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Professor Felipe Aquino:"Pais, saibam como despertar o valor da Santa Missa nas crianças!"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 6 de outubro de 2023 | 10:45

 

(foto reprodução)

 



Qual é o "REAL significado da Santa Missa?" VOCÊ SABE? JÁ ENSINOU ISSO A SEUS FILHOS E CATECÚMENOS?




Por professor *Felipe Aquino



A Santa Missa é o ponto central e ápice da nossa fé! No plano humano, nada nem ninguem pode substitui-la ou estar acima dela. É a celebração da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão de Cristo, que se presentifica sobre o altar. É importante relembrar que não é uma “lembrança” apenas do que se passou com Jesus, e sim a “presentificação” do mesmo e único Calvário. Isso se faz presente pela ação do próprio Cristo, uma vez que, Ele atua por meio do sacerdote celebrante. Não é um ato de “multiplicação” do Calvário, mas o mesmo e único sacrifício do Senhor que se renova. As ações de Cristo são “teândrica”, isto é, divinas e humanas. Por isso, não podem ser destruídas pelo tempo, como acontece com nossas ações meramente humanas. Nós, criaturas, estamos sujeitas ao tempo, Deus não; pois Ele é o Senhor do tempo.


 











CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA Nº §1324: A Eucaristia é "fonte e ápice de toda a vida cristã. Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa ."










A finalidade da Santa Missa é oferecer a Deus Pai o sacrifício de Cristo, único e perfeito para:

 

 

 

 

 

1-Honrar e glorificar a Majestade Divina.

 

2-Agradecer os dons e graças que recebemos de Deus a cada instante.

 

3- Pedir perdão dos nossos pecados.

 

4- Pedir as graças para chegarmos à vida eterna com Deus.

 

5-Outras intenções particulares e comunitárias podem ser colocadas na Missa.

 

 




ATENÇÃO! Os pais E CATEQUISTAS precisam ser exemplo PARA OS FILHOS E SEUS CATECÚMENOS!








De nada vai adiantar você falar para seus filhos do valor da Missa se você não vai com eles e sua família participar da missa, vá nem que seja sozinho(a)! Depois eles seguirão o seu exemplo se já forem de maior, se forem ainda crianças leve-os com você, e estará dando a eles o dom da verdadeira vida! A mesma coisa vale para quem é CATEQUISTA! Não vai adiantar falar muito bem explicadinho sobre o santo sacificio da missa se seus catecúmenos nunca viram você na missa ou participando da vida de sua comunidade, eles vão fazer o mesmo que você, não se iluda.  Por Cristo, no Espírito Santo, oferecemos a Deus toda honra e glória devidas. 





Pela importância fundamental da Santa Missa, a Igreja obriga que a criança, após a Primeira Comunhão, participe da Missa ao menos no domingo; e os pais devem cuidar disso com esmero. Nessa idade, a criança já tem o uso da razão e pode entender as explicações sobre a celebração. Evidentemente, não é fácil fazer uma criança entender isso com profundidade e, consequentemente, participar da Santa Missa com a devida atenção e devoção. Isso deve ser atingido em processo lento de catequese, que deve se iniciar com os pais e se completar na preparação para a Primeira Comunhão.





Em primeiro lugar, os pais precisam conhecer bem o que é a Santa Missa? CELEBRAMOS E FAZEMOS MEMÓRIA DE QUE NAS PARTES DA MISSA?









-Procissão de entrada do sacerdote até o altar: a presença de Cristo nas espécies consagradas é REAL, mas todo rito da missa é MEMORIAL da vida, paixão morte e ressurreição de Cristo. “Fazei tudo isso em memória de mim”, ordenou Cristo. Ao participarmos da Santa Missa experimentamos a realidade concreta de sermos um povo peregrino. Somos parte do Povo de Deus que se coloca a caminho na realização da nova aliança, assim como viveram os que nos antecederam na fé - como Abraão, Moisés e tantos outros. Um povo chamado a congregar-se em Jesus Cristo e enviado para proclamar a sua Boa Nova. Essa comunhão em Cristo nos faz Igreja. A procissão de entrada, um dos primeiros gestos da ação litúrgica, faz parte dos ritos iniciais desse MEMORIAL.  Os ritos iniciais, afirma a CNBB no guia litúrgico-pastoral, “fazem com que os fiéis, reunindo-se em assembleia, constituam uma comunhão em Cristo”. Tendo esse mesmo objetivo, a procissão de entrada recorda que é Deus que convoca e nos une. O rito de entrada se configura como sinal de que Cristo está no meio de nós. É na pessoa do presidente que Ele preside e une o seu povo, formando um só corpo. Em nossas comunidades a procissão de entrada é alegre e festiva como foi a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para ser livremente ofertado em sacrifício de amor por nós: "Ninguém toma minha vida! Eu a dou livremente" (João 10,18). Por isso, ao destacar os primeiros gestos da celebração litúrgica, não há dúvida de que os primeiros momentos são também, particularmente importantes e cheios de significados. Eles condicionam de certa maneira o resto da celebração. A procissão é formada por uma fila, onde vai à frente a cruz processional e por último quem preside a celebração. Tanto o presidente, os ministros extraordinários da sagrada comunhão eucarística e a equipe litúrgica devem ter claro que Cristo caminho, verdade e vida, quem seguimos. Também fazem parte alguns símbolos como, no tempo pascal, o círio, o evangeliário (Bíblia ou lecionário) e outros que reportam de forma particular a vida de cada celebração. Quando se chega diante do altar é realizada a reverência e após encaminha-se aos seus lugares. Os ministros ordenados (diáconos, padres e bispos) após a reverência, realizam o rito de beijo sobre o altar. A procissão é realizada em profundo espírito orante, de forma calma, simples e serena.



-Ato penitencial (público): "Não é um Sacramento", mas é muito importante na celebração eucarística. É o reconhecimento público diante de Deus da nossa condição de pobreza e pecado, necessidade de purificação e acolhida da misericórdia do Senhor. É uma preparação geral para se ouvir a Palavra de Deus e participar dignamente dos santos mistérios celebrados na missa que estamos presentes.



-Oração da coleta (ou do dia):Na liturgia cristã, coleta é tanto uma ação litúrgica quanto uma oração breve e geral. Em alguns casos, a expressão coleta tem sido substituída por oração do dia, apesar do significado, estrutura e função permanecerem os mesmos. Após o Glória, o celebrante diz “Oremos” e faz um minuto de silêncio para que todos sintam bem a presença de Deus e formulem interiormente seus pedidos. O rito de entrada se encerra com a Oração do Dia, ou Coleta, que consiste numa súplica coletiva a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo. A Oração do Dia tem sempre três elementos: a invocação dirigida a Deus, um pedido que se faz e a finalidade do pedido.



-liturgia da Palavra; homilia - A homilia é uma preleção dada por um sacerdote no decorrer de uma missa após a leitura do Antigo Testamento e do Novo Testamento, e antes da recitação do Credo. A homilia tem a função de explicitar de forma concreta, familiar e dialogal,  a fé o significado dos vários elementos litúrgicos, também em relação à situação dos presentes, para que o encontro dialogal com Deus se torne verdadeiramente consciente para todos e cada um. Na prática, a homilia deve ser uma "conversa familiar" do sacerdote com o povo de Deus e a sua Igreja. Era muito utilizada no período do Cristianismo primitivo, por ser explicativo, de caráter exegético (a explicação do tema dá-se através das Escrituras) e exortativo, por promover uma exposição das verdades cristãs no concreto de nossas vidas.

 


-O Credo (nossa profissão de fé batismal - Em que cremos?). 


-Oração da comunidade (preces e súplicas da assembleia celebrante).


-Oração Eucarística e consagração das espécies eucarísticas sobre o altar (ficamos de joelho em adoração).


-Transubstanciação (conversão) do pão e do vinho no corpo, sangue, alma, e divindade REAL de Nosso Sr. Jesus Cristo, por ANTONOMÁSIA (ocupação, conforme CIC Nº1374).


-Ação de graças: “Obrigado Sr por que Eis meu amigo...” Há quem diga não ser necessário fazer ação de graças depois de ter recebido a comunhão. Se a celebração eucarística já é, como indica a palavra grega εχαριστία, uma "ação de graças", não seria essa prática repetir o que já foi feito na Missa? O que está em questão, na verdade, mais do que um "jogo de palavras", são a natureza do sacramento da Eucaristia e como ele age na alma dos que o recebem. Segundo Santo Tomás de Aquino, "este sacramento produz em relação à vida espiritual o efeito que a comida e a bebida materiais produzem a respeito da vida corporal" (S. Th., III, q. 79, a. 1). Um dos pontos defendidos pela chamada "nutrição funcional" é que as pessoas não são simplesmente o que comem, mas o que conseguem absorver dos alimentos que ingerem. Assim, de nada adianta consumir produtos nutritivos, se não se aproveitam as substâncias que eles contêm. Analogamente, há muitas pessoas participando da mesa eucarística, sem todavia aproveitar de seus frutos: embora realmente recebam Jesus – porque é Ele quem está presente na hóstia consagrada, com Seu corpo, sangue, alma e divindade –, o divino hóspede passa por suas almas sem deixar rastro, porque elas não se abrem à Sua ação. Infeliz e desgraçadamente, são muitas as comunhões, mas poucas as almas comungantes; muitos que recebem Nosso Senhor, mas poucos que verdadeiramente se unem a Ele. Sua presença real por alguns instantes está em nós. Jesus Cristo está fisicamente unido a quem comunga, tocando todo o seu ser com a Sua divina humanidade. Essa ação acontece ex opere operato, isto é, por força do próprio sacramento: Deus verdadeiramente envia a Sua graça, bastando que nos disponhamos a recebê-la. Assim como eram muitos os que circundavam Jesus, mas somente a hemorroíssa foi curada, porque tocou com confiança na fímbria de Seu manto (cf. Mc 5, 25-34). Se o problema de alguns é com a linguagem, se a expressão "ação de graças" gera incômodos, procure-se um outro termo ou mesmo que não se use nenhum, contanto que seja dada a devida atenção ao divino hóspede das almas. Ao receber o corpo puríssimo de Cristo não desperdicemos esse tempo oportuno, em que Deus nos visita maravilhosamente na humanidade de Seu divino Filho e lhes rendamos graças por vir visitar a nossa miséria como aquela gruta de Belém indigna de receber o rei dos reis e Sr dos Senhores foi visitada e habitada. Não é o momento adequado para pedidos, mas de render tão somente graças! Se não souber o que dizer cante interiormente um canto de ação de graças, ou repita o refrão de algum salmo de ação de graças (Ex.: Salmo 28,7).











-Conclusão: Avisos com a benção final de envio: "Ide..."





Há bons livros que explicam, detalhadamente, a Missa para os pais e catequistas!











-O melhor que eu conheço é o do Bispo italiano Dom Raffaello Martinelli, “Eucaristia, pão da vida eterna” (Editora Cultor, SP). 




-Posso também indicar um livro para explicar a Missa para as crianças: “A História da Missa”, de Filipe Santos (Ed. Cléofas, Lorena, SP).





Entender cada parte da Missa é fundamental




As crianças só participarão da Santa Missa com a devida atenção e devoção se entenderem o seu profundo significado para a nossa salvação, se lhes explicarmos, detalhadamente, o significado de cada gesto, ato e palavra da liturgia da celebração da Missa. Os livros citados acima dão uma boa explicação de cada parte da Missa. É fundamental que a criança entenda cada parte da liturgia e seu significado, e isso exige dos pais um zelo carinhoso e paciente para com ela.

 




A Ajuda dos santos: pela sua intercessão junto a Cristo, e no exemplo da vivencia das virtudes que eles nos deixaram









Os santos nos ensinam o valor fundamental da Santa Missa, e isso pode e deve ser ensinado às crianças, numa linguagem adequada à idade delas. Coloco aqui alguns pensamentos importantes que os pais podem usar neste trabalho:



“Pelo martírio, o homem oferece a Deus sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens” (Santo Tomás de Aquino).



“Uma só Missa, a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte” (Santo Agostinho).



“Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa” (São Lourenço de Bríndise).



“Cada Santa Missa a que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória” (São Jerônimo).



“A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é, de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz” (São Boaventura).



“A Missa é o sol da Igreja” (São Francisco de Sales).



“Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de anjos formando a corte real de Jesus, em volta do tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos” (São João Crisóstomo).



“Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para se conservarem perfeitos, e os imperfeitos para chegarem à perfeição” (São Francisco de Sales).



“Como nós devemos ouvir a Santa Missa? Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício sangrento da Cruz” (São Pio de Pietrelcina).



“Eis o meio mais adequado para assistir com fruto à Santa Missa: consiste em irdes à Igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que Deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos.” (São Leonardo de Porto Maurício).



“Você diz que a Missa é longa, mas eu acrescento: porque seu amor é curto” (São Josemaría Escrivá).




No que consiste a "comunhão espiritual?" - ( Para quem está em pecado grave sem a confissão sacramental, quem não fez ainda a primeira comunhão, e quem não pode estar presente na missa por justo motivo )











Santo Afonso Maria de Ligório nos explica muito claramente: “consiste no desejo de receber a Jesus Sacramentado e em dar-Lhe um amoroso abraço, como se já o tivéssemos recebido”. Essa devoção é muito mais proveitosa do que se pensa e muito fácil de realizar. Há fórmulas que nos ajudam a fazê-la como, por exemplo, esta, que é de autoria deste mesmo santo:












“Ó Jesus meu, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento, Te amo sobre todas as coisas e desejo receber-Te em minha alma. Já que, agora, não posso fazê-lo sacramentalmente, venha, ao menos, espiritualmente a meu coração. Como se já tivesse recebido, abraço-Te e me uno todo a Ti. Não permitais, Senhor, que volte jamais a abandonar-Te. Amém”.

 











*Professor Felipe Aquino - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

 




 

Como fazer teatro na Missa e na Catequese


 

Por *Emílio Carlos

 








 


E se você recebesse um convite do filho para participar da missa de domingo? Esta situação, que não é comum nos dias atuais, tem acontecido em Patos de Minas graças ao Ministério Sementinha Blue, um grupo de voluntários que sentiu a necessidade de fazer mais pela Igreja Católica e decidiu evangelizar através da música e do teatro.

 



O mascote do Ministério é um boneco missionário chamado Mathias, que veio da Bonecolândia. Com uma voz infantil, mas com grande conhecimento da palavra, ele interage com o sarcedote na homilia. O teatro de bonecos ganha a companhia da banda Sementinha Blue, que possui canções próprias para as crianças.


 



O teatro tem uma força enorme na evangelização de crianças e jovens e até de adultos!

 



Assistir ou fazer uma peça teatral falando sobre o Evangelho pode ser uma experiência intensa e enriquecedora.Porém é preciso que se tomem alguns cuidados para que a experiência seja realmente boa e não fira a liturgia e desvie da verdadeira intenção: melhor participação das crianças na Santa Missa! Esses cuidados vão do início ao fim do projeto, desde a escolha do texto até a apresentação em si. É isso que vamos ver nessa apostila com dicas sobre como fazer teatro na Missa e na Catequese.

 

 

1 – Texto

 



A escolha do texto é extremamente importante. Lembre-se que nem o melhor ator (ou a melhor atriz) do mundo pode salvar um mal texto. Textos fracos geram peças fracas. Um bom texto precisa passar a mensagem do Evangelho sem dúvidas, sem valores dúbios ou duvidosos.

 




Existem 2 tipos de bons textos para evangelização:




1º)-O que "dramatiza o Evangelho" para dar a mensagem central ao público.

 

 

2º)-O que "mostra como o ensinamento do Evangelho pode ser usado no dia-a-dia".





O centro do texto precisa ser a evangelização. Toda a trama precisa convergir para os ensinamentos de Jesus, sem ser forçado !





Não há espaço para vaidade: nada pode ser mais importante do que evangelizar (nem o ego do autor, nem do ator e nem do diretor). Muitas vezes você não terá tempo de sentar para escrever um texto teatral. É sempre um processo trabalhoso, que requer muita experiência e técnica (o que inclui cursos, escrever e reescrever várias vezes o mesmo texto até atingir um bom resultado, etc). Como o texto é a alma da peça não é bom improvisar. A solução é procurar livros dos vários autores que tem textos teatrais publicados para evangelização. Procure conhecer vários desses trabalhos para adquirir. Dessa forma você não terá que se preocupar com o texto e poderá dedicar todo o seu tempo livre à montagem da peça. (Como veremos abaixo você vai precisar de tempo).

 

 



2 – Montando o Grupo de Teatro

 




Primeiro defina se você vai fazer teatro com pessoas ou teatro com fantoches. Isso é muito importante, porque são 2 estruturas diferentes entre si. As pessoas normalmente acham que só crianças gostam de teatro de fantoches. Mas isso não é verdade. Em São Paulo existem várias Companhias de Teatro que só fazem teatro de bonecos para jovens e adultos. Tudo depende da sua proposta e da estrutura que você conseguir. A catequese com bonecos é um celeiro de talentos!  Você pode encontrar pessoas que já tiveram experiência com teatro – e pessoas que gostariam de uma oportunidade e nunca tiveram. Pessoas de todas as idades podem atuar nas peças: crianças, jovens e adultos (até 99 anos ou mais). Tudo depende dos voluntários que você conseguir. Divulgue que você precisa de atores: faça cartazes (pode ser à mão mesmo) e coloque na igreja e na catequese. Dê avisos nas Missas e em cada sala da catequese (isso funciona muito bem!). Logo você terá vários voluntários. Se precisar convide – ou consulte – professores de Artes da comunidade ou da escola. Muitos deles gostam de teatro e poderão lhe ajudar com ensaios, cenários, figurinos. Uma dica importante é: assista peças de teatro. Como você vai fazer teatro para evangelizar é bom ver peças teatrais em outras igrejas – para a mesma faixa etária que você pretende trabalhar. Veja muitas peças, analise os pontos fortes e fracos de cada uma delas e aprenda com isso. Procure também ver peças teatrais comuns – e se puder prefira os trabalhos profissionais. Isso vai enriquecer muito sua experiência.



 

 

3 – Cenários e Figurinos

 



Todos queremos fazer o melhor para evangelizar. Assim queremos roupas e figurinos bem elaborados para nossa peça teatral. Mas isso nem sempre é possível. Se a peça acontece na Missa você não poderá usar quase nada de cenário. Muitas vezes até um cenário de teatro de bonecos tem que entrar na hora da peça e sair logo depois por causa do espaço, e não desviar a atenção. Assim coloque primeiro o que é absolutamente necessário (e que possa sair no fim da peça se for preciso). O mesmo vale para as apresentações na catequese. Com relação à figurinos você pode usar um tecido chamado Oxford – que é barato e amassa pouco, mas tem um ótimo caimento. Outra opção – bem mais barata – é usar TNT (tecido-não-tecido).Comece com o mais barato – e aos poucos você poderá ir incrementando sua produção. Se a paróquia não tiver recursos uma boa dica é fazer rifas na catequese e na comunidade para angariar fundos. Outra boa ideia é montar uma barraquinha (de salgados, doces, etc) em festas da igreja para conseguir os fundos que você precisa. No caso dos fantoches você pode compra-los prontos. Prefira fantoches em tamanho pelo menos médio, que possam ser vistos por quem está no fundo da igreja (ou do salão da catequese).Outra opção é fazer os fantoches com sucata. Aí entra a sugestão da professora de artes, que pode ajudar bastante na confecção (dando ideias ou até fazendo junto com vocês). Convém guardar todo o cenário e figurino num único lugar. Isso facilita quando você for montar novas peças teatrais.

 

 



4 – Ensaios



 

Os ensaios são extremamente importantes para o sucesso da apresentação.




Aí vão as dicas:

 



-Marque ensaios com o máximo de antecedência possível

-Divida os papéis entre os atores

-Faça uma primeira leitura do texto explicando seus objetivos e a seriedade dos ensaios

-Entregue os textos aos atores

-Marque os dias e horários dos novos ensaios e explique que não podem haver faltas

-Evite conflitos de egos no grupo. Explique que todos os papéis são importantes, mesmo os que não tem fala

-Primeiro ensaie a leitura e a interpretação do texto – para só depois ir para a movimentação

-Peça aos atores para decorarem o texto o mais breve possível

-Filme um ensaio com um celular ou máquina fotográfica para que os atores vejam sua movimentação

-Ensaie! Mas ensaie muitoooo!



 

Textos com narração são ótimos para se fazer mais rapidamente. Isso porque o narrador pode ler a sua parte – sem precisar decorar. E os atores precisam decorar menos falas. De maneira geral um texto de 5 a 10 minutos precisa de 2 a 4 semanas para ficar pronto – entre ensaio e produção. Isso varia de acordo com a experiência dos atores e de quem vai dirigir a peça. Aproveite e envolva os atores no processo de produção dos cenários, material de cena, etc. Assim eles se motivam ainda mais. Sobretudo nas missas não se esqueça do microfone (de preferência sem fio). Se você tiver um narrador ele é o mais indicado para ficar com o microfone e levar até cada ator na hora da fala. Isso por si só já ajuda na apresentação – já que cada ator sabe a hora da fala por causa do microfone.Sem narrador a solução é uma outra pessoa do grupo (sem ser ator) segurar o microfone. Essa pessoa precisa ter acompanhado os ensaios e pode ter um texto na mão para melhor acompanhar a peça. É bom fazer ao menos um ensaio com o microfone para que os atores se acostumem.

 

 


5 – Na hora da apresentação

 



Quanto mais vocês ensaiaram mais seguros estarão. Procure dar assistência aos atores e atrizes que se mostrarem mais nervosos. Evite a distração. Nada de conversas paralelas pois isso desconcentra a atenção. Filmar as apresentações é sempre boa ideia, pois depois todos poderão ver a atuação – e assim reforçar pontos fortes e eliminar pontos fracos.

 

 



6 – Pesquise



 

Procure ver peças de teatro em outras igrejas. Veja peças de teatro profissionais, assista filmes bons para analisar a técnica de interpretação dos atores. Procure livros e cursos

 


 

7 – Indicações de pesquisas -  indico a você:

 



-"Curso Como Fazer Teatro para crianças e com crianças" -  Este curso em vídeo faz parte do DVD-livro Teatro na Missa das Crianças Ano C. O curso é dado pela atriz e diretora Miléni Lúcia, que tem grande experiência com teatro infantil e dirige atores-mirins. O DVD traz 77 textos teatrais para todos os domingos do Ano C e para as datas especiais - www.tvcriancacatolica.com.br/lojinha

 

 

 

- "Curso Como fazer Teatro de Fantoches" -  Este curso em vídeo faz parte do DVD-livro Teatro na Missa das Crianças Ano A. O curso é dado pelo ator, diretor e dramaturgo Emílio Carlos, que tem grande experiência profissional com teatro de fantoches, tendo dirigido 2 Cias de teatro de Bonecos em SP. O DVD-livro traz textos teatrais para todos os domingos do Ano A e para as principais festas litúrgicas. Entre no site: www.tvcriancacatolica.com.br/lojinha

 



 

ATENÇÃO! A grande diferença do teatro para o teatro católico é que na igreja o foco é a EVNGELIZAÇÃO e não simplesmente despertar talentos. Se os membros estiverem querendo mudar o foco, exorte-os e relembre a finalidade do teatro, caso não queiram mudar, substitua-os na caridade fraterna, pois ninguém é insubstituível, e talvez Deus esteja querendo trazer novos membros comprometidos(as) com a evangelização. Nada pode ser mais importante do que o Evangelho, do que a mensagem de Jesus! Pesquise, estude, ensaie bastante, e que Deus lhe abençoe!

 

 



*Emílio Carlos - Diretor, ator e dramaturgo




 

Fonte: teatronamissadascriancas.blogspot.com





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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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