(foto reprodução - You Tube)
A cada dia surge um
novo herói das massas e dos oprimidos para nos tacar na cara como o capitalismo
não funciona, como esse mundo é doente, e como caminhos para o inevitável
apocalipse. Da esquerda vêm os heróis da pátria, sempre com a mesma ideia de
“eu sou o caminho, a verdade e a luz”, portanto sigam-me que eu tenho a
solução. Falham miseravelmente, e sempre. A esquerda é uma piada superada. Ok,
nenhuma surpresa até aqui. Acontece que essa manhã me chegou o texto de um
Gustavo Tanaka (cidadão que, talvez por completa ignorância, eu desconheço),
refletindo sobre como devemos assumir que o capitalismo realmente não
funcionou, e que, portanto, devemos repensar um novo sistema para mundo. Tanaka,
aliás, para o espanto de todos, assumiu-se um NÃO esquerdista!? E foi isso,
talvez, que lhe fez chover aplausos. É como quando um negro critica o sistema
de cotas: “viu? Eles próprios acham isso uma imbecilidade!” Aliás, só pode
realmente ser esse o sucesso dos aplausos, pois a qualidade do conteúdo do
texto, além de ser um maçante “mais do mesmo”, é de questionabilidade absoluta.
Tanaka listou oito pontos essenciais, os quais ele acredita serem o alicerce da falência do sistema capitalista (e eu sigo seu encalço, respondendo a cada um!) - Vamos lá:
1)- Esgotamento de recursos
Sistemas capitalistas inescrupulosos estão sim poluindo
rios e lagos, queimando a Amazônia, etc. Sem entrar no mérito de que estes
argumentos me soam como uma princesa Disney em seu discurso de formatura da
oitava série, mas enfim. Pergunta que não quer calar: O capitalismo é o culpado
disto tudo ?, estas mesma mazelas não acontecem em solos e naturezas
Socialistas? Errado, cara pálida!!!O homem vem poluindo
rios e destruindo florestas desde quando (infelizmente) ele surgiu nesse
pequeno planeta azul. Por todos os sistemas pelos quais passou, da caverna aos
foguetes, o homem destruiu, poluiu e consumiu a Terra! Hoje, no entanto, o mundo
tem muito mais gente, e os efeitos são, é claro, muito mais devastadores. Por
outro lado, se hoje nos espantamos com isso (a ponto de escrever textos
medíocres dizendo que “o mundo está cinza”), esse é um motivo de comemoração!
Há cem anos ninguém nem se importava com isso. É o homem que é insustentável, não o seu sistema. Qualquer que seja ele
Capitalista ou Comunista! A evolução
tecnológica proporcionada pelo mundo atual é a maior responsável e única aliada
REAL na luta pela sustentabilidade do mundo.
O Capitalismo não é o mesmo
monstrão único de há trocentos anos!
Ele já foi comercial, mercantil,
industrial, financeiro, e agora caminha para mais uma mudança, de moral, de
pensamento, de atitudes, mas isso não é graças a nenhum outro sistema
ou benfeitor de pseudo iluminados de escritórios a pensar por nós e pelo mundo,
que surja dizendo “pobre de nós, vamos pensar logo uma solução para o mundo”.
Não! O capitalismo está mudando porque as pessoas estão mudando , e estão até
mesmo se espantando com a poluição na Terra.Mas principalmente
porque o Capitalismo é um sistema que permite ser mudado, alterado, renovado, e
desmantelado em sua essência para dar espaço, naturalmente a algo novo, mas sem
perder a sua essência: a liberdade, ao contrário do dogmatismo pesudo
científico do Comunismo. Então não venham, por favor, querer “criar” um sistema
novo. Apenas SEJA o sistema que você quer ver! A natureza agradece.
2)- Desconexão com a natureza
Aqui o autor diz “não
ensinamos a plantar tomates, mas sim a passar no vestibular”. E a culpa é do
capitalismo? O vestibular é uma intervenção do Estado para colocar os mais
aptos (afinal é para os piores?) dentro das poucas vagas de ensino que ele possui, pois é incapaz de
suprir toda a demanda...O capitalismo incentiva o empreendedorismo. Você não precisa
de vestibular se for bom e empreendedor o suficiente par começar seu próprio
negócio. O autor cita que precisamos voltar ao contato com a natureza. E eu
concordo. Não queremos todos acabar como os humanos de Wall-E, embora eu já
esteja bem próximo. O que não podemos esquecer é que, embora milhões passem
fome nos dias de hoje, bilhões passariam ainda mais caso não houvéssemos
industrializado a produção de alimentos! Dito isto, eu preciso perguntar: de
qual exemplo capitalista vem a informação de que “ninguém mais sabe plantar
tomate”. Se você falar dos EUA, eu vou concordar, muito embora o meio oeste e o
sul daquele país seja tão caipira e rico de cultura agrícola quanto nosso
interior (talvez mais), entendo que o capitalismo que vem de lá, é o pior dos
capitalismos. Não por acaso, justamente aquele no qual a gente se espelha.Mas
vamos nos dar ao trabalho de dar uma olhadinha em países que deixam os ianques
no chinelo. Países evoluídos de verdade, onde, NESTE MOMENTO, está sendo
construído o capitalismo que vai reger nossa vida no futuro. (Veja
bem, eu digo CONSTRUÍDO, e não discutido em facebook para saber se Stalin matou
mais que Hitler ou não).Na Escandinávia, em
alguns locais, propostas como bairros inteiros onde as pessoa mantém hortas em
seus quintais, e trocam produtos entre vizinhos, são uma realidade. Conheçam a
aposta de Malmö, conheçam a B-samfundet, conheçam os ZEBs da Noruega.Tudo
capitalista, tudo rentável, tudo livre, tudo de bem com o mundo e com as
pessoas.Falar de capitalismo citando apenas um exemplo (talvez o pior deles,
mas confesso que também, quer queiramos ou não, o maior) é mais fácil do que
pesquisar o panorama geral. É preciso estudar a vanguarda, ver o que estar por
vir e não o que já não funcionou e está fadado ao fim próximo.
3)- A condição bizarra que alçamos na economia
“O Deus mercado”. Não
é raro ouvir esse termo, e o autor tem razão: a economia é um monstro do qual
não podemos escapar. E não podemos mesmo, é impossível, nem tente, pois a
“economia”, à qual se refere o autor, é, nada mais que a MATEMÁTICA. Uma coisa é certa: 2 + 2 vão
ser eternamente quatro! Não importa o quanto você tente dar um jeitinho, o
quanto crie leis, o quanto empurre pra lá ou pra cá, o quanto tente fazer as
coisas por paixão. A matemática é e sempre será fria. Se nos preocupamos com uma boa
economia é porque sabemos que quando os números não vão bem, fatalmente serão
refletidos em cada um. Todos conversamos
diariamente SIM, a respeito da chuva e do calor, aliás, o “clima/tempo” ocupa o
mesmo tempo (senão mais) nos noticiários televisivos de horário nobre, quanto a
parte de economia, que muitas vezes é empurrada apenas para os jornais da meia
noite. Conversamos o tempo todo sobre chuva e sol. Isso se chama small talk,
quebra gelo, conversa de ponto de ônibus. A todo momento falando se amanhã
chove ou não, muito embora pouco (ou quase nada) possamos fazer a respeito. Já
a economia, ela está sob nosso controle. Os números que mexemos aqui ou acolá
determinam onde ela vai parar, mas não há como esperar que somando 2 + 2
obtenhamos 17.Tememos a economia, mais uma vez, porque tememos a nossa própria
estupidez, e a das pessoas que estão em seu controle. O erro não é do sistema,
é do indivíduo.
4)- Uma sociedade de escravos do sistema (qual sistema?)
“Quantas pessoas você
conhece que gostariam de fazer algo diferente das suas vidas, mas não fazem
porque tem que pagar as contas no final do mês?”(o autor começa com essa frase).MUITAS!
Eu respondo na lata. Eu inclusive! Mas quantas, apesar das contas ao final do
mês, não deram conta de trilhar exatamente o caminho de seus sonhos? Eu já estou
cansado de me afogar em uma enxurrada diária de postagens e notícias de pessoas
que simplesmente “largaram tudo” e foram viver viajando, ou ficaram milionárias
vendendo aquilo que gostavam de fazer. Essa coisa de largar o emprego e
empreender. Ou mesmo aquelas pessoas que vivem de seus trampo das coisas que a
natureza dá. Se você se preocupa
em pagar as contas ao final do mês, EXISTE UM CAMINHO, que muitas vezes pode
atrasar um pouco os sonhos daqueles que não tem força de vontade suficiente para
persegui-lo, MAS também partirá de você a determinação de não se importar com
as contas ao final de mês, de viver do que bem entende, de seguir seu rumo e
abandonar o sistema. Sim, é possível, muito embora o sistema ofereça coisas
atraentes. O capitalismo pode até falhar ao tentar nos mostrar que somos presos a
um sistema, mas falha ainda mais aquele que acredita nisso.
5)- A meritocracia não é um modelo justo... (?)
Em primeiro lugar, o
autor precisa entender que meritocracia é uma coisa, capitalismo é outra!
Capitalismo é simplesmente a liberdade de mercado. Não tem absolutamente NADA a
ver com meritocracia, embora muitas vezes os dois termos possuam defensores em
comum. Prosseguindo,
meritocracia não é plenamente justa mesmo. Nem tente discordar disso. Mas, no entanto,
faz todo o sentido sim! O fortíssimo argumento de que as pessoas não estão no
mesmo patamar para disputar uma corrida, é certo. As pessoas não são iguais e
têm origens diferentes, com problemas diferentes. A grande questão é que isso
jamais vai mudar, independente se dentro do Capitalismo, ou Comunismo. Houve apenas um momento na história humana onde as pessoas eram iguais,
com origens iguais e problemas iguais, e esse momento foi na largada. No exato
momento em que o primeiro macaco desceu de uma árvore e decidiu que iria
caminhar sobre duas patas. A partir daí foi cada um por si na luta pela
sobrevivência, coisa que o próprio Charles Darwin, tão amado e querido pelos
esquerdistas e progressistas, afirma isto na sua famosa teoria da evolução das
espécies como algo plenamente natural. Algumas conquistas duram
por gerações e nós não podemos tirar do indivíduo o direito de transmitir seus
ganhos para quem ele bem quiser. A hereditariedade é um direito inato tal qual
Sófocles citou em Antígona a respeito do enterro. Que sentido existiria em
conquistar algo para sua existência, se este algo não pudesse ser transmitido
para seus descendentes? E que culpa possuem esses descendentes por terem
recebido algo pelo qual lutou seu antepassado, afinal não é assim que caminha a
humanidade em seus saltos evoluitivos?
A corrida humana não para nunca, e para ZERAR tudo novamente, será
preciso resetar o mundo. Matar a todos e deixar por aí somente um Adão e uma
Eva? É lógico que em poucas gerações, tudo estará uma bagunça novamente, e
surgirão novos oprimidos urgindo por igualdade. A igualdade é possível, mas em
direito, não em fato. Se quisermos trazer à tona a igualdade de direito,
devemos nos conformar com a extinção da liberdade.Tão logo os homens são livre,
tão logo são desiguais.Por outro lado, parte
também da liberdade humana, o entendimento, bom senso e sensibilidade para
compreender sua própria vantagem por sobre os outros, pois, se ele não teve
culpa de seus privilégios, tampouco teve o outro, culpa por seus infortúnios.A
compaixão está liberada e é instituto primordial do capitalismo, muito embora,
as vezes, possa parecer que não.
(até Marx defendia a Meritocracia)
Liberdade e compaixão caminham juntos. Se algo
me é tomado para dar aos outros, nenhuma compaixão existiu. Lembro-me de Renato
Russo: Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza. Nossa maior força é a
compaixão. Disciplinemo-nos, como fazem aqueles países da vanguarda
capitalista, para melhorar a disparidade desta “corrida”, através da liberdade,
e jamais da imposição.
6)- Uma sociedade que não valoriza a arte... (mas,qual tipo de arte não é valorizada?)
Preciso copiar mais
um trecho: “É mais importante ser produtivo
que ser criativo! Uma pessoa que sabe vender é mais útil que uma que sabe
criar. Alguém que obedece as regras consegue mais oportunidades que alguém que
tem o pensamento disruptivo.”
Mentira deslavada! Em um mundo tão competitivo, ser criativo nunca esteve tão em alta. O próprio
empreendedorismo, instituto que é fruto do capitalismo, é a maior das provas de
quem inova se dá bem. Concordo, no entanto, que a arte está na berlinda. Mas
ainda culpo a sociedade e não o sistema. Culpo as pessoas. Caso a arte fosse objeto de preferência, caso as pessoas REALMENTE se
importassem com arte, ela seria a coqueluche do mercado, e os artistas (os verdadeiros),
seu grandes magnatas.Não podemos (nem devemos) impor aos outros o que devem ou
não gostar. Mas caso todos tivessem amplo desejo em consumir arte, ela seria o
novo petróleo.O problema é que são as pessoas que não se importam e não o sistema.
O sistema é extremamente lógico, ele não tem paixões ou predileções, somente
funciona, somente é o que é. E a falha não é, MAIS
UMA VEZ, do capitalismo. É sua! O “hate the game, not the player” (odeio o jogo, não o jogador) - não funciona
para o capitalismo! Aqui, a falha é do player mesmo! Pode "hatear" (odiar) a vontade!
7)- Nunca é suficiente! - (e já atingimos a perfeição?)
Aqui sem querer, o
autor, tocou numa questão transcendental, que é a nossa sede de infinito, que
todos nós trazemos e que nunca e jamais será suprida plenamente, seja lá em
qual regime for! Mas aqui creio que a crítica é a como as
empresas precisam estar sempre em crescimento. E elas realmente precisam.
Afinal, existem mais pessoas a cada dia, mais consumidores a cada dia. Volto ao
primeiro tópico: o que faz o mundo não ser sustentável é o ser humano. Ou
matamos um monte de pessoas como nos regimes Comunistas de uma vez para dar uma
aliviada na mãe Gaia, ou impedimos que novas pessoas nasçam, como é feito
também na China Comunista. Sinto dizer-lhe, mas a tendência deste estado de
coisas, independente do regime se capitalista ou Comunista, sem querer ser pessimista, mas realista, é piorar! Se minha
empresa vende para 10 pessoas hoje, ela sem dúvida tem possibilidade de vender
para 11 amanhã. A culpa é da biologia, não do capitalismo! Podemos nos
resguardar cada vez mais e passar a consumir cada vez menos. Ótimo! Mas o
crescimento não vai parar nem assim, e muito possivelmente corremos o risco de
no futuro estarmos consumindo nossos próprios dejetos como alternativa auto
sustentável? Não! Eu ainda prefiro acreditar no novo homem que vem
surgindo, aliado ao mercado livre e globalizado, à tecnologia de ponta e ao
espírito empreendedor que lhe fará criar alternativas para um mundo novo,
absolutamente sustentável e, por que não, rentável.Se sua cabeça vive no futuro e você sente dificuldade de se concentrar
no presente por estar sempre em busca de mais, mais uma vez, o fraco é você.
Policie-se e seja feliz, ou então largue tudo e seja feliz assim também! Se só te dão limões, faça uma limonada! O
Capitalismo nos permite isto ao Contrário do Comunismo!
8)- Vida sem equilíbrio
Talvez seja esta a parte
onde eu mais concordo! Vivemos um mundo sem equilíbrio! Nos alimentamos mal,
dormimos mal, não temos tempo para quem amamos. Para que viver, afinal, se viver
é apenas viver assim? Mais uma vez (cansei de tantos “mais uma vez”) eu sigo
dizendo: analisemos a vanguarda do capitalismo! Analisemos as maiores
empresas, como Google, como Facebook, etc, onde as pessoas sentem desejo de
trabalhar. Analisemos as pequenas agências das capitais, as grandes agências do
mundo, os escritórios mais modernos. O cenário é bem distante deste “Tempos
Modernos” chapliniano que o autor descreve. Bem longe da Metropolis de Fritz
Lang, de 1927.
O cenário é bom...
Concordo com o lixo
das cabeças atrasadas e ainda atreladas a um capitalismo que não mais existe,
mas sei que minha realidade periférica não pode me impedir de vislumbrar o
brilhantismo que tencionamos atingir se buscarmos apenas UMA mudança: A nossa! O capitalismo não precisa acabar, ele só vai mudar, como até hoje mudou.Com
o perdão do trocadilho financeiro, mas o capitalismo é um cheque em branco,
somos nós que decidimos seu valor e como usar. E se nós estamos mudando, ele,
inevitavelmente, também está.Posso não ter o gabarito daquele autor, para cobrar 380 reais por
palestras que costumo ministrar sem custo (mas cada um capitaliza aquilo que
quiser, certo?), porém finalizo com algo que acredito poder ensinar: Aprendamos
de uma vez por todas: o capitalismo é um modelo pautado na filosofia da plena
liberdade DE SER. Entretanto, estúpidos como somos, o confundimos e creditamos
a ele a plena e medíocre liberdade DE TER. Desse modo, se consideramos que o
capitalismo falhou, na verdade, quem falhou, miseravelmente, foi você, ou nós.Jamais se esqueça, o
capitalismo lhe permite tudo, até mesmo não ser capitalista! E muitas vezes
capitalizar dinheiro com isso, como faz o cidadão Gustavo Tanaka.
Criticar e demonizar o capitalismo se tornou para
muitos um "exercício irracional" diário (e também, meio de vida lucrativo!)
Gostar do capitalismo
é ser concentrador de renda, malvado, insensível. É tirar o sorvete da menina,
bater na velhinha ou matar de fome as pobres e famintas crianças africanas. A
palavra maniqueísmo é a que melhor representa 99% das discussões sobre o
assunto. “Capitalismo malvado!”,
“Capitalismo Tirano!”, “Imperialismo!”. Tente ir contra e logo será chamado de
Fascista Nojento ou Puxa-saco dos Estados Unidos. Se você for pobre então e
mesmo assim não acha que o Capitalismo é a reencarnação de Judas,
automaticamente se torna um traidor do movimento ou um pobre iludido, sem
personalidade. As correntes mais
comuns atualmente são as pró-comunismo. Diga que nenhum sistema baseado no
comunismo deu certo e logo dirão que não aplicaram a coisa direito. União
Soviética? Nhá! Stalin estragou tudo... Cuba? Cuba é um paraíso tropical, que
isso... China? Ela abriu as pernas pro Tio Sam, etc e coisa e tal.Muitos propõem a
migração para outro sistema, mas complicado mesmo é apontar para qual? Do
jeito que alguns falam, até parece que é só trocar Windows por Linux. A verdade
é que o comunismo teve sua vez e se mostrou ineficaz. Os exemplos remanescentes
são de dar pena.Ao invés de sair por
aí gritando e exigindo um mundo melhor, com nuvens de algodão doce e rios
feitos de Nescau, considero muito mais produtivo discutir reformas. A história
da humanidade mostra que revoluções no âmbito das economias tendem a ser, mais
do que qualquer outra coisa, desastrosas. Claro que também há aqueles, um pouco
mais moderados (ou menos radicais) que falam de uma revolução gradativa. Não
sei se isso existe, mas, a questão aqui é que acredito piamente que o "sistema capitalista mais humanizado" é melhor do que qualquer outro que já tenha sido tentado, levanto em
conta, obviamente, o nosso contexto. Ele possui inúmeras falhas, sim, mas nada
é perfeito.
Nesse ponto sou obrigado a concordar com as seguintes
frases de Winston Churchill:
"O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesses;
o do socialismo é a distribuição por igual das misérias."
"A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais
formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos".
Voltemos então às
reformas: não precisamos nos acomodar com os males do capitalismo, com suas
falhas, e deixar por isso mesmo. E, aliás, não deixamos. Reformas é o que mais
fazemos, exatamente por não se tratar de um modelo estático e imutável. Desde
1929, data da maior crise econômica já vista, inúmeras reformas foram adotadas.
E estamos aí, firmes e fortes, e olha que Estados Unidos e Europa ainda não se
recuperaram da crise que teve seu início em 2008, o que parece uma ironia,
considerando o que eu acabei de dizer. Aí está outra diferença fundamental
entre Capitalismo e Socialismo.O modelo atualmente predominante passa por essas crises e sai delas
fortalecido e aprimorado. No Socialismo qualquer leve intempérie era motivo
para o fim do mundo. Não podemos nos esquecer de que já passamos por algo em
torno de 46 grandes crises e que cada uma delas resultou no aprimoramento do
sistema ou ao menos numa adaptação necessária apara a superação da crise.Ou
seja, o capitalismo e a democracia se adaptam e se fortalecem, enquanto o
comunismo, quando sofre um tremor, desfragmenta-se.
Gritam os Socialistas: "Nunca houve tanta miséria
como agora!" - será mesmo?
Estatisticamente falando:
a miséria, a expectativa de vida, a participação social e demais aspectos
melhoraram imensamente. Não faz sentido analisar unicamente a partir de um raciocínio
unicamente quantitativo, é preciso contextualizar-se. Seis décadas atrás aproximadamente três bilhões (um pouco menos) de
pessoas andavam sobre a terra, hoje, quase sete bilhões. Os números mudaram e
poderíamos dizer que hoje mais pessoas morrem em comparação com o ano de 1950,
mas afirmar isso desconsiderando a alteração na quantidade de habitantes seria
um ato de parcialidade manipulativa e leviana. Proporcionalmente falando, hoje
a miséria é muito menor do que era antes, em termos proporcionais de habitantes
do passado e presente. As possibilidades de ascender da pobreza a uma melhor
condição de vida hoje é insuperavelmente maior que no passado. Os miseravelmente
pobres de hoje estão em uma condição muito melhor que no passado, hoje apenas a
pobreza ficou mais evidente em virtude dos meios de comunicações, coisa que não
existia antes. Não querendo com isto justiçar o atual estado de coisas, pois
sempre podemos melhorar, sem necessidades de impor as mudanças a forças de
armas e ditaduras seja de direita ou esquerda. Em suma, o
capitalismo é melhor ou pelo menos mais eficiente, pragmaticamente falando,
considerando o momento histórico em que vivemos. Por mais conservador que possa
parecer, essa é a verdade. As mentes mais românticas e idealizadoras tendem a
discordar. Nada mais compreensível. Não precisamos e não devemos nos submeter a
tudo a que nos impõe, não precisamos aceitar tudo de cabeça baixa, mas, por
favor, sejamos mais racionais e críticos.
Utopia no Comunismo e pragmatismo no
Capitalismo
O Capitalismo e o
Comunismo são formas antagônicas de organizar sistemas produtivos e, assim
sendo, o convívio em sociedade. Ao longo do tempo, houve - e ainda há - uma
guerra para definir qual sistema é mais eficiente. O fato é que esta guerra não
é apenas ideológica, mas prática, mexendo com a vida de milhões de pessoas,
causando mortes, barbáries e atrocidades. Sendo assim, vamos retroceder um
pouco no tempo e entender o surgimento dos sistemas (minha intenção aqui é dar
apenas uma introdução ao tema central e não uma explicação aprofundada dos
sistemas), tal como algumas de suas diferenças. Com o colapso do
Império Romano do ocidente, os nobres se mudam para o campo onde tinham
propriedades rurais e estabelecem sistemas chamados Feudos. Surge assim, o
Feudalismo, e a era apelidada de Idade Média.O Feudalismo era um sistema não-natural, pois era mantido a força, uma
vez que os senhores feudais possuíam servos que trabalhavam a força, totalmente
desprovidos de liberdade.Com o colapso do
sistema feudal, devido a diversos fatores como a peste negra, o aumento da
circulação de moeda e o crescimento das classes comerciantes nos burgos (daí o
nome de burguesia), começa a surgir, de forma natural, um sistema que seria
chamado, futuramente, de Capitalismo (por Marx).
Por que o "sistema capitalista surge de forma natural?"
A essência do
Capitalismo é a troca voluntária. Com o passar do tempo, o homem percebe que
produzir o que irá consumir garante a si, no máximo, sua subsistência. Não
precisou de força ou imposição para que o homem percebesse este fato, ele nota
que a troca é, naturalmente, benevolente, aumentando seu bem estar. A teoria
que melhor nos demonstra essa constatação é a teoria do valor subjetivo. Obviamente, com o surgimento natural do Capitalismo, viria a aparecer
teóricos que colocariam este, como teoria, no papel, mas a verdade é que as
trocas são inerentes a natureza do ser humano, quase que um instinto. Isso
explica o porque de que quando há liberdade, há trocas voluntárias entre os
homens, e assim, há capitalismo e aumento do bem estar social.
E como surge o Comunismo?
Muitos acreditam que
Karl Marx foi o primeiro a tocar no assunto. É verdade que Marx teorizou o
comunismo da forma que o conhecemos, e ele foi o grande responsável por dar
corpo a teoria, mas Platão, na Grécia antiga, já pregava que o governo ideal deveria
extinguir a propriedade privada e os interesses individuais, colocando o
interesse da comunidade e do coletivo em primeiro lugar. Com a revolução
industrial que se deu na Inglaterra entre 1760 e 1860, e em alguns outros
países da Europa entre 1860 e 1900, muda-se por completo a forma de produzir.
Há assim um aumento das riquezas de forma geral, mas o trabalho nas indústrias,
de início, era bastante sacrificante. Existem correntes que afirmam que, mesmo
sob regimes árduos de trabalho, os operários aumentaram seu padrão de vida (não
teremos como aprofundar aqui esse fato). Desde o surgimento da indústria, e com
sua evolução, a sociedade como um todo tem enriquecido.No entanto, houve, já no começo do sistema industrial, um aumento da
desigualdade social e reafirmação das classes sociais, fato que motivou Karl
Marx de retomar a ideologia coletivista e elaborar uma teoria acerca desta
questão.Marx prevê que, sob a
forma de produção Capitalista, pautada no modelo industrial, a tendência era
que, segundo ele, a “exploração” do burguês ao trabalhador, por ele denominado
como proletariado, aumentaria cada vez mais, tal como a desigualdade das
classes. Assim, formulou uma teoria complexa, contendo um enredo histórico
complexo, aliás, uma história que poderíamos classificar como romântica e
apaixonante. (Obviamente, não tenho a intenção de abordar o Socialismo e
Comunismo de Marx de forma aprofundada. Abordarei apenas o importante para o
prosseguimento deste artigo).Marx subdivide a história, basicamente, no bem (proletariado) e no mal
(burguês). De início, como uma boa aventura romântica, o mal começa triunfante.
O burguês quase que escraviza o proletário, e assim permanece, de forma cada
vez pior. Em determinada etapa da história, há uma reviravolta. Há uma situação
insustentável e o proletariado se rebela (La Revolución), e inicia assim uma
luta de classes. O bem se une para derrotar o mal, o proletariado se junta, e
toma o poder do Estado, instaurando assim a Ditadura do Proletariado, o
Socialismo.O Socialismo é a
preparação para o Comunismo, pois os proletariados, com posse do Estado,
começam a confiscar os bens de produção a força, ou seja, inicia uma luta
contra o mal. A luta de classes é o clímax da história, a parte mais
empolgante, que mais inspira os comunistas dos tempos modernos, os revoltados
com o sistema, porque ilustra o heroísmo dos bons, e a guerra contra o mal. Não
é de se estranhar que, uma história tão romântica e bem elaborada atrairia
tantos adeptos. Pois bem, quando o Socialismo cumpre seu papel,
o de confiscar todos os bens de produção, o capital, o Estado se desfaz, os
bens de produção são coletivizados, seus frutos também o são, e assim se
instaura o Comunismo. O Comunismo, na história, ilustra a vitória dos bons, o
“final feliz” (SQN).
Vamos sair da "estória" e retroceder a realidade!
A previsão de Marx
para fundamentar a história era de que a desigualdade aumentaria cada vez mais,
tal como a exploração. Na questão da desigualdade, há um amplo debate para
apurar se esta aumentou de fato, ou se vem diminuindo, mas tal fato é o menos
relevante da previsão de Marx. Há um erro de suma importância em sua previsão
que fez com que essa história não se tornasse real: mesmo supondo maior
desigualdade - embora pouco provável -, o nível de riqueza geral aumentou, e a
“exploração” - no sentido Marxista -, vem reduzindo, tal como a qualidade de
vida vem se elevando cada vez mais, e os trabalhadores trabalhando cada vez
menos, graças ao avanço tecnológico movido cada vez mais freneticamente pela
competição capitalista. O capitalismo só
seria excludente e explorador, na medida em que o agente econômico só tivesse o
que reclamar, e nunca o que oferecer. Tal situação é exceção para a maioria
dos agentes econômicos, e não a regra. Já o capitalismo é justamente o sistema
econômico mais sustentável, já que sua lógica interna é a do custo da escolha
econômica recair sobre o agente que age e não sob terceiros, o que induz o
agente a escolher de maneira racional como agir economicamente. É o Estado e o
custo socializado da escolha econômica que gera, de maneira exponencial, a
insustentabilidade do uso dos bens sociais.Com o avanço da
tecnologia, houve aumento produtivo das nações, o que vem aumentando a riqueza
real das pessoas através dos bens pessoais, e serviços públicos, previdenciários
e trabalhistas.Somos cada vez mais produtivos, há cada vez mais bens à nossa
disposição, há cada vez mais tecnologia para fazer o serviço pesado, a exemplo
das máquinas de arado das lavouras, das máquinas industriais que substituíram o
trabalho a mão, etc. E o melhor, nada disso tirou o trabalho e renda dos
trabalhadores, pelo contrário, tem lhe aumentado a renda real, e a
disponibilidade de bens.O meio ambiente tem
sido amplamente pensado. Cada vez mais a tecnologia avança no sentido de causar
menos agressão. As primeiras indústrias eram muito mais poluentes que as de
hoje, estamos usamos menos produtos advindos da natureza, a exemplo, cadernos e
arquivos, substituídos por arquivos virtuais, e por aí vai. E por que de todo
esse avanço? Porque nos interessa, se dá de forma natural para atender nossas necessidades,
assim como é natural o Capitalismo, e as trocas voluntárias.
É verdade que ainda existam países extremamente pobres...
Infelizmente Sim... Estamos tratando o Capitalismo como sistema natural, tal como o avanço do bem
estar. Se esse avanço é natural, e por conseguinte gera riqueza, significa que
quanto mais formos livres para executá-lo, ou seja, quanto menos o
manipularmos, maior será o progresso. Isso nos remete a uma pergunta: é
coincidência o fato de que os países mais ricos são os mais livres? Certamente
que não. Quanto mais bloquearmos esse avanço natural, inerente de nossa
natureza e vontade, através do cerceamento das liberdades, mais demoraremos à
progredir. Coincidentemente, os países que adotaram o comunismo foram os que
menos avançaram na riqueza e qualidade de vida de seus cidadãos , que são
capazes de aventuras suicidas para fugirem destes regimes.
Deturparam Marx?
Acredito que sim,
pois a teoria de Marx não teria como ser aplicada, mas os grandes tiranos,
ditadores e estadistas viram aí uma oportunidade de usá-la em benefício
próprio, e ainda a usam, uma vez havendo tantos apaixonados para apoia-la! Marx
foi um bom teórico, mas um grande equivocado. Produziu uma arma usada até hoje.
De propósito? Não, mas perigosa. Admirar o enredo da sua história é plausível,
se apaixonar por ela é perigoso e mortal. Nossa verdadeira luta, leitores, é pela
prosperidade, e pela LIBERDADE, chave do verdadeiro progresso.
Por que os intelectuais progressistas odeiam o capitalismo, mas querem todos os bonos do capitalismo?
“Por que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo?” Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel
(1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o
capitalismo.
Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da
história. Desde a Grécia antiga, os intelectuais mais distintos , começando por
Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles, viam com
receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais,
artesanais ou comerciais. E, atualmente, não
tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão
extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial,
que colocam seu labor criativo em obras literárias, todos são completamente
contrários à economia de mercado e ao capitalismo. Eles são contra o processo espontâneo e de
interações voluntárias que ocorre de mercado.
Eles querem controlar o resultado destas interações. Eles são socialistas. Eles são de esquerda. Por que é assim?Vocês, futuros
empreendedores, têm de entender isso e já irem se acostumando. Amanhã, quando estiverem no mercado,
gerenciando suas próprias empresas, vocês sentirão uma incompreensão diária e
contínua, um genuíno desprezo dirigido a vocês por toda a chamada
intelligentsia, a elite intelectual, aquele grupo de intelectuais que formam
uma vanguarda. Todos estarão contra
vocês. "Por que razão eles agem assim?", perguntou-se Bertrand de
Jouvenel, que em seguida pôs-se a escrever um artigo explicando as razões pelas
quais os intelectuais — no geral e salvo poucas e honrosas exceções — são
sempre contrários ao processo de cooperação social que ocorre no mercado.
Eis as três razões básicas fornecidas por de Jouvenel:
1)- Primeira, o
desconhecimento. Mais especificamente, o
desconhecimento teórico de como funcionam os processos de mercado. Como bem explicou Hayek, a ordem social
empreendedorial é a mais complexa que existe no universo. Qualquer pessoa que
queira entender minimamente como funciona o processo de mercado deve se dedicar
a várias horas de leituras diárias, e mesmo assim, do ponto de vista analítico,
conseguirá entender apenas uma ínfima parte das leis que realmente governam os
processos de interação espontânea que ocorrem no mercado. Este trabalho deliberado de análise para se
compreender como funciona o processo espontâneo de mercado, o qual só a teoria
econômica pode proporcionar, desgraçadamente está completamente ausente da
rotina da maior parte dos intelectuais. Intelectuais normalmente são egocêntricos e tendem a se dar muita
importância; eles genuinamente creem que são estudiosos profundos dos assuntos
sociais. Porém, a maioria é
profundamente ignorante em relação a tudo o que diz respeito à ciência
econômica.
2)- A segunda razão,
a soberba. Mais especificamente, a soberba do falso racionalista. O intelectual genuinamente acredita que é
mais culto e que sabe muito mais do que o resto de seus concidadãos, seja
porque fez vários cursos universitários ou porque se vê como uma pessoa
refinada que leu muitos livros ou porque participa de muitas conferências ou
porque já recebeu alguns prêmios de seus próprios pares. Em
suma, ele se crê uma pessoa mais inteligente e muito mais preparada do que o
restante da humanidade. Por agirem
assim, tendem a cair no pecado fatal da arrogância ou da soberba com muita
facilidade. Chegam, inclusive, ao ponto de pensar que sabem mais do que nós mesmos
sobre o que devemos fazer e como devemos agir.
Creem genuinamente que estão legitimados a decidir o que temos de fazer. Riem dos cidadãos de ideias mais simplórias e
mais práticas. É uma ofensa à sua fina
sensibilidade assistir à televisão.
Abominam anúncios comerciais. De
alguma forma se escandalizam com a falta de cultura (na concepção deles) de
toda a população. E, de seus pedestais,
se colocam a pontificar e a criticar tudo o que fazemos porque se creem moral e
intelectualmente acima de tudo e todos. E, no entanto, como
dito, eles sabem muito pouco sobre o mundo real. E isso é um perigo. Por trás de cada intelectual há um ditador em
potencial. Qualquer descuido da
sociedade e tais pessoas cairão na tentação de se arrogarem a si próprias
plenos poderes políticos para impor a toda a população seus peculiares pontos
de vista, os quais eles, os intelectuais, consideram ser os melhores, os mais
refinados e os mais cultos.É justamente por causa desta ignorância, desta
arrogância fatal de pensar que sabem mais do que nós todos, que são mais cultos
e refinados, que não devemos estranhar o fato de que, por trás de cada grande
ditador da história, por trás de cada Hitler e Stalin, sempre houve um corte de
intelectuais aduladores que se apressaram e se esforçaram para lhes conferir
base e legitimidade do ponto de vista ideológico, cultural e filosófico.
3)- E a terceira e
extremamente importante razão, o ressentimento e a inveja. O intelectual é geralmente uma pessoa
profundamente ressentida. O intelectual
se encontra em uma situação de mercado muito incômoda: na maior parte das
circunstâncias, ele percebe que o valor de mercado que ele gera ao processo
produtivo da economia é bastante pequeno.
Apenas pense nisso: você estudou durante vários anos, passou vários maus
bocados, teve de fazer o grande sacrifício de emigrar para Paris, passou boa
parte da sua vida pintando quadros aos quais poucas pessoas dão valor e ainda
menos pessoas se dispõem a comprá-los.
Você se torna um ressentido. Há
algo de muito podre na sociedade capitalista quando as pessoas não valorizam
como deve os seus esforços, os seus belos quadros, os seus profundos poemas, os
seus refinados artigos e seus geniais romances, músicas e encenações teatrais.Mesmo aqueles intelectuais que
conseguem obter sucesso e prestígio no mercado capitalista nunca estão
satisfeitos com o que lhes pagam. O
raciocínio é sempre o mesmo:
"Levando em conta tudo o que faço como intelectual, sobretudo levando em
conta toda a miséria moral que me rodeia, meu trabalho e meu esforço não são
devidamente reconhecidos e remunerados.
Não posso aceitar, como intelectual de prestígio que sou, que um
ignorante, um parvo, um inculto empresário ganhe 10 ou 100 vezes mais do que eu
simplesmente por estar vendendo qualquer coisa absurda, como carne bovina,
sapatos ou barbeadores em um mercado voltado para satisfazer os desejos
artificiais das massas incultas." - "Essa é uma sociedade injusta", prossegue o intelectual. "A nós intelectuais não é pago o que
valemos, ao passo que qualquer ignóbil que se dedica a produzir algo demandado
pelas massas incultas ganha 100 ou 200 vezes mais do que eu". Ressentimento e inveja.Segundo Bertrand de Jouvenel, o mundo dos negócios é, para o
intelectual, um mundo de valores falsos, de motivações vis, de recompensas injustas
e mal direcionadas. Para o intelectual, o prejuízo é resultado natural da
dedicação a algo superior, algo que deve ser feito, ao passo que o lucro
representa apenas uma submissão às opiniões das massas. Enquanto o homem de
negócios tem de dizer que "O cliente sempre tem razão", nenhum
intelectual aceita este modo de pensar.
E prossegue de Jouvenel...
Dentre todos os bens
que são vendidos em busca do lucro, quantos podemos definir resolutamente como
sendo prejudiciais? Por acaso não são muito mais
numerosas as ideias prejudiciais que nós, intelectuais, defendemos e avançamos?
Conclusão
Há
realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e,
principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo,
de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem
as demandas dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos
próprios interesses.Ao
contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir o egoísmo
inerente à condição humana, porém nos obriga constantemente a pensar na
satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter sucesso
em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível a
muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados.Sob
todos os aspectos o capitalismo é bem melhor do que o socialismo. Deveríamos
bater mais nessa tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que
um abismo intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de
outro voltado para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de
valores básicos da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando
o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo pela escolha da companhia
aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa loja, a primeira coisa que
ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem,
depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela
transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio:
de cada um conforme a sua capacidade, e para cada um conforme a sua
necessidade”.O capitalismo fortalece os laços de cooperação e
cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao uso da força
para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz
resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito:
ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral.No
capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual,
enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No
socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos,
os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil
petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que os
liberais precisam destacar com mais frequência.O
empreendedorismo que é incentivado em
qualquer pais capitalista, no Brasil é uma prática quase proibitiva, pois abrir
uma empresa no Brasil é algo extremamente difícil, com uma burocracia e carga
tributária pesadíssima, fechar esta mesma empresa então, é quase impossível.Não
é necessário essa dicotomia no capitalismo como existe no socialismo de
mercado-solidariedade, muito pelo contrário, ou seja, não é da benevolência, ou
solidariedade do açougueiro que a comida chega a minha mesa, mas da busca
recíproca de satisfações minha e dele, ou seja não precisamos da benevolência,
ou solidariedade de governos, ou empresários para ter minhas demandas atendidas,
mas do mercado competitivo, é assim que devem ser satisfeitas as nossas
necessidades e preferências numa economia livre.É óbvio que um
governo central com seis burocratas, ou alguns intelectuais dirigindo um país
não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem
cabimento. No Bonde da História prevalece sempre a razão, e assim caminha a
humanidade, pois não acredito em cultura e nem em ideologia de escritório, ou
seja, naquelas criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas
naquela testada na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e
naturalmente prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de
científico não tem absolutamente nada, pois tudo que é científico se
caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório
social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora,
pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.
“A economia Capitalista
não é ideologia, é ciência prática e Cartesiana. Se você tem três pessoas
chegando a conclusões diferentes sobre o mesmo assunto como no Socialismo, então
já não é mais ciência, mas sim ideologia...” (Roberto Campos).
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José Carlos - Natal RN
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