por *Francisco José
Barros de Araújo
O QUE ESTÁ POR TRÁS DO "MOVIMENTO
HOMOSSEXUAL"?
Nos últimos tempos, temos presenciado uma intensa batalha cultural que não se limita apenas ao campo das ideias, mas que atinge diretamente a formação moral, espiritual e social das novas gerações. Entre os agentes dessa transformação estão o movimento homossexual, o feminismo radical e diversas correntes ideológicas que se unem sob o rótulo de “desconstrução”. Longe de representar apenas uma busca por “direitos”, tais movimentos têm como objetivo desconstruir os fundamentos da sociedade — especialmente os valores cristãos, que sustentaram durante séculos a família, a moral e a própria ordem social. Compreender o que realmente está por trás do chamado movimento “queer” é essencial para discernir seus propósitos e os riscos que representa para a fé, para a educação e para o futuro de nossa civilização.O movimento homossexual, mais o feminista e o da revolução científica, juntamente com todos os opositores do sistema de crenças e valores sociais, especialmente dos valores cristãos, identificados como anarquistas, anti-sociais, satanistas e outros, têm se denominado: movimento da desconstrução social ou movimento “queer”, que é uma palavra inglesa que significa estranho, torto, contra, também tem sido tratada como sinônima de homens e mulheres que vivenciam a homossexualidade e todo e qualquer simpatizante da liberação sexual. Construir significa juntar partes diferentes para se chegar a um objetivo – a construção. O desconstrucionismo se dispõe a minar cada parte da construção e derrubá-la, impondo a nova forma disforme, fazendo as pessoas acreditarem que a esta é forma é a certa e usa todos os meios para calar os contrários.A preocupação do movimento da
desconstrução social-“queer” é a criação e a implantação de uma nova teoria, de
uma nova educação baseada nos seus próprios valores: a cultura “queer”!
Seu principal veículo de divulgação e influência é a mídia. Respaldam os seus intentos através das ações afirmativas, em nome dos direitos humanos, onde estão incluídos os seus projetos de leis e as suas produções teóricas. O movimento “queer” produz seus próprios teóricos, que alimentam o seu movimento desconstrutivo.
Em várias passagens das Escrituras Sagradas observamos a descrição de tais grupos por se recusarem, intencionalmente, a amarem e seguirem a verdade, determinada pelo evangelho de Jesus Cristo e assim serem salvos. Pelo contrário, procuram transformar a verdade em mentira e enganam quantos podem através das suas teorias e a vivência das suas produções disformes, sem limites, anarquistas, anti-sociais. Podemos identificar tais grupos também pela ênfase na crença no homem e exclusão de Deus, especialmente da fé cristã e perseguição dos que trabalham em prol do ser humano e da família, dos seguidores do cristianismo.
Percebemos os efeitos deste movimento desconstrucionista nas produções intelectuais, culturais e espirituais, não somente na validação de todas as formas de expressão sexual, que parece incluir o abuso sexual da criança e do adolescente, como também a transformação do certo em errado nas áreas da política, economia, educação, saúde, em todos os seguimentos sociais.
Cabe a lembrança de que muitos estão sendo enganados pelo movimento da desconstrução social “queer”, inclusive pessoas que vivenciam a homossexualidade. Diversos estão perplexos, em estado de sofrimento, desejam voluntariamente deixar a homossexualidade e necessitam da nossa compreensão, assim como os seus familiares.O movimento de apoio ao ser humano e à família tem se preocupado com o acolhimento de pessoas acometidas pelos diversos transtornos, inclusive os sexuais e sua prevenção.Por esta razão os religiosos têm sido perseguidos pelo movimento desconstrucionista, cuja preocupação não é com a pessoa, mas com o seu movimento teórico e prático que visa a sua própria destruição e a destruição do ser humano, criado para refletir a imagem e semelhança de Deus. Homofobia é um rótulo com o qual atualmente se exclui e se nega às pessoas o direito de se posicionarem, pois já não se pode mais defender nossas convicções, pois, se assim agirmos, somos imediatamente rotulados de homofóbicos e intolerantes, sem por em evidência nossos pontos de vistas.Vivemos em um país livre, onde podemos concordar e discordar sem sermos tratados como malfeitores, ou não ?
O QUE DIZ O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA SOBRE A HOMOSEXUALIDADE?
§2357 CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE - A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
§2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.
§2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
CONCLUSÃO
Ao refletirmos sobre o movimento homossexual e a ideologia da desconstrução, percebemos que sua promessa de liberdade é, na verdade, uma nova forma de escravidão: a escravidão da carne e do pecado. Por mais que o mundo tente convencer de que essa é uma identidade legítima ou até mesmo um “orgulho”, a verdade revelada por Deus mostra que nenhum homem ou mulher foi criado para viver longe da Sua vontade. O pecado fere a alma, destrói famílias e afasta do propósito eterno.Mas a boa notícia do Evangelho é que Jesus Cristo veio justamente para nos libertar desse jugo. Na cruz, Ele tomou sobre Si os nossos pecados, para que não fôssemos mais escravos da carne, mas sim filhos de Deus. Como está escrito: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8,36). Essa é a verdadeira liberdade: não a de ceder aos impulsos e ideologias do mundo, mas a de viver na graça, na pureza e na santidade que só Cristo pode dar.Por isso, se você tem se sentido preso, confuso ou enganado pelas promessas vazias da cultura atual, saiba que há um caminho de volta. Esse caminho tem um nome: Jesus Cristo. Ele não veio para condenar, mas para salvar; não para excluir, mas para transformar. Se hoje você entregar sua vida a Ele, com arrependimento sincero, encontrará perdão, paz e uma identidade nova, firmada no amor eterno do Pai.O mundo prega a desconstrução; Cristo oferece a reconstrução. Reconstrução de vidas, de famílias e de corações. Escolha hoje a verdade que liberta. Escolha a vida, escolha a Santidade em Jesus!
*Francisco José
Barros de Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme
diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17 - Perfil curricular no
sistema Lattes do CNPq Nº 1912382878452130.
Referências
Bibliográficas
-C.I.C. - CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - Ed típica do Vaticano II.
-BARBERO, Graciela Haydée - Homossexualidade e Perversão na Psicanálise: uma resposta aos gays and lesbian studies. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005, 260p
-BAUDRILLARD, Jean - A transparência do Mal: ensaio sobre os fenômenos extremos. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Campinas, SP: Papirus, 1990, 185p.
-BUTLER, Judith P. - Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro:Civilização Brasileiroa, 2003, 236p.
-HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-modernidade - Tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro - 10a. ed - Rio de Janeiro: DP&A, 2005, 102 p.
-LOURO, Guacira Lopes - Um Corpo Estranho - ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, 96p.
-NOLASCO, Sócrates - De Tarzan a Homer Simpson: banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rio de Janeiro: Rocco, 2001, 318 p.
-SILVA, Tomaz Tadeu da - Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, 133p
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam nossa adesão às ideias nelas contidas.O blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a).Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos se ofensivos a honra.