Salmo Responsorial – 117(118): “Este é o dia que o Senhor fez para nós! Alegremo-nos
e nele exultemos!”
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do Evangelho: João 20,1-9
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
1No
primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de
madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do
túmulo. 2Então, ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro
discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse:
“Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então,
Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o
outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou
também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as
faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de
Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar
à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado
primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De
fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia
ressuscitar dos mortos.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO
EVANGELHO
“Este é o dia que o Senhor fez para nós!Alegremo-nos
e nele exultemos!”
«O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas,
como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde
escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia
recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir,
apareceu a Pedro, depois aos Doze». O Apóstolo fala
aqui da tradição viva da Ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a
sua conversão, às portas de Damasco» (Catecismo da Igreja Católica, nº
639). Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos
cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa
expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a
seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto
de dar sua vida por todos. Vivamos a Páscoa com muita alegria.
Cristo Verdadeiramente e não simbolicamente, ressuscitou! celebremo-lo cheios
de alegria e de amor. Hoje, Jesus
Cristo venceu a morte, o pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova
vida, a autêntica vida que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça.
Que ninguém fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua
vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o
sepulcro de Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele
que vive, porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado,
isto é, que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem
que há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os
grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que
tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele
soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e
aquele sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova
vida. O amor sabe captar, a partir de pequenos
detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo que Jesus mais
amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido de Cristo. O “ver” e o
“crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Além do gozo pelo fato da Ressurreição de Cristo,
este acontecimento nos trai a alegria de contar com uma resposta, jubilosa e
clara, aos interrogantes do homem: Que nos espera no final da vida? Que sentido
tem o sofrimento na Terra? Não podemos duvidar que, depois da morte, espera-nos
uma vida nova, que será eterna: «Lá o vereis, como ele vos disse!» (Mc 16,7).
São Paulo o afirma com grande convencimento: «E, se já morremos com Cristo,
cremos que também viveremos com Ele!
Sabemos que Cristo, ressuscitado, dos mortos, não morre mais.
A morte não tem mais poder sobre ele» (Rom 6,8-9).
Logicamente, à interrogante sobre o final da vida, o cristão responde com
alegre esperança. Renovemos
nossa fé pascoal! Que Cristo
seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e
renovemos a graça do batismo que recebemos. Façamo-nos
seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e anunciemos a todo o
mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo! Sejamos testemunhos esperançosos
de sua Ressurreição!
Feliz Páscoa! Cristo ressuscitou!
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à
vida monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no
Evangelho.
3)- São Francesco (Francisco) cujo nome é adotado depois de
uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos.
Gravemente ferido na batalha de Pamplona (20 de Maio de 1521), passou
meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo
período de recuperação, Inácio procura ler livros para passar o tempo, e começa
a ler a "Vita Christi", de Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea,
sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze, monge cisterciense que comparava
o serviço de Deus com uma ordem cavalheiresca.A partir destas leituras,
tornou-se empolgado com a ideia de uma vida dedicada a Deus, emulando os feitos
heroicos de Francisco de Assis e outros líderes religiosos. Decidiu
devotar a sua vida à conversão dos infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam
com empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura
espiritual nos prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura e Oração são as armas com as quais se vence o demônio
e se conquista o céu”.
2)-São Cipriano (bispo de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de Ligório: “Quantos Santos
abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno, Papa: “Eu te rogo: empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária
ajuda-nos a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a
liturgia é participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo.
Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela
liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no «grande amor com que o
Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária
prepara nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo
Na Liturgia Diária, as orações e as leituras da Palavra de Deus são
ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada leitura Deus fala a seu povo e o
alimenta.Por esse modo a Santa Igreja prepara o coração
dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, na
Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel ouve com atenção as leituras da
Bíblia que são uma carta escrita por Deus para cada um de nós.Na
Liturgia Eucarística somos preparados para receber o Pão dos Anjos, que
transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para continuar a caminhada
alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra
de Deus”, da Liturgia Diária, praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde
os seus primeiros séculos. Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III,
e generalizou-se nos séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta
pode ser feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz
do Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz
em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz
para mim; o que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em
minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao ritmo da Palavra é uma
transformação real e concreta que nos elevará em fé, esperança e caridade, além
disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais constante e digna de Seu
amor! Por último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela
graça de Deus já provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos
cantar esperançosos com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu desejo:
Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!”
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