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Aborto: "questão de saúde pública ou privada? A criança é um mau contagioso para a sociedade?" - Veja prós e contras

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 8 de outubro de 2022 | 17:42

 

 


 

 

 

Entenda as principais razões pelas quais o aborto no Brasil ainda é uma questão criminal, e não de saúde pública

 

 

 

O aborto está entre os temas mais delicados que perpassam o debate social. A questão envolve elementos legais, psicológicos, sociológicos, filosóficos e religiosos, razão pela qual é difícil chegar a consensos. Volta e meia com algum caso de grande repercussão nacional ou internacional, bem como em eleições presidenciais, o assunto volta à tona dividindo acaloradas opiniões.


 

 

 


 

 

 

Aspecto legal

 

 

 

Diversas entidades da sociedade civil opinaram sobre o destino do aborto no País em audiência no STF em 2018. (Fonte: STF/Reprodução). Segundo o Código Penal, o aborto no Brasil é considerado crime! O decreto-lei prevê punição às mulheres que se submetem ao procedimento ou às pessoas que, com ou sem o consentimento da gestante, induzem-na ou auxiliam o abortamento. As exceções a essa normatização são três, permitindo ao Sistema Único de Saúde (SUS) administrar os cuidados necessários à mulher quando:

 


 

1. há risco à vida da mãe e não há outro meio de salvar a gestante.

 

 

 

2. a gravidez resulta de estupro e o aborto é consentido pela gestante ou, quando incapaz, por seu representante legal.

 

 

 

3. o feto é anencéfalo — esta última não é prevista pelo Código Penal, mas por um julgamento do Supremo Tribunal Federal de 2012 cujo entendimento vigora em relação a esses casos.

 

 

 

 

Segundo ativistas e pesquisadores que defendem descriminalizar o aborto e reconhecê-lo como problema de saúde pública. Diante de uma suposta inércia, (no entendimento dos abortistas) por parte do Congresso brasileiro, que não normatiza o aborto a despeito da pressão de movimentos sociais progressistas,  o Supremo Tribunal Federal iniciou em 2018 uma série de audiências públicas com vistas à pacificação do tema, que sofre contestação de matéria constitucional (ADPF 442). Caso isso ocorra, trata-se de um cenário semelhante à criminalização da homofobia e transfobia decidida pela corte em 2019, cujos efeitos legais passam a ser os mesmos da discriminação racial.

 

 

 

Debate político

 

 

 


 

Ainda segundo os defensores da descriminalização do aborto no Brasil, o desejo da mulher em cursar ou não a gestação deve ser respeitado e garantido como direito individual. Reconhece-se também, o direito de segmentos religiosos se posicionarem contrários ao ato, mas, sendo o Estado laico, essa garantia não é suficiente para orientar o significado de vida para a legislação. O Estado deve olhar para a questão, portanto, como um problema de saúde pública, sobretudo quando as mulheres mais pobres que decidem interromper a gestação vão à óbito sistematicamente no País — duas mulheres mortas a cada dia, segundo levantamento oficial (carece de fontes). Países que optaram por descriminalizar o aborto mostraram que os índices de atendimentos não cresceram (carece de fontes).  Em grande medida, esse fenômeno se explica porque, ao tratar a questão com políticas públicas específicas, abre-se uma janela para que as mulheres sejam informadas, orientadas e assistidas pelo Estado desde o planejamento familiar até a eventual interrupção da gravidez.Do outro lado estão movimentos que se intitulam pró-vida e não concordam com o argumento de que, por não haver ainda a formação do sistema nervoso central, não há vida até 12 semanas de gestação. Essa é a posição que goza de maior consenso na comunidade científica, a exemplo do que defende o Conselho Federal de Medicina. Por questões que costumam ser de origem ética, sociológica, filosófica e religiosa, entende-se que há vida desde a concepção, portanto a mulher que opta por interromper a gravidez deve ser tratada como alguém que encerra uma vida humana.Há também defensores dessa posição que reivindicam argumentos do ponto de vista sociológico: haveria interesses de empresas estrangeiras que desejam fazer do abortamento um nicho de negócios diante da precariedade do SUS, segundo o movimento Brasil Sem Aborto. Embora esse entendimento esbarre no caráter laico do Estado, trata-se de uma queda de braço em que os setores religiosos mais tradicionais ainda têm força.

 

 

 

Fontes: Estadão, STF, Código Civil, Politica Aborto Humanizado, CFM.

 

 

 

Dr. Rafael Câmara no STF: “Não, o aborto não é uma questão de saúde pública”




(foto reprodução)



Lamentável e assustadora a declaração do vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista ao O Globo se declarando favorável ao aborto em casos em que a mulher não tenha condições de criar o filho e queira abortar. Não tanto pela declaração em si, já que como cidadão ele tem todo o direito de se manifestar sobre qualquer tema. Mas pelo fato de jamais ter dito isso na campanha, mesmo tendo participado de inúmeras entrevistas e falado sobre os mais diversos temas. Afinal, quem votou no Bolsonaro votou no Mourão! Certamente, os eleitores pró-vida levariam muito em conta isso na decisão do voto. Estranhamente, este tema foi bastante utilizado na campanha para angariar votos, mas foi completamente esquecido após a vitória, mesmo tendo a população brasileira majoritariamente a favor das duas vidas.Na mesma entrevista, o vice-presidente disse que o aborto é um problema de saúde pública. Isso é falso! Estive na audiência pública da ADPF 442 em agosto passado, no STF, falando sobre o tema. Nela, mostrei todas as mentiras que norteavam a discussão do aborto tendo uma plateia eminentemente pró-aborto que me vaiou e xingou. Até mesmo a ministra Rosa Weber teve que interromper minha fala para pedir à plateia raivosa que me deixasse continuar destruindo mentiras com números e literatura embasada. Os defensores da descriminalização do aborto tradicionalmente utilizam diversos dados falsos, exagerando o número de mortes e internações decorridas da realização de abortos ilegais, por exemplo. Provei, ao vivo, que os números reais eram muito menores. As mortes maternas por aborto, por exemplo, que alguns chegam a afirmar que são de até 70 mil por ano, na verdade estão entre 50 e 70 mortes por ano somando todos os tipos de aborto, incluindo abortos legais feitos pelo estado com uma mortalidade maior do que a mortalidade materna dos partos. Minha apresentação pode ser vista abaixo:Por definição, um problema de saúde pública é algo que tem impacto na sociedade por meio de mortalidade aumentada, morbidade, custos do tratamento para a sociedade e pelo potencial epidêmico em caso de infecções. Como mostrei no STF, a liberação do aborto aumentou o número de abortos nos países onde aconteceu. No Uruguai, por exemplo, desde a liberação (2013) os números aumentam ano a ano, sem exceção. Dada a taxa de mortalidade de abortos legais no Brasil, a liberação aumentaria a mortalidade de mães e os custos do SUS, além de provocar um caos nas maternidades estatais já lotadas. Mulheres que hoje mal têm leitos para parir e sofrem com recursos escassos correriam ainda mais riscos, tendo que competir com um crescente número de mulheres que desejariam abortar.Os números divulgados pela mídia, normalmente, são igualmente absurdos: 11 mil mortes maternas, 50 mil, 70 mil. Como mostrei no STF, ONGs feministas fazem cartilhas “ensinando” como os jornalistas devem apresentar o tema e como abordar o assunto, inclusive sugerindo militantes pró-aborto para comentarem as matérias. Até mesmo a liga acadêmica de ginecologia e obstetrícia de uma universidade pública federal citou o número de 70 mil, tendo que corrigir o erro posteriormente. O que preocupa é que eles provavelmente aprenderam isso em sala de aula.O mais assustador é a total inobservância de General Mourão e demais apoiadores do aborto sobre qual horripilante é defender o assassinato de fetos simplesmente por que não há como sustentá-lo. Será que ele não lembrou que a fila para adoção de recém-nascidos é gigantesca? Ou que as mulheres que realizam o aborto têm uma taxa maior de problemas psiquiátricos, morbidade e mortalidade quando comparadas com quem nunca fez? E milhões de pessoas miseráveis, devemos matá-las seguindo a mesma lógica eugenista? Não tenho a menor dúvida de que grande parte das pessoas que ficam numa discussão filosófica sobre quando começa a vida para legitimar o assassinato de fetos ficariam horrorizadas ao presenciar um aborto natural de uma gravidez de 12 semanas onde é possível ver uma pequena pessoa lutando para sobreviver fora do corpo materno e falecendo. Como obstetra e médico treinado para não me envolver sentimentalmente com os casos, posso garantir que é difícil entender como alguém pode ter coragem de enfiar uma cureta no interior do útero para matar, decepar e retirar um ser do ventre materno.

 

 

 

Dom Aloísio Roque Oppermann: ABORTO Uma questão de saúde pública?

 



 


 



Joga-se muito com a desatenção do povo, ou até com sua suposta ignorância. O presidente Lula, em que pese sua promessa nebulosa aos Bispos em 2005, é decididamente a favor do aborto. Acompanham-no nesta sua postura, o  seu ministro da saúde, e é claro, sua sucessora Dilma. Esta, para encantar o eleitorado católico, chegou a visitar oficialmente o Papa (sem ter convicção pessoal). O efeito foi conquistar os votos de clérigos. A vitória se delineava fácil, e por isso não se via necessidade de ocultar coisa nenhuma. Tudo é dito às claras. A resistência ao secularismo governamental é nula. É uma submissão geral.  Os princípios cristãos que ainda vigem em nossa vida pública, deverão se retirar para a diáspora das consciências. Na frente de ouvintes qualificados Lula afirmou que a introdução da lei do aborto, “é uma questão de saúde pública em nosso país”. Lembramos o salmo: “Lembra-te do povo que redimiste como tua herança” (Sl 74,2).É bom saber que existe muita manipulação de estatísticas, ao se falar sobre a taxa anual de abortos. Sobretudo são falsas as notícias sobre o número de mulheres mortas em decorrência de “abortos inseguros”. Segundo informações do DATASUS, o número de mortes maternas  em decorrência dessa prática, nunca passou de 163 por ano.(Ver “Faça alguma coisa pela vida” N. 96) Por isso diz-se falsamente que a legalização, “evitaria milhões de mortes maternas”. Uma vez que o governo faz apologia da interrupção da gravidez, por qualquer motivo, as grandes redes de TV precisam entrar nessa linha. Caso contrário perdem as ricas inserções de propaganda do poder público. Sem as benesses do governo até a Globo fecha. Por isso, mais do que rapidamente, foi introduzida a novela “Passione”, que procura fazer a cabeça do povo, a mando do governo.

 

 

 

Vamos supor, por um exagero de fantasia, que o governo declarasse que o assalto às residências deve ser uma questão de “saúde  pública”

 

 

 

 


 



Para tal efeito, se publicariam estatísticas incrementadas de mortes de assaltantes, cujas investidas estariam sendo feitas em condições inseguras. Para completar a hílare situação, o governo proporia legalizar o assalto, para que todo cidadão, rico ou pobre, pudesse “realizar  um assalto seguro”. Essa é a conversa que os líderes da nação fazem ao falar de aborto como questão de saúde pública, vai nessa conversa quem quer.

 

 

 

Dom Aloísio Roque Oppermann

 

 

Dom Roberto Ferreria Paz: “O aborto é um holocausto silencioso”

 



 


 

 

Segundo o ACI Digital (04/05/2017), durante um encontro com jornalistas, o Bispo referencial da Pastoral Nacional da Saúde, Dom Roberto Ferreria Paz, reforçou que o aborto “é um holocausto silencioso”, ao contrário do que seus defensores argumentam ao apresentá-lo como questão de saúde pública. “Pensar que o aborto é o principal método de controle da natalidade é falso, é uma falácia! É genocídio, é holocausto silencioso. Segundo, o aborto não é uma questão de saúde pública, porque saúde é o direito a nascer. Que saúde vai ter um feto abortado?” -  questionou o Prelado no último Meeting Point com jornalistas na 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida.

 

 

 


 



Dom Roberto, que é Bispo de Campos (RJ), reforçou os principais pontos da última nota da CNBB sobre este tema, intitulada “Pela vida contra o aborto”!

 

 

 

Segundo ele, esta nota “coloca uma posição muito clara, sintetiza os grandes argumentos e, ao mesmo tempo, questiona as falsas saídas”. Nesse sentido, reafirmou a posição da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”.Ao defender que “o direito à vida é incondicional”, citou o trecho da nota na qual se afirma que este direito “permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu”.“Estas – comentou o Bispo – são as situações em que, às vezes, certas legislações pretendem terminar com a vida humana, situações de fragilidade”. Dom Roberto recordou que a nota da Conferência Episcopal foi lançada após uma decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o aborto até o terceiro mês de gestação não é crime.Diante disso, reforçou a posição da CNBB, que repudia “atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar” - “Cabe ao Congresso legislar e alterar por emendas a Constituição, não aos juízes”, acrescentou o Prelado.Além disso, assinalou a defesa do direito à objeção de consciência, “de modo que nenhum médico pode provocar o aborto contra a sua consciência”. Por outro lado, salientou que a vida humana é preciosa e que o necessário por parte do Estado é “maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças”.

 

 

 

“Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos”, disse, citando a nota da CNBB.

 

 

 

 

 

“Poderia colocar uma incoerência que a gente vê de um ambientalismo que acredita em salvar as baleias e não defende com igual empenho a espécie humana”, expressou.

 

 

 


 



“Ora, sejamos racionais, a vida humana é preciosa, nunca será um problema, pelo contrário, é uma solução! Nós nunca podemos cair nessa falácia de impedir que venham mais convidados à mesa, mas, o que temos que fazer é repartir o bolo”, acrescentou. O Bispo referencial da Pastoral da Saúde também falou sobre a defesa da vida do ponto de vista cristão afirmando que “a maternidade divina, a maternidade de Jesus, prova que Jesus foi zigoto, foi embrião, foi nascituro e seu nascimento é celebrado no Natal” - “Nós celebramos no dia 25 de março a Anunciação, quando se deu no ventre de Nossa Senhora a encarnação do Verbo divino. Então, defendemos a vida. Está ligado a uma revelação e a um fato: o Filho de Deus se encarnou e nasceu na nossa história”, completou.

 

 

 

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/o-aborto-e-um-holocausto-silencioso-afirma-bispo-99475/

 

 

MULHER POBRE NÃO ABORTA!

 



 


 


Por *Ivanaldo Santos – Filósofo

 

 

 

 

 

Atualmente o Brasil e outros países ao redor do mundo passam por uma forte contradição. De um lado, existem amplos segmentos populacionais que são contra o aborto. Esses segmentos representam entre 75% a 95% da população que se apresenta oficialmente contrária ao aborto. Numa sociedade democrática a maioria deve prevalecer. Do outro lado, existem grupos e estruturas sociais que afirmam, dentre outras cosias, que é necessário se legalizar o aborto porque trata-se de uma medida de proteção da mulher pobre e da pobreza. Em tese, a legalização do aborto representa algum tipo de política social de proteção social ao pobre, de diminuição do número de pobres nas ruas das cidades, de incentivo ao combate a pobreza.

 

 

 

Existem alguns problemas em torno da ideia de que a legalização do aborto vai beneficiar as mulheres pobres. Vejamos um conjunto de sete problemas:

 

 

 

 

1)- É estranho que se afirme, por meio de algum levantamento estatístico, que a maioria das mulheres que abortam são pobres. Como se chegou a essa conclusão? Todo tipo de pesquisa tem seus acertos e pontos fracos. Não se trata de retirar a validade de alguma pesquisa. No entanto, se o aborto é ilegal no Brasil, como foi que se conclui, por meio de dados estatísticos, que a mulher que aborta é pobre?

 

 

 

 

 

 

2)- É afirmado que no Brasil quem aborta é mulher pobre, mas, por incrível que pareça, quem aparece defendendo o aborto não é a mulher pobre! Pelo contrário, é um grupo seleto de mulheres de classe média, que estudaram em boas escolas, que possuem bons empregos, que geralmente fazem turismo em Miami ou em alguma cidade da Europa, que levam os filhos para se divertir na Disney e coisas semelhantes. Ao que parece no Brasil vive-se uma experiência meio delirante semelhante ao que é narrado no filme Paris, Texas, lançado em 1984, dirigido por Wim Wenders. Nesse filme, o personagem Travis Henderson narra a experiência de uma pessoa que falava muito de Paris, é como se tivesse nascido e vivido longos anos em Paris, como se conhece os recantos de Paris. No entanto, essa pessoa nunca nasceu ou esteve um único dia em paris. Na verdade, era apenas um caipira americano que nasceu e viveu toda a sua vida no Texas. No Brasil e em outras partes do mundo fala-se que o aborto vai beneficiar os pobres, que quem deseja abortar é a mulher pobre, mas quem fala isso são pessoas que não são pobres e que, na maioria dos casos, nunca experimentou a vida dos pobres.

 

 

 

 

 

3)- Afirmar que a legalização do aborto vai beneficiar os pobres é a nova versão, a versão contemporânea, a versão cult da eugenia. A eugenia que deseja, por razões diversas, eliminar grupos e segmentos sociais. No caso do aborto, deseja-se combater a pobreza eliminado o pobre por meio do aborto. O aborto aparece como arma chique, eficiente e sofisticada para a diminuição do número de pobres.



 

 


 

 


4)- O aborto está sendo vendido, de forma sofisticada, como um eficiente remédio para problemas pessoais e psicológicos. De acordo com essa propaganda, esse remédio estará disponível a todos, especialmente aos pobres. Se um indivíduo estiver com um problema psíquico fará um aborto e, com isso, terá a cura ou uma melhora substancial do seu problema. Com isso, o aborto é vendido como uma espécie de novo remédio psiquiátrico, um novo Prozac ou algo semelhante. Nas décadas de 1970 e 1980 a cirurgia plástica era indicada como terapia psicológica. Atualmente o aborto é apresentado como o substituto das cirurgias plásticas. Em todo caso, o que temos é uma estratégia sofisticada de vários setores da indústria (indústria médica, farmacêutica, de propaganda, etc) para promover e vender os seus respectivos produtos. Setores da indústria médica e farmacêutica querem vender cirurgias plásticas e outros setores querem vender aborto. A lógica é a mesma: vender um produto. O problema dessa venda é que o consumidor não é informado sobre os efeitos negativos e o que realmente está em jogo nesse tipo de negócio. Estamos diante de um comércio muito antiético!

 




 

5)- As pessoas e grupos sociais que afirmam que quem aborta é a mulher pobre – vale salientar que tem gente até dentro da Igreja com esse tipo de discurso – não conhecem a mulher pobre e muito menos os espaços geográficos que, no Brasil, situa-se o cinturam de pobreza. Novamente estamos diante de uma versão contemporânea do filme Paris, Texas, ou seja, fala-se na pobreza e no pobre, mas nunca, nem de longe, se viveu as experiências da pobreza. O motivo desse problema é que a mulher pobre, de forma individual, pode até fazer um aborto, mas não se pode generalizar e dizer que a mulher pobre aborta. O motivo é que a mulher pobre, ao contrário de segmentos mais sofisticados da classe média, não tem uma formação ética e metafísica. A mulher pobre geralmente não sabe e não tem instrumental teórico para, por exemplo, fazer uma defesa filosófica ou teológica da vida e contra o aborto. No entanto, geralmente a mulher pobre não aborta. O motivo disso é que para amplos segmentos da população pobre ter um ou mais de um filho representa, na prática, uma melhoria na renda da família, uma ajuda nas tarefas da casa e uma possibilidade de, no futuro, a família ou um membro da família subir na hierarquia social. Ao contrário da classe média, que vê um filho como prejuízo, a população pobre vê o filho como um investimento no futuro.

 

 

 

 


 

 

6)- Voltando a metáfora do filme Paris, Texas, quem diz que mulher pobre aborta nunca conheceu as redes de solidariedade social que perpassam as comunidades pobres. Ao contrário da classe média, que vive uma existência isolada e tem pouco sentido de comunidade, os pobres possuem forte sentido de solidariedade e comunidade. Uma mulher pobre que engravide terá a ajuda de várias amigas, companheiras e parentes. Uma rede de solidariedade vai estar ao lado dessa mulher pobre para ajudá-la no processo de gravidez e de criação do filho. Só para se ter uma ideia dessa questão, um único carinho de bebê chega a ser usado por 4 ou 5 mães com filhos recém-nascidos. Esse carinho vai passando de família em família até que não tenha mais utilidade. Esse comportamento solitário se multiplica em vários aspectos da vida social (roupas para recém-nascido, alimento, remédios, etc). Os pobres mantêm o espírito solidário que, muitas vezes, a classe média apenas é capaz de falar do ponto de vista teórico.






7)- Se os pobres não praticam, em larga escala, o aborto, então quem aborta? É difícil responder de forma fechada essa pergunta. No entanto, existem uma série de grupos sociais que praticam o aborto de forma muito mais radical que os pobres. Entre esses grupos podem ser citados:

 

 

 


 

 

 

a) Pessoas abortam por motivos diversos: mulheres que engravidaram devido a relações sexuais extraconjugais, pessoas que são obrigadas a abortarem por questões ligadas ao mercado de trabalho ou por envolvimento com grupos criminosos, pessoas envolvidas no mercado da prostituição e do cinema pornográfico, etc);

 

 

 

 

 

b) Membros da alta sociedade que veem a gravidez como um ato primitivo e até selvagem do ser humano, pessoas que não desejam deixar suas fortunas para herdeiros e coisas semelhantes.

 

 

 

 

 

c) Membros da classe média que veem a gravidez e, por conseguinte, a criação de um filho como um prejuízo financeiro, como uma deformação estética, como uma barreira para o crescimento profissional e coisas semelhantes.

 

 

 

 

 

d) Pessoas que fazem parte de algum grupo de vanguarda cultural, de sociedade alternativa, de pensamento cult e pós-moderno. Pessoas que, devido a sua filiação ideológica (alguma facção da esquerda, liberais exaltados, anarquistas radicais, etc), são levadas e até mesmo obrigadas a fazerem um ou vários abortos.

 

 

 

 


 

 

Por fim, afirma-se que a metáfora que envolve o filme Paris, Texas, ou seja, fala-se com muita naturalidade de alguma coisa, mas na prática nunca se viu ou se conhece essa cosia, é uma ótima forma de pensar o argumento, muito difundido atualmente, de que a legalização do aborto vai beneficiar as mulheres pobres. Quem diz isso geralmente nunca conheceu a realidade dessas mulheres. Se conhece saberia que a mulher pobre não aborta.  

 


 

 

*Ivanaldo Santos – Filósofo: faleceu em acidente de carro, e era um grande colaborador do Blog Berakash

 

 


 


 



 

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