Na homilia em Santa Marta,
Francisco destaca que a identidade cristã vem do Espírito Santo, e não da
licenciatura em teologia, cursos na Lateranense, Gregoriana...
(Lembrou-me muito Tia Laura (No link abaixo),
grande pregadora e ministra de cura,já falecida, e uma das pioneiras da RCC no
Brasil).
Você pode passar a vida inteira
mergulhado em textos teológicos e não ser capaz de encontrar respostas. Não é a
sabedoria humana que dá autoridade e identidade a um cristão, mas o Espírito
Santo. Excluir o recurso do Espírito Santo significa escorregar no espírito do
mundo, que se utiliza dos títulos e não chega ao coração do povo.
Na homilia da Missa celebrada
esta manhã na Casa Santa Marta, o Papa Francisco explica que é Jesus quem
primeiro, através do seu próprio exemplo, nos oferece um modelo de pregador
fora do comum, porque a sua "autoridade" vem da "unção especial
do Espírito Santo". Uma característica que deixava as pessoas espantadas,
causando até escândalo.
Na primeira leitura de hoje, São
Paulo diz: "pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela
sabedoria humana” (1 Cor 2, 13). O Santo Padre usa esta frase como prova do
estilo de Jesus, e diz:
"A
pregação de Paulo não é porque ele fez um curso na Lateranense ou na
Gregoriana... Não, não, não! A sabedoria humana, não! Mas ensinado pelo
Espírito: Paulo pregava com a unção do Espírito, exprimindo coisas espirituais
do Espírito em termos espirituais”. Além disso, acrescentou o Bispo de Roma,
"o homem deixado às suas próprias forças não compreende as coisas do
Espírito de Deus, o homem sozinho não pode entender isto".
Portanto, "se nós, cristãos,
não entendermos bem as coisas do Espírito, não daremos e não ofereceremos
testemunho, não teremos identidade", continuou ele.
“O homem
movido pelo Espírito julga as coisas, é livre e não pode ser julgado por
ninguém”. Ser cristão, ressaltou o Papa, significa ter o "Espírito
Santo" e não "o espírito do mundo, essa maneira de pensar, essa
maneira de julgar ...".
Por conseguinte, deve ficar claro
que você pode ter "cinco diplomas em teologia e não ter o Espírito de
Deus".
Ser um "grande
teólogo" de fato "não corresponde automaticamente a ser cristão. A
principal característica do cristão é o Espírito de Deus e não o conhecimento
teórico ou acadêmico.
Por isso, no tempo de Jesus
"o povo não gostava daqueles pregadores, doutores da lei, porque eles
falavam sobre teologia, mas não chegavam ao coração, não davam a
liberdade".
Estes,
acrescentou o Papa, "não eram capazes de fazer com que o povo encontrassem
sua própria identidade, porque não eram ungidos pelo Espírito Santo."
Unção que Jesus tinha. Mensagem
claramente compreendida pelas pessoas mais simples. O Papa destacou que:
"tantas
vezes, tantas vezes encontramos entre os nossos fiéis, idosas simples que
talvez não tenham terminado o ensino fundamental, mas que falam as coisas
melhor do que um teólogo, porque têm o Espírito de Cristo".
O mesmo Espírito "que São
Paulo possuia". Por fim, o Papa pediu aos fiéis que rezassem ao Senhor
pelo dom da "identidade cristã" e do Seu Espírito.
"Concedei-nos - concluiu -
Sua maneira de pensar, de sentir, de falar: que o Senhor nos dê a unção do
Espírito Santo."
(Por Federico Cenc - Zenit)
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