Há uma lei
interessante na Torá declarando que um juiz que tenha testemunhado um crime
está desqualificado para agir como juiz naquele caso.O motivo é que a
pessoa que presenciou um crime com seus próprios olhos não pode examinar
objetivamente o caso da defesa.A verdadeira justiça
somente pode ser feita quando o benefício da dúvida pode ser adequadamente
examinado.
Difícil é lidar com os novos donos das "pseudo verdades"
Não há dúvida de que todos nós nos apoiamos em
algumas certezas e temos opinião formada sobre determinados assuntos; é
inevitável e necessário.Se somos, como creio
que somos, seres culturais, vivemos num mundo que construímos a partir de
nossas experiências e conhecimentos. Há aqueles que não chegam a formular
claramente para si o que conhecem e sabem, mas há outros que, pelo contrário,
têm opiniões formadas sobre tudo ou quase tudo.Até aí nada de mais; o problema
é quando o cara se convence de que suas opiniões são as únicas verdadeiras e,
portanto, incontestáveis. Se ele se defronta com outro imbuído da mesma
certeza,a confusão está armada.De qualquer maneira,
se se trata de um indivíduo qualquer que se julga dono da verdade, a coisa não
vai além de algumas discussões acaloradas, que podem até chegar a ofensas
pessoais.O problema se agrava
quando o dono da verdade (ateus ou religiosos),tem lábia, carisma e se
considera salvador da pátria. Dependendo das circunstâncias, ele pode empolgar
milhões de pessoas e se tornar, vamos dizer, um déspota esclarecido.As pessoas necessitam
de verdades e, se surge alguém dizendo as verdades que elas querem ouvir,
adotam-no como líder ou profeta e passam a pensar e agir conforme o que ele
diga.
EXEMPLOS
DESTAS PRÁTICAS ENTRE ATEUS E RELIGIOSOS:
1)- Lênim, Stalin, Hitler e Fidel
Castro entre outros foram exemplos de líderes carismáticos que levaram uma
nação inteira ao estado de hipnose e seus asseclas à prática de crimes estarrecedores.
2)- Foi o que ocorreu também
durante a Inquisição: para salvar a alma do Herege,ou ímpio, os inquisidores
exigiam que o réu admitisse estar possuído pelo diabo; se não admitia, era
torturado para confessar e, se confessava, era queimado na fogueira, pois só
assim sua alma seria salva. Tudo dentro de uma lógica Coletiva exigida pelo
Clamor Público que não tolerava quem não se enquadrava nestes princípios, e
cobravam isto da Igreja.E os inquisidores,não duvidavam um só momento de que
agiam conforme a vontade de Deus e faziam o bem ao torturar e em alguns casos
até matar,não com estes números apresentados pelos pseudo historiadores.
3)- Foi também em
nome do bem,desta vez não do bem espiritual, mas do bem social,que os fanáticos
seguidores de Pol Pot levaram à morte milhões de seus irmãos. Os comunistas do
Khmer Vermelho haviam aprendido marxismo em Paris não sei com que professor que
lhes ensinara o caminho para salvar o país: transferir a maior parte da
população urbana para o campo. Detentores de tal verdade, ocuparam militarmente
as cidades e obrigaram os moradores de determinados bairros a deixarem
imediatamente suas casas e rumarem para o interior do país. Quem não obedeceu
foi executado e os que obedeceram, ao chegarem ao campo, não tinham casa onde
morar nem o que comer e, assim, morreram de inanição. Enquanto isso, Pol Pot e
seus seguidores vibravam cheios de certeza revolucionária!
Sabe
quando dizemos que uma pessoa é inocente até que se prove o contrário?
Pois é: muitas vezes
ficamos em dúvida quanto à culpabilidade de alguém. Desconfiamos da pessoa, mas
as provas são insuficientes para “condená-la”. Por essa razão, escolhemos acreditar
na sua inocência.Quando fazemos isso
estamos dando a essa pessoa “o benefício da dúvida”. Você prefere acreditar em
algo bom, ao invés de ruim, a respeito dela. Você não tem certeza qual lado
escolher, mas escolhe o mais favorável a ela. Enfim, acredita que o que ela
está dizendo é verdade.Em todos os casos as
pessoas preferiram acreditar na inocência dos envolvidos. Quando você dá o
benefício da dúvida é como se você estivesse falando: Ok, eu vou acreditar no
que você está me dizendo.Então, quando foi que
vocês deram a alguém o benefício da dúvida?Acho que as mãe, muitas vezes
dão o benefício da dúvida aos seus filhos.Significa que a
dúvida sempre beneficia ao acusado. Assim, ele só será condenado se não existir
nenhuma dúvida de que o réu praticou o crime. Na dúvida, ele será absolvido.Esse instituto
criminal, apesar de as vezes favorecer casos onde há clamor público, é
importante, porque visa proteger o direito de liberdade. Para que seja imposta
restrição a esse direito fundamental é necessário que haja certeza da culpa.
CONCLUSÃO
Se você religioso ou ateu, e ‘se
permite o beneficio da dúvida’, significa que está aberto a novas informações,
aberto a ouvir, aberto ao que há de mais importante na relação: O DIÁLOGO!
“Jamais faça uma pergunta a
alguém quando você tiver a certeza que o benefício da dúvida é melhor que a
resposta” (Alvez Alves).
“A Certeza é filha do sincero
exercício da dúvida” – Renê Descartes
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