Artistas devem se posicionar
publicamente sobre política?
Tanto religiosos bem como pessoas famosas que lidam com o público, tem que lembrar que não tem fãs, plateia, e nem seguidores uniformes e que pensem igual, é preciso portanto, ter cuidado com as palavras para evitar diminuir ou ofender um dos lados. Com as
eleições cada vez mais próximas, na internet, é possível ver uma clara
divisão de lados: os que apoiam e os que se opõem a quem está no governo. Diante dessa divisão, existem as pessoas que se permitem
ficar isentas de opinião. Quando se trata de figuras públicas, porém, essa
neutralidade não tem sido aceita pelos brasileiros, o que tem gerado atrito até
mesmo entre os famosos. Mas será que existe, de fato, essa obrigatoriedade?
Para falar sobre esse assunto, o Edição do Brasil conversou com o cientista social
e político, Fábio Luporini:
-O artista tem a obrigação de se
posicionar publicamente? Por quê?
As
pessoas só têm a obrigação de seguir e respeitar aquilo
que estabelecem as regras dos grupos sociais ou instituições que frequentam.
Sendo assim, ninguém é obrigado a se posicionar publicamente sobre algo, nem
mesmo o artista. Entretanto, o poder de influência dele traz uma espécie
de “obrigação moral” com público e a sociedade.
-De onde vem essa cobrança?
É
elegante que o artista se expresse publicamente sem que
tenha sido cobrado a isso e sem que seja cancelado ou criticado por seus
posicionamentos (desde que não sejam ofensivos e de baixo calão,
diminuindo quem pensa diferente).É preciso conseguir separar as coisas, afinal,
ele é uma pessoa, embora carregue certa responsabilidade sobre o que faz e diz
por ser pública.
-Qual a importância do
posicionamento político dessas pessoas atualmente?
Embora
não seja obrigado, é importante ver um artista posicionando-se politicamente. Isso ajuda a fazer com que a arte também se torne um
instrumento de consciência política e de compreensão da realidade.
Senão, corremos o risco de sermos engolidos pelo famoso “pão e circo”...E,
desde que eles façam isso de forma respeitosa, é salutar para a democracia.
Ajuda a fortalecer os entes que formam um país e faz as pessoas refletirem.
-Muitos dizem que não se
posicionar já é um posicionamento. É correto afirmar isso?
De
fato, é. Como não dizer nada também. No entanto, isso não tem problema algum,
compreende? Não é, necessariamente, “quem cala,
consente”. O silêncio, às vezes, é muito mais eloquente que qualquer
palavra!
-Em tempos de cultura do
cancelamento, como criar um debate saudável?
Infelizmente,
a cultura do cancelamento e o véu da rede social que
esconde as pessoas potencializam críticas que ultrapassam os limites do bom
senso e do respeito. Está cada vez mais difícil uma relação saudável de debate.
Os indivíduos, lamentavelmente, não sabem apreender o melhor que as redes
sociais podem oferecer e acabam atacando uns aos outros. Mas, o que vale
para o virtual é o mesmo que deveria servir para a conversa face a face: respeito, alteridade e altruísmo. Coisas que a gente
deveria aprender desde criança.
Por Nat Macedo
E QUANDO O “POLITICAMENTE
CORRETO” SE TORNA FERRAMENTA DE CONTROLE SOCIAL?
O ser
humano é um animal dotado da capacidade de raciocinar, imitar e imaginar. Mas não só. Ele é também um animal dotado da capacidade de
verbalizar e comunicar suas idéias com o propósito de persuadir seus
interlocutores, trocar informações com eles ou, simplesmente, expressar suas
emoções. A capacidade de se expressar de maneira complexa e argumentada
constitui um traço distintivamente humano — o qual, ademais, é em grande medida
responsável pelo nosso progresso civilizatório.Mais
ainda: a capacidade de se expressar livremente é o mecanismo por meio do qual o
ser humano mantém a sociedade funcionando.É em decorrência da liberdade
de expressão e da capacidade de articular idéias que as pessoas conseguem
apontar problemas, explicá-los, solucioná-los e tentar chegar a um consenso.Mas há o outro lado: a transmissão de idéias também
representa um foco potencial de conflitos entre os seres humanos. Um
determinado conjunto de idéias — sobretudo quando estas não fazem parte de
nossa identidade cultural — pode nos parecer rechaçáveis, criticáveis ou mesmo
repugnantes. Ou seja, as idéias não só nos seduzem, como também podem
nos molestar. E, em ocasiões, podem nos molestar sobejamente.E isso é
inevitável: por ser capaz de pensar e de se expressar, o ser humano sempre
poderá soar ofensivo a terceiros. A evolução se deu por
meio do debate aberto! Durante séculos, os indivíduos chegaram ao ponto
de se enfrentar mutuamente, até o extremo de se aniquilarem, por causa das
idéias. As guerras religiosas foram, em última
instância, guerras sobre idéias: sobre concepções heterogêneas (e
contrapostas), acerca da transcendência, pelas quais muitos estavam dispostos a
morrer e a matar. A forma que socialmente descobrimos para evitar nos
enfrentarmos e nos agredirmos por causa de nossas idéias díspares foi a tolerância mútua: um programa ideológico que politicamente
se cristalizou naquilo que hoje chamamos de 'liberalismo' — "uma
tecnologia para evitar a guerra civil", como, de maneira clarividente,
definiu o filósofo Scott Alexander. As idéias liberais nos ensinaram o
segredo para podermos conviver em paz: aceitarmos tolerar mutuamente as idéias
díspares e incorrermos em argumentações racionais para resolver nossas
discordâncias. Foi assim que a civilização evoluiu.
A censura não elimina, mas
apenas estimula a intolerância!
Obviamente,
nosso desafio sempre foi tolerar aquelas idéias ou
expressões alheias que nos ofendem, e não aquelas que nos agradam e
entusiasmam. Somos tolerantes quando respeitamos
o dissenso, e não quando recriamos o consenso. E somos mais propensos a
tolerar as idéias alheias quando os demais toleram as nossas: se um grupo de pessoas vê suas idéias sendo silenciadas e
censuradas, ele perde toda a razão estratégica para tolerar as idéias alheias.
Consequentemente, quando um grupo politicamente influente consegue instituir a
censura sobre aquelas idéias alheias que consideram ofensivas, essa ação
bem-sucedida começa a atrair imitadores: a tendência natural é que outros
indivíduos que também se sentem ofendidos por outras idéias passem a exigir a
censura dessas idéias. Como consequência, o debate vai se tornando cada vez
mais manietado.Pior: quando um grupo vê suas idéias
sendo censuradas, a tendência é que ele redobre a aposta em suas idéias,
tornando-as ainda mais agressivas, podendo se degenerar em violência física.Assim,
qualquer sociedade que opte pela censura, ainda que branda, está continuamente
colocando em xeque a resistência de seus pactos implícitos em torno da
liberdade de expressão.Em última instância, a tolerância mútua é, em certa
medida, um equilíbrio potencialmente muito frágil: quando um grupo sente que
suas idéias já são suficientemente toleradas pelos demais, ele pode, de um
lado, se limitar a tolerar as idéias alheias; mas, de outro, pode também cair
na tentação oportunista de tentar censurar marginalmente aquelas idéias ou
expressões de terceiros que lhes ofendem, causando ainda mais distúrbios.Esse
tem sido o caminho escolhido pelos adeptos do politicamente correto.
O politicamente correto como "ferramenta de controle social"
O
adjetivo 'politicamente correto' é usado para descrever linguagens ou ações que
devem ser evitadas por serem vistas como 'excludentes' ou 'ofensivas'.Em tese, o politicamente correto defende a censura de idéias
que marginalizam ou insultam grupos de pessoas tidos como desfavorecidos ou
discriminados, especialmente grupos definidos por gênero, raça ou preferências
sexuais.No entanto, ao defender a censura de idéias consideradas
"ofensivas", o politicamente correto nada mais é do que uma
ferramenta criada para intimidar e restringir a liberdade de expressão. Ao
proibir a livre manifestação de idéias a respeito de uma miríade de assuntos, o
politicamente correto funciona como uma linha de montagem mecanizada, cujo
objetivo é padronizar e homogeneizar as ideias dos indivíduos, fazendo-os
pensar e agir sempre de modo uniforme. Para o politicamente correto, um debate
aberto e sem censura, além de ofensivo para as minorias, é também subversivo,
inflamatório e gerador de discórdias, devendo por isso ser censurado. Mas isso
atenta contra a lógica básica. O debate aberto é algo que, por definição,
estimula a análise crítica e impede a uniformidade (e a hegemonia) intelectual.
O debate aberto e sem censura evita a predominância do chamado "pensamento
de manada", garantindo assim uma voz exatamente para os grupos mais
marginalizados e excluídos — os quais, em tese, são o alvo da preocupação do
politicamente correto.Se o indivíduo não mais tiver a liberdade de falar o que
pensa, ele não mais será capaz de pensar. Como bem disse o psicólogo Jordan
Peterson, a liberdade de expressão é suprema e está acima do
"direito" de alguém de não se sentir ofendido. Com efeito, não há o
"direito de não ser ofendido" simplesmente porque isso, caso
realmente fosse impingido, levaria à extinção do próprio pensamento: o ser
humano, por ser capaz de pensar, sempre poderá soar ofensivo a alguém. Querer
proibir a expressão do pensamento significa proibir o próprio ato de pensar.
Fonte: Mises Brasil
Famosos que preferem a
neutralidade ao falarem de "política (partidária)!"
Por Flávia Ávila
Eleições
a nível Federal e estadual chegando e o mundinhos dos
famosos, mais uma vez, fica rachado em razão dos posicionamentos políticos. Contudo,
mais recentemente, o assunto rendeu além do esperado, principalmente pelo
enfrentamento da crise mundial da Covid-19 e, claro, o exemplar “embate” entre Samantha
Schmütz e Juliana Paes, que dividiram opiniões.
1)-Claudia Leitte
Colega
de profissão de Veveta, Claudinha causou polêmica em uma recente edição do
programa “Altas Horas”. Serginho Groisman fez uma pergunta que rendeu respostas
bastante diferentes.Ao ser questionada sobre qual era sua “indignação”, a
cantora resolveu sair pela tangente e dar uma resposta mais neutra (genérica): “Acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar, uma luz
para desfazer o que está acontecendo. E, se essa luz se acende, obviamente não
vai ter escuridão”, respondeu a cantora. Internautas consideraram as
falas fracas, sem nexo e cobraram uma posição mais clara...Ela também lamentou
as mortes por Covid-19 no Brasil, mas o discurso teve tom, digamos, pacificador
(ou seja, sem apontar culpados, até mesmo porque o vírus é Chinês!).
2)-Neymar Jr.
O jogador
está longe das questões políticas e sociais. Raramente
ele cita tais assuntos, o que causou surpresa quando foi vítima de racismo e
decidiu falar, e quando também apoiou o “Black Lives Matter”. Ao tomar a
vacina na França disse optando por um caminho isento na postagem sobre a
imunização: “Depois de tanta espera, chegou a minha vez. Que felicidade. Espero
que tudo volte ao normal o mais rápido possível e que não só o meu país BRASIL
mas o mundo inteiro possa estar vacinado.”
3)-Grazi Massafera
O atual
casal entre estrelas prefere manter distanciamento das “polêmicas”
políticas-partidárias. Recentemente, Grazi chegou a compartilhar o vídeo de
Leandra Leal sobre a importância de se usar máscaras, mas as movimentações são
singelas, flertando com o topo do muro.
Extraido de: O Fuxico
4)- Cantor da MPB Toquinho
"O
Brasil está cafona, pobre e corrupto", diz Toquinho criticando o “politicamente
correto” - Toquinho, um dos grandes nomes da MPB e da bossa nova, tem mais de
50 anos de carreira e já viu muita coisa acontecer. Aos
73 anos, o músico de clássicos como "Aquarela" se mostra pessimista e
indignado com a situação do País hoje: "O Brasil está cafona, pobre e
corrupto". Ele também condena o que chama de "ditadura cultural"
e "aura de fiscalização" do politicamente correto. Toquinho
confessou ainda que não vai mais a shows e não vê o surgimento de uma nova
geração de músicos, como na sua época: "Não iria nem no meu [show], acho
insuportável, depois de cinco músicas, quero ir embora.”
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=1JBJZk866qU
Confira no link baixo a entrevista de Nando Cordel ao "Frente a Frente" Por Magno Martins, onde vemos um artista pacifista, que luta pela justiça sem ofender ninguém e não adepto de política partidária:
https://www.youtube.com/watch?v=tO6sGURtYog
Canção: “Paz pela paz” – Nando
Cordel (link abaixo):
https://www.youtube.com/watch?v=aZqgdRl9E_g
6)- Cantora Elba Ramalho
Elba
Ramalho irrita a web ao dizer que tem “alergia à política” - Cantora foi entrevistada pelo ator e
apresentador Otaviano Costa. Recentemente, Elba Ramalho fez uma declaração que
deixou muitos fãs chateados. Conhecida pelo
posicionamento mais “tradicional” em relação à política, a cantora disse que
nem gosta mais de tocar no assunto. Em tom de brincadeira, ela revelou ter
“alergia” e que até rasgou o seu título de eleitor. Pode isso, gente? “É uma
polarização grande. Estou vivendo outro tempo da minha vida. Já desisti de
torcer por partido e candidato. Estou na minha. Rasguei meu título já
tem muitos anos”, disse durante entrevista ao ator Otaviano Costa.
Fonte: Portal Popline
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ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida
“todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos,
já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo
mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude
do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as)
leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não
quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o
essencial). Agradeço
as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de
erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem)
para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço
postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família,
filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de
minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso
também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que
assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada
aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao
jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e
catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério
Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus
valores? A
mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa,
necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser
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