Essa "estória" realmente, está muito confusa, suspeita, e muito mal contada. Não podemos compactuar de forma alguma com alguém que ameace de morte a outra pessoa, principalmente, uma autoridade da igreja, e ainda mais inaceitável, se isso partisse de Cristãos ditos pessoas do bem, fieis a igreja, e conservadores nos bons costumes. Porém, seguindo as orientações de nosso querido papa Francisco que condenou os pastores e padres que fomentam POLARIZAÇÕES dentro da igreja, um verdadeiro pastor de almas não pode fazer preferências ao tipo de ovelhas que deseja pastorear, desprezando as demais, principalmente quando a parte do rebanho desprezada é a maioria. É exatamente isso que está acontecendo em Tauá: "o bispo e seus padres fizeram discursos políticos partidários e a população em sua maioria, cristã conservadora, não compactua com seus discursos partidaristas e revanchistas", e seguindo as orientações do papa Francisco, os estão rejeitando, simples assim! Acho que um humilde pedido desculpas por parte do bispo e padres a população que se sente rejeitada, solucionaria tudo! Segue abaixo os três lados da moeda para que você, caro leitor, tire suas próprias conclusões.
"Bispo e
padres da Diocese de Crateús são ameaçados de morte e não realizam missas em
Tauá"
Prefeita
de Tauá emitiu nota de repúdio com ameaças. Secretaria da Segurança diz estar a apurar
o caso.
Por Thays Maria Salles - 16/10/2023 (O POVO)
A informação foi dada por padre Géu na festa da padroeira. Quatro padres da Diocese de Cratéus e o bispo Dom Ailton Menegussi estão sendo ameaçados de morte e impossibilitados de realizarem missas no município de Tauá. A denúncia foi feita pelo titular da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, padre Géu. De acordo com o sacerdote, os celebrantes não frequentaram a cidade durante um ano devido às ameaças. Durante a missa no último fim de semana, o pároco explicou o motivo da ausência do grupo de religiosos na comunidade.
"Todos
vocês já perceberam que esse ano Dom Ailton não veio a Tauá em nenhuma ocasião
e queria também estar conosco nessa hora da festa. Não é novidade para a
cidade, porque esta conversa é encontrada em toda esquina. Dom Ailton não vem a
Tauá este ano, porque está ameaçado de morte aqui".
Ele alega que por segurança a orientação (de quem?), é de que nem o bispo e nem os padres estejam presentes nas missas.
"Nós
passamos o ano inteiro sem dar uma só palavra acerca dessa situação, mas chegou
a hora de assumirmos publicamente", completa.
Prefeita
de Tauá, Patrícia Aguiar (PSD) emitiu nas redes sociais nota de repúdio à
situação nesta segunda-feira (16.10.2023):
"Como
prefeita de Tauá e cristã da Igreja Católica registro a minha indignação pelas
injustas ameaças feitas contra a vida do Bispo D. Ailton, da Diocese Crateús, e
aos Padres Talles, Elton, Neto e Damásio, e, ao mesmo tempo, presto a mais
absoluta solidariedade aos mesmos. O Bispo D. Ailton representa o papa
Francisco na nossa Diocese e realiza um grandioso trabalho na sua missão de
santificar, ensinar, evangelizar e governar a nossa Igreja. Esperamos que a
Justiça seja feita para que seja combatido esses atos de extrema
insensatez".
Procurado, o secretário da paróquia, George
Alves, disse que a instituição não dará informações no momento, mas que já
buscou as autoridades para averiguarem o caso.
ATENÇÃO! Em nota, a Secretaria
da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que "ainda não há registro
de boletim de ocorrência (B.O.) mas apura supostas ameaças contra líderes
religiosos que teriam acontecido no município de Tauá".
As denúncias podem ser feitas
presencialmente na Delegacia Regional ou por meio do telefone (88) 3437.1888.
Além disso, a população pode recorrer à central de atendimento de número 181 e
pelo WhatsApp (85) 3101-0181.
Fonte:https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2023/10/16/bispo-e-padres-da-diocese-de-crateus-sao-ameacados-de-morte-e-nao-realizam-missas-em-taua.html
AQUI ESTÁ "A ORIGEM" DE TODO ESSE "ANGU-NA-CASA-DE NOCA" que
dividiu e polarizou a população desta diocese
Da redação da "Agência PT de Notícias" - Com
informações da Revista Fórum
“Não
aceitamos que partido político nenhum se aproveite dessa crise pra dar golpe no
país”, disse Dom Ailton Menegussi
No interior do Ceará, durante o
encerramento dos festejos religiosos de São José, em Tauá, Dom Ailton
Menegussi, bispo da Diocese de Crateús rejeitou, em nome da Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o que considera ser uma tentativa de golpe
em curso no Brasil.
“Tem
muita gente posando de santinho, mas que nunca pensou em pobre! E não pensa em
pobre. Estão fazendo discurso bonito porque querem o poder, e com isso a CNBB
não concorda”, disse.
“O que está acontecendo no Brasil é que já estão tratando de criminosos antes de se provar as coisas. (…) Os culpados não são desse partido ou daquele só não, não sejamos bobos. Tem corrupto em tudo que é partido. E a corrupção não foi inventada de quinze anos pra cá, não sejamos inocentes", afirmou o bispo.
"Nós não estamos interessados em trocar de governo simplesmente, queremos que o país seja respeitado, que os cidadãos brasileiros sejam respeitados, é isso que quer a CNBB. Não vamos apoiar simplesmente troca de governos, de pessoas interesseiras que estão apenas querendo se apossar porque são carreiristas”, disse.
Em seu discurso, o bispo da Diocese de Crateús ainda enfatizou para a seletividade da Justiça brasileira.
“Vamos rezar para que a justiça apareça, pra que os culpados, os
realmente culpados, uma vez que apareçam, sejam punidos. Mas que sejam de todos
os lados”, defendeu. “Porque nós sabemos que tem um monte de processos contra
outros políticos que são engavetados, mas quando se trata de um governo que
nasceu dos pobres, esse é criminoso. Nós não pensamos assim.”
Fonte:https://pt.org.br/nao-aceitamos-que-se-aproveitem-da-crise-para-dar-golpe-diz-bispo/
Bispo de
Crateús, dom Ailton Menegussi, divulga nota que gera mais perguntas que
respostas, mais dúvidas que certezas sobre o caso das supostas ameaças de morte
Bispo de Crateús se pronuncia sobre ameaças de morte contra ele e quatro padres, em Tauá. Conforme a nota divulgada por dom Ailton Menegussi, a situação envolve um jovem que esteve na Casa Vocacional e teria se suicidado (está faltando saber a versão da família do jovem que se suicidou).
Por Cotidiano O POVO - 17/10/2023
O bispo da Diocese de Crateús,
dom Ailton Menegussi, lançou uma nota confirmando que ele e quatro padres estão
sofrendo ameaças de morte há dez meses por uma questão que envolveu um dos
jovens vocacionados, que esteve sob responsabilidade da instituição e, seis
meses depois de ser desligado, teria se suicidado.
O POVO veiculou matéria sobre as ameaças, que estariam impedindo os sacerdotes de celebrarem na cidade de Tauá (ceará)
“De nossa parte, temos a consciência de termos feito tudo o que poderíamos fazer para oferecer ao jovem recursos para um processo de integração pessoal. Constatado que o mesmo não estava se sentindo bem no processo e que este caminho lhe era, no momento, mais exigente do que ele poderia responder, decidiu-se pelo desligamento do jovem da Comunidade Vocacional." Disse o bispo.
Na nota, divulgada nesta terça (17.10.2023) ele continua:
"Mesmo
assim, a Diocese de Crateús ofereceu tudo o que foi possível (remédios,
psicoterapia, despesa com deslocamento) para que o mesmo continuasse a ser
assistido".
Dom Ailton lançou o comunicado se
reportando a um pronunciamento feito pelo pároco de Tauá, padre Géu, no dia 15
de outubro de 2023, por ocasião do encerramento dos festejos da Padroeira Nossa
Senhora do Rosário. Segundo ele, foi necessário ausentar-se da paróquia nos
últimos meses em razão das ameaças de morte.
“Sem querer ferir quaisquer pessoas nem confrontar desrespeitosamente a maneira limitada como algumas pessoas compreendem o processo de acompanhamento de jovens vocacionados, afirmo que temos sido injustamente responsabilizados, por familiares, pela morte trágica (suicídio) de um jovem que esteve conosco”, afirma.
Em relação a não ter comunicado à Polícia as ameaças que vinha
sofrendo, o bispo diz que:
“antes que registrar Boletim de Ocorrência em função das ameaças feitas à minha pessoa e a dos demais padres, rezei ininterruptamente por essa família, para que Deus lhes desse consolação e os ajudasse a compreender que tanto nós como eles fizemos o que se poderia fazer”.
Bispo e
padres ameaçados em Tauá - entenda o caso:
A denúncia sobre a situação que os
integrantes do clero estão passando na região foi feita pelo titular da
Paróquia Nossa Senhora do Rosário, padre Géu. "Todos vocês já perceberam
que este ano dom Ailton não veio a Tauá em nenhuma ocasião e queria também
estar conosco nessa hora da festa. Não é novidade para a cidade", afirmou.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foi procurada e
informou que ainda não há registro de Boletim de Ocorrência, mas "apura
supostas ameaças contra líderes religiosos que teriam acontecido no município
de Tauá”.
Fonte:https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/crateus/2023/10/17/bispo-de-crateus-se-pronuncia-sobre-amecas-de-morte-contra-ele-e-quatro-padres-em-taua.html
É correto um Cristão processar outro Cristão? "Um pastor processar sua ovelha?"
O Cristão realmente vive em duas esferas: a igreja e o mundo. Na igreja a ordem é clara quanto a apelar para a justiça do mundo no caso de algum litígio entre irmãos: a parte lesada deve estar pronta a sofrer o dano e a abrir mão de revanche:
1 Cor 6,1-9: "Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?"
Mas o contexto mostra que mesmo assim, o cristão pode levar a
questão a julgamento, porém limitando-se a fazer isso entre os irmãos:
1 Cor 6,1-9: "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?"
Em Mateus 18 aprendemos que qualquer desavença entre irmãos deve inicialmente ser tratada entre as partes!
Caso não se chegue a um acordo, recorre-se a uma ou duas testemunhas e, apenas em caso extremo, isso é levado ao juízo da autoridade imediatamente superior da igreja, a qual irá deliberar segundo a autoridade que o Senhor Jesus lhes deu. Neste caso, as partes envolvidas deverão se sujeitar à decisão da Igreja, que tem o poder de ligar, desligar, reter o perdão da igreja, e em caso extremo, excomungar.
Mateus 18,15-20 "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e
repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não
te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três
testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à
igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e
publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no
céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo
que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem,
isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem
dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles".
ATENÇÃO! Deve ser entendido que a situação particular apresentada
em Mateus 18 - de um litígio entre irmãos - é diferente da situação de 1
Coríntios 5, que envolve alguém envolvido em pecado moral
No caso de 1 Coríntios 5 não existe esse litígio entre irmãos, mas existe contaminação da assembleia por pecado. Aí a assembleia entra em cena diretamente, sem passar pelo processo de tentativa de conciliação entre as partes envolvidas, como era o exemplo dado em Mateus 18. Mas a assembleia possui a mesma autoridade delegada em Mateus 18 para tomar decisões relativas a julgamento de pecado e disciplina. No caso de 1 Coríntios 5 era um caso de pecado moral, mas ali há também, uma lista incompleta de possibilidades: "... devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Cor 5,11).
A lista de pecados com os quais a assembleia poderia lidar em julgamento e disciplina, não está limitada às coisas que normalmente são consideramos faltas graves, mas podem incluir:
-Mentirosos (Ananias e Safira, Atos 5),
-Pessoas que pregam má doutrina (Himeneu e Fileto, 1 Timóteo 2),
-Aqueles(as) que almejam uma posição clerical entre os irmãos (Diótrefes, 3 João 1),
-"Amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus" ("Destes, afasta-te" - 2 Timóteo 3),
-Vagabundos que não querem trabalhar e que insistem em desobedecer à Palavra ("Não vos mistureis com ele" - 2 Tessalonicenses 3,11-14),
-Fofoqueiras (1 Timóteo 5,13),
-Hereges (a palavra significa causadores de divisão ou que buscam discípulos para si, Tito 3,10) etc.
Outra
lista em 1 Coríntios 6,10 (onde o assunto é justamente as demandas entre
irmãos) inclui:
Devassos, idólatras,
adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e
roubadores. Mas a continuação do texto demonstra que até coisas lícitas podem
se tornar pecado quando o crente se deixa dominar por elas. Poderíamos incluir
aí pessoas que acabam negligenciando suas obrigações familiares e com a
assembleia por estarem envolvidas demais com trabalho ou diversão. "Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me
são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma" (1 Cor 6,12).
E quando
o problema não é entre irmãos, mas entre o crente e o incrédulo, ou entre o
crente e uma empresa, ou governo?
Deus
instituiu para esses casos as autoridades neste mundo, e isso inclui os tribunais para julgarem
os negócios desta vida.
Rom 13,1-7
"Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por
Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que
resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são
terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridades? Faze o bem, e terás louvor dela! Porque ela é ministro de Deus para
teu bem."
Em mais
de uma ocasião vemos o apóstolo Paulo apelando para a justiça e a lei romana ao
sentir-se injustiçado!
-Atos 16,37-39: "Mas Paulo replicou:
Açoitaram-nos publicamente e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos
lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas
venham eles mesmos e tirem-nos para fora! E os carcereiros foram dizer aos
magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos. E, vindo,
lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da
cidade".
-Atos 22,25-29: "E, quando o estavam atando com
correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um
romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao
tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o
tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o
tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo
disse: Mas eu o sou de nascimento. E logo dele se apartaram os que o haviam de
examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano..."
-Atos 25,10-12: "Mas Paulo disse: Estou perante
o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos
judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa
digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me
acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. Então Festo, tendo
falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? para César irás".
É importante notar que a decisão de Paulo não causava dano a ninguém, e apenas procurava resguardar seus direitos e sua integridade física de pessoas injustas!
Pode acontecer também de o cristão ter sido prejudicado pela empresa para a qual trabalha, pelo banco no qual tem conta ou pela loja na qual fez uma compra. Existem dispositivos legais para tratar de cada caso, mas o cristão não deve agir no piloto automático só porque as leis lhe dão proteção. O cristão deve orar sempre e buscar sabedoria de Deus. Em todos os casos é abominável que o cristão procure provocar situações e oportunidades legais, como pessoas que causam acidentes ou facilitam o roubo do carro para receberem indenização da seguradora. Cada caso é um caso e o cristão deve rezar a respeito, lembrando que uma ação legal pode ter desdobramentos que às vezes custam caro em termos de saúde, finanças e relacionamentos. Mas o prejuízo maior é sempre da impressão que ele, como cristão, causará nos incrédulos. Os desdobramentos de uma ação penal podem fazer com que o cristão deixe de ser visto como luz do mundo para ser considerado trevas, ou apreciado como sal, para ser sentido como fel no paladar dos incrédulos. Considerando que sermos testemunhas de Cristo neste mundo é a razão de termos sido deixados aqui, vale a pena ponderar cada caso para ver em quanto isso poderá danificar esse testemunho. Portanto, volto a dizer, é preciso buscar sabedoria da parte do Senhor porque cada caso é um caso.
Digamos
que uma mulher cristã, solteira, casada, ou religiosa, tenha sido violentada por um maníaco. Deveria ela
manter-se em silêncio ou procurar as autoridades (pois sabe quem é o agressor e o mesmo já disse ter violentado e até matado alguma de suas vítimas) para evitar que outras
mulheres sejam atacadas? Ou o cristão que é enganado por um estelionatário?
Deve ele ir à polícia para impedir que o mesmo faça outras vítimas? Nestes
casos nem seria um caso de reparação pelo crime sofrido, mas de consideração
para com o próximo! São situações que não precisam colocar-se em oração, mas usar da razão e bom senso.
Há situações em que o cristão é obrigado a envolver-se em questões legais, não por querer defender seus direitos, mas os de quem representa. É o caso de um procurador ou representante legal, guardião de menores etc.
A
dúvida "em alguns casos" de um Cristão buscar ou não, dispositivos legais não é
algo simples, daí não existir uma resposta do tipo "sim" ou
"não"
A própria condição da cristandade
atualmente faz com que um cristão genuíno nem sempre tenha a certeza de estar
tratando com um irmão genuíno ou apenas com um mero professo de boca-pra-fora. Por isso o melhor
é fazer o trabalho prévio, isto é, rezar sempre, procurar aconselhamento com os irmãos mais antigos e experientes, para não precisar ser envolvido
em questões legais. Mas, quando isso acontecer, e não tiver outra alternativa, rezar também por sabedoria de como
agir, lembrando sempre que nossa função neste mundo é glorificar a Deus e
testemunhar do nome de Cristo. E como é que o Senhor agiu quando passou por
aqui? Temos boas pistas na própria Palavra de Deus para perceber que Ele sempre
foi um "sábio perdedor" em todas as situações (para ganhar almas), e assim ensinava também Seus discípulos:
-Lucas 12, 13-15: "E aconteceu que, nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe requereu: Mestre, ordena a meu irmão que divida comigo a herança! Porém Jesus lhe replicou: Homem, quem me designou juiz ou negociador entre vós? Em seguida lhes advertiu: Tende cautela e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porquanto a vida de uma pessoa não se constitui do acúmulo de bens que possa conseguir”.
-Mat 5,38-41: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas".
-1Pe 3,18: "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus".
-1Pe 2, 18: "Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente."
-Filipenses 2,5: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus"
CONCLUSÃO:
É preciso analisar e investigar o caso com profundidade, sem partidarismos, ouvindo ambas as partes: supostos ameaçadores e os ameaçados. Até a publicação deste post, nenhum veículo de comunicação publicou a versão dos familiares do jovem, muito menos foram apresentadas as supostas ameaças com as devidas provas factuais e não narrativas. Apesar de que, repito: "tudo isso poderia ser resolvido com um humilde pedido de desculpas público em cima de falhas possivelmente cometidas, pois não somos perfeitos, sem tentativas de justificar-se, pois só piora a situação", mas, esta é apenas minha reles e insignificante opinião pessoal...
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