(foto reprodução)
Cazuza foi
extremamente acertivo ao cantar que a "solidão a dois de dia, faz calor, depois faz frio..."
Acho que esta frase
define muito bem este tipo de relacionamento, onde duas pessoas convivem sem
amor, sem ódio, sem desejos, apenas por inércia.Existem muitos casais
que dividem a solidão sob o mesmo teto. Não há diálogos, companheirismo, afeto
e nem mesmo raiva! Eles simplesmente se acostumaram um com o outro. E vão
vivendo como dois estranhos, que apesar de estarem juntos, parecem ocupar dimensões
diferentes.Sabe aqueles casais que já
criam os filhos, que passam os finais de semana em frente da televisão, sem
trocar uma única palavra? Ou então aqueles namorados que há muito deixaram de
se amar, mas que permanecem atrelados um ao outro como duas âncoras? Que já não
sabem nem por que estão juntos e não sabem como terminar a relação ?Então,
será que sua vida não está caminhando na mesma direção?
Por exemplo, quando
vocês saem juntos, para dar aquela esticadinha no parque, tomar um sorvetinho,
por acaso conversam? Aposto que mal dá para contar nos dedos as palavras que
trocam. E se ele não está por perto, por acaso você sente alguma falta?E quando ele aparece
não faz muita diferença, já que ele é tão insignificante que nem faz sombra?Talvez você se pergunte se isto
é falta de amor, e até tente se enganar dizendo que é apenas uma fase.Sim,
todos passamos por fases, mas se as coisas já estão mortas há tanto tempo, se
nem raiva consegue sentir dele, pode apostar que tudo caminha para a
acomodação.O maior perigo é
deixar que este comodismo acabe os
deixando anestesiados.Sim, porque nós precisamos
sentir alguma coisa por outra pessoa, nem que seja qualquer sentimento.Se não
sentimos nada, se esta pessoa "não fede e nem cheira", então
infelizmente ela morreu em nossos corações.
Há quanto tempo vocês
não conversam ? Ha quanto tempo não sente mais a falta um do outro ?
E por acaso é normal
a gente não sentir falta de quem amamos!?Não!Quem ama quer
conversar, saber o que a outra pessoa sente. Quem ama quer escutar o que o
outro tem a dizer, e até se encanta ao ouvir o som de sua voz.O silêncio em um
relacionamento não é sinônimo de harmonia ou entendimento, mas de que alguma
coisa vai muito mal, mas muito mal mesmo.Como casais podem se
comportar como dois estranhos ?Tem casais, que a
gente olha e vê duas pessoas sem brilho, sem vida, dois defuntos que respiram,
um ao lado do outro, sem emitirem um único som.Eu não converso mais
porque sempre termina em briga e não nos entendemos,então, para evitar discussões,
prefiro calar e ir vivendo um dia após o outro.Se o casal chegou ao
ponto de "pisar em ovos" para evitar discussões, então é porque as
coisas se acumularam explosivamente de tal forma, que basta uma faísca para
detonar uma bomba! Sim,os dois têm muitas coisas mal resolvidas e que se
acumularam.
A
solidão vivida a dois pode ser evitada!
(foto reprodução)
Dizem que a década de 90,
caracterizou-se pela solidão das pessoas.Solidão essa sentida, sofrida,
reclamada, agoniada. Solidão vivida por pessoas sempre rodeada de outras,
solidão vivida a dois (ou mais).Solidão que poderia
ser amenizada se o diálogo e a tolerância pudessem fazer parte da vida. Mas
como tem sido difícil dialogar, escutar, tolerar, conviver.No início do relacionamento de
um casal, o encantamento é o que impera: Um se encanta com a aparência do
outro, com a maneira como o outro fala, como o jeito como o outro pensa, como a
forma como vê o mundo e enfrenta a vida. Enfim, o encanto dirige o olhar para
as qualidades e o desvia dos defeitos.A relação se mantém
por causa daquelas qualidades, e é por elas que as diferenças são relevadas, os
conflitos apaziguados.Mas o encantamento um dia
termina, e, para muitos casais, essa é a hora do pesadelo: saem de cena as
qualidades, entram em cena os defeitos. Se, antes, cada um via no outro aquilo
que queria e de que gostava, agora passa a ver o que o desagrada, importuna,
incomoda, o que falta, e o que irrita.Não é incomum que
apareçam, então, as picuinhas: A toalha largada em local inadequado, o excesso
de zelo com a arrumação da casa, a roupa desalinhada, a saia mais justa, a dose
a mais de bebida durante o almoço, o tom um pouco mais elevado da voz, o
esquecimento de alguma data considerada importante, a TPM, etc...Tudo isso, e muito
menos, vira motivo para briga, raiva, dissabor, mágoa, ressentimento, desilusão
de um com o outro.
E
é nessa hora que pode começar a solidão vivida a dois!Para evitar as
brigas, ou depois de muitas brigas, cada um procura o espaço menos
desconfortável possível nesse relacionamento, e os dois passam, então, a
conversar apenas com seus próprios botões.Claro que isso gera
um relacionamento aparentemente sem conflitos, pois as discussões desaparecem,
mas o que parece ser harmonia nada mais
é do que a solidão de cada um deles, que só reclama do outro consigo mesmo.O diálogo entre um
casal não é mesmo fácil, principalmente porque trocar idéias significa se expor
ao outro, supõe discussão e vida à solução compartilhada dos problemas.A questão é que parece muito
mais sedutor e conveniente convencer o outro a mudar, pensar ou fazer de modo
diferente do que lhe é característico (ele/ela tem de ser diferente !) ou impor
a aceitação de um modo pessoal de ser e viver (“eu sou assim !”).Por isso, dialogar
passou a ser sinônimo de persuadir: Ganha quem tiver mais poder ou argumentos
convincentes. Definitivamente, isso não funciona.
O
que funciona então ?
Funciona, em primeiro
lugar, se desarmar. Uma discussão não é uma guerra de palavras e muito menos
uma batalha a ser vencida. Toda vez que há um conflito, e no relacionamento
sempre há , não há como fugir disto, é preciso negociar. E negociar é buscar e
encontrar o melhor caminho para a vida do casal.ATENÇÃO !!! Procurar o melhor
caminho para o casal, não o que é melhor para apenas um dos dois, anulando o
outro.Funciona, também,
também, aprender a suportar os afetos
conflitantes sem ressentimentos. Sim, amor supõe raiva e ódio, e é impossível
viver a dois sem reconhecer as duas faces da moeda.É importante também exercitar a
tolerância, pois há diferenças, hábitos e modos de viver que não são
negociáveis. Tolerar significa admitir que o outro não é como foi imaginado e
que, se isso não percebido antes, foi porque o encantamento não permitiu.Nada
de dramas, ou tentativas de mudar o outro por pressão e acusação.Aprender a tolerar é
sair da posição de investir no relacionamento pelo fato de o outro ser como é,
é continuar investindo nesse mesmo relacionamento apesar de o outro ser como é.
Por fim, funciona
reafirmar, sempre, a cumplicidade do casal!
O único meio de
evitar a solidão a dois preservando a integridade de cada um é ter, em todos os
assuntos, a chance de um “tête à tête”. Apesar de o caminho não ser fácil, os benefícios
fazem-nos valer a pena! Experimentem!
"Suportai-vos
uns aos outros em amor" (Efésios 4,2)
Quando escreve aos
Efesios, Paulo trouxe-nos esta pérola que nesses tempos de relações líquidas e
rasas, precisa ser mais aprofundada pelos casais e também por aqueles que pretendem crescer
como pessoas.É comum que se veja
esta afirmação paulina apenas pelo seu aspecto negativo. Nessa perspectiva do
olhar, o suportai-vos uns aos outros é visto como um suplício, a “cruz” da
convivência humana que se tem que carregar diariamente, pois que, conforme
dizia Sartre, “o inferno são os outros”.
Este seria o suportar como uma carga pesada tendo que agüentar o que não
suporto no meu cônjuge ou companheiro de caminhada.
Busquemos
um novo ponto de vista!
Olhemos a expressão
paulina também pelo seu lado positivo. Dessa forma o suportai-vos uns aos
outros passa a ter nova conotação! Será visto como
apoiemo-nos um no outro, demo-nos a mão para que nos tornemos mais fortes, mais
capazes e para que possamos caminhar melhor e mais rápido juntos rumo a nossa
meta e plano de Deus para nós.
Nesse aspecto a
expressão passa a ter o sentido de crescer juntos, de aprofundar as relações no
cuidado do outro para que a vida a dois passe a ter sentido, seja divinizada
ficando mais rica e bonita.
LOUVADO SEJA NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO!
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