-Primeira Eucaristia: no Giqui-CE, na
igreja de N. Sra. da Conceição, por Pe. Raimundo de Sales Façanha – (padre Doceu) -
(pároco de 15/10/1969 á 09/05/2010)
-Crismado em Aracati-Ce, na igreja Matriz de N. Sra. Do Rosário, em Novembro de 1978, aos 13 anos de idade, por Dom Pompeu Bezerra Bessa, bispo de Limoeiro do Norte-Ce (episcopado de: 1973 – 1994), tendo como padrinho: Francisco Paiva Bento de Aracati-Ce.
Que faço na Igreja?
Claro que interessam-se em saber, e me perguntam
com uma certa indignação, "que sou eu na Igreja?"
Que sou na Igreja?
Que faço na Igreja?
Que faço ainda na Igreja?
(Ministrando para Jovens Curso de Formação Básica) |
Mas você ainda quer saber o que faço na Igreja?
Que faço na Igreja?
Que faço na Igreja?
Nos Escritos Shalom duas coisas marcaram meu chamado e minha "missão pessoal dentro do Carisma" - Diz o nosso fundador Moyses Azevedo: “Precisamos ir reconquistando palmo a palmo, todos os espaços
perdidos para o inimigo de Deus, e lá fincar a bandeira de Cristo...” (Histórico Shalom 1984,6-9).
E você ?...
ENFIM, SOU
APENAS UM reles e INSIGNIFICANTE CATEQUISTA!
No mês de agosto se celebra o dia do catequista. “O catequista é um cristão que recebe o chamado particular de Deus que, acolhido na fé, o capacita ao serviço da transmissão da fé e à tarefa de iniciar à vida cristã. As causas imediatas para que um catequista seja chamado a servir a Palavra de Deus são muito variadas, mas são todas mediações das quais Deus, por meio da Igreja, se serve para chamar a seu serviço.
Por esse chamado, o catequista é feito
partícipe da missão de Jesus de introduzir os discípulos em sua relação filial
com o Pai. O verdadeiro protagonista, porém, de toda autêntica catequese é o
Espírito Santo que, mediante uma profunda união que o catequista nutre com
Jesus Cristo, faz eficazes os esforços humanos na atividade catequética.
Essa atividade se realiza no seio da Igreja: o catequista é testemunha de sua
Tradição viva e mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo
em seu Corpo eclesial”.(CNBB - DC 112).
Juramento do "Catequista e ministros de ensino" na fidelidade
da transmissão Integral do Magistério da Igreja
Por: Professor Felipe
Aquino - Cleofas
Eu N. (…), creio firmemente e professo todas e cada uma das verdades que estão
contidas no “Símbolo da Fé”, a saber: (segue o Credo). Creio também firmemente
em tudo o que está contido na Palavra de Deus, escrita ou transmitida pela
Tradição, e é proposto pela Igreja, de forma solene ou pelo Magistério
ordinário e universal, para ser acreditado como divinamente revelado.De
igual modo aceito firmemente e guardo tudo o que, acerca da doutrina da fé e dos
costumes, é proposto de modo definitivo pela mesma Igreja. Adiro, ainda, com religioso obséquio da vontade e da inteligência, aos
ensinamentos que o Romano Pontífice ou o
Colégio Episcopal propõem, quando exercem o Magistério autêntico, ainda que não
entendam proclamá-los com um ato definitivo. Eu N.(…) ao assumir o ofício
de (Catequista, ministro de ensino, teólogo) prometo conservar-me sempre em
comunhão com a Igreja Católica, tanto por palavras quanto pela minha maneira de
proceder. Desempenharei, com grande
diligência e fidelidade, os deveres a que estou obrigado para com a Igreja,
tanto universal quanto particular, na qual fui chamado a exercer o meu serviço
segundo as normas do direito. No exercício do meu cargo, que me foi confiado
em nome da Igreja, conservarei intacto, transmitirei e explicarei fielmente o
“depósito da fé” (1Tm 1,10; 4,6; 2tm 4,3; Tt 2,1), evitando todas as doutrinas
que lhe são contrárias.Acatarei a disciplina comum de toda a Igreja e
favorecerei a observância de todas as leis eclesiásticas, especialmente as
contidas no Código de Direito Canônico.Seguirei, com obediência cristã, o que
os sagrados Pastores declaram como doutores e mestres autênticos da fé ou
estabelecem como chefes da Igreja, e
prestarei fiel ajuda aos Bispos diocesanos, para que a ação apostólica, a
exercer em nome e por mandato da Igreja, se realize em comunhão com a mesma
Igreja.Assim Deus me ajude e os Santos Evangelhos de Deus, que toco com as
minhas mãos.
Amém!
CATEQUIZAR é aproximar, ouvir e estar junto, participar é sofrer e alegrar-se com alguém. Este alguém pode ser, a criança, o adolescente, o jovem, o adulto, o velho, o enfermo, ou uma pessoa que necessita de nossa atenção.
CATEQUISTA é aquele que vê no próximo um ser com possibilidades de ser transformado. Não é fazê-lo á nossa semelhança, mas sim avaliar suas potencialidades e elevá-las a Cristo!
SER CATEQUISTA é
sentir-se responsável por uma igreja sinal de Deus Amor, Pai e Mãe, esperança
dos aflitos e sofredores.
O CATEQUISTA não desiste! A derrota de hoje, pode estar na vitória do amanhã!
Acreditamos
que na função missionária de catequizar, é ter também a capacidade mental de
experimentar, muitas vezes a derrota, repetir com convicção: Vou continuar! É
preciso fundamentar essa vocação com a leitura da Palavra de Deus, participar
das formações oferecidas na paróquia, na região pastoral e na diocese,
aprendendo dos simples, ter olhos abertos, atentos á realidade; ter coração
humano, fraterno, é ser continuador de Cristo entre os humilhados.
VAMOS SER CATEQUISTAS
renovados, inculturados, sem medo, profetas dos dias de hoje, criem pistas de
saída; procurem fontes abastecedoras; planejem caminhadas, participem da
comunidade, valorizem-se! estimulem-se! unam-se! catequistas de nossa
diocese.
QUERIDO CATEQUISTA valorize a sua hora, é a hora dos profetas!
Não se cale, Não deixe a palavra de
Deus morrer afogada no poço do medo. Seja profeta, porta-voz de Deus - Amor. A
igreja está com você! É neste espírito que desejamos agradecer ao Senhor o dom da
vida de todos os catequistas que servem na humildade, no anonimato como aquele
jumentinho que leva Jesus Cristo aos povos, e com alegria nossas comunidades,
promovendo a educação da fé, fazendo ecoar constantemente a Palavra de Deus e
formando semeadores da Esperança do Reino de Deus. Que o Senhor, na sua
infinita bondade e ternura, os faça instrumentos de sua Paz.
Como você acha Barros, que se apresentará e será recebido por
Deus em seu Reino?
Para aqueles(as) que irão se surpreender com minha
presença no céu e talvez me perguntem: "Mas como você está aqui
Barros? E terão como resposta: Claro! Se até você está aqui, por que não eu também?" Me apresentarei como Santa Teresinha do Menino Jesus em
sua pequena via, "quero apresentar-me não a sua justiça que é perfeita,
mas à misericórdia divina, e com as minhas mãos completamente vazias de
méritos". Teresinha vendo-se pequena e incapaz de qualquer mérito, olhando
para os grandes santos e enxergando a sua miséria, ela simplesmente recorreu ao
amor misericordioso de Cristo para que Ele mesmo realizasse a sua
santificação: “O elevador que deve elevar-me até o Céu”, dizia Teresinha,
são vossos braços, ó Jesus” (Manuscrito B, 3v).Na verdade, Teresinha apenas
compreendeu que o amor perfeito é o amor misericordioso. Afinal de contas,
Deus deseja almas de mãos vazias para que Ele possa derramar-se inteiramente
sobre elas. Ele não quer ser obrigado a amar por justiça, a gratificar-nos
segundo nossos méritos. Ele quer derramar-se de uma maneira inteiramente
gratuita e inesperada, deseja entregar-se totalmente, de modo que Teresinha via
que não precisava mais crescer, mas permanecer pequena (cf. Manuscrito B,
3v).Essa espiritualidade de Teresinha produz a virtude da humildade que tanto
anseio. Colocando-nos humildemente aos pés de Deus, com as mãos vazias,
admitimos nossa miséria e incapacidade para todo bem. Por outro lado, confiamos
que nossa santificação é obra de um Outro, o qual não pode inspirar desejos
irrealizáveis. Por isso, caminho na certeza de que Deus nos quer no Céu e,
se correspondermos a Sua graça, um dia poderemos contemplá-lo face a face na
eternidade, como nosso divino amigo, assim dizia São Tomás de Aquino. Mas
confesso que está é uma pergunta esmagadora. E faço minhas aqui as palavras do
professor Orlando Fedeli: Temo e tremo ao pensar nisso, visto que “nihil
inultum permanebit”, quando Ele abrir o livro de minha vida ante meus olhos.
Nada ficará escondido. Que farei eu, então, miserável pecador? Onde me
esconder? A que patrono rogarei? Quando nesse juízo nem o justo estará seguro.
Quanto mais eu? Onde encontrarei refúgio, se nem Maria Santíssima, a advogada
dos pecadores, a quem sempre quis servir, estará a meu lado para implorar o
perdão que Ela sempre implorou para mim?
Tremo em pensar que será tarde demais, porque o oceano de meus pecados é imenso e minha malícia foi sem limites, e minha culpa infinita. “O rubor do amor e da vergonha” cobrirá o meu rosto, enquanto eu gemer como pecador convicto de culpa, mas suplicarei, perdoa-me meu Deus!
-Que fazer, então, se não bater no peito como o publicano
acusado pelo fariseu e dizer: Piedade de mim Sr que sou pecador!
-Que fazer quando tantos me acusarão diante de Deus, e
terei o inimigo a meu lado apontando meus pecados, e exigindo minha punição? Sempre
há quem acuse nossos pecados! Durante a vida, pode acontecer que sejamos acusados
falsamente, porém no dia do juízo estaremos diante da verdade. No Juízo particular,
os demônios substituirão pessoalmente os caluniadores(as) que durante a vida
terrena, nos atribuíram pecados inexistentes, ou deturpados. O demônio, no Juízo
de Deus, ele nos acusará de pecados reais!
-Serei acusado de não ter tido caridade, e de ter faltado com a justiça até nas mínimas coisas.
-Que fui rebelde ao clero e que não devolvi fielmente o dízimo.
-Sim. Eu chamei publicamente o fariseu de hipócrita e de
serem raça de víboras, quando eu também era um daqueles(as) que dizia e não fazia!
-Sim. Eu acusei a Doutores da Lei e aos novos teólogos progressistas, de
serem sepulcros caiados e da sinagoga de satanás.
-Sim. Eu lancei em rosto aos escribas da internet – mesmo tonsurados — que eles, por negarem a presença real de Cristo na hóstia consagrada, que eles eram filhos membros da sinagoga de satanás. E também, fui um hipócrita, pregando muitas vezes o que não fazia, e fazendo o que não deveria fazer.
-Mas nunca faltei com o respeito e a reverência devida aos
ungidos de Deus, sempre rezando por
eles, mesmo quando fui caluniado. Esse pecado não cometi!
Que direi eu na hora terrível do juízo de Deus senão:
"Senhor, Tu sabes tudo! Nada Te é oculto! Lembra-te, ó Jesus misericordioso, que sou a causa de teus caminhos tão cansados. Não me percas naquele dia do juízo tão terrível! Tu, ó Jesus, Tu me buscastes todos os dias de minha vida, para me salvar, perseguindo-me e procurando-me nos caminhos maus que trilhei. Tu, sob o sol do meio dia, cansado, Tu te sentaste à beira do poço para me pedir um copo de água de refrigério e de consolação, aquele adúltero era eu Senhor! A partir daquele teu olhar de amigo, daquela conversa sincera e reveladora, vi que tinha muitas mulheres, mas nem uma delas era minha. Percebi Sr a partir dali, o mau que causava a mim mesmo, a minha família e todas as pessoas envolvidas comigo. O teu amor me alcançou, seduziste-me Sr e eu me deixei seduzir, hoje já não vivo mais sem Ti..."
Que direi eu ainda a Jesus no dia de meu Juízo?
Lembra-Te, Senhor, que Tu me redimiste, morrendo por mim na cruz. E tanto trabalho será então perdido? Tu que absolvestes Maria Madalena, chamaste a Judas de amigo mesmo no dia da traição. Tu que atendestes o pedido do ladrão na cruz. Tu, por tua misericórdia infinita, também a mim miserável deste-me esperança ali no poço de Jacó, e quando fui flagrado em adultério como aquela mulher, a qual Tu pedistes para lhes atirarem a primeira pedra quem nunca pecou. Mas a vós da minha consciência pesada pelos meus inúmeros pecados, me interroga, dizendo-me terrivelmente: “Como você acha que será recebido por Deus em seu Reino?” Como pecador reconhecedor de inúmeros pecados, e clamando por misericórdia, e com as mão vazias, sem mérito algum, pois tudo de bom que possa ter feito, foi a graça de Deus agindo em mim. Meu mesmo Sr. - somente os meus pecados! Com minhas comunhões mal feitas. Com meu zelo de Boanerges. Com minhas chagas purulentas. Com minhas dores. Com minhas derrotas e com minhas quedas miseráveis. Com minha juventude maliciosa. Com minha velhice inútil. Mas Tu, ó único Bom, faz com que bondosamente eu não queime eternamente no fogo do inferno a que tantos me votam e desejam até compreensivamente, pois sei de todo mau que causei no tempo da minha ignorância. Me apresento como um instrumento velho, vil e ultrapassado, que não soube bem trabalhar. Como um servo "inútil e ultrapassado catequista da internet", insistindo em usar uma velha espada que perdeu o gume de tanto golpear a Tua verdade.
Como me apresentarei então diante do Divino e Justo Juiz?
Com meus inumeráveis e pesados pecados. Mas, com minha esperança. Como um velho escultor que tinha um só ferro de esculpir, uma só goiva, velha, pequena e gasta, quase sem corte. Mas à qual ela estava habituada a seus dedos. E ele era tão pobre e tão mau escultor, que não tinha condições para adquirir outra goiva. Então, só usava aquela, a velha, a gasta, a quase sem gume. Me apresentarei como alguém que teve a graça de ter sido apresentado e até experimentado algumas goivas novas e bem mais afiadas (a espiritualidade da RCC, a Pastoral Familiar, e a Comunidade Católica Shalom, a quem sou eternamente grato). Mas, acostumado que estava com sua velha goiva pequena, feia e gasta, por fidelidade e experiência com sua velha goiva, ele preferia usar aquela que sempre usara, ao invés de goivas bem melhores, mas que não sabia usar. Essa fidelidade do velho escultor à sua goiva, gasta e velha, me fez lembrar de Davi, que preferiu usar sua funda de pastor do que a armadura e a espada afiada e forte de Saul, quando foi enfrentar Golias. Assim também, velhos cruzados preferiam usar suas velhas espadas gastas do que novas, mas que não haviam sido suas companheiras de combate! Essa é minha esperança! Que Deus perdoe este teólogo de meia tigela e catequista sem categoria alguma, sem mestrados e doutorados, que Ele usou como uma velha goiva sem gume e sem valor, mas que usada por Deus benevolamente, possa ter sido um instrumento índigo de manter a chama da fé e da perseverança de muitos ainda fumegando.
Como me apresentarei diante de Jesus, meu justo e
temível JUIZ, porém, cheio de Misericórdia?
Mas só posso me apresentar como sempre fui e como sou: pecador e combatente! Como pecador miserável, que pede perdão, e como membro da igreja militante, um combativo que gastou a voz, sua vista, a vida e a honra, para ensinar a sã doutrina da salvação. Apresentar-me-ei coberto de culpas e coberto de escarros daqueles(as) que me odeiam e me caluniam justa e injustamente. Apresentar-me-ei com a esperança de que Deus, por misericórdia se lembre de meus combates, de minhas polêmicas, e de minhas catequeses visando ensinar a verdade de Cristo e de sua Igreja para a salvação daqueles(as) que me ouviram e leram o que escrevia. Esperando que Ele leve em conta, por sua infinita misericórdia, por alguma alma que Ele converteu, dando-me Ele mesmo os argumentos ou compilações assertivas de matérias que possam ter trazido alguma de suas queridas almas para junto dEle, fazendo cumprir-se sua promessa em Tiago 5,20: "Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte a alma, e cobrirá uma multidão de pecados".
Reconheço que minhas culpas são grandes e é normal que um cinquentenário como eu que tem que ver as letras aumentadas por óculos de grau, veja também meus defeitos e culpas maiores do que são. Mas graças a Deus, me consola saber que não serão os falsos cristãos que me julgarão! Mas Cristo, que morreu também por este pecador e velho catequista. O Juízo de Cristo me faz sim tremer. Mas sei que sua misericórdia é para aqueles que o temem e que tremem diante dEle. A Ele suplico, pois, por meio de Nossa Senhora, a quem dediquei todo meu apostolado, que tenha pena de mim pecador, e que por sua infinita misericórdia repare o trigal que plantei com minhas mãos grosseiras e brutas a sua verdade em meio a tantas mentiras.
Que Deus se lembre de que foi
Ele mesmo que insistiu em usar uma velha goiva, uma funda bruta, uma velha, e
gasta, e indigna espada para combater por Deus e pela Santa Igreja nestes dias
de calamidades, de horror e confusão. Que Deus tenha pena de nós e perdoe a todos nós, e
particularmente a mim, pecador, que só quis combater por Ele e para agradar a
Ele e não aos homens com falsas verdades.
A SANTA INDIFERENÇA!
Dificilmente reagiremos
com tranqüilidade a certos acontecimentos se não tivermos um mínimo de
conhecimento de nós mesmos. Aprendendo a permanecermos equilibrados diante de
todas as coisas que experimentamos, desenvolvemos o desapego também a tudo o
que se encontra nas situações exteriores. Aprendemos a "santa
indiferença" - como estar totalmente compromissados, totalmente envolvidos
em ajudar os outros, enquanto, ao mesmo tempo, mantemos o equilíbrio mental.
Dessa forma, permanecemos pacíficos e felizes enquanto trabalhamos para a paz e
a felicidade de outros. Perguntaram,
certa vez, a santo Ignácio de Loyola quais seriam os seus sentimentos se o papa
viesse a suprimir a Companhia de Jesus. Respondeu ele:
"Um quarto de hora
de oração, e não pensaria mais nisso. Esta é a mais difícil de todas as mortificações - atingir uma Santa
Indiferença pelo êxito ou fracasso de uma obra a que dedicamos nossas melhores
energias. Se ela triunfa, muito bem; se
ela fracassa, muito bem também, ainda que para nossa mente limitada e ligada ao
tempo seja inteiramente incompreensível”.
Gratidão é a linguagem das
almas esposas! (Comunicando meu desligamento estatutário da Comunidade Católica
Shalom)
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Shalom!
Recebi nesta data (05/08/2022 – “Consagração da basílica de Santa Maria Maior”, minha mãe e Senhora!) depois de todo um período de escuta e discernimento, o aceite por parte da Comunidade de meu pedido formal de desligamento estatutário. Aprendi ao longo de todos esses anos na vocação, que se temos o carisma, nós até podemos sair do carisma, mas o carisma não sai de nós! Saímos apenas da vida estatutária, não do carisma, que como dom de Deus é irrevogável e sem arrependimentos (conf. Rom 11,29). Ao longo de nossas vidas encerramos e iniciamos vários ciclos e processos, alguns voluntários, outros nem tanto, por força das circunstâncias.
Encerramos e iniciamos novos ciclos quando perdemos nossos entes queridos, quando nascem nossos filhos, quando eles se casam e vão viver suas vidas; quando mudamos de emprego, cidade, rua; quando ficamos desempregados, quando nos aposentamos, ou quando ficamos dependentes dos outros em nossa velhice. Novas amizades surgem, outras se desfazem. Esse ciclos se dão também, quando nos decidimos por Deus em um seguimento vocacional mais próximo a Ele numa "Vocação Específica" para melhor viver nossa vocação batismal, ou quando encerramos este processo por um novo (ou novos) discernimento(s) ainda dentro do mesmo seguimento a Cristo (estou agora servindo na catequese de jovens e adultos da Paróquia Sagrada Família aqui em Mossoró-RN).
O que não podemos e nem devemos fazer, é de forma deselegante e ingrata, encerrar estes ciclos como quem sai batendo portas e falando mal de todo mundo. O desprezo total por pessoas e experiências de ontem costuma ser um sinal da falta de maturidade! Aquele(a) que, hoje, renega todo o passado, não terá dificuldade alguma de repudiar, amanhã, o hoje que considera maravilhoso. Nem tudo que ficou pra trás foi totalmente ruim ou totalmente bom! Em tudo existem as graças e os desafios! Mudar faz bem, a gratidão também! Muitas vezes, frente a algumas situações difíceis, podemos até nos perguntar, o por quê de tudo aquilo? Às vezes você lutou e relutou até as últimas consequências para sustentar e ficar em algo que no fundo, já sabia que não dava mais para continuar, ou quando insistiu em ficar naquele emprego que já não lhe fazia mais brilhar seus olhos e mostrar todo seu potencial. Quantas vezes você sentiu que determinadas amizades estavam sendo prejudiciais para você e estavam lhe afastando de Deus e das pessoas que realmente se importam com você? Sempre que iniciamos algo em nossas vidas, normalmente não pensamos no fim e, por consequência, não nos preparamos para isto. Temos uma tendência natural em sofrer por abrir mão de algo que muito nos custou. Assusta-nos pensar o que pode vir pela frente sem mais aquilo? Por essência, nossa mente começa a procurar formas de nos proteger da dor e, em decorrência disso, acabamos por dificultar e adiar o desfecho. Precisamos entender que os ciclos existem e são permitidos por Deus, como meios necessários ao nosso processo de amadurecimento! Muitas vezes algo nos é tirado para que possamos dar espaço a Deus para receber coisas maiores! Cada ciclo precisa ser vivido com o melhor de nós, pois há aprendizado em tudo que experienciamos! Precisamos cuidar de nossos pensamentos, nossas emoções, nossos posicionamentos, para que possamos tirar o máximo proveito de tudo! E isso vale para todas situações, sejam elas boas ou más.
As lições aprendidas nos serão muito válidas em futuras situações com as quais podemos nos deparar. Tão importante quanto viver cada um dos ciclos é saber reconhecer quando eles acabaram! Aceitar, ser grato, tomar as atitudes que são necessárias para dar um ponto final e seguir adiante virando com gratidão aquela página. Não é fácil, mas pode se tornar menos traumático, se pararmos de focar nessa possível “dor do fim de um ciclo” e colocar toda nossa atenção e fé no que está por vir! Aprendi também, que Deus sempre serve o melhor vinho no final! Captar, entender e discernir em oração e no tempo que for necessário, sem pressa, que não podemos permanecer em uma situação que já não nos acrescenta mais nada ou que está nos causando incômodos, mal estar a nós mesmos e aos que estão próximos a nós. Perceba que quando precisamos fazer força demais para que algo continue a dar certo, tem alguma coisa errada! Quando as coisas e superação dos desafios já não fluírem como antes, ficando constantemente exaustos, desmotivados e desmotivando os demais, então é hora de acender o sinal de alerta! E se nos encontramos assim por um longo tempo, está na hora de entrar em um "sadio processo de discernimento" percebendo os sinais que o próprio Deus nos permite ver e experimentar. Escolha continuar sua caminhada, sem perder seus valores! Não se iluda, muitas coisas e pessoas vão ficar sim pelo caminho! Elas também vão ter os seus próprios ciclos e processos. Isso não quer dizer que elas não foram importantes, não é isso! Elas foram sim necessárias e permitidas por Deus para nosso crescimento e o delas! Trazemos suas marcas e deixamos as nossas também nelas, pois o amor deixa marcas! Olhemos doravante para frente, e para o alto, para a meta do Cristão: A Santidade! Permitamo-nos recomeçar e perseverar neste novo que Deus nos abre! Encerro este ciclo com toda gratidão a tudo e a todos (não vou citar nomes para não ser indelicado e injusto com alguém). Primeiramente grato a Deus por tudo que aqui vivi e fui formado nesta belíssima Vocação, para ser quem sou hoje! Termino aqui com as palavras de Edionê uma das primeiras RL’s da missão em Mossoró em sua despedida ali na casa de nossa querida irmã e eterna jovem, Socorro Gurgel:
“Por tudo só tenho uma palavra: Gratidão! Que só no céu vocês entenderão, pois as palavras são insuficientes para descrever! Aqui eu feri e fui ferido, mas acima de tudo: aqui eu também amei, e muito mais amado eu fui” (Edionê).
“Mas uma coisa eu faço: esquecendo-me das
coisas que ficaram para trás, e avançando para as que estão diante de mim,
prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus.” (Filipenses 3,13-14)
Não nos esqueçamos: “O céu é logo ali!”
Shalom!
Francisco Barros
Olhe seu minino,
Foi muita emoção!
Muitos anos de vida corrida
Nesta linda Vocação!
Alguns já partiram
Mas sei que continuam do céu
no ministério da intercessão!
Porque, quem tem este chamado
Num tem sossego! Coitado!
Enquanto não vir um monte de gente
junto ao Jesus amado
Com a evangelização!
Agente reza,
estuda, tem formação,
faz retiro, faz adoração!
Porém, contudo, entretanto,
As vezes num tem jeito,
Corre a lágrima num canto...
Ficamos com aquela dor no peito
Chateado com algum irmão
Porque somos um balaio de gato
Mas dentro dele o Espirito Santo,
Que sempre arruma uma solução
Dizendo pra nós num ficar ensimesmado
Porque de gente, tem um bocado
Precisando de salvação!
E assim a gente vai andando
Neste caminho de Cruz e ressurreição
Sendo a vós do amado
Neste mundo todo enrolado
Sem Deus no coração...
Estes precisam conhecer a profecia
que transformei em poesia
pra homenagear cada irmão!
Pedindo desculpas por qualquer falha
Porque também, estou na batalha
Nesta obra de reconstrução
Do homem ferido pelo pecado,
Mas com a Comunidade de lado
Sabendo que Deus é Pai de todos
E somo todos irmãos!
Um dia vamos estar no Céu
Sem mágoas no coração,
Vamos relembrar que neste chamado
Deus só chamou os piores!
Não somos os melhores
Apenas gratos,
por esta magnifica Vocação!
Parabéns a todos(as) os Shalomitas! Grato a todos do passado e do presente, pelo seu SIM e oferta de vida a Deus na evangelização que me alcançou, principalmente a Moysés e Emmir!
ORAÇÃO PELO APOSTOLADO BERAKASH:
“Ó Jesus,
que nesta vida pela fé eu vejo.
Realiza, eu
te suplico, este meu desejo:
Ver-te,
enfim, face a face, meu divino amigo!
Lá no céu,
eternamente, ser feliz contigo!”
Amém!
NASCI
NO DIA 16 DE FEVEREIRO (VÉSPERA DA FESTA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO: DIA 17
DE Fevereiro)
Trago a marca do desterro em minha vida! Nasci no Giquí, distrito de Jaguaruana-CE, me criei em Aracati-CE, e até o momento em virtude do trabalho, fui transferido e moro em Mossoró-RN. Comecei minha caminhada com Deus na Legião de Maria, depois na RCC em Aracati-CE, fiz a experiência da Efusão no Espírito Santo em 1996. Em 1999 fui transferido para Mossoró-RN e fiquei na Pastoral Familiar na paróquia de São Manoel quando o pároco era o nosso querido padre Guimarães, até o ano 2001 quando fiz o vocacional Shalom, e fiquei nesta magnífica vocação até 05.08.2022 (mais de 20 anos). Agora estou como Catequista de jovens e adultos na Paróquia Sagrada Família - A devoção a Nossa Senhora do Desterro (festa no dia 17 de Fevereiro), tem origem na Bíblia como nos narra São Mateus em seu Evangelho (Mt 2, 13-23), quando a Sagrada Família teve que fugir com o Menino Jesus para o Egito, por causa da perseguição do Rei Herodes. Nossa Senhora permaneceu cerca de quatro anos fugitiva, desterrada no Egito. É a devoção dos que não tem Pátria definitiva nesse mundo. Como os milhões de brasileiros que saem do seu solo por diversas circunstâncias em busca de uma vida melhor, bem como os milhões de refugiados ao redor do mundo. Nossa Senhora do Desterro é a padroeira dos que tiveram que deixar sua Pátria, amigos e familiares para procurar trabalho e sobrevivência em outro lugar ou se refugiaram em outras terras. Na Itália, ela é a Madona degli Emigrati, a Mãe dos imigrantes. É a Mãe à qual todos rezam para serem bem recebidos em terras estrangeiras, para conseguirem novas relações fraternas e trabalho. Maria Santíssima nos ensina a espiritualidade do desterro, o saber acolher qualquer irmão de qualquer lugar. Como sempre dizia São Bento a seus monges: “Chegou o visitante, chegou o migrante, chegou Cristo!” Os que são devotos de Nossa Senhora do desterro, por sua promessa, serão protegidos contra a fome, a peste, a guerra e das doenças contagiosas. Os seus inimigos não terão poder de ofendê-los, nem roubá-los. Resistirão às tentações do demônio. Todos os que tiverem confiança nas misericórdias da Mãe do Desterro, serão felizes em seus negócios e viagens. Não morrerão sem a confissão e ficarão livres de uma morte repentina. Como sabemos pelas escrituras, José e Maria tiveram que fugir de sua pátria com seu pequeno filho Jesus para o Egito, uma terra estranha, de povos pagãos, e ficaram lá por 4 anos. Jesus passou pela experiência do desterro, junto com sua todas família e sabem muito bem o que é essa realidade. E o próprio Jesus nos diz no Evangelho de São Mateus: “Eu era forasteiro e me acolheste” (Mateus 25,35). No ano de 1673, o fundador de Florianópolis, cidade que se chamava Desterro, hoje capital de Santa Catarina, Francisco Dias Velho, trouxe uma imagem de Nossa Senhora do Desterro para a ilha e ali construiu uma pequena capela em honra de Maria Santíssima, N. Sra do Desterro, iniciando sua devoção por todo Brasil. O Papa Pio X, quando da construção da Catedral de Florianópolis, dedicou Nossa Senhora do Desterro como Padroeira da cidade. Existem no Brasil muitas cidades que mantém a devoção a Nossa Senhora do Desterro, com capelas e igrejas em sua homenagem ( no RN tem o município de Vila Flor da Arquidiocese de Natal, como sua padroeira).
Oração a Nossa Senhora do desterro
"Ó Bem Aventurada
Virgem Maria, Mãe do Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador do Mundo, Rainha do
Céu e da terra, advogada dos pecadores, auxiliadora dos cristãos, protetora dos
pobres, consoladora dos tristes, amparo dos órfãos e viúvas, alivio das almas
que penam, socorro dos aflitos, desterradora das
indigências, das calamidades, dos inimigos corporais e espirituais, da morte
cruel, dos tormentos eternos, de todo bicho e animal peçonhento, dos
maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, das cenas terríveis e visões
espantosas, do rigor do dia do juízo final, das pragas, dos incêndios,
desastres, bruxarias e maldições, dos malfeitores, ladrões, assaltantes e
assassinos.Minha amada Mãe, eu prostrado agora aos vossos pés, com
piedosíssimas lágrimas, cheio de arrependimento das minhas pesadas culpas, por
vosso intermédio imploro perdão a Deus infinitamente Bom.Rogai a vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias, para
que ele desterre de nossas vidas todos estes males, nos dê o perdão de nossos
pecados, e nos enriqueça com sua divina graça e misericórdia.Cobri-nos com
vosso Manto maternal, ó divina estrela dos montes.Desterrai de nós todos ao
males e maldições.Afugentai de nós a peste e os desassossegos.Possamos,
por vosso intermédio, obter de Deus a cura de todas as doenças, encontrar as
portas do Céu abertas, e convosco ser felizes por toda a eternidade. Amém!"
Nossa Senhora do Desterro, rogai por nós que recorremos a Vós!
segue minha "música epitáfio" que marcou para sempre minha caminhada com deus - ("insisto" - de isaias luciano):
Apostolado Berakash - "Ad
maiorem Dei gloriam inque hominum salutem"
Francisco José
Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme
diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
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Shalom!
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É meu irmãozinho...como sempre digo: perfeito só Deus! e atire a primeira pedra quem nunca pecou! Muito me edificaram este seu testemunho. Que Deus lhe abençoe, o proteja e o livre de todo mal.
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