(seres apenas espirituais em batalha física?)
Um demônio é um ser invisível (Col 1,15) e totalmente espiritual de
uma natureza angelical que foi condenado por toda a eternidade, devido à sua
rebelião contra Deus. Como puros espíritos, demônios não são feitos de matéria. Porque eles não têm corpos, os
demônios não estão dispostos a qualquer "pecados da carne" (isto é, é
impossível para eles cometer os pecados da luxúria ou da gula). Os pecados dos
demônios são exclusivamente espirituais. Mas eles podem seduzir os seres
humanos para o pecado em matéria da carne. Demônios não foram criados maus (na verdade,
é impossível para Deus, que é a própria bondade, criar o mau). Lembrem-se: Demônios são apenas
"anjos maus", não são uma criação à parte. Depois que Deus criou os anjos, ele testou a sua
fidelidade a Ele antes de admiti-los à visão beatífica, à visão de Sua
essência. Para os seres puramente espirituais, este "ver" da essência
de Deus seria uma visão puramente intelectual. Alguns anjos obedeceram o teste
divino, outros não. Aqueles que desobedeceram foram irreversivelmente transformados
em demônios e expulsos do céu. Pode parecer surpreendente que alguns anjos
escolheram a odiar a Deus - Mas precisamos entender que aqueles que se rebelaram, viram Deus não mais como o Bem, mas como o opressor da liberdade. O ódio
nasceu em suas vontades de resistir ao chamado de Deus e manteve-se firme na
decisão de deixar a casa do Pai: "A
guerra surgiu no céu, Miguel e seus anjos lutando contra o dragão, e o dragão e
os seus anjos batalhavam, mas foram derrotados e não havia mais lugar para eles
no céu. E o grande dragão caiu, a antiga serpente, que se chama diabo e
Satanás, o sedutor de todo o mundo, caiu na Terra, e seus anjos foram lançados
com ele..." (Ap 12,7-9 ).
Pergunta que não quer calar:
“Como os seres puramente espirituais lutam entre si? Que armas que eles usam?”
Os anjos são espíritos, ou seja, sem matéria, suas batalhas portanto, são puramente intelectuais (de Verdades sentenciadas)! As únicas armas que podem
usar são os argumentos intelectuais. Os anjos bons deram boas razões e argumentos verdadeiros para que os anjos rebeldes voltassem a obediência e submissão a Deus. Em contrapartida, os anjos rebeldes contra-atacaram
com suas razões para apoiar a sua posição e espalhar sua rebelião entre os
anjos fiéis. Nesta batalha épica e angelical, alguns anjos que estavam inclinados a se
rebelar voltaram a obediência, enquanto outros foram seduzidos
pelos argumentos do mal dos anjos rebeldes que tiveram um relativo sucesso, ou seja, conseguiram seduzir e arrastar a terça parte de todos os anjos criados por Deus (confr.Apoc. 12,4) - Na arte, os demônios são retratados como
seres deformados e grotescos. Isto parece adequado, já que os demônios têm
definitivamente decidido irrevogavelmente por eles mesmos, sobre um destino longe de Deus, vão perdendo a imagem e semelhança divina original. A solidão interior em
que se encontram para sempre e a sua inveja dos fiéis, que desfrutam da visão
beatífica continuamente, leva-os a visualizar seus próprios pecados e destino eterno. Eles odeiam a Deus,
a si mesmos, e a todos aqueles que procuram servir a Deus.
Mas nem todos sofrem as
mesmas dores espirituais - Alguns demônios foram deformados mais do que outros
na rebelião celeste!
Aqueles que foram mais deformados
sofrem mais; os menos deformados sofrem menos. Os intelectos dos anjos rebeldes
foram deformados e escurecidos pelas mesmas razões que eles usaram para
justificar a rebelião de suas vontades contra Deus. Sua situação é semelhante à degradação moral
que os seres humanos podem sofrer por causa do pecado. Precisamos lembrar que somos criaturas
de composição composta de alma e corpo. Além dos pecados que são apropriados para o
organismo, o processo psicológico interno que leva uma boa pessoa para acabar
na máfia ou como guarda em um campo de concentração ou um terrorista, é
essencialmente o mesmo que a seqüência de atos de inteligência e vontade que
levou à queda dos anjos maus. Apesar de sermos corpo-alma, nós como seres humanos, temos apenas de olhar para
nossa própria vida interior para entender como podemos cair em pecado. A
esta luz, o pecado dos anjos torna-se mais fácil de compreender.
QUEM ESMAGARÁ A CABEÇA DA SERPENTE: CRISTO, A IGREJA, OU
MARIA?
Desde os primórdios da humanidade Maria recebeu de Deus
o poder e a missão de esmagar a cabeça da serpente maligna. Disse Deus a ela no
paraíso: “Porei inimizade
entre ti e a mulher entre a tua descendência e a dela. Ela te ferirá a cabeça,
e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15). Os Santos Padres
afirmam que assim como o pecado entrou no mundo por meio da mulher, assim
também a salvação haveria de chegar à humanidade pela mulher. E esta mulher, a
nova Eva, a nova Virgem, desde toda a eternidade Deus escolheu que fosse Maria.
Quando Jesus se
dirige à Sua Mãe e lhe chama de “mulher”, em vez de chamá-la de mãe, em Caná da
Galileia (João 2) e aos pés da Cruz (João 19,25-27), é para nos indicar qual é a
“Mulher” a que Deus se referiu no Gênesis. Esta “Mulher” é Sua Mãe. Assim, nas
bodas de Caná, Jesus lhe diz: “Mulher, isso nos compete a nós? Minha hora ainda
não chegou (Jo 2,4). E depois, na cruz, momentos antes de morrer, quando Jesus
nos dá Sua Mãe para nossa Mãe, Ele diz a ela: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo
19, 26).Fica assim, muito
claro, que a “mulher” do Gênesis que esmagaria a cabeça da serpente maligna é
Maria. Como nos ensina São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja no século V,
Deus usou Maria para ludibriar a sagacidade da serpente, como já dissemos. Por
sua virgindade e por sua concepção imaculada desconhecidas do tentador, Deus
fez com que Maria concebesse Jesus, Deus e homem, por obra do Espírito Santo,
livre das garras do pecado e do demônio. Por isto todo ódio do demônio a Maria (A MULHER),é
demonstrado em Apoc. 12, pois é uma simples mulher que irá pisar a cabeça do maligno
mortalmente. Porém, como já explicamos acima, este pisar não refere-se a algo
físico, mas a nível espiritual, pois o demônio é um ser espiritual e não físico.
A humildade e o sim de Maria derrotaram a arrogância e desobediência do diabo. Quando Deus amaldiçoou a serpente, Ele estabeleceu "Inimizades"
entre a serpente (o demônio) e a mulher, isto é, Nossa Senhora; entre a
descendência da serpente e a descendência da mulher.
É interessante perguntar aqui o que significa
"descendência da serpente"?
Pode o
demônio um ser totalmente espiritual ter descendência natural? É
claro que não! pois o demônio não tem corpo e, por isso, não pode ter
naturalmente filhos. Entretanto,
Cristo chamou os fariseus de "filhos do demônio", negando que eles
fossem verdadeiramente filhos de Abraão: "VÓS TENDES POR PAI O DEMÔNIO, E
QUEREIS SATISFAZER OS DESEJOS DE VOSSO PAI" (João 8, 44). Portanto,
Cristo afirma que filhos do demônio são aqueles homens que querem viver fazendo
a vontade do diabo. Enquanto os filhos de Deus são os que, tendo se tornado
filhos adotivos de Deus pelo batismo, querem também fazer sempre a vontade de
Deus, manifestando em sua vida a filiação divina recebida no Batismo. São
Luís Maria Grignion de Montfort, o grande apóstolo Mariano (em processo para ser declarado Doutor da Igreja), ensina que, como todo homem tem pai e mãe, ninguém pode ser
verdadeiramente filho de Deus, se não tiver Maria por Mãe, visto que, na Cruz,
Cristo nos deu a Maria como filhos, e nos deu Maria por mãe, ao dizer:
"MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO. DEPOIS DISSE AO DISCÍPULO [João] : "EIS
AÍ A TUA MÃE" (João 19, 26-27).
Portanto, há os filhos da descendência do demônio e filhos da descendência da Mulher, ou seja, os filhos da Virgem Maria!
Foi
entre essas duas filiações que Deus colocou inimizades! Na História, há uma contínua
luta entre os filhos de Deus e da Virgem contra os filhos do demônio, e
vice-versa. Essa luta é que explica toda a História, e não a luta de classes,
ou a luta pelo poder, ou pelo dinheiro. Na
História, decide-se a salvação ou a perdição das almas. A História é a luta
entre a graça de Deus, procurando salvar os homens, e a tentação do demônio,
procurando nos perder com as suas três velhas tentações do TER, PODER E PRAZER. Daí
Santo Agostinho ter explicado que, na História, há uma luta contínua entre a
Cidade de Deus e a Cidade do homem, a cidade terrena: "Dois amores
construíram duas cidades. O amor de Deus levado até ao desprezo de si mesmo,
construiu a Cidade de Deus [a Igreja Católica e a Civilização católica]. O amor
de si mesmo, levado até ao desprezo de Deus, construiu a cidade terrena"
[a cidade do Homem, a Anti-Igreja, como a denomina São Gregório Magno ou a
Sinagoga de Satanás, como a chama o próprio Cristo, no Apocalipse (Apoc.2,
9)]. Sejamos
pois, fiéis filhos de Deus, e fiéis filhos da descendência da Virgem Maria! "AQUELA QUE É MAIS BRILHANTE DO QUE O SOL, MAIS BELA DO QUE A LUA, E MAIS
TERRÍVEL QUE UM EXÉRCITO POSTO EM ORDEM DE BATALHA!" (Cânticos 6, 3).
VOCÊ
JÁ SE PERGUNTOU: "POR QUE AS PENAS DO INFERNO SÃO ETERNAS?"
Ora, para o inferno só vai quem livremente por
suas ações e opções sem arrependimento, o fez por onde merecê-lo. O Céu e graça
imerecida, o inferno é mérito! Porém, como Cristãos, não podemos basear nossa vida
de Cristã em torno do medo do inferno, mas em servir a Deus que tanto nos tem
abençoado sem merecermos! (conf. I Cor 4,7). Se o inferno não existe seria justo Hitler
e Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio? Na Divina comédia de Dante
na entrada da Porta do Inferno está a frase: “Deixa aqui fora toda tua
esperança...”
Dirá, porém, o incrédulo: “Onde está a justiça e bondade de Deus ao castigar com pena eterna um pecado que dura um instante?”
(os pastorinhos após a visão do inferno quase desfalecem e envelhecem)
Responderemos inicialmente com outra pergunta: "como se atreve o pecador, por um prazer
momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita?" - Ora a resposta é
simples: A condenação é eterna, porque a relação TEMPO E ESPAÇO já não existe na ETERNIDADE! Na eternidade entramos em estado eterno da decisão que tomamos no TEMPO!
"E porque os espíritos réprobos jamais poderão prestar satisfação por sua culpa. Nesta vida, o pecador penitente
pode satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus Cristo; mas o
condenado não participa desses méritos, e, portanto, não podendo por si
satisfazer a Deus, sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o castigo, não porque Deus não esteja disposto a perdoar, mas porque os réprobos em seu orgulho não estão dispostos a arrepender-se e pedir perdão, pois só existe perdão onde há arrependimento e confissão da culpa" (confr. Salmo 32,4-5).
“Ali a culpa, disse muito bem Belluacense, poderá ser castigada,
mas jamais expiada” (Lib. II, 3p), porque, segundo Santo Agostinho, “ali o
pecador é incapaz de arrependimento”. E ainda que Deus quisesse perdoar ao
réprobo, este não aceitaria a reconciliação, porque sua vontade obstinada, orgulhosa e
rebelde está estabilizada eternamente no ódio contra Deus".
Disse o Papa Inocêncio III:
“Os condenados não se humilharão; pelo contrário,
crescerá neles a perseverança do ódio”. São Jerônimo afirma que “nos réprobos,
o desejo de pecar é insaciável” (Pr 27, 20). A ferida de tais desgraçados é
incurável; porque eles mesmos recusam a cura (Jr 15, 18).”
Extraído de: Santo Afonso Maria de Ligório: Preparação para
a morte, edição em PDF, pp. 287-288) - Com Contribuições do Padre José Antonio
Fortea – Exorcista Espanhol
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