Por que nem todas as religiões são iguais?
Religiões de Salvação: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Religiões de Libertação ou Iluminação: Budismo e hinduísmo.
Pensa-se que todas as
religiões são boas e de salvação. Todas, salvo degenerações estranhas que são como a exceção
que confirma a regra,levam a homem a fazer coisas boas, exaltam sentimentos
positivos e satisfazem em maior ou menor medida a necessidade de transcendência
que todos temos. No fundo, dá igual uma ou outra.
Por que nem todas religiões PODEM SER CONSIDERADAS PLENAMENTE verdadeiras?
É necessário que alguém tenha que ser de
espírito aberto, e apreciar tudo de positivo que há nas diversas
religiões, que é substancialmente diferente dizer que todas religiões são verdadeiras e salvam - “Se
somente houver um Deus, não pode haver mais que uma verdade divina, e portanto, uma só
religião verdadeira!”
A sensatez na decisão humana sobre a
religião não estará, portanto, em escolher a religião que goste ou lhe
satisfaça mais, mas sim em buscar e acolher a verdadeira, que só pode ser uma! Porque uma coisa é ter uma mente aberta e outra, bem distinta, pensar que cada
um pode fazer uma religião a seu gosto, e não se preocupar muito posto que todas sejam ou não verdadeiras. Já
disse Chesterton que ter uma mente aberta é como ter a boca aberta: não é um fim,
a não ser um meio. E o fim, dizia com senso de humor,é fechar a boca sobre algo
sólido! Como cristão que sou, acredito que o
cristianismo é a religião verdadeira. Porque se a gente não acredita que sua fé
é a verdadeira, o que lhe acontece então, simplesmente, é que não se tem fé verdadeira! Logicamente, acreditar que o
cristianismo é a religião verdadeira não implica impô-la a outros, nem
menosprezar a fé de outros, nem nada parecido. É mais, a fé cristã bem
entendida, exige esse respeito à liberdade de culto dos outros. Agora, a adesão à verdade cristã
não é como o reconhecimento de um princípio matemático. A revelação de Deus se
desdobra com a própria vida, e toda verdade parcial não tem porque ser um
completo engano.Muitas religiões terão uma parte que
será verdade e outra que conterá enganos (exceto a verdadeira, que,
logicamente, não conterá enganos). Por esta
razão, a Igreja Católica ,recordando o Concílio Vaticano II, nada rechaça do que
em outras religiões tem de verdadeiro e santo. Considera com sincero respeito
os modos de trabalhar e de viver, os preceitos e doutrinas que, embora
discrepem em muitos pontos do que ela professa e ensina, não poucas vezes
refletem um brilho daquela Verdade que ilumina a todos os homens.
E por que a religião cristã vai
ser a única plena e verdadeira?
Para responder esta pergunta, pode-se
contribuir com provas sólidas, racionais e convincentes, mas nunca serão provas
esmagadoras e irresistíveis. Além disso, nem todas as verdades são
demonstráveis, e menos ainda para quem entende por 'demonstração' algo que tem
que estar atado infalivelmente à ciência experimental.Digamos , não é muito acadêmico,que é
como se Deus não queria nos obrigar a acreditar. Deus respeita a dignidade da
pessoa humana, que Ele mesmo criou, e que deve reger-se por sua própria determinação.Deus
jamais coage (além disso, se fosse algo tão evidente como a luz do sol, não
faria falta demonstrar nada: nem você estaria lendo isto nem eu agora o
escrevendo).Para acreditar, faz falta uma decisão
livre da vontade: a fé é um dom de Deus.E um ato livre. E ninguém se rende
diante de uma demonstração não totalmente evidente (alguns, nem sequer diante
das evidentes), se houver uma disposição contrária da vontade.Neste caso, sugiro para compreensão
da leitura, comentar algumas das razões que podem fazer compreender melhor
porque a religião cristã é a única PLENAMENTE verdadeira.Não
pretendo fazê-lo de modo exaustivo nem tremendamente rigoroso: trata-se
simplesmente de lançar um pouco de luz sobre o assunto, resolvendo algumas
duvida, ou fortalecendo convicções que já se tem! Só tento apenas fazer mais
verossímil a verdade revelada de forma plena no Cristianismo, mas, não adianta explicar nada a alguém que de antemão já se decidiu a não aceitar qualquer explicação por mais plausível que seja.
Um surpreendente
desenvolvimento!
Podemos começar, por exemplo, por
considerar o que tem suposto o cristianismo na história da humanidade? Pensem
como, nos primeiros séculos, a fé cristã se abriu o caminho no Império Romano de
forma prodigiosa.O
cristianismo recebeu um tratamento tremendamente hostil. Houve uma repressão
brutal, com perseguições sangrentas, e com todo o peso da autoridade imperial
em seu contrário durante muitíssimo tempo (uns dois séculos seguidos).É necessário pensar também, que a
religião então predominante era um amálgama de cultos idolátricos, enormemente
indulgentes, em sua maior parte, com todas as debilidades humanas. Tal era o
mundo que deviam transformar.Um mundo
cujos dominadores não tinham interesse algum em que se trocasse, ou mexesse em nada! E a fé cristã abriu este caminho nos dois primeiros séculos sem armas, sem força, sem violência de nenhuma classe. E, em que
pese a essas objetivas dificuldades, os cristãos eram cada vez mais. Obter que a religião cristã se
enraizasse, estendesse e perpetuasse; obter a conversão daquele enorme e
poderoso império, e trocar a face da terra dessa maneira, e tudo a partir de
doze pregadores pobres e ignorantes, deficientes de eloqüência e de qualquer
prestígio social, enviados por outro homem supostamente fracassado, que havia sido condenado a morrer em
uma cruz, que era a morte mais vergonhosa daqueles tempos...Sem
dúvida para o que não acredita nos milagres dos evangelhos, pergunto-me se não
seria este milagre suficiente? Algo absolutamente singular na história da
humanidade.
A pessoa de Jesus de Nazaré
Entretanto, a pergunta básica sobre a
identidade da religião cristã se centra em seu fundador, em quem é Jesus de
Nazaré? O primeiro traço característico da
figura de Jesus Cristo —assinala André Léonard— é que afirma ser de condição
divina.Isto é
absolutamente único na história da humanidade! É o único homem que, em seu são
julgamento, reivindicou ser igual a Deus. E recalco o de reivindicado porque,
como veremos, esta pretensão não é em modo algum sinal de jactância humana, mas
sim, ao contrário, vai acompanhada da maior humildade convicta.Os
grandes fundadores de religiões, como Confúcio, Lao-Tse, Buda e Maomé, jamais
tiveram pretensões semelhantes. Maomé dizia profeta de Alá, Buda afirmou que
tinha sido iluminado, e Confúcio e Lao-Tse pregaram uma sabedoria.Entretanto, o próprio Jesus Cristo afirma ser Deus! Os gestos de Jesus Cristo eram
propriamente divinos. O que de entrada surpreendia e alegrava as pessoas era a
autoridade com que falava, por cima de qualquer outra, até da mais alta, como a
de Moisés; e falava com a mesma autoridade de Deus na Lei ou dos Profetas, sem
referir-se mais que a si mesmo: "ouvistes que se disse..., Mas eu lhes
digo..." Através de seus milagres manda sobre a doença e a morte, dá
ordens ao vento e ao mar, com a mesma autoridade e o poderio do Criador! Entretanto, este homem, que utiliza o
eu com a audácia e a pretensão mais insustentáveis, possui ao mesmo tempo uma
perfeita humildade e uma discrição cheia de delicadeza. Uma humilde pretensão
de divindade que constitui um fato singular na história e que pertence à
essência própria do cristianismo. Em qualquer outra circunstância
— pense-se de novo em Buda, em Confúcio ou em Maomé — os fundadores de religiões
lançam um movimento espiritual que, uma vez posto em marcha, pode
desenvolver-se com independência deles.Entretanto,
Jesus Cristo não indica simplesmente um caminho, não é o portador de uma
verdade, como qualquer outro profeta, mas sim é Ele mesmo o objeto, a verdade, o caminho, o princípio e o fim do próprio do
cristianismo!
Por isso, a verdadeira fé cristã começa
quando um fiel deixa de interessar-se apenas pelas ideias uma moral, tomadas
em abstrato, e se encontra com Jesus, o verdadeiro homem e verdadeiro Deus! Quando se trata de discernir entre o
verdadeiro e o falso, e em algo importante, como o é a religião, convém
aprofundar o bastante. A religião verdadeira será efetivamente a de maior
atrativo, mas para quem tem dela um conhecimento suficientemente profundo e não superficial e só vive na superficialidade.
Pode alguém se salvar com
qualquer religião?
Não existe resposta fácil para pergunta difícil! Sim e não, depende! A verdade sobre Deus é acessível ao
homem na medida em que este aceite deixar-se levar por Deus e aceite o que Deus
ordena; na também em que o homem queira procurar Deus retamente. Por
isso, é um barbarismo dizer que os que sem culpa, não são cristãos não procuram Deus
retamente! Há gente reta que pode não chegar a conhecer Deus com completa
claridade. Por exemplo, por não ter conseguido libertar-se de uma certa
cegueira espiritual. Uma
cegueira que pode ser herdada de sua educação, ou da cultura em que nasceu, e
nesse caso, Deus
que é justo, julgará a cada um pela fidelidade com que tenha vivido conforme a
suas convicções.
“Tudo o que não procede da convicção
é pecado”. (Romanos 14).
É preciso,
logicamente, que ao longo de sua vida tenham feito o que esteja em sua mão por
chegar ao conhecimento da verdade. E isto é perfeitamente compatível com que
haja uma única religião verdadeira.Nesta linha, a Igreja católica destaca
que os que sem culpa de sua parte não conhecem o Evangelho nem a Igreja, mas
procuram Deus com sincero coração e tentam em sua vida fazer a vontade de Deus,
conhecida através do que lhes diz sua consciência, podem sim conseguir a salvação
eterna! E como assegura Peter Kreeft, o bom ateu
participa de Deus precisamente na medida em que é bom! Se alguém não acreditar
em Deus, mas participa de alguma medida do amor e a bondade, vive em Deus sem
sabê-lo.
Isto não significa, entretanto, que basta ser bom
sem necessidade de acreditar em Deus, para se obter a salvação eterna - Não
confundir a exceção com a regra!
A
pessoa não deve acreditar em Deus porque nos seja útil, ou porque nos permita
sermos bons, mas sim, fundamentalmente, porque acreditam que Deus é verdadeiro e quer o nosso bem pessoal e comunitário! Nesta linha terá que nos mostrar um
tanto céticos diante de algumas crise de fé supostamente intelectuais, mas que
no fundo escondem uma opção por fabricar uma religião própria, à medida dos
próprios gostos ou comodidades. Quando
uma pessoa faz uma interpretação acomodada de sua religião para rebaixar assim
suas exigências morais, ou não se preocupa em receber a necessária formação
religiosa adequada a sua idade e circunstâncias, é bem provável que a
pretendida crise intelectual bem possa ter outras origens.
Por que, então, a Igreja é
necessária para a salvação do homem?
"A Igreja peregrina é necessária para a
salvação, pois Cristo é o único Mediador e o caminho de salvação, presente a
nós em seu Corpo, que é a Igreja" (Lumen gentium, 14).
"Seguindo a Dominus Iesus, esta não se
contrapõe à vontade salvífica universal de Deus; portanto, é necessário, pois,
manter unidas estas duas verdades, ou seja, a possibilidade real da salvação em
Cristo para todos os homens e a necessidade da Igreja em ordem a esta mesma
salvação" (Redemptoris Missio, 9).
Para
aqueles que não são formal e visivelmente membros da Igreja,(não fazem parte
formalmente do CORPO DA IGREJA, mas pelo Espírito Santo, fazem parte da alma da Igreja), «a salvação de Cristo é acessível em virtude
da graça que, até tendo uma misteriosa relação com a Igreja, não lhes introduz
formalmente nela, mas sim os ilumina de maneira adequada em sua situação
interior e ambiental. Esta graça provém de Cristo; é fruto de seu sacrifício e
é comunicada pelo Espírito Santo» (ibid, 10).Portanto, estes podem até não
pertencerem ao Corpo, mas participam da alma da Igreja que é mais abrangente. Certamente, as diferentes tradições
religiosas contêm e oferecem elementos de religiosidade, que formam parte de
«tudo o que o Espírito obra nos homens e na história dos povos, assim como nas
culturas e religiões» (Redemptoris missio, 29).A
elas, entretanto, não lhes pode atribuir uma origem divina nenhuma eficácia
salvífica ex opere operato, que é própria dos sacramentos cristãos. Por outro
lado, não se pode ignorar que outros ritos não cristãos, que dependem de
superstições ou de outros enganos (cf. 1 Cor 10, 20-21), constituem mais que bem,mas
um obstáculo para a salvação.Neste sentido, a Dominus Iesus é
bastante clara quando afirma que com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus
estabeleceu à Igreja para a salvação de todos os homens! Esta
verdade de fé não tira o fato de que a Igreja considera as religiões do mundo
com sincero respeito, mas ao mesmo tempo exclui essa mentalidade de indiferença
«marcada por um relativismo religioso que termina por pensar que "uma
religião é tão boa como outra"» (Redemptoris missio, 36). Como
exigência de direito e do amor a todos os homens, a Igreja «anuncia e tem a
obrigação de anunciar constantemente a Cristo, que é "o Caminho, a Verdade
e a Vida" (Jo 14, 6), em quem os homens encontram a plenitude da vida
religiosa e em quem Deus reconciliou consigo todas as coisas» (Nostra aetate,
2).
Fonte: ACI
digital
----------------------------------------------------------
APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.