Para estimular a
economia é importante algumas ações de incentivo por parte do poder público:
Federal, estadual e municipal. A idade mínima para
ser empresário no país é de 18 anos (ou 16, caso a pessoa seja legalmente
emancipada), no entanto, não é necessário ser maior de idade para empreender.
Apesar de empreendedorismo ser encarado como sinônimo de abertura de empresas,
o significado dessa palavra vai além do universo dos negócios. Tanto é assim
que algumas escolas de ensino fundamental e médio participam de projetos que
visam estimular o empreendedorismo em jovens e crianças.
Presente
em 123 países do mundo, a Junior Achievement desenvolve no Brasil algumas
atividades em salas de aula públicas e particulares com o objetivo de despertar
o espírito empreendedor nesse público. A principal delas é a Miniempresa, em
que alunos do segundo ano do ensino médio se reúnem para montar uma empresa,
desenvolver e vender um produto. De 1999 para cá, já foram centenas de
miniempresas, no Rio de Janeiro, em que estudantes aprenderam os fundamentos da
economia de mercado e da atividade empresarial através do método
aprender-fazendo destaca Keila Bilatto, coordenadora da Miniempresa que é
realizada em todos os estados do país. Por meio dessa iniciativa,
desenvolvem-se, com a ajuda de voluntários treinados, o comportamento
empreendedor, estimulamos ainda o trabalho em equipe, a liderança e a capacidade
de botar em prática uma ideia.
No
colégio Santa Marcelina, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a Miniempresa passou
a fazer parte da rotina dos estudantes a partir de 2011, com a chegada da
coordenadora Katia Piffer, que já conhecia o projeto:
“Estimular o empreendedorismo em
jovens dessa idade é fundamental porque ajuda a trabalhar a autonomia e a
pró-atividade deles. Além disso, eles aprendem a lidar com frustrações, porque
percebem que nem sempre podem impor suas ideias. Esse aprendizado é importante
para a vida. Não importa se eles se tornarão empresários ou não, acredita. Segundo
a coordenadora, práticas como essa ajudam tanto os alunos introvertidos quanto
os extrovertidos. Os mais calados desenvolvem a capacidade de liderança, por
exemplo. Muitos, ela diz, surpreendem colegas e professores nas atividades
extraclasse. Por outro lado, os mais expansivos aprendem a ouvir melhor os
colegas.”
O
projeto é realizado uma vez por semestre, e cada escola tem um limite de 30
alunos. Não é obrigatória a participação nos encontros que acontecem fora do
horário escolar. A atual turma do Santa Marcelina está com a capacidade máxima
de participantes. Os estudantes montaram uma miniempresa que vende canga-bolsa.
Um produto que une as funcionalidades de uma canga, artigo muito usado por
mulheres para cobrir a cadeira de praia ou deitar na areia, e de uma bolsa. Ana
Clara Andrade, de 17 anos, faz parte desse grupo e diz que o maior aprendizado
que ela teve até agora foi o trabalho em equipe:
Tem colega que a gente não
interage tanto no dia a dia da escola, mas, na empresa, a gente acaba se
conhecendo melhor. No meu caso, na miniempresa, eu me dou muito bem com uma
menina que, em sala de aula, não tenho afinidade,revela a estudante.
A
psicóloga Andréia Calçada aconselha o ensino de práticas de empreendedorismo em
jovens e crianças, mas faz ressalvas sobre como ele deve ser executado:
“O perfil daquele funcionário
padrão que fica 30 anos na mesma empresa acabou. Em contrapartida, há um
excesso dos jovens da geração Y que deixam um emprego quando não alcançam
rapidamente seus objetivos. Estimular o empreendedorismo na escola é importante
para formar adultos capazes de construir e de se projetar para a frente ,
avalia a psicóloga. Porém, esse trabalho tem que ser feito sem exigir cobranças
e sem os excessos da mentalidade capitalista.”
Em
Corumbá, no Mato Grosso do Sul, o colégio Objetivo implementou este ano uma
disciplina semanal obrigatória de empreendedorismo para todas as turmas entre
2º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. As crianças mais novas a
terem contato com o tema têm seis anos e começam aprendendo para que servem as
moedas. No 9º ano, os adolescentes conhecem o funcionamento do sistema
bancário. No último ano da escola, os estudantes montam modelos de empresas e
visitam órgãos como o Sebrae.A novidade recebeu uma aceitação muito positiva
dos pais, porque as crianças passam a entender o contexto econômico em que se
inserem e que até o simples lápis que elas usam têm um valor , explica Priscila
Moreira, professora de empreendedorismo das turmas do ensino fundamental.
A
Escola Americana do Rio de Janeiro promove todo ano o projeto Destination
Imagination com alunos do oitavo ano do ensino fundamental que competem com
escolas de outros países. Este ano, o tema é responsabilidade social, e os
estudantes escolheram ajudar um asilo no Cosme Velho. As crianças, que têm em
média 13 anos, elaboraram um documento de apresentação da iniciativa e saíram
em busca de patrocínios e apoio. Com a arrecadação de dinheiro e de cosméticos,
elas realizaram um dia de beleza para os idosos da casa.
A
partir de projetos como esse, os alunos desenvolvem a pró-atividade, busca de
soluções e criatividade. A liderança e o empreendedorismo são características
fortes desses grupos de trabalho. Os estudantes também se mostram mais à
vontade ao correrem riscos e tendem a ter mais autonomia, analisa Ana Melo,
professora à frente do Destination Imagination da Escola Americana.
Já o deputado Roberto Santiago (PV-SP) ressalta a
diversidade das propostas que pretendem incentivar a contratação de pessoas nessa
faixa etária. Segundo ele:
“Os projetos refletem "as
dificuldades a que estão submetidos os jovens brasileiros em busca do primeiro
emprego, quando ainda não possuem qualificação ou experiência
suficientes".
Santiago é autor de um substitutivo que estabelece benefícios fiscais para
empresas que contratarem trabalhadores com menos de 24 ou mais de 45 anos e que
estejam desempregados há mais de um ano. O texto, que reúne 15 propostas sobre
o tema, foi aprovado pela Comissão de
Trabalho e está sendo examinado pela Comissão de Finanças e Tributação.De
acordo com a proposta, os benefícios incluem redução de 50% das contribuições
sociais destinadas ao Sistema S, do salário-educação e do financiamento do
seguro de acidente de trabalho, além de deduções do Imposto de Renda.
Esses benefícios, diz o texto, só valem para as
contratações de trabalhadores adicionais, ou seja, para aqueles contratados
além da média de empregados da empresa nos 12 meses anteriores à vigência da
nova lei. Além disso, o trabalhador adicional não poderá ser ex-empregado da
empresa, nem receber mais de três salários mínimos.
Para Santiago, o modelo proposto
é uma saída para incentivar a contratação de jovens sem fixação de cotas, o
que, para ele, seria uma interferência danosa no mercado. "É necessária
uma política de incentivo fiscal agressiva, mas que não transfira o ônus para o
Estado", disse.
A Comissão de Finanças e Tributação já designou o relator
do substitutivo, deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), mas ele ainda não
elaborou o parecer. Depois, a proposta será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário. Durante
a análise do substitutivo de Roberto Santiago, as propostas que tramitam em
conjunto e foram descartadas pelo relator poderão ser rediscutidas. Entre elas
está a criação de cota de 5% para a contratação de jovens entre 18 e 25 anos -
PL 3581/04, do ex-deputado Pastor Francisco Olímpio (PSB-PE) - e a redução de
3% da contribuição para o FGTS e de 70% do PIS e Cofins para estimular o
primeiro emprego, independente da idade do contratado.Esta última está presente
no PL 2117/07, do deputado Filipe
Pereira (PSC-RJ):
"O mercado de trabalho exige
que, para a contratação, o candidato tenha alguma experiência comprovada em
carteira de trabalho. Entretanto, o cidadão não pode cumprir essa exigência se
ele nunca tiver a oportunidade do primeiro emprego", diz o autor.
Pereira argumenta que o Programa Nacional de Estímulo ao
Primeiro Emprego (PNPE), criado pelo governo federal em 2003 e substituído em
2008 pelo Programa Nacional de Inclusão
de Jovens (Projovem), não conseguiu
despertar o interesse das empresas.O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ)
concorda. Ele é autor do PL 6294/05, que também tramita em conjunto e amplia as
renúncias fiscais como estímulo à primeira contração: entre os benefícios
estaria a isenção completa da contribuição ao Sistema S.
Picciani lembra que o PNPE, que tinha meta de inserir 250
mil jovens no mercado de trabalho logo no primeiro ano, atingiu 15 mil em
quatro anos. O programa oferecia às empresas subvenção econômica (de até seis
parcelas de R$ 200) por emprego gerado.
"Fica claro então que um
programa de apoio ao jovem na luta por um emprego deve ser mais amplo do que o
desenvolvido até agora", diz o deputado.
Já o autor do
substitutivo aprovado na Comissão de Trabalho acredita que a fórmula de
incentivo deve ser nova:
"O modelo do Programa
Nacional do Primeiro Emprego não foi bem sucedido e, portanto, não pode servir
de base única para a elaboração de proposta de impacto para o mercado de
trabalho", defende Roberto Santiago.
Um
deles visa garantir às empresas um crédito presumido no ICMS de R$ 500,00 por
mês para cada emprego de carteira assinada criado em nosso estado. Esse
benefício deve valer pelos próximos seis meses, podendo ser prorrogado.
Na pratica, a cada mês, o governo irá dar desconto de R$ 500,00 no ICMS das
empresas por cada emprego gerado a partir da aprovação da lei. Isso corresponde
a dizer que o Governo pode assumir os custos de até mais da metade do salário
de cada trabalhador contratado, dependendo da situação e observadas as regras
previstas no projeto. O foco principal do projeto está no
comércio, que pode ser largamente beneficiado no pior momento das vendas.
Projeto promovido pela ABIHPEC -
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos,
incentiva a reciclagem com campanha de conscientização da população sobre a
importância da coleta seletiva.
O projeto “Dê a Mão para o Futuro” promove
a capacitação e acompanhamento técnico dos catadores, disponibiliza também
recursos financeiros para aquisição de equipamentos para as associações e
cooperativas, tudo em parceria com a prefeitura local, que disponibiliza e
mantém o espaço e a infraestrutura para o funcionamento das mesmas, além de se
comprometer a implantar, ampliar ou melhorar a coleta seletiva no Município e
destinar a essas entidades os materiais dela proveniente.
O projeto já esta implantado em cidades nos
Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina e está em andamento nos Estados de
São Paulo e Paraná. Para saber mais entre em:
http://www.maoparaofuturo.org.br/
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