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Como deve ser entendida a passagem de Jeremias 17,5: "maldito homem que confia no homem"?

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 25 de setembro de 2024 | 11:30

 




"Não adianta você ler o texto e não entender o contexto em que foi escrito" - Agindo assim você estará se comportando como algumas seitas cristãs fundamentalistas, ou seja, interpretando tudo ao pé da letra, "usando textos fora do contexto para servir de pretextos" a ensinos parciais, de caráter pessoal, e equivocados.

 





E já nos lembram as Sagradas Escrituras que “a letra mata” (2 Cor 3,6), ou seja, sem o auxílio do Espírito é letra morta, que não traz vida, conversão, um verdadeiro e sadio direcionamento! Ora, colocando Jeremias 17,5 no seu devido contexto politeísta e cheios de povos inimigos ao redor, desejosos de invadir e escraviza-los, as lideranças Judias eram muitas vezes, pelas circunstâncias, induzidos a apelar para as guerras e ou, alianças. Era assim o cenário em que viviam cercados os Judeus -  Jeremisas apenas nos lembra a necessária importância de uma confiança equilibrada. A idolatria da confiança absoluta (e não relativa) no homem, pode nos desviar de Deus e levar à decepções (confr. Salmo 20,7). No entanto, isso não significa que não devemos confiar em ninguém. Devemos sim buscar desenvolver relacionamentos saudáveis baseados na confiança mútua, e isso é querido por Deus em várias passagens bíblicas, principalmente na confiança em nossas autoridades legitimamente constituídas:

 

 



Hebreus 13,16-17: “De igual modo, não negligencieis a contínua prática do bem e a mútua confiança; pois é desses sacrifícios que Deus muito se alegra. Sede obedientes às vossas lideranças e submissos à autoridade que exercem. Pois eles zelam por vós como quem deve prestar contas de seus atos...”




Mesmo que os outros nos desapontem às vezes, e apesar de nós mesmos nem sempre sermos confiáveis, podemos e devemos ainda confiar nas pessoas em diferentes graus! 





Sem confiança, o relacionamento verdadeiro e necessário entre as pessoas é impossível. É precisamente porque sabemos que Deus nunca nos falhará que podemos confiar nos outros! Nossa suprema segurança está nEle, por isso somos livres para confiar nos outros e experimentar a alegria que isso traz. Confiar nos outros é quase inseparável de amá-los. 





A verdadeira intimidade só pode ser alcançada através da honestidade e confiança! 





Precisamos confiar e nos deixarmos ser confiáveis para levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6,2) e "estimularmos (uns aos outros) ao amor e às boas obras" requer confiança (Hebreus 10,24). 




É preciso ter confiança para confessar nossos pecados uns aos outros (confr. Tiago 5,16) e compartilhar sobre nossas necessidades (Tiago 5,14; Romanos 12, 15) para recebermos a ajuda necessária. A confiança é indispensável em vários tipos de relações humanas e especialmente para o funcionamento saudável da comunidade Cristã.




Os cristãos devem se esforçar sim, para serem confiáveis! 




Jesus deixou claro que Seus seguidores deveriam manter a sua palavra (Mateus 5,37). Tiago repetiu esse mandamento (Tiago 5,12). Os cristãos são chamados a ser discretos e abster-se de fofocas (Provérbios 16,28; 20, 19; 1 Timóteo 5,13; 2 Timóteo 2,16). Ao mesmo tempo, os cristãos são chamados a falar a verdade quando apropriado e ajudar na superação dos pecados pessoais e sociais (Mateus 18,15-17; Gálatas 6, 1). Os cristãos devem falar a verdade e comunicá-la com amor (Efésios 4,15; 1 Pedro 3,15). Devemos procurar "apresentarmo-nos a Deus aprovados, como obreiro que não tem de que se envergonhar, mas que maneja bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2,15), e para isso é necessário desenvolver a confiança. Os cristãos também devem cuidar das necessidades práticas dos outros (Tiago 2,14–17; 1 João 3,17–18; 4,20–21). Todas essas ações contribuem para estabelecer confiança mútua. Os Cristãos devem ser pessoas em que outros podem confiar! Tal fidedignidade é fortalecida pelo Espírito Santo em ação na vida do crente (2 Coríntios 3,18; Filipenses 1,6; Gálatas 5,13-26). 





Confiar nos outros nem sempre é natural ou fácil! Para isso, devemos ser sábios e tirar um tempo para conhecer melhor os outros, e não de forma descuidada dar-lhes total confiança! 





Jesus fez isso quando, às vezes, retirou-se das multidões (João 2,23–25; 6,15). No entanto, às vezes é difícil distinguir entre ser sábio sobre nossa confiança e ser excessivamente autoprotetor de mágoas, decepções, ressentimentos, ou medos por algo já experimentado no passado! 



Se estivermos sendo relutantes em confiar em alguém em qualquer medida, somos sábios em fazer alguma introspecção e, se necessário, pedir a Deus que cure nossos corações feridos. A Bíblia dá conselhos sobre confiar nos outros depois que nos machucamos. Confiar em Deus é o primeiro e mais importante passo. Quando sabemos que, não importa o que os homens nos façam, Deus sempre estará presente, e é fiel, verdadeiro e confiável, então fica mais fácil lidar com traição ou decepções. O Salmo 118,6 diz: “O SENHOR está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem?” Ler a Palavra de Deus prestando bastante atenção às maneiras como Ele descreve Sua própria fidelidade e confiabilidade será útil para nós. 





No desenvolvimento e estabelecimento da confiança, a oração é vital





Particularmente, se acharmos que Deus tem traído a nossa confiança ao permitir que sejamos feridos, precisamos ser lembrados da Sua verdade e consolados pelo Seu amor. O segundo passo depois de ser ferido por confiar nos outros é o perdão. Como Jesus disse a Pedro, se um irmão pecar contra você setenta e sete vezes por dia e voltar pedindo perdão, devemos perdoar (Mateus 18,21–22). 




A questão não é que não devemos perdoar até a 78ª ofensa, mas que devemos ser pessoas que buscam perdoar continuamente! 





Se uma pessoa trai repetidamente nossa confiança sem se arrepender, não precisamos continuar a nos associar, nos expor,  ou a ser vulneráveis a ele(a). No entanto, também não devemos abrigar amargura nem permitir que as ações dessa pessoa impeçam nossos relacionamentos com outras pessoas (Hebreus 12,14–15). 




Se a pessoa estiver realmente arrependida - mesmo quando envolve traição e confiança explorada - devemos procurar perdoar e até mesmo buscar a restauração e a reconstrução da confiança ao longo do tempo!




Como parte da lição de Jesus sobre o perdão, Ele contou a parábola de um servo que foi perdoado de uma enorme dívida e depois saiu e imediatamente se tornou crítico e cruel com outro servo que lhe devia uma pequena dívida. As ações cruéis do servo sem misericórdia devem nos lembrar de nossa necessidade de perdoar. Fomos perdoados por Deus de uma dívida muito maior do que qualquer outra pessoa deve a nós (Mateus 18, 23–35). 






CONCLUSÃO




Vale a pena repetir que, à medida que aprendemos a confiar nos outros, devemos nos esforçar continuamente para sermos nós mesmos confiáveis!Não adianta cobrar dos outros o que não somos!



Isso é bom, piedoso e agradável a Deus! Devemos ser um lugar seguro para os outros (Provérbios 3,29) saber manter segredos, principalmente quando nos pedem para guarda-los e não compartilhar com ninguem (Provérbios 11,13). Devemos ser conhecidos por nossa honestidade e confiança (Provérbios 17,17; 12,22). Todo mundo passa por momentos difíceis, e precisamos de boas amizades para ajudarmo-nos mutuamente a carregar os fardos uns dos outros. Sem execessão, todos nós já decepcionamos ou fomos decepcionados por alguem. No entanto, devemos sempre nos esforçar para andar “de modo digno da vocação a que fosmos chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor” (Efésios 4,1–2).









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Anônimo
30 de outubro de 2024 às 21:15

Vale a pena repetir que, à medida que aprendemos a confiar nos outros, devemos nos esforçar continuamente para sermos nós mesmos confiáveis!Não adianta cobrar dos outros o que não somos!

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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