a Santa Madre Igreja auspicia que as mulheres cristãs tomem plena
consciência da grandeza da sua missão: o seu papel será de capital importância
nos dias de hoje, tanto para o renovamento e humanização da sociedade, quanto
para a redescoberta, entre os fiéis, da verdadeira face da Igreja" [10].
Os Livros do Novo Testamento e toda a história da Igreja mostram amplamente a
presença na Igreja de mulheres, verdadeiras discípulas e testemunhas de Cristo
na família e na profissão civil, para além da total consagração ao serviço de
Deus e do Evangelho. "A Igreja defendendo a dignidade da mulher e a sua
vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que - fiéis ao Evangelho - em
todo o tempo participaram na missão apostólica de todo o Povo de Deus. Trata-se
de santas mártires, de virgens, de mães de família, que corajosamente deram
testemunho da sua fé e, educando os próprios filhos no espírito do Evangelho,
transmitiram a mesma fé e a tradição da Igreja" [11]Por outro lado, é à
santidade dos fiéis que está totalmente ordenada a estrutura hierárquica da
Igreja. Por isso, lembra a Declaração Inter insigniores, "o único carisma
superior, a que se pode e deve aspirar, é a caridade (cfr 1 Cor 12-13). Os
maiores no Reino dos céus não são os ministros, mas os santos" [12]
4. Embora a doutrina sobre a
ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na
Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo
Magistério nos documentos mais recentes, todavia
atualmente em diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou
atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as
mulheres à ordenação sacerdotal. Portanto, para que seja excluída qualquer
dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina
da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32),
declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação
sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como
definitiva por todos os fiéis da Igreja.
Invocando sobre vós,
veneráveis Irmãos, e sobre todo o povo cristão, a constante ajuda divina,
concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 22 de Maio,
Solenidade de Pentecostes, do ano de 1994, décimo-sexto de Pontificado.
IOANNES PAULUS II
Referências
[1] Cfr. Paulo VI,
Rescrito à carta de Sua Graça o Rev.mo Dr. F.D. Coggan, Arcebispo de Cantuária,
sobre o ministério sacerdotal das mulheres, 30 de Novembro de 1975: AAS 68
(1976), 599-600: «Your Grace is of course well aware of the Catholic Church's
position on this question. She holds that it is
not admissible to ordain women to the priesthood, for very fundamental reasons.
These reasons include: the example recorded in the Sacred Scriptures of Christ
choosing his Apostles only from among men; the constant practice of the Church,
which has imitated Christ in choosing only men; and her living teaching
authority which has consistently held that the esclusion of women from the
priesthood is in accordance with the God's plan for his Church» (p. 599).
[2] Cfr. Congregação
para a Doutrina da Fé, Declaração Inter insigniores sobre a questão da admissão
das mulheres ao sacerdócio ministerial, 15 de Outubro de 1976: AAS 69 (1977),
98-116.
[3] Ibid. 100.
[4] Paulo VI,
Alocução sobre O papel da mulher no desígnio da salvação, 30 de Janeiro de
1977: Insegnamenti, vol. XV (1977), 111. Cfr também João Paulo II, Exort. ap.
Christifideles laici, 30 de Dezembro de 1988, 51: AAS 81 (1989), 393-521;
Catecismo da Igreja Católica, n. 1577.
[5] João Paulo II,
Carta ap. Mulieris dignitatem, 15 de Agosto de 1988, 26: AAS 80 (1988), 1715.
[6] Cfr. Const. dogm.
Lumen gentium, 28; Decreto Presbyterorum Ordinis, 2b.
[7] Cfr. 1 Tm 3,1-13;
2 Tm 1,6; Tt 1, 5-9.
[8] Cfr. Catecismo da
Igreja Católica, n. 1577.
[9] Cfr. Const. dogm.
Lumen gentium, 20 e 21.
[10] Congregação para
a Doutrina da Fé, Decl. Inter insigniores VI: AAS(1977), 115-116.
[11] João Paulo II,
Carta Ap. Mulieris dignitatem 27: AAS 80(1988), 1719.
[12] Congregação para
a Doutrina da Fé, Decl. Inter insigniores VI: AAS(1977), 115.
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