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Análise Teológica: As Heresias na Música “Ressuscita-me” de Aline Barros entre outras Cristãs

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 25 de junho de 2017 | 20:39





"Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepulcro. Era uma gruta, coberta por uma pedra. Jesus ordenou: Tirai a pedra! Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse Eu: Se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra..." (João 11,38-40)




A canção “Ressuscita-me” tem sido bastante entoada pelos Cristãos sejam Católicos, ou evangélicos. Sua melodia é bonita e envolvente, admito, mas a sua letra está de acordo com as Escrituras?


Adianto-me em dizer que esta ANÁLISE TEOLÓGICA respeita a liberdade  poética, mas prioriza a veracidade e centralidade da Palavra de Deus. Afinal, como Cristãos espirituais, devemos discernir bem sobre tudo (canções, pregações, profecias, milagres, manifestações, filosofias, ideologias, etc.), a fim de ao pesarmos tudo, se conforme os Critérios de Cristo e seu evangelho, onde somos chamados a retermos somente o que é bom (1 Cor 1 Tessa 5,21).



VAMOS A "ANÁLISE TEOLÓGICA" DE ALGUMAS ESTROFES DA MÚSICA:



“Mestre, eu preciso de um milagre. Transforma minha vida, meu estado. Faz tempo que eu não vejo a luz do dia. Estão tentando sepultar minha alegria, tentando ver meus sonhos cancelados...”




Não vejo problemas no início da composição em análise, visto que todos nós, mesmo alcançados e tendo experimentado de seu amor misericordioso, passamos por momentos difíceis em que nos sentimos perseguidos, isolados, como que presos em um lugar escuro, sufocante, “no vale da sombra da morte” (Sl 23,4) principalmente quando acometidos por uma depressão, perda de uma pessoa que amamos, etc. Nessas circunstâncias, é evidente que ansiamos por uma intervenção divina, ou seja, um milagre.





“Lázaro ouviu a sua voz, quando aquela pedra removeu (?). Depois de quatro dias ele reviveu”.




Aqui, como se vê, a construção frasal não ficou teologicamente boa quando perguntamos: Quem removeu a pedra? Com base na licença poética, prefiro acreditar que o compositor referiu-se aos homens que removeram a pedra, naquela ocasião (Jo 11, 39-41), haja vista Lázaro, morto e amarrado, não ter a mínima condição de fazer isso, ainda mais por dentro, enfaixado e sozinho. Segundo os historiadores, aquela pedra pesava cerca de quatro toneladas.


 “Remove a minha pedra, me chama pelo nome”



Os problemas começam aqui:Se o compositor tomou a ressurreição de Lázaro como exemplo, deveria ter sido fiel à narrativa bíblica!





É claro que Deus remove pedras grandes, como ocorreu na ressurreição do Senhor Jesus (Mc 16,1-4). Mas, no caso específico de Lázaro, quem tirou a pedra foram os homens, e não Deus (João 11,41). 




Aprendemos lições diferentes com as circunstâncias que envolveram as aludidas ressurreições. Fazendo uma aplicação espiritual, há algumas pedras que Deus remove (como na ressurreição do próprio Jesus) mas, há outras que competem ao próprio ser humano, ou o próximo, revolver (como na ressurreição de Lázaro). Em outras palavras, Deus faz a parte d’Ele, mas nós devemos fazer a nossa:





-“Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós! Limpai as mãos pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações”(Tiago 4,8).


-"Se retornares, Tu te farei retornar...” (Jeremias 15,19)


-“Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor...” (Filip 2,12)




“Muda a minha história. Ressuscita os meus sonhos! Transforma a minha vida, me faz um milagre, me toca nessa hora, me chama para fora!Ressuscita-me!”








É importante que os compositores cristãos aprendam que: "os hinos devem ser prioritariamente cristocêntricos e teologicamente corretos" e para isso, é preciso sempre passar por uma análise teológica antes de lançar para o público! 



Aqui vejo a principal incongruência teológica do cântico, a qual não pode ser creditada à liberdade poética! 



Pedir a Deus: “ressuscita os meus sonhos”, no sentido de que eu me lembre das suas promessas e volte a “sonhar”, a ter esperança, a aspirar por dias melhores, etc, até que é aceitável. 


Mas, não posso concordar com a súplica: “Ressuscita-me” - Por quê? 



Porque a pessoa já alcançada por Cristo, que experimentou sua salvação através de sua misericórdia, e vive sob seu senhorio, já ressuscitou espiritualmente, e não precisa ressuscitar de novo! Simples assim!



Quer dizer, então, que esta aplicação feita pelo compositor é contraditória?


Sim, pois, em Colossenses 3,1 está escrito:“Se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus”.


Essa analogia da nossa preciosa salvação alcançada pela fé, através do seu sacrifício misericordioso e redentor, e pela qual temos a certeza de que já não somos mais escravos do pecado, pois ele cancelou toda nossa dívida na cruz:


“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz..."(Colossenses 2,14) - Esta verdade não pode ser posta em dúvida para atender a anseios antropocêntricos. Por isso, a ptição “Ressuscita-me” se torna, no mínimo, despropositada.



Alguém poderá contra argumentar: “Ora, a bíblia não diz, em 1 Coríntios 15, que vamos ressuscitar? Por que seria errado pedir isso para Deus?”


Bom, o sentido da ressurreição, no aludido texto paulino, é completamente diferente do mencionado na composição em análise! 


Paulo referiu-se à ressurreição literal daqueles que morrerem em Cristo (vv.51-55; 1 Ts 4,16-17). Hoje, em vida, não esperamos ser ressuscitados, pois já nos consideramos “como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6,11).


Heresias presentes em músicas católicas







1. “Sou do Senhor, sou do Senhor, minha vida Ele vai cuidar” (versão popular )


-Problema: induz a ideia de que seguir Jesus garante automaticamente proteção, riqueza ou saúde instantâneas.

-Heresia: "teologia da prosperidade disfarçada", com traços de Pelagianismo e predeterminação Calvinista (exaltação da escolha humana em “ser do Senhor” em vez da gratuidade da graça, conforme Romanos 9,13-14 e João 15,16).Na doutrina católica, o problema não está em ter esperança na salvação (que é virtude teologal da esperança), mas sim em afirmar com certeza absoluta e presunçosa que já estamos salvos, sem possibilidade de condenação. Isso é chamado de pecado de presunção. O Catecismo da Igreja Católica no artigo 2092 afirma: “Pode-se pecar contra a esperança, por desespero ou por presunção. A presunção pode consistir em que o homem espera poder salvar-se sem a ajuda do alto, ou presume da misericórdia divina, sem querer converter-se nem trabalhar pelo bem.”

-Contradição: Jesus convida ao seguimento pela cruz (Mt 16,24) e não promete ausência de sofrimento (João 16,33).



2. “Jesus me ama, este eu sei, o seu amor é demais pra mim” (versão infantil popularizada)



-Problema: reduz o amor de Deus a um mero sentimento superficial.

-Heresia: sentimentalismo cristão, que esquece a luta contra pecado, a realidade da morte, sofrimento, perseguição, fidelidade até o martírio em seu seguimento, e a confiança na ressurreição.

-Contradição: Lucas 9,26: "Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do Homem se envergonhará dele também, quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos."


3. “Derrama o teu amor aqui...” (versões carismáticas)


-Problema: dá a impressão de que o Espírito Santo pode ser manipulado por gritos, cânticos e palavras de ordens.

-Heresia: confusão entre emoção e soberania da ação divina (mágico-charismatismo).

-Contradição: o Espírito “sopra onde quer” (João 3,8) e age soberanamente através dos sacramentos.


Heresias em músicas protestantes


1. “Jesus é meu amigo, nunca vai me deixar” (hinos populares evangélicas)


-Problema: reduz Jesus a uma figura sentimental, nma vida sem provações (contrariano 1Coríntios 10, 13) - e sem chamada à conversão independente de seu estado de vida (1 Coríntios 6,9-10).

-Heresia: "antinomianismo" implícito (heresia entre certos grupos protestantes ao longo da história: é a crença de que o cristão, por estar debaixo da graça, não está mais obrigado a observar a lei moral de Deus. Ou seja, bastaria “crer em Jesus Cristo” e a conduta moral já não teria peso para a salvação.Dá a impressão de que graça dispensa a luta contra o pecado. Adesão implícita a tese de Lutero: "uma vez salvo, salvo para sempre.


-Contradição: podemos cair e perder a Salvação:

-Hebreus 6,4-6: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do século futuro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois quanto a eles, de novo crucificam para si mesmos o Filho de Deus e o expõem à ignomínia.”

-Hebreus 10, 26-27: “Porque, se continuarmos a pecar deliberadamente depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectativa horrível de juízo e ardente indignação do inimigo.”

-2 Pedro 2, 20-22: “Pois, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam envolver nelas outra vez, tornam-se a ele sujeitos e vencidos; o que lhes acontece é pior do que a primeira situação. Pois lhes teria sido melhor não conhecerem o caminho da justiça do que, depois de o conhecerem, desviaram-se do santo mandamento que lhes fora dado.”

-Filipenses 2, 12:  “Portanto, meus amados, assim como sempre obedecestes, não apenas na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, trabalhai a vossa salvação com temor e tremor.” - O sentido é que a salvação não é um passaporte automático; exige perseverança, obediência e reverência a Deus, numa atitude de respeito profundo e esforço sério para viver conforme a vontade de Deus, evitando o pecado e crescendo na fé.



2. “Deus vai te dar vitória, você só precisa crer” (neopentecostais)






-Problema: ensina fé como chave mágica para sucesso material, quem determina a Vitória é o proclamante ou a fé do ouvinte (independente se seu pedido está conforme a vontade e plano de Deus).

-Heresia: teologia da prosperidade: A Teologia da Prosperidade é considerada uma heresia porque distorce a mensagem bíblica. Ela ensina que a fé cristã garante riqueza, sucesso e saúde, condicionando a bênção de Deus ao dinheiro ou à doação financeira. Isso ignora o sofrimento, a humildade e o desapego defendidos por Cristo. Além disso, coloca o foco no material em vez da salvação e da vida eterna. A Bíblia alerta contra o amor ao dinheiro e ensina que o verdadeiro tesouro está no céu, não na terra. Promove também manipulação emocional, culpando os fiéis por suas dificuldades. Em suma, nega princípios centrais do cristianismo e transforma Deus em um meio de enriquecimento pessoal.

-Contradição: Tiago 4,2-6: "Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros , não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? Antes, Ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes."


3. “Eu só preciso declarar que sou curado e sou abençoado”


-Problema: fé transformada em palavra mágica, como se a declaração humana obrigasse Deus a nos obedecer, tranformando Deus em um escravo de nossos desejos e caprichos.

-Heresia: gnosticismo (contrariando Romanos 11,33-34) e manipulação mágica da fé (serão desconhecidos e condenados por Deus conforme Mateus 7,21-23 )

-Contradição: Deus é Soberano e não precisa de conselheiros - Livro de Jó 38,4-11: “Onde você estava quando eu lancei os alicerces da terra? Diga-me, se é que você sabe. Quem marcou os limites do mar, quando jorrava com ímpeto, quando eu lhe dei portas e barras, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante; aqui se deterá o orgulho das suas ondas..."


Heresias em músicas da Teologia da Libertação



A relação entre a fé católica e a adesão a ideologias políticas sempre gerou intensos debates ao longo da história. Entre essas ideologias, o comunismo ocupa um lugar particular, pois suas bases filosóficas, de caráter materialista e ateísta, entram em choque direto com os fundamentos da doutrina cristã. A Igreja Católica, em diversos documentos magisteriais — como a encíclica Divini Redemptoris de Pio XI (1937) e instruções posteriores da Congregação para a Doutrina da Fé — reafirmou a incompatibilidade essencial entre o comunismo e a fé cristã. Surge, então, uma questão prática e ao mesmo tempo inquietante: votar ou apoiar partidos comunistas pode implicar em excomunhão automática para um fiel católico? A resposta a essa pergunta exige não apenas a análise do direito canônico e da moral católica, mas também uma reflexão mais ampla sobre a consciência, a responsabilidade pessoal e a gravidade de colaborar com sistemas que se opõem frontalmente à lei de Deus.A Igreja Católica, ao longo de sua história, tem se posicionado de forma clara contra o comunismo, não apenas por divergências políticas ou econômicas, mas por sua incompatibilidade radical com a fé cristã em princípios, meios e fins. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja afirma que qualquer sistema que negue a dignidade transcendente da pessoa humana, relativize a liberdade e destrua a família — núcleo natural da sociedade — está em contradição direta com o Evangelho e a ordem moral. O comunismo fundamenta-se no materialismo histórico e dialético, negando a dimensão espiritual do homem e reduzindo toda a realidade a fatores econômicos e sociais. Tal visão é incompatível com a antropologia cristã, que reconhece no ser humano a imagem e semelhança de Deus e sua vocação à vida eterna. Historicamente, a prática comunista recorreu à revolução violenta e à supressão da liberdade religiosa, métodos que violam a lei natural e os princípios da justiça. A Doutrina Social da Igreja ensina que a verdadeira transformação da sociedade deve ocorrer pela promoção da justiça, da caridade e do bem comum, nunca pela violência ou opressão. Além disso, o fim último do comunismo é a construção de uma sociedade sem classes, mas à custa da supressão da liberdade individual, da propriedade privada legítima e da transcendência religiosa. Trata-se de uma tentativa de substituir a salvação espiritual por uma utopia terrena, negando a esperança escatológica cristã e instaurando uma forma de idolatria. À luz da Doutrina Social da Igreja, fica evidente que o comunismo é intrinsecamente incompatível com a fé católica, pois corrompe a verdade sobre o homem, a sociedade e Deus. O cristão é chamado a buscar a justiça social pelos caminhos da caridade, da solidariedade e do respeito à lei moral, e não por meios revolucionários ou ateus. Assim, reafirma-se que a ideologia comunista é completamente incompatível com a fé católica nos princípios, nos meios e nos fins, negando aquilo que constitui a dignidade e a vocação do ser humano.





A ideologia comunista é estruturada sobre princípios, meios e fins que a tornam radicalmente incompatível com a fé católica!

 

 

 

-Seus princípios fundamentam-se no materialismo histórico e dialético, negando a dimensão espiritual do ser humano e reduzindo toda a realidade à luta de classes e à propriedade coletiva dos meios de produção. Isso contrasta diretamente com a mensagem de Jesus Cristo, que proclama a dignidade de cada pessoa como imagem e semelhança de Deus, e com o Magistério da Igreja, que defende a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa e o direito à propriedade privada como elementos essenciais à vida em sociedade (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, nn. 178-180).

 

 

-Os meios promovidos pelo comunismo incluem a revolução, a violência e a supressão da liberdade individual, especialmente a liberdade religiosa, para impor o sistema. A Igreja, pelo contrário, ensina que a transformação social deve ocorrer por caminhos justos, pacíficos e éticos, respeitando a lei natural, promovendo a caridade e a solidariedade, e nunca violando a ordem moral ou os direitos fundamentais da pessoa (Pio XI, Divini Redemptoris, 1937).





-Os fins do comunismo consistem em criar uma sociedade igualitária e sem classes, mas à custa da destruição da liberdade, da família e da transcendência. Em oposição, a mensagem de Jesus revela que o verdadeiro fim do homem é a comunhão com Deus e a vida eterna, não uma utopia material. O Magistério enfatiza que a justiça social autêntica só pode ser alcançada quando se respeita a ordem moral, a dignidade humana e a vocação transcendente de cada pessoa.

 

 

 

Portanto, ao analisar princípios, meios e fins, fica evidente que a ideologia comunista é intrinsecamente incompatível com a fé católica. O cristão é chamado a promover a justiça, a paz e a solidariedade, mas sempre pelos caminhos da moral, da caridade e da verdade divina. Negar essa ordem ou apoiar sistemas que a contradizem significa afastar-se do chamado de Cristo e do Magistério da Igreja.

 


A Teologia da Libertação procurou unir Evangelho e marxismo. Em suas músicas, encontramos três erros principais:


1. Redução de Jesus Cristo a um mero líder político revolucionário.

2. Identificação da salvação com militância social.

3. Banalização dos sacramentos.


1. “Se calarem a voz dos profetas” (Irmã Vaz Castilho)



Trecho: “É Jesus este pão de igualdade...Comungar é tornar-se um perigo.”

-Problema: reduz a Eucaristia a mero símbolo de igualdade social.

-Contradição: Mateus 26, 26-28: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai, comei; isto é o meu corpo.’ E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: ‘Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados.’”

CIC §1376 diz o seguinte:  “A eucaristia é também chamada Comunhão, porque pela Eucaristia os fiéis participam do Corpo e do Sangue de Cristo, alimentando-se deles. Ela é chamada ‘santíssimo sacrifício’ porque realiza e perpetua o sacrifício da cruz, tornando presente o único sacrifício de Cristo de forma incruenta.”


2. “Vejam, eu andei pelas vilas...” (Zé Vicente)


Trecho: “O meu reino é diverso, não precisa de rei.”


-Problema: nega implicitamente a realeza de Cristo.

-Contradição: João 18, 36-37: "Respondeu Jesus: o meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus servos lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Disse-lhe, pois, Pilatos: “Logo, tu és rei?” Jesus respondeu: Tu dizes que Eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz."

*Cristo é o “Rei dos reis”  0 Ap 19,16: “E no manto e na coxa dele tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”  Essa passagem descreve Jesus Cristo glorificado, retornando triunfante no Juízo Final. Jesus é declarado Rei dos reis, acima de todos os governantes humanos. Ele é Senhor dos senhores, exercendo domínio absoluto sobre toda a criação.


3. “As mesmas mãos” (Zé Vicente)


Trecho: “A liberdade haverá, a igualdade haverá.”


-Problema: promete salvação por ação político-revolucionária e não pela graça.

-Contradição: Zacarias 4:6 – “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” - Deus explica que a obra que Ele realiza não depende de poder humano, mas do Espírito Santo.

*1 Coríntios 2,4-5 – A pregação do Evangelho não depende da persuasão humana, mas do poder de Deus manifestado pelo Espírito.O reino de Deus não se estabelece por revolução armada ou violência humana, mas pelo Espírito Santo e pela transformação do coração das pessoas.Isso significa que a vitória de Cristo é espiritual e eterna, conquistada pelo amor, obediência e fé, não por guerras ou poder militar ou revolução popular a história está ai para mostrar no que resultou essas revoluções: ditaduras e perseguição aos Cristãos.


O caso de Padre Zezinho que cantou uma das músicas de zé vicente considerada herética


(foto reprodução)



Padre Zezinho não é adepto da TL, mas já interpretou músicas de autores ligados a essa corrente.

Exemplo: “Quando o dia da paz renascer” (Zé Vicente, interpretada por pe Zezinho)


Trecho: “Reinado do povo”


-Problema: desloca o Reino de Cristo para um projeto humano.

-Contradição: Jesus anuncia o “Reino de Deus”, não o “reinado do povo” (Mc 1,15), pois não é desse mundo.

Outras composições originais de pe. Zezinho tais como: O Profeta, Manda Profetas, Profeta Menor — são ortodoxas e permanecem fiéis ao evangelho.


Conclusão


A música religiosa deve elevar a alma a Deus, mas muitas letras católicas, protestantes e da Teologia da Libertação acabam apresentando um evangelho reduzido ou distorcido.


Nos católicos, o risco é cair em sentimentalismo ou carismatismo mágico.Nos protestantes, a tentação está na teologia da prosperidade e no antinomianismo. Na TL, a maior ameaça é substituir a fé por ideologia política.


Discernir não significa condenar compositores ou fiéis, mas lembrar que a fé cristã é sempre centrada em Cristo, morto e ressuscitado, presente nos sacramentos e Senhor da história.Por um lado, a primazia da Palavra de Deus deve sempre ser claramente afirmada. Por outro, é preciso afirmar também, que a Escritura não pode jamais ser separada da vida da Igreja, que lhe deu origem e que, assistida pelo Espírito Santo, determinou, com decisões solenes, baseadas em uma longa tradição, quais livros deveriam ser considerados inspirados pelo Espírito Santo e que entrariam, portanto, no cânon das Escrituras. 



O princípio "lex orandi, lex credendi", ou seja: “a lei da oração é a lei da fé", aplica-se também aqui (Cantamos na liturgia e na vida, a fé da Igreja) e nos mostra o lugar privilegiado que a Escritura tem na vida da Igreja, que por conseguinte, deve ter na vida de todo fiel cristão.
 

Fontes bibliográficas


-Bíblia Sagrada – Mt 16,24; Jo 3,8; Ef 2,8; Ap 19,16; Ap 21,2.

-Catecismo da Igreja Católica – §§1376, 2105.

-Concílio Vaticano II, Lumen Gentium – n. 11.

-Compêndio da Doutrina Social da Igreja – Pontifício Conselho Justiça e Paz, 2004.

-Congregação para a Doutrina da Fé – Libertatis Nuntius (1984), instrução sobre a Teologia da Libertação.

-Letras de músicas citadas em Letras.mus.br, CifraClub e Vagalume.

-CNBB – Documentos e orientações sobre música litúrgica.


 
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo”


 
  


 
 
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Anônimo
27 de agosto de 2025 às 09:51

Até onde tenho conhecimento a música foi escrita em razão da esterilidade do autor que no louvor clamava por um milagre que só Deus poderia realizar ( remover a pedra=eliminar a esterilidade) usando para tal a licença poética para comparar seu estado à de Lázaro que morto estava e só Deus poderia ressuscita-lo.

Anônimo
29 de agosto de 2025 às 10:06

É importante que os compositores cristãos aprendam que os hinos devem ser prioritariamente cristocêntricos e teologicamente corretos. Aqui vejo a principal incongruência teológica do cântico, a qual não pode ser creditada à liberdade poética. Pedir a Deus: “ressuscita os meus sonhos”, no sentido de que eu me lembre das suas promessas e volte a “sonhar”, a ter esperança, a aspirar por dias melhores, etc, até que é aceitável. Mas não posso concordar com a súplica: “Ressuscita-me”. Por quê? Porque a pessoa já alcançada por Cristo, que experimentou sua salvação através de sua misericórdia, e vive sob seu senhorio, já ressuscitou espiritualmente, e não precisa ressuscitar de novo, simples assim!Quer dizer, então, que esta aplicação feita pelo compositor é contraditória?Sim, pois, em Colossenses 3,1 está escrito:“Se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus”.Essa analogia da nossa preciosa salvação alcançada pela fé, através do seu sacrifício misericordioso e redentor, e pela qual temos a certeza de que já não somos mais escravos do pecado, pois ele cancelou toda nossa dívida na cruz:“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz..."(Colossenses 2,14).Esta verdade não pode ser posta em dúvida para atender a anseios antropocêntricos. Por isso, a ptição “Ressuscita-me” se torna, no mínimo, despropositada.Alguém poderá contra argumentar:“Ora, a Bíblia não diz, em 1 Coríntios 15, que vamos ressuscitar? Por que seria errado pedir isso para Deus?”Bem, o sentido da ressurreição, no aludido texto paulino, é completamente diferente do mencionado na composição em análise. Paulo referiu-se à ressurreição literal daqueles que morrerem em Cristo (vv.51-55; 1 Ts 4,16-17). Hoje, em vida, não esperamos ser ressuscitados, pois já nos consideramos “como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6,11).

Arthur - O caçador de hereges

Anônimo
11 de outubro de 2025 às 09:50

Ah claro, então quer dizer que agora a Bíblia virou licença poética e o milagre de Lázaro é metáfora ginecológica? Interessante. A próxima parábola deve ser sobre o espermatozoide pródigo voltando pra casa do útero, né? Vamos combinar: se cada vez que alguém tiver um problema pessoal resolver se comparar a um morto em decomposição só pra “dar mais impacto”, daqui a pouco tem gente cantando “Senhor, tira-me do boleto vencido” como se fosse o novo salmo messiânico. Nada contra metáforas, mas forçar a barra a ponto de transformar a ressurreição de Lázaro em tratamento de fertilidade celestial é pedir demais até pra quem acredita em milagre. Um pouquinho de teologia e um tantinho menos de drama gospel não fariam mal a ninguém.

Everaldo - Colaborador do apostolado Berakash

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