É fundamental um debate sobre a
‘ciência’ em levantamentos que pegam a opinião de alguns poucos eleitores em um
país de 213 milhões de habitantes
Por Jorge Serrão
No Brasil, assistimos ao fenômeno,
contraditório, de um
presidente que demonstra e comprova popularidade em gigantescas manifestações
de rua, porém tem seu governo criticado midiaticamente e com avaliações
negativas (crescentes) nas “pesquisas” (ou enquetes). Tamanha contradição é o
ponto intrigante que afeta previsões e prognósticos para a eleição de 2022.
Que fator valerá mais na hora da decisão final do
eleitor?
A popularidade (aparentemente) positiva do candidato ou a avaliação (aparentemente) negativa do governo (nas “pisquiza”). Quem determina o que é verdadeiro ou falso nessa situação divergente? Eis o dilema fundamental para se acreditar (ou não) nas “pesquisas” ou enquetes. Em um ambiente político e institucional perigosamente instável e polarizado, “pesquisas” ou enquetes acerca da “avaliação presidencial” ou sobre “eleições 2022” precisam ser analisadas e encaradas com toda cautela. A divulgação dessas informações têm o efeito imediato de induzir comportamentos, manifestações e opções da opinião pública. Verdadeiras ou falsas, com critérios científicos (estatísticos) rigorosos ou não, geralmente ouvindo, pessoalmente, por telefone ou via internet, tais “levantamentos de dados”, quando veiculados midiaticamente, influenciam o eleitorado e geram polêmicas intermináveis. Quem é favorecido (pessoa ou instituição) aprova e replica a informação. Os contrariados reclamam, questionam, desqualificam e rejeitam os resultados. Nada de anormal. Alguns problemas fundamentais das enquetes (ops, pesquisas) de opinião: seu alto custo, quem financia a operação, com qual interesse político (tático ou estratégico) e se é racional e sensato confiar no, em geral, reduzido universo de pessoas ouvidas, em qual espaço e em quais circunstâncias conjunturais, sociais e culturais? Todos esses aspectos (sobretudo a pergunta objetiva: a quem interesse a divulgação dos dados, favoráveis ou desfavoráveis a alguém ou determinada instituição?) deveriam ser levados em consideração por quem vai analisar os resultados. O fato concreto e objetivo é que “pesquisas” (ou enquetes de intenção de voto ou de avaliação dos governantes e instituições públicas) têm a capacidade de influir na decisão pelo voto, e não apenas “medir” a tendência de vontade do eleitorado. Sobram polêmicas. A XP Política, braço do grande grupo de investimentos, divulgou uma “pesquisa”, feita em parceria com o Instituto Ipespe, que realizou 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de agosto, com margem de erro de 3,2 pontos percentuais. Outro ponto que torna polêmico o resultado da “pesquisa” XP/Ipespe, que ouviu mil pessoas em um país de 213 milhões de habitantes. A “pesquisa”, que ouviu apenas mil pessoas, é festejada pelos petistas e pelos inimigos de Bolsonaro. Evidentemente, desagrada e é desacreditada pelos bolsonaristas. A contradição a ser explicada é que Bolsonaro consegue dar demonstrações públicas de apoio popular. Ao contrário do “favorito nas pesquisas”, Luiz Inácio Lula da Silva — um político que tem colada em sua imagem a praga da corrupção nos governos petistas (aliás, muito bem avaliados em diversas “pesquisas”, ao contrário do governo Bolsonaro). Fatos objetivos: personagem que desmoralizou a honradez política, Lula é o candidato reabilitado pelo golpe que o Poder Supremo deu em três instâncias do Judiciário para lhe devolver direitos políticos, recolocando-o no “xadrez” (eleitoral).
Lula também é, insistentemente, o
candidato favorito em várias “pesquisas”. Curioso é que diversas enquetes, nas redes sociais, que não são
encaradas com a mesma “credibilidade” dos levantamentos dos institutos
tradicionais, apontam o contrário: Bolsonaro é quem venceria de goleada a
reeleição. De novo, a pergunta básica: quem aponta a “verdade”? A massa nas ruas ou as pesquisas que ouvem de mil a duas mil
pessoas?
Fonte: https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/jorge-serrao/quem-tem-mais-credibilidade-a-massa-das-ruas-ou-uma-pesquisa-que-ouve-mil-pessoas.html
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