"Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e
tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso
coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé." (CIC§89). - Se você prefere uma
definição desvinculada da doutrina da Igreja, o dicionário Aurélio define dogma
da seguinte maneira:"Ponto fundamental de doutrina científica, social, religiosa ou
filosófica, apresentado como certo".O primeiro dos 43
dogmas da Igreja, por exemplo, afirma simplesmente que Deus existe. Ora, se
você não crê em Deus, não pode ser considerado Crente. Imagine alguém dizendo:
"Não acredito em Deus mas sou cristão, porque faço caridade...” - É para preservar a
coerência e a legitimidade da fé que eles existem. Ora, desde o início do
cristianismo, já nos seus primeiríssimos tempos, surgiram doutrinas estranhas
no seio da Igreja, com a difusão de ideias contrárias àquilo que o Senhor
disse, fez e ensinou, como por exemplo: O gnosticismo, o arianismo, o
macedonismo, o monofisismo, o monocletismo, etc. Infelizmente, assim permanece
até hoje, sendo a maior heresia dos nossos tempos (segundo o Papa Bento XVI a
maior heresia que já existiu) a chamada "'teologia' da libertação",
que não renega um, mas praticamente quase todos os dogmas da fé Cristã.Assim,
para que a pureza da fé fosse preservada, – para salvaguardar a autêntica
doutrina da Igreja,fez-se necessário definir e determinar, simplesmente, o que
é cristianismo e o que não é. A este conjunto de verdades chamamos "dogmas". Por acaso a título de
exemplo: Existe espírita que não crê em reencarnação? Claro que Não! Quem não crê em reencarnação não é
espírita, porque a reencarnação é, sim, um princípio fundamental da doutrina
espírita. Em outras palavras, é um fundamento dogmático do espiritismo, dado
como certo, e somente depois de aceitá-lo é que alguém pode ser considerado
espírita.O mesmo podemos dizer da crença na "evolução do espírito"
através de uma sucessão de reencarnações, da mediunidade, da psicografia, dos
planos espirituais superiores e inferiores, dos "espíritos de luz" e
dos "espíritos obsessores", etc, etc. Tudo isso, para o espírita, é
princípio de fé; ou seja, tudo isso é, sim senhor, dogmas espíritas. Se alguém
se declarar espírita e afirmar que não existe mediunidade, por exemplo, estará
na realidade "inventando" uma nova seita, diferente do espiritismo
realmente existente. Então, quando algum espírita diz que o benefício do espiritismo
é não ter dogmas, está e digo com todo o respeito, falando uma grande bobagem.
Ocorre que toda religião tem os seus próprios dogmas, mesmo que não os chame
com esse nome. É este nosso papel e nosso dever enquanto cristãos. Esclarecer,
na medida das nossas possibilidades, a verdade, iluminar o caminho, dissipar as
dúvidas, esclarecer àqueles que andam perdidos, iludidos por charlatães e
falsos profetas, errando em doutrinas falsas. Isto não é errado, pois ensinar a
verdade é um exercício da caridade, útil, edificante e necessário a todos.
I – DOGMAS PRINCIPAIS DO CRISTIANISMO ACEITOS POR TODOS OS
VERDADEIROS CRISTÃOS!
Com o tempo, a Igreja
cristã organiza-se e definirá os quatro principais e mais controversos dogmas do
cristianismo, influenciados em grande parte pelo pensamento teológico de São
Paulo.
1) Dogma da
Encarnação: Jesus é Deus encarnado!
Esta doutrina dogmática
cristã já existente nos evangelhos, mas afirmada dogmaticamente somente 300
anos após a morte de Cristo, e
amplamente aceita pela ampla maioria dos Cristãos(exceto os Cristãos
Judaizantes), afirma que Deus assumiu seu corpo humano em Cristo, portanto,
Jesus Cristo é 100% homem e 100% Deus ("homo-ousios").No século IV, no
famoso primeiro Concilio Universal de Niceia (325 dC), convocado pelo imperador
Constantino, é debatido sobre se Cristo foi da mesma substância que Deus.
Afirma-se que "Deus criador é Pai em relação a Jesus". Afirmava-se assim
em definitivo o primeiro Credo cristão. Sem dúvida, o dogma da encarnação é um
conceito difícil de assimilar do ponto de vista racional, e também difícil de
aceitar por outras religiões como o Judaísmo e Islamismo, que o
considera um princípio politeísta (no entanto, no Bagavadguitá hinduísta encontramos
um conceito similar).
2) Dogma da Expiação dos pecados
O segundo dogma
aceito de forma unânime pelos Cristãos é o da redenção, ou seja, o perdão dos
pecados cometidos pelo sacrifício expiatório de Cristo na Cruz. Expiar
é consertar um mal cometido e religando-o novamente a Deus do qual estava
desligado em virtude do pecado original. A morte voluntária de Jesus
significa para o cristão o perdão de Deus. A palavra
expiação encontra-se poucas vezes na Bíblia, mas o conceito da expiação
constitui o assunto principal do Antigo e do Novo Testamento. Palavras
mais conhecidas como reconciliação, propiciatório, sangue, remissão de pecados
e perdão estão diretamente relacionadas com esse tema.Todo israelita sabia que "aos dez deste mês sétimo, será o
Dia da Expiação" (Levítico 23,27). Havia sacrifícios diários
pelo pecado, mas esse era um dia especial, de santa convocação.
Aprendemos em Levítico 16 que o Sumo Sacerdote:1. se purificaria com água; 2. vestiria suas vestes santas
de linho; 3. mataria um novilho para fazer expiação por si e pela sua família;
4. tomaria uma vasilha de brasas do altar e entraria no Santo dos Santos para que a nuvem
de incenso cobrisse o propiciatório, que era o lugar da expiação, da propiciação e dareconciliação; 5.sairia, tomaria o sangue do novilho, entraria
pela segunda vez no lugar
santo com o sangue e o aspergiria sete vezes sobre o propiciatório e diante
dele; 'mataria o bode para a
oferta pelo pecado, ultrapassaria o véu pela terceira vez e faria com o sangue como tinha feito
com o sangue do novilho; 'faria
expiação pelo lugar santo e pelo altar do holocausto; "imporia as mãos sobre a cabeça
do bode vivo, confessaria os pecados do povo e enviaria o bode para o deserto;
e " tiraria as vestes de linho, iria
lavar-se, poria outra roupa e ofereceria um holocausto por si e pelo povo.Esse dia
era impressionante, santo e de grande importância porque os pecados de Israel
eram expiados por meio de sangue. Já que "é impossível que o sangue de
touros e de bodes remova pecados" (Hebreus 10,4), esse ritual devia
repetir-se a cada ano (Levítico 16,34), uma prefiguração(antecipação) daquele
dia grandioso em que Cristo seria "oferecido uma vez para sempre para
tirar os pecados de muitos" (Hebreus 9,28).Deus fez
o homem à sua imagem e, como Criador, tem o maior direito de estipular o
procedimento correto para a sua criação, e isso ele fez na forma de leis
destinadas para o nosso bem (Deuteronômio 10,13). O pior que podemos
fazer é violar a lei de Deus. A isso chamamos pecado ou transgressão da
lei (1 João 3,4). Os primeiros seres humanos transgrediram, e a culpa
deles evidenciou-se pela tentativa de se esconderem de Deus. A justiça exigia uma pena pelo pecado. A
pena era a morte, a separação de Deus, manifestada pelo afastamento deles do
jardim do Éden (Gênesis 3:8, 24). O pecado continua até hoje,
desde aquele primeiro momento ali. Paulo resumiu a história e as conseqüências
do pecado em Romanos 5,12: "Assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram". Vemos,
então, a necessidade que todo homem tem de ter seus pecados expiados, para que
receba o perdão de Deus. Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, é "santo,
inculpável, sem mácula, separado dos pecadores; que não tem necessidade, como
os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus
próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu
voluntariamente como vítima expiatória (Hebreus 7,26-27). Cristo, por
meio de seu sangue, entrou no lugar santo do céu, tendo obtido para nós a
redenção eterna e agora apresenta-se a nosso favor diante da face de Deus
(Hebreus 9,12-24). O resultado da expiação é nossa"redenção,
pelo seu sangue, a remissão dos pecados" (Efésios 1,7). Na
verdade, ele "nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos
pecados" (Apocalipse 1,5). Onde há remissão de pecados, "já
não há oferta pelo pecado" (Hebreus 10,18), porque Cristo é a propiciação pelos nossos pecados, o meio pelo qual
Deus se reconcilia ao homem pecador (1 João 2,2).Jesus levou o castigo em lugar
daqueles que mereciam a punição (Isaías 53,8), "carregando ele mesmo em
seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pedro 2,24).
Porque Deus nos amou, ele enviou Jesus para ser a propiciação (ou meio) pela
qual os nossos pecados podem ser perdoados. Seu sangue, o qual é capaz de
expiar o pecado, vertido para a remissão desses pecados, passa a ter efeito
quando somos batizados em nome de Cristo para
a remissão dos pecados (Atos
2,38). Regozijemo-nos "em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por
intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação"(Romanos 5,11). Este
sacrifício redentor e expiatório, foi pedido por Cristo para se tornar memorial
até sua vinda ( I Cor 11,25-26;Lucas 22,19).
3)
Dogma da santíssima Trindade (Um só Deus, uma só natureza, Una e indivisa, que é Pai, Filho
e Espírito Santo)
O terceiro dogma
Cristão aceito pela ampla maioria dos Cristãos é que Deus é um só (monoteísmo),mas
é também TRINO, ou seja, é uma só a natureza divina (e não três, que já não
seria Trindade, mas triteísmo, ou seja três deuses), é "Pai, Filho e
Espírito Santo". Este é um dogma que gerou distanciamento com outras
religiões. Os judeus e os muçulmanos o consideram um princípio politeísta. Outras
confissões cristãs como as igrejas unitárias, as testemunhas de Jeová, não a
aceitam. Os Mórmones creem na Trindade, mas de uma forma totalmente diferente.Em relação ao dogma
da unidade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo nos primeiros cristãos, o termo
"Trindade" surge como uma forma de definir o mistério que há um só
Deus em três Pessoas distintas tendo a mesma natureza ou substância. Embora
algumas pessoas argumentasse que a doutrina trinitária foi
"inventada" sob a influência do paganismo ao cristianismo, nada
melhor do que estudar o testemunho de cristãos anteriores ao Concílio de Nicéia
(325 d.C.) para ver o que o verdadeiro desenvolvimento da doutrina trinitária
ao longo da história. A Didaqué (Catecismo dos primeiros Cristãos), é um
excelente testemunho do pensamento da Igreja primitiva, e que tenhamos
mencionado para incluir um testemunho pessoal de como a fórmula batismal
trinitária foi utilizado pela igreja primitiva:"Sobre o batismo, batizar desta forma: Aqueles antes de todas estas
coisas, batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em água
viva" (Didaqué, VII).Depois de estudar os
principais testemunhos patrísticos anteriores ao Concílio de Nicéia (325 d.C.),
não é difícil perceber que a doutrina trinitária não é novidade, muito menos
uma invenção do paganismo. A Igreja foi fiel a reconhecer que há um só Deus que
é Pai, Filho e Espírito Santo, e esta verdade era compreendida e ensinada mais
ou menos claramente na Igreja cristã primitiva. Também , está claro que a
maioria deles abertamente o rejeitaram tanto no arianismo (afirmando que Jesus
Cristo era um deus menor, criado e subordinado ao Pai, afirmando que Jesus não
existia antes) e no modalismo (afirmando que houve apenas uma Pessoa Divina em
Deus, sendo o Pai, Filho e vice-versa, mas que apenas se manifesta de maneiras
diferentes, não como pessoas).Certamente alguns dos primeiros Cristãos não
compreenderam plenamente o mistério trinitário, coisa totalmente compreensível
em um assunto de tal complexidade. Se tornaram tão graves os conflitos como contra o arianismo e
outras heresias, que forneceram uma oportunidade para a Igreja a aprofundar
estas verdades da fé.
4)
– O DOGMA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS NO MESMO CORPO
Por que,
depois de pouco menos de 2 000 anos, a crença na ressurreição de Jesus Cristo, ainda
é um dos mais extraordinários mistérios da fé Cristã, e ainda exerce efeito tão
arrebatador? Disse o apóstolo Paulo, o grande disseminador das palavras de
Jesus, em suas cartas aos coríntios, anotadas no Novo Testamento. “Se Cristo não foi ressuscitado, nós não
temos nada para anunciar e vocês não têm nada para crer. (…) Se Cristo não foi
ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão. (…) Se Cristo não ressuscitou,
os que morreram crendo nele estão perdidos. (…) Se a nossa esperança em Cristo
só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste
mundo...portanto, comamos e bebamos pois amanhã morreremos ( I Cor 15). A ideia
da ressurreição foi a faísca do cristianismo, que então deixou de ser apenas uma
seita Judaica dentro do Império Romano para se transformar na maior religião do
planeta. Três dias haviam se passado da morte agonizante de Jesus na cruz no
Gólgota, ponto final do calvário. Era uma madrugada de domingo, Páscoa judaica.
Ainda estava escuro, e Maria Madalena foi ao sepulcro ungir o corpo de Jesus
com especiarias. Ao se aproximar, viu o túmulo aberto e saiu correndo para
avisar os discípulos. Eles entraram e encontraram o sepulcro vazio. Apenas a
mortalha que envolvia o corpo de Cristo estava lá. Maria Madalena, dizem os
textos sagrados do cristianismo, permanecera distante, chorando, quando dirigiu
o olhar em direção ao túmulo e avistou dois anjos, que lhe perguntaram:
“Mulher, por que você está chorando?”. Ela respondeu: “Levaram embora meu
Senhor e não sei onde o puseram”. Maria Madalena então olhou para trás e viu
uma figura humana em pé que ela pensou se tratar do jardineiro, à qual ela se
dirigiu e disse-lhe: “Se o tirou daqui, diga onde o colocou e eu irei
buscá-lo”. A resposta veio curta: “Maria”. Nesse momento ela reconheceu Jesus e
respondeu: “Mestre”. Descrita no Evangelho de São João, essa história, tão
singela quanto misteriosa, resistiu e se fortaleceu com a passagem dos milênios,
alimentando a fé dos Cristãos até o martírio nesta Crença fundamental do
Cristianismo. Para os
cristãos, a ressurreição tem mais valor do que os sermões e os milagres de
Jesus em vida. Como disse São Paulo aos coríntios, sobre ela foi erguida toda a
catedral de fé do cristianismo. Sem ela, toda a esperança humana se resume aos
limites da vida terrena. Com ela, a vida terrena é uma vida vicária, uma vida
no lugar da verdadeira vida eterna. “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá,
e quem vive e crê em mim nunca morrerá”, disse Jesus.Do ponto de vista do
proselitismo religioso, do convencimento dos fiéis, a ressurreição é vital pela
transcendência. Ela é a garantia de uma graça concedida a toda a humanidade: a
da vida eterna.“Sob o
aspecto antropológico da fé, a doutrina da ressurreição é a resposta à vontade
mais primitiva do ser humano, a da imortalidade”, diz monsenhor Antonio Luiz
Catelan Ferreira, teólogo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O
cristianismo conquistou o paganismo romano com a promessa da vida eterna, de mãos
dadas com o Cristo ressurreto até às últimas consequências da fé: o martírio.Nas palavras do filósofo marxista
alemão Ernst Bloch (1885-1977):“Não
foi a moralidade do Sermão da Montanha que permitiu ao cristianismo conquistar
o paganismo romano, e sim a crença de que Jesus se erguera dos mortos. Numa era
em que os senadores romanos competiam para ver quem tinha mais sangue de
cordeiro na própria toga, acreditando assim que isso evitaria a morte, o cristianismo competia pela crença na vida
eterna, e não pela mera moralidade”. Estes quatro dogmas, não restam dúvidas, afastam o
cristianismo de muitas outras religiões, no entanto, os princípios éticos do cristianismo
o aproximam das outras religiões.
II
– DOGMAS PRINCIPAIS DO "ISLAMISMO"
A doutrina islâmica
assenta em dogmas muito simples, fato que possibilitou a sua rápida difusão. Os
princípios doutrinários desta religião encontram-se definidos no Corão ou
Alcorão, o livro sagrado dos Muçulmanos. Os pilares do Corão são os seguintes:
1)- Crença em Alá, Deus
único, e em Maomé, seu profeta.
2)- Oração cinco
vezes ao dia, e segundo certos rituais.
3)- O jejum nos 40
dias do Ramadão (9º mês lunar árabe).
4)- A esmola aos
pobres.
5)- A peregrinação a
Meca, pelo menos uma vez na vida.
O Corão para além de
definir os mandamentos religiosos, também define regras sociais, de
comportamento e de costumes. Atualmente, existem grupos de fundamentalistas
islâmicos que interpretam o Corão como um código ou uma constituição política.
"Os muçulmanos devem acreditar em cinco pontos fundamentais, tão
importantes para a religião que são chamados os Pilares da Fé. São eles:
1)-A Unidade Divina
2)-A Profecia
3)-A Revelação
4)-A Intercessão dos Anjos
5)-Existência
de uma Outra Vida.
Os muçulmanos
acreditam no carácter único de Deus, um conceito que é conhecido pela sua
designação árabe, tawhid. O termo tawhid não se refere apenas ao conceito da unidade
de Deus mas também à afirmação dessa unidade pelos seres humanos. Por outras
palavras, a noção de tawhid faz com que os seres humanos sejam participantes ativos
na tarefa de assegurar que Deus continue a ser entendido como um ser único,
tomando-os, assim, agentes cruciais na relação de Deus com o mundo.Por razões
que não são compreensíveis pelos seres humanos, Deus criou o universo e tudo o
que nele existe.Ele criou os seres humanos e deu-lhes a possibilidade de
fazerem o bem e o mal, mas também a capacidade para escolher entre um e outro. Os
seres humanos podem conhecer Deus através dos Seus atributos (como a
misericórdia, a justiça, a compaixão, a ira, etc.), mas a essência última de
Deus não a podem alcançar. Segundo o ponto de vista islâmico, Deus não
tem corpo e é diferente de tudo o que existe no mundo que foi criado.
2)- Profetismo na fé islâmica
Os muçulmanos devem
acreditar que Deus pretende comunicar com os seres humanos e que Se serve dos
profetas para esse fim. Os profetas são de dois tipos. Os primeiros são os que
receberam de Deus a missão de avisar as suas comunidades e de lhes dar a conhecer
a vontade divina; estes são designados como anbiya (singular: nabi). À segunda
categoria, para além de todas as funções do primeiro grupo, é-lhe também
entregue uma escritura revelada que deve transmitir à sua comunidade. Os
pertencentes a esta categoria especial de anbiya são chamados rusul ( singular:
rasul, que significa "mensageiro" ). Os muçulmanos acreditam numa
série de profetas que inclui todos os profetas mencionados na Bíblia hebraica e
também Jesus e Maomé. Os muçulmanos consideram que Jesus foi o
penúltimo dos profetas e que profetizou a vinda de Maomé. A maioria dos sunitas
considera também que Jesus é o messias e acredita na Imaculada Conceição. O que
não quer dizer, no entanto, que aceitem ter sido Deus o pai de Jesus, mas antes
que Deus realizou um milagre ao fazer com que Maria concebesse sem a existência
de um pai biológico.
Os muçulmanos
acreditam que Deus usa os Seus profetas para revelar as escrituras à
humanidade. Quatro dessas escrituras são reconhecidas:
-A Torá que foi revelada a
Moisés.
-Os Salmos de David.
-O Novo Testamento de Jesus.
-O Alcorão de Maomé (a palavra alcorão surgiu do termo árabe Al-qur'ān, que significa “a recitação”).
Segundo a crença muçulmana, a mensagem de Deus é eterna, pelo que a substância
de todos estes livros é a mesma. As diferenças existentes entre eles são explicadas,
quer pelo fato de, após a sua revelação, as primeiras escrituras terem sido
corrompidas por aqueles que diziam nelas acreditar, quer pelo recurso ao
conceito da evolução humana. Segundo esta teoria, Deus sempre soube o que
queria ensinar à humanidade; porém, nem sempre a humanidade esteve preparada
para receber a mensagem completa. Por isso Deus revelou a sua mensagem em
versões cada vez mais abrangentes, culminando no Alcorão, a versão definitiva
da mensagem de Deus, que é válida até ao fim da civilização.
4)- Intercessão angelical
Os muçulmanos devem
acreditar que os anjos existem e que são utilizados por Deus para executar a
Sua vontade. Um dos seus deveres consiste em proteger e vigiar os seres humanos
e registar todas as suas ações. O anjo mais famoso é Gabriel, que serviu de
intermediário entre Deus e Maomé na revelação do Alcorão. E uma outra figura
importante é Iblis, que era o chefe de todos os anjos mas que foi castigado por
desobedecer a Deus e expulso do Paraíso. Depois disso foi transformado em
Satanás e agora não só é ele quem reina no Inferno como é também quem tenta os
seres humanos a desviarem-se do caminho do bem. Muitos muçulmanos consideram a
crença nos anjos o mais difícil dos Pilares da Fé e atribuem-lhes apenas a
importância de meras forças naturais ou diferentes aspectos do poder de Deus.
5)- Julgamento e vida eterna
Os muçulmanos
acreditam que o nosso mundo terá um final e que seremos julgados e
recompensados ou punidos no outro mundo segundo as nossas ações terrenas. O
julgamento, a recompensa e o castigo são pontos centrais do Islamismo e é sobre
eles que se funda todo o seu sistema de ética. Não é, por isso, de admirar que
o Islamismo possua um sistema altamente desenvolvido de escatologia (ou teoria
do final do mundo), grande parte do qual é uma elaboração de várias passagens
bastante dramáticas do Alcorão. Segundo a crença popular dos Islãmicos, a
chegada do dia do juízo final será antecedida de vários sinais semelhantes aos
do Apocalipse: uma luta entre o bem e o mal, o nascimento do sol no poente, o
som de uma trombeta e o aparecimento de uma besta. Quando as coisas atingirem o
auge da escuridão e da desgraça, regressará um messias que reunirá todas as
pessoas virtuosas para esperarem o dia do juízo e a ressurreição. É
importante referir que, segundo o Alcorão, o mundo não acaba realmente, antes
sofre uma transformação completa. E, portanto, relativamente fácil argumentar
que a outra vida acontecerá aqui e não em algum outro lugar (por outras
palavras, o Paraíso não está necessariamente algures além de nós).
Depois do fim do mundo, todos os seres humanos que alguma vez viveram serão
ressuscitados e julgados. Alguns muçulmanos acreditam que esta ressurreição é
apenas espiritual e que não recuperaremos os nossos corpos físicos. Durante o
julgamento, estaremos pela primeira vez face a face com Deus e teremos de
responder pelas nossas ações. Os que estiverem completamente livres de pecado
irão diretamente para o Paraíso. Outros terão de passar algum tempo no Inferno
para pagar pelos seus pecados, antes de entrar no Paraíso e viver eternamente (o Islamismo
não tem uma concepção muito firme sobre a condenação eterna ao Inferno; o tempo
que as pessoas lá passam depende da gravidade dos seus pecados. A única categoria
de pessoas que permanecerá para sempre no Inferno é a dos hipócritas
religiosos, os que se dizem muçulmanos mas não o são. Este tipo de hipocrisia é
considerado um pecado tão grande que nenhum castigo o poderá remir
adequadamente). O Alcorão pinta um quadro extremamente claro do Paraíso
como um jardim com regatos e árvores de fruto onde disfrutaremos de uma vida
confortável e de abundância. Muitos muçulmanos tomam à letra esta visão do
Paraíso. Outros vêem-na como urna metáfora de um estado de felicidade
espiritual cuja maior recompensa será a de se viver junto a Deus." (Adaptado
de ELIAS, J. Jamal - Islamismo, Col. "Religiões do Mundo", Ed. 70,
1999).
III
– DOGMAS PRINCIPAIS DO "JUDAÍSMO"
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
O
judaísmo é uma das religiões monoteístas mais antigas do mundo, surgida na região
do Levante e da Mesopotâmia há mais de 3 mil anos, e é uma das três principais
religiões abraâmicas. Para as religiões abraâmicas, Abraão é um dos principais
profetas. Além do judaísmo, as outras religiões abraâmicas são o islamismo e o
cristianismo. Atualmente, o judaísmo é uma religião praticada por
aproximadamente 15 milhões de pessoas, a maior parte delas residentes em Israel
e nos Estados Unidos. Os judeus acreditam que o Messias, descendente direto do
Rei Davi, chegará um dia a Israel para governar o povo judeu, reconstruindo o
Templo de Jerusalém e iniciando um período de grande paz e prosperidade para
todos os judeus.O judaísmo afirma uma
série de princípios de fé básicos que se espera que sejam cumpridos por uma
pessoa que deseje estar em consonância com a fé judaica. No entanto, ao
contrário da maioria das comunidades cristãs, a comunidade judaica nunca desenvolveu
um catecismo obrigatório.Mas surgiram várias formulações das crenças judaicas,
muito embora exista alguma discussão sobre o número de princípios de fé básicos
que existem. O rabino Joseph Albo, por exemplo, conta três princípios de fé em
Sefer Ha-Ikkarim, ao passo que Maimónides lista treze. Se bem que alguns
rabinos mais recentes tenham tentado conciliar estas diferenças, afirmando que
os princípios de Maimonides estão contidos na lista de Albo, bem mais curta, a
verdade é que esta diferença e listas alternativas criadas por outras
autoridades rabínicas medievais parecem indicar um grande nível de tolerância
perante perspectivas teológicas variadas.
Resumo
sobre o judaísmo:
-Abraão
é considerado o patriarca do judaísmo e Moisés, seu profeta mais importante.
-A
Tanakh é a Bíblia Hebraica. Ela é dividida em Torá, Nevi’im e Ketuvim.
-A
Torá é o livro sagrado mais importante do judaísmo.
-O
Talmude é outra coleção importante para os judeus.
-O
judaísmo é considerado uma religião abraâmica, assim como o islamismo e o
cristianismo.
-Alguns
dos principais rituais do judaísmo é o Brit Milá, o Bar Mitzvá, o Micvê e o
Shabat.
-As
duas principais ramificações do judaísmo são a sefardita (termo usado para referir os descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha), e a asquenaze (cerca de metade dos judeus hoje são identificados como asquenazes, o que significa que eles são originários de judeus que viviam na Europa Central ou Oriental. O termo foi inicialmente usado para definir um grupo cultural distinto de judeus que se estabeleceram no século 10 na Renânia, região da Alemanha)
-Considerando
a interpretação dos textos sagrados e seu modo de vida, os judeus podem ser: reformadores, conservadores e ortodoxos.
-Os
principais símbolos do judaísmo são a Estrela de Davi, o Menorá e o Shofar.
-O
maior princípio do judaísmo é a crença em YHWH como único deus.
-Durante
quase dois milênios os judeus foram um povo sem pátria, vivendo em comunidades
judaicas em vários países.
-Durante
toda a história os judeus sofreram perseguições como pogroms e o Holocausto.
-O
Estado de Israel foi fundado em 1948 na região da Palestina.
-Atualmente
os Estados Unidos e Israel possuem as maiores populações de judeus.
-Vivem
atualmente no Brasil pouco mais de 100 mil judeus, mas os judeus estavam
presentes no Brasil desde o período inicial da colonização.
-A
principal diferença entre o judaísmo e o cristianismo está ligada ao
“Mashiach”, ou Messias. Para os cristãos, o Messias foi Jesus Cristo. Para os
judeus, o Messias ainda virá."
Os Treze princípios do Judaísmo:
O filósofo e rabino
Maimônides elaborou[1]no século XII os treze princípios do Judaísmo como um
sumário de crenças judaicas face ao cristianismo e islamismo.Nem todos os
rabinos aceitaram a formulação de Maimônides, como foram os casos de Hasdai
Crescas e José Albo, mas ao longo dos séculos acabou disseminando e aceito pelo
judaísmo ortodoxo, sendo incorporado nos serviços religiosos, com algumas de
suas fraseologias (como Ani Ma'amin e Yigdal) registradas no siddur
tradicional[2]:
1. Confio plenamente que Deus é o Criador e
guia de todos os seres, ou seja, que só Ele fez, faz e fará tudo.
2. Confio plenamente que o Criador é um e
único; que não existe unidade de qualquer forma igual à d’Ele; e que somente
Ele é nosso Deus, foi e será.
3. Confio plenamente que o Criador é
incorpóreo e que está isento de qualquer propriedade antropomórfica.
4. Confio plenamente que o Criador foi o
primeiro (nada existiu antes d’Ele) e que será o último (nada existirá depois
d’Ele).
5. Confio plenamente que o Criador é o único
a quem é apropriado rezar, e que é proibido dirigir preces a qualquer outra entidade.
6. Confio plenamente que todas as palavras
dos profetas são verdadeiras.
7. Confio plenamente que a profecia de Moshe
Rabeinu (Moisés) é verídica, e que ele foi o pai dos profetas, tanto dos que o
precederam como dos que o sucederam.
8. Confio plenamente que toda a Torá que
agora possuímos foi dada pelo Criador a Moshe Rabeinu.
9. Confio plenamente que esta Torá não será
modificada e nem haverá outra outorgada pelo Criador.
10. Confio plenamente que o Criador conhece
todos os atos e pensamentos dos seres humanos, eis que está escrito: "Ele
forma os corações de todos e percebe todas as suas ações" (Tehilim 33:15).
11. Confio plenamente que o Criador recompensa
aqueles que cumprem os Seus mandamentos, e pune os que transgridem Suas leis.
12. Confio plenamente na vinda do Mashiach
(Messias) e, embora ele possa demorar, aguardo todos os dias a sua chegada.
13. Confio plenamente que haverá o renascimento
dos mortos quando for a vontade do Criador.
Referências
1. Ir para cima↑ * Maimônides. Pirush
Hamishnayot (Comentário sobre Mishná): tratado Sanhedrin 10
2. Ir para cima↑ de Sola Pool, David. Book of
Prayer: According to the Custom of the Spanish and Portuguese Jews. New York:
Union of Sephardic Congregations, 1979
• Kellner, Menachem Dogma in Medieval
Jewish Thought Oxford University Press, 1986.
• Shapiro, Marc B. "Maimonides
Thirteen Principles: The Last Word in Jewish Theology?" in The Torah
U-Maddah Journal, Vol. 4, 1993, Yeshiva University
• Shapiro, Marc B. The Limits of Orthodox
Theology: Maimonides' Thirteen Principles Reappraised The Littman Library of
Jewish Civilization; 2004, ISBN 1-874774-90-0.
IV
– DOGMAS PRINCIPAIS DO BUDISMO:
A existência é formada por características, dentre elas: anikka,
dukkha, anatman, atman e nirvana.
1)- Anikka: a impermanência causada pela transitoriedade da vida, no entanto
as pessoas se apegam a coisas mutáveis.
2)- Dukkha: é o sofrimento advindo do apego.
3)- Anatman: significa que nada é permanente.
4)- Atman: é o o ego e anatman é a negação do ego.
5)- Nirvana: é um estado de extinção da dor, é uma paz profunda. - os
skandhas são os sentidos do corpo e com eles vem as necessidades como:comer,
dormir, possuir poder, fazer sexo, bens materiais.
PARA ALCANÇAR O NIRVANA É PRECISO SEGUIR O CAMINHO ÓCTUPLO:
1)- Pensamento correto
2)- Compreensão correta
3)- Palavra correta
4)- Vida
correta
5)- Ação
correta
6)- Esforço correto
7)- Concentração correta
8)- Atenção correta.
Crenças
fundamentais dos budistas:
Budismo, como a
maioria das grandes religiões do mundo, é dividido em um número de diferentes
tradições. No entanto, a maioria das tradições compartilham um conjunto comum
de crenças fundamentais. Uma das crenças fundamentais do budismo é muitas vezes
referida como reencarnação, que é o conceito de que as pessoas estão renascendo
depois de morrer. Na verdade, a maioria das pessoas passam por muitos ciclos de
nascimento, vida, morte e renascimento.Um budista praticante
diferencia entre os conceitos de renascimento e reencarnação. Na reencarnação,
o indivíduo pode se repetir várias vezes. No renascimento, uma pessoa não
necessariamente retornar à Terra como a mesma entidade nunca mais. Ele compara-a
com uma folha que cresce em uma árvore. Quando a folha murcha cai, uma nova
folha eventualmente a substitui. Ela é semelhante à folha de idade, mas não é
idêntico ao da folha original. Depois de muitos desses ciclos, se uma pessoa
libera o seu apego ao desejo e da autoestima, eles podem alcançar o Nirvana.
Este é um estado de libertação, e de libertação do sofrimento.
Os três treinamentos ou práticas budistas consistem em:
1)- Sila: Virtude, boa conduta, moralidade. Isto
baseia-se em dois princípios fundamentais:
a)- O princípio da igualdade: a de que todos os
seres vivos são iguais.
b)- O princípio da reciprocidade: Esta é a “Regra de
Ouro” como no Cristianismo, a fazer para os outros como você gostaria que eles
façam com você. É encontrado em todas as grandes religiões.
2)- Samadhi:Concentração, meditação,
desenvolvimento mental. Desenvolver a mente é o caminho para a sabedoria que
leva à liberdade pessoal. Desenvolvimento mental também fortalece e controla a
nossa mente, o que nos ajuda a manter boa conduta.
3)- Prajna:O discernimento, a iluminação
discernimento, sabedoria. Este é o verdadeiro coração do budismo. Sabedoria vão
surgir se a sua mente é pura e calma.Os dois primeiros caminhos listados no
caminho óctuplo, descritos a seguir, referem-se ao discernimento; as três
últimas pertencem a concentração, os três do meio são relacionados à virtude.
As Quatro Nobres Verdades
As quatro nobres
verdades do Buda visam explorar o sofrimento humano. Eles podem ser descritos
(algo simplista) como:
1)- Dukkha: O sofrimento existe: (O sofrimento é real e
quase universal sofrimento tem muitas causas: Perda, doença, dor, fracasso, a
impermanência no prazer).
2)- Samudaya: Há uma causa de sofrimento. É o desejo de
ter e controlar as coisas. Ela pode assumir várias formas: o desejo de prazeres
sensuais, o desejo por fama, o desejo de evitar sensações desagradáveis como: o
medo,dor, raiva ou ciúme.
3)-Nirodha:Há um fim para o sofrimento. Sofrimento cessa
com a libertação final do Nirvana (aka Nibbana). A mente experimenta uma
completa liberdade, libertação e não-apego. Ele permite ir de qualquer desejo
ou anseio.
4)- Magga: A fim de acabar com o sofrimento, você deve
seguir o Caminho Óctuplo (acima citado).
Os Cinco Preceitos budistas:
Estas são regras para
se viver bem. Eles são um pouco análoga à segunda metade dos Dez Mandamentos no
judaísmo e cristianismo, que parte do Decálogo, que descreve os comportamentos
a se evitar. No entanto, eles são recomendações, não mandamentos. Os crentes
devem usar sua própria inteligência para decidir exatamente como aplicar estas
regras.
1)- Não matarás: Isso às vezes é traduzido como “não
prejudicar” ou uma ausência de violência.
2)- Não roubar: Este é geralmente interpretado como incluindo
a prevenção da fraude e da exploração econômica.
3)- Não mentir: Isso às vezes é interpretado como incluindo
xingamentos, fofocas, perjúrios, etc
4)- Não abusar do sexo: Para os monges e
monjas, isso significa qualquer saída do celibato completo. Para os leigos, o
adultério é proibido, juntamente com qualquer tipo de assédio sexual ou
exploração, inclusive dentro do casamento. O Buda não discute o sexo
pré-marital consensual dentro de um relacionamento comprometido, assim, as
tradições budistas divergem sobre isso. A maioria dos budistas, provavelmente
influenciado por suas culturas locais, condenam mesmo sexo atividade sexual,
independentemente da natureza da relação entre as pessoas envolvidas.
5)- Não consumir álcool ou outras drogas:A principal
preocupação aqui é que intoxicantes nublar a mente. Alguns têm incluído como
métodos de outras drogas de divorciar-nos da realidade por exemplo, cinema, na
televisão e da Internet.
V – DOGMAS PRINCIPAIS DO HINDUÍSMO:
O Hinduísmo é a
terceira maior religião do mundo (cerca de 1 bilhão de fiéis) e provavelmente a
mais complexa, posto que engloba quase todas as tradições religiosas daquela
região (com exceção do budismo e jainismo). A palavra hinduísmo é de origem
persa para denominar o rio Indo (Hindu) e faz referência a todos os povos que
viviam no subcontinente indiano.Por conseguinte, no Hinduísmo, não há um
fundador, como em outras religiões. O próprio caminho para a salvação pode variar.
A despeito disso, as divindades (que podem chegar a milhões) fazem parte da
vida cotidiana e, mesmo existindo templos, o culto é realizado normalmente nos
lares, onde existem altares para os deuses favoritos.Ora, nesse sistema de
crenças, os dogmas não são rígidos, o que permite a incorporação de tradições
variadas. Contudo, respeita-se muito os textos sagrados, a maior parte escrito
em sânscrito; deles, destacam-se o Ramáiana e o Maabárata, com tratados
religiosos e filosóficos, bem como narrativas míticas sobre os governantes da
Índia antiga.
Costumes e PRINCIPAIS Crenças do
Hinduísmo
-É comum entre os
hinduístas a prática de cantoria (especialmente mantras), meditações e
recitação de textos religiosos. Normalmente, os rituais envolvem oferendas aos
deuses, cultuados em forma de imagens e meditações.
-Dentre os rituais
hindus, podemos citar o Annaprashan, quando ocorre a primeira ingestão de
alimento; o Upanayanam, a iniciação na formal para educação das crianças de
castas elevadas; e o Shraadh, no qual se reverencia os falecidos em banquetes.
-Outro aspecto
importante refere-se à morte e a cremação, considerada quase sempre
obrigatória.
-Não raramente, os
hindus também praticam peregrinações, nas quais o destino favorito é o rio
Ganges.
-Outro aspecto bem
conhecido no hinduísmo são os mantras, orações em forma de sons entoados que
auxiliam na concentração durante as meditações. O mantra mais conhecido é
“OM” (Aum).
-A crença na
reencarnação é outro fato marcante nessa religião:Baseada no Karma, uma lei
moral de causa e efeito, a reencarnação é o ciclo contínuo de renascimento a
que estamos submetidos, chamado Samsara, o qual termina quando se atinge o
Nirvana (moksha), um estado de desprendimento e autoconhecimento que só é
alcançado pelos espíritos mais evoluídos, os quais não precisam mais
reencarnar, lembrando que entre os hinduístas, uma alma pode reencarnar
muitas vezes e sob diversas formas (animais e vegetais).
-A veneração de
imagens é outro ponto forte, pois se consideram a imagem como manifestações
divinas, para a qual existe uma iconografia específica em termos
artísticos.
-CASTAS: O sistema de castas da Índia está entre as formas mais
antigas de estratificação social que sobreviveram ao longo dos anos. Esse sistema que divide os hindus em rígidos grupos hierárquicos
baseados em seu karma (trabalho) e dharma (a palavra hindu para religião,
embora aqui signifique dever) tem mais de 3 mil anos e é muito complexo. Manusmriti,
considerado o livro mais importante e autorizado sobre a lei hindu e datado de
pelo menos 1 mil anos antes do nascimento de Jesus Cristo, "reconhece e
justifica o sistema de castas como a base da ordem e da confiança na
sociedade". O sistema de castas divide os hindus
em quatro categorias principais: Brahmins, Kshatriyas, Vaishyas e Shudras.
-Outro fato curioso é
a quantidade de divindades adoradas, chegando a milhões de entidades
diferentes. Contudo a trindade (Trimurti): Brahma (criador do Universo),
Shiva (Deus Supremo) e Vishnu (responsável pelo equilíbrio do Universo) é a
mais popular.Outras divindades, como Ganesha (Deus da sabedoria),
Matsya(salvador da espécie humana) e Sarasvati (matrona das artes e da música)
também são muito cultuadas.
-Por fim, os deuses
(ou devas) possuem muitos relatos épicos nos Puranas, onde narra-se sua descida
à Terra, em encarnações divinas chamadas "Avatares".
Considerada uma das
religiões mais antigas da humanidade, o Hinduísmo tem sua origem na pré-história,
mas é no período pré-clássico (1500-500 a.C.), Idade do Ferro da Índia, que os
Vedas serão escritos pelos invasores arianos, instituindo um conjunto uniforme
de crenças e formando o Hinduísmo Védico, onde se cultuava os deuses
tribais.Posteriormente, a trindade Brahma-Vishnu-Shiva irá marcar o período
conhecido como Hinduísmo Bramânico. Por fim, o Hinduísmo Híbrido terá início
com o advento do Cristianismo e Islamismo.
VI – DOGMAS
PRINCIPAIS DO ESPIRITISMO KARDECISTA
Os Dogmas do
Espiritismo Kardecista Positivado, assim, a natureza tríplice do Espiritismo,
como ciência, filosofia e religião,
devemos atentar para os 22 princípios fundamentais desta doutrina, que se resumem nos seguintes dogmas:
1)-Deus é a
inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas;
2)-O homem,
criado por Deus, deve amá-lo sobre todas as coisas e ao próximo como a
si mesmo;
3)-Tríplice é a natureza do homem, que se
constitui de: espírito, perispírito e
corpo material;
4)-O espírito preexiste e sobrevive ao corpo,
que lhe serve apenas para a realização
de experiências de natureza evolutiva, no mundo
material;
5)-O perispírito é um
corpo espiritual, duplo do corpo físico,
e meio de ligação entre o espírito e o corpo;
6)-A morte é o
processo de desencarnação do espírito, ou
seja, do seu desprendimento do corpo material, tornado imprestável pela
doença, pela velhice ou por um acidente;
7)-As encarnações do espírito são sucessivas e
progressivas, provindo dos reinos
inferiores da natureza e prosseguindo através da evolução moral e espiritual do ser, até os mais
elevados estágios da perfeição;
8)-A lei da reencarnação implica o efeito das
conseqüências ou causas da vida
anterior, na seguinte, de maneira que o homem é hoje o resultado do que foi no passado, e assim por
diante.
9)-Tríplice é também
a natureza do Universo, que se constitui
de:
-Deus – causa primária,
-Espírito – princípio inteligente,
-Matéria – elemento passivo;
10)-O elemento espiritual preexiste e sobrevive
ao material, é a sua causa imediata e o
seu imediato fim, e tudo o que existe no mundo
material provém do mundo espiritual e a ele retorna, no incessante
processo da evolução de todas as coisas;
11)-Os espíritos povoam o elemento espiritual,
que circunda e interpenetra o material,
vivendo, portanto, ao nosso redor, de maneira
invisível para o sentido visual comum, mas perceptível pelo
aprimoramento das qualidades próprias de
que o homem é dotado, e participam da vida humana, influenciando-a para o mal ou para o bem;
12)-O mundo espiritual apresenta uma gradação
infinita de seres, conseqüência natural
da lei de evolução, que vai desde o espírito que ainda se prende à matéria e se julga
encarnado, até os mais elevados seres, dos
quais Jesus, o Cristo, é o supremo exemplo de que o homem tem notícia;
13)-Os espíritos não
só influenciam os homens, como podem comunicar-se
com eles, através das várias modalidades de mediunidade: a intuitiva, a de incorporação, a de efeitos
físicos, a de materialização, a de
voz-direta, a audiente, a vidente, e diversas outras;
14)-Os homens exercem influência sobre os
espíritos que vivem nas proximidades da
terra, podendo atraí-los consciente ou inconscientemente e orientá-los, esclarecê-los, doutriná-los
durante as sessões práticas de
Espiritismo;
15)-A prece e a
concentração mental com objetivos elevados são
meios de vibração que o homem dispõe para atrair ou afastar as
influências espirituais e orientar o seu
próprio pensamento;
16)-Cada homem está
sob a influência benéfica de um espírito
protetor, ou guia espiritual, que é o anjo guardião das religiões, e sob
o amparo dos espíritos familiares e
amigos, que procuram auxiliá-lo, assim como
sob a influência malfazeja de espíritos inferiores e de adversários e
inimigos da presente ou de passadas
existências;
17)-Pela sua conduta e sua firmeza no bem, o
homem se liberta das más influências e
ajuda os seus inimigos a melhorarem;
18)-As relações entre os espíritos e os homens se
baseiam nas leis de vibração mental e
emocional, sendo inútil e prejudicial o uso de
símbolos, gestos, vestimentas próprias, queima de ingredientes como
incenso e arruda e outros aparatos
exteriores, para a prática de sessões e de outros meios de afastamento dos maus espíritos;
19)-O amor de Deus é extensivo a todas as
criaturas, sem qualquer distinção, não
havendo razão de ser para a existência de sacramentos como o batismo, o casamento religioso, a
extrema-unção e outros;
20) -A lei de causa e efeito preside a todos os
processos da vida, tanto no terreno
material quanto no moral e espiritual, e a salvação dos homens está nas suas próprias mãos;
21)-A caridade é a lei principal da evolução do
espírito e se traduz, não na simples
distribuição de esmolas, mas no amor do homem pelo seu semelhante e por tudo quanto existe, pelo que
o Espiritismo adota como lema a seguinte
frase: "Fora da caridade não há salvação".
22)-O Universo é infinitamente habitado, e os
mundos que rolam no espaço carregam
humanidades que não conhecemos, mas que se ligam a nós pela lei da solidariedade universal. Todo o Universo
conhecido é um processo único de
evolução, que o homem tem a possibilidade de integrar de maneira consciente, desde que se decida a acelerar a
própria evolução
FONTE:http://www.forumespirita.net/fe/o-que-e-o-espiritismo/os-dogmas-do-espiritismo/#ixzz4MjCtfK5b
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"Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé." (CIC§89). - Se você prefere uma definição desvinculada da doutrina da Igreja, o dicionário Aurélio define dogma da seguinte maneira:"Ponto fundamental de doutrina científica, social, religiosa ou filosófica, apresentado como certo".O primeiro dos 43 dogmas da Igreja, por exemplo, afirma simplesmente que Deus existe. Ora, se você não crê em Deus, não pode ser considerado Crente. Imagine alguém dizendo: "Não acredito em Deus mas sou cristão, porque faço caridade...” - É para preservar a coerência e a legitimidade da fé que eles existem.
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