Em sua tarefa de pastorear o povo de Deus, os bispos sempre buscam orientar os fiéis sobre as realidades da vida. Os processos políticos também fazem parte do conjunto de realidades tocadas pelos ensinamentos à luz do Evangelho.O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, em artigo para o jornal O São Paulo, ressaltou que os cidadãos católicos “não devem ficar alheios à vida política, mas participar da promoção do bem comum”. Recordando o Papa Francisco, citou que um bom católico deve estar interessado na política e oferecer o melhor de si para que o governante governe bem.
A
orientação correta da Igreja!
O cardeal arcebispo de
São Paulo também falou que a orientação dada pela
Igreja, por meio dos bispos, “não se trata de apoio a partidos ou de
recomendação do voto para determinados candidatos”, o que é vetado pela
lei eleitoral brasileira e pela própria lei da Igreja!
“Trata-se de orientações básicas sobre a organização política do Brasil, os ensinamentos da Doutrina Social da Igreja a respeito da participação na vida política, os direitos e deveres de cidadãos e governantes e esclarecimentos sobre questões relativas às eleições municipais deste ano.
Nas cartilhas disponibilizadas, também se
indicam as qualidades de um bom político e o que se espera dele no cargo que
pretende ocupar”, explicou dom Odilo.
Iniciativas
“esclarecedoras e educativas”
Dom Odílio em seu artigo, destaca também, que são recordadas as várias iniciativas “esclarecedoras e educativas da Igreja” no contexto das eleições, como cartilhas, as Campanhas da Fraternidade que abordam temas relativos à vida pública no Brasil e à promoção do bem comum.
A participação ativa da Igreja na promoção de leis de iniciativa
popular para moralizar a política e os pronunciamentos dos bispos em relação a
questões da vida política, econômica e social do País.
“Quando a Igreja
Católica se manifesta por meio do Papa e dos bispos sobre questões da vida
pública, ela o faz motivada pelo seu dever de servir a comunidade humana e de
participar na edificação do bem comum. Suas motivações
não são a conquista do poder político, que não lhe compete, e sim suas
convicções, baseadas no Evangelho de Cristo e nos princípios morais decorrentes
de sua fé. Como instituição presente na sociedade, com reconhecimento
público, ela tem o direito e o dever de participar da edificação da sociedade”,
disse o cardeal.
Na visita de Dom Sergio com seus bispos ao
Presidente Bolsonaro, ele destacou a necessidade de “aprofundar criticamente a
presença cristã na política e em outros âmbitos da vida social, pois ela não
pode ser vista apenas pela ótica quantitativa”.
O
cardeal exorta sobre o desafio de atuar na política de modo coerente com o
Evangelho!
“Respeitando-se a justa autonomia das instituições
religiosas e políticas. Ao invés do proselitismo religioso, do corporativismo e
da pretensão de dominação, devem nortear o agir político dos cristãos o
respeito, o diálogo e a busca do bem comum...”
Dom Fábio Bernardo D´Onorio: "Os piores inimigos da Igreja
estão dentro dela!"
Cidade
do Vaticano (SIR/Giacono Galeazzi/Vatican Indider) – “Corrigir os erros é a
melhor resposta a quem ataca a Igreja”. O arcebispo de Gaeta, região italiana
do Lácio, dom Fábio Bernardo D´Onorio, voz importante na Conferência Episcopal
Italiana”, analisa para "Vatican Insider" as falhas e as emergências destacadas com o
roubo de documentos reservados do apartamento do Papa Bento XVI:
Os últimos escândalos revelam uma
Igreja dividida entre tradicionalistas e ultra-liberais?
“Nós
devemos avançar entre duas tentações: a do tradicionalismo fechado, paralisado
pelo medo, que gostaria de transformar a Igreja num refúgio para fora da
história, e a de aquela que busca uma adaptação sem senso crítico e sem impulso
profético, que transformaria o cristianismo numa variante sentimental do
humanismo contemporâneo. A Igreja é uma sociedade divino-humana que encontra
nos vários tempos de sua já longa história homens comprometidos em sua cultura,
às vezes também sufocados por realidades difíceis ou dolorosas ou transtornados
pelas próprias teorias, preconceitos, maneiras de viver ou por uma
religiosidade intrapessoal como reencarnação, drogas, seitas ou por um
acentuado personalismo e relativismo, que inevitavelmente levam para a
“religião do vire-se por si. A Igreja em sua história sempre se encontrou de
maneira mais ou menos acentuada nestas condições exatamente pela sua razão de
ser, que lhe impõe determinantemente de anunciar Cristo e seu Evangelho sem
atenuantes, antes para si e depois para os outros. Bonitas e pertinentes são as
pinceladas que oferece o card. Biffi do retrato da Igreja: ‘A Igreja, como
Pedro, é mistério de fraqueza humana e de força sobrenatural; fraca e incerta
como o respiro do homem, firme como o trono de Deus; agitada, briguenta,
petulante como uma assembleia de condôminos, e serena como o oceano infinito e
beatificante da vida divina; muitas vezes lenta, ineficaz, inconcludentes como
uma repartição pública, e viva, ativa, palpitante como o coração de Cristo
ressuscitado. Este é o mistério da Igreja que nos espanta, nos dá alegria,
confiança, e nos leva a agradecer a Deus! Que de uma matéria pobre e opaca como
aquela humana soube tirar esta imprevisível e admirável obra prima’”.
O que é preciso fazer para sair
do Vatileaks?
“A
Igreja para ser fiel a seu mandato de anunciar, com fidelidade e integralmente,
o Evangelho, não pode não encontrar dias de dificuldade, de incompreensão e
também de perseguição. Hoje tudo isto se agrava pela difusão da incredulidade,
pelo persistir do fenômeno da incredulidade, pela volta agressiva do ateísmo
militante. Muitas vezes, poderes de várias cores e
forças tentam fazer entrar a Igreja em seus jogos, a manipulá-la a seus
interesses, a querer que ela seja dócil à volubilidade de suas leis; ao mesmo
tempo grupos de poder e fortes ideologias atacam, aberta ou veladamente, o que
afirma a Igreja ou o que representa a Igreja. A primeira palavra de
Jesus no Evangelho de Marcos é: ‘Mudai de mentalidade e crede no Evangelho’.
Desde então é esta a novidade de Jesus e é esta a sua nova e bonita notícia: o
Evangelho a ser assumido e, portanto, sendo novidade, eis a necessidade de mudar
as nossas categorias mentais. Contra o quieto viver
religioso, marcado por gestos e ritos, a serem observado com meticulosidade,
que às vezes pareciam oferecer automaticamente o encontro com Deus e
entregavam, por assim dizer, a carteira de ‘bonzinho’, Jesus ensina que é
preciso mudar de mentalidade, isto é se converter. O ensino de Jesus é
que pater ter fé quer dizer continuar a se adequar a Deus, a nunca acreditar
que já chegamos, a não se fechar em esquemas e ritos. Os fariseus não fizeram
isso, por não entenderam que aquele Deus, que afirmaram servir, estava no meio
deles e chegaram ao ponto de rejeitá-lo”.
Os mass-mídia falam de situações
sem precedente. É de verdade assim?
“Também
na Igreja primitiva encontramos as mesmas tentações de
se fechar dentro de esquemas, buscar seguranças pré-estabelecidas, dar mais
importância ao fazer do que ao significado do que se faz. São Paulo teve
que lutar muitas vezes contra grupos de fiéis que se fechavam na observância de
interesses que na realidade amarravam a liberdade garantida por Jesus.A história da Igreja de ontem e de hoje não foge deste
perigo, que às vezes se torna um verdadeiro e próprio erro, uma situação que
não está de acordo com o espírito da palavra de Deus. É significativo
lembrar a época dos monges: após o tempo das perseguições, contra “todos fazem
assim”, eis que cristãos fortes e generosos deixam tudo e no ermo ou no deserto
purificam a si mesmos com uma vida ascética e se tornam exemplo vivo para a
comunidade cristã, talvez um tanto agitada.Isto se
repetiu outras vezes na história da Igreja, quando ordens e congregações
religiosas respondem também a exigências eclesiais e sociais do tempo,
encarnaram modelos de via evangélica, injetando novo vigor na mesma estrutura
da Igreja. Assim nos tempos mais modernos apareceram movimentos
eclesiais, que com seu específico carisma deram suporte à Igreja. Papa Paulo VI
identificava o laicato como um gigante com grandes potencialidades, apesar de
adormecido”.
Fonte: https://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=472310
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