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O que Faço na Igreja? Reflexão Sobre Fé, Missão e Propósito Cristão

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 18 de junho de 2020 | 17:40




ALGUNS DADOS BIBLIOGRÁFICOS:




Filho de pais católicos, ambos naturais do Giqui, distrito de Jaguaruana-CE, onde também nasci, em 16 de fevereiro de 1965, dia dedicado a Nossa Senhora do Desterro. Meus pais, José Ferreira de Araújo, pedreiro, e Rosa de Lima Barros de Araújo, do lar, sempre foram profundos devotos de Nossa Senhora. De minha mãe, herdei uma particular devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que marcou profundamente minha vida espiritual. Primogênito de quatro irmãos — Francisca Maria, Cláudio Barros e José Leandro, respectivamente. Sou aposentado da Petrobras (desde 2020) e resido em Mossoró-RN desde junho de 1999. Possuo formação acadêmica em Teologia (2010–2014) pela Faculdade Católica de Mossoró-RN.









Giqui, pedaço de chão,

Onde o sol se derrama ao amanhecer,

Na terra seca, no verde do sertão,

De Jaguaruana, onde o vento vem viver.

 

O canto das aves, o som da enxada,

No batente da vida, o suor e a lida,

Homens e mulheres, de mão calejada,

Fazem da terra árida, a terra querida.

 

Nas estradas de barro, poeira e suor,

O vento leva histórias ao céu vasto,

De risos, de prantos, um amor maior,

Que nasce simples, sincero e casto.

 

É o Giqui, tranquilo, quieto, calado,

Revela seu brilho em silêncio profundo,

É força é raiz, é solo sagrado,

É canto é saudade desse pedaço do mundo!


(Autoria desconhecida)




-Primeira Eucaristia: no Giqui-CE, na igreja de N. Sra. da Conceição, por Pe. Raimundo de Sales Façanha – (padre Doceu) -  (pároco de 15/10/1969 á 09/05/2010)

 


-Crismado em Aracati-Ce, na igreja Matriz de N. Sra. Do Rosário, em Novembro de 1978, aos 13 anos de idade, por Dom Pompeu Bezerra Bessa, bispo de Limoeiro do Norte-Ce (episcopado de: 1973 – 1994),  tendo como padrinho: Francisco Paiva Bento de Aracati-Ce.



Perguntam-me, às vezes de modo provocativo: “Qual é a tua, Barros? O que tu fazes na Igreja?”


 






Mas será que ainda não perceberam?





Defendo a verdadeira Fé! Faço o que sempre fiz — desde aquele encontro marcante com a misericórdia de Deus, em 1996, em Aracati-CE. Aquele momento foi um divisor de águas, uma verdadeira Páscoa, uma passagem da morte para a vida. Desde então, busco anunciar, oportunamente ou não, a sã doutrina da salvação, conforme exorta São Paulo:  


“Proclama a palavra, insiste oportuna e inoportunamente...” (2Tm 4,1-5)




Que faço na Igreja?





O que pode fazer um pecador como eu, senão rezar e pedir perdão todos os dias ao Senhor Deus pelos próprios pecados? Procuro viver uma fé autêntica e perseverante: rezo, confesso-me sempre que posso e busco direção espiritual com um sacerdote que reconheça o pecado como pecado — e não aquele que, por falsa misericórdia, tenta aliviar a culpa e, assim, perpetuar o erro.  Participo da Santa Missa, ajudo quem precisa (sem fotos, holofotes ou trombetas — cf. Mt 6,2-4). Procuro também, colaborar com a Igreja, através do dízimo e do serviço na Pastoral da Catequese de Jovens e Adultos.E, sobretudo, não falto à Missa dominical por livre vontade, pois sei que ali está o centro e o sentido da minha vida e de todo o meu trabalho: Cristo presente na Eucaristia.






(Com D. Mariano - Bispo da Diocese de Mossoró-RN)



Claro que muitos se interessam em saber — e alguns até me perguntam com certa indignação: “Mas afinal, quem é você na Igreja?”


Pois bem… quem sou eu na Igreja? Praticamente nada! Ou, talvez, apenas poeira levantada pelo sopro do Espírito. Sou um simples leigo, casado e consagrado a Jesus pelas mãos de minha Mãezinha Maria Santíssima, minha guia e modelo de obediência e amor.  Sou, por assim dizer, um teólogo de bastidores, um catequista de araque, como costumo brincar — alguém que gasta o tempo vasculhando velhos livros, procurando as marcas de sangue dos mártires, as pegadas dos santos e os rastros luminosos dos heróis da fé nas veredas da História. São vestígios cada vez mais raros, porque os livros de hoje parecem esquecer que o cristianismo nasceu do sangue e das lágrimas, e que a Verdade sempre custou caro com desafios e sacrifícios.






No fundo, sou apenas um servo inútil (cf. Lc 17,10), pois faço apenas aquilo para o que Deus me capacitou — nada mais, nada menos. E, se algo de bom há em mim, é pura graça, não mérito! Se falo, é porque a Palavra me arde no coração; se ensino, é porque não posso calar (cf. Jr 20,9); se insisto, é porque sei em quem depositei a minha fé (cf. 2Tm 1,12).  Não tenho cargos nem títulos pomposos; sirvo como posso, onde Deus me coloca, consciente de que a grandeza do cristão não está em ser reconhecido, nem ao sucesso, mas em sermos fieis como dizia madre Teresa de Calcutá. Em perseverar no escondimento, como Maria aos pés da cruz — silenciosa, fiel, orante.  Sou apenas isso: um pequeno instrumento nas mãos de um Deus imenso, que se compraz em usar vasos frágeis e literalmente de barro (cf. 2Cor 4,7) para manifestar a força do Seu amor.



(Sempre que posso levo alguns livros onde vou pregar)



Ainda querem saber o que faço na Igreja?  



Faço aquilo que devo, e aquilo que Deus me inspira a fazer! Nada mais, nada menos.  Sigo com meu velho coração já cansado, carregando comigo a fiel companheira de tantos anos — minha irmã hipertensão — que, de vez em quando, me recorda que sou mortal, e que posso ser chamado a qualquer momento. Mas enquanto o Senhor me dá fôlego, não quero desperdiçar um só dia sem lutar pela conquista de uma alma para Cristo e Sua Igreja.  Às vezes, confesso, o entusiasmo me vence: mesmo cansado, me deixo inflamar pela alegria de ver alguém se aproximar de Deus, redescobrindo o sentido da fé. E, em outras ocasiões — nestes tempos confusos e relativistas, em que muitos já não distinguem a verdade do engano — sou levado, por força das circunstâncias, a fazer o impensável: ensinar, com todo respeito e amor à Igreja, “Pai-Nosso a padre”!  Sim, vivemos dias em que o simples se tornou escândalo, e o essencial, esquecido. Mas, apesar das fraquezas e do peso dos anos, sigo adiante, confiando que Deus ainda pode usar um coração cansado e uma voz teimosa para reacender a chama da fé onde ela parece se apagar.  Sou apenas um servo que tenta permanecer de pé, não por força própria, mas pela graça Daquele que me chamou.








Quem sou eu na Igreja?  



Sou apenas um simples leigo, um inútil e insignificante filho da Igreja, o indigno e infiel consagrado a Jesus pelas mãos de Maria Santíssima, minha Mãe, Mestra e Intercessora. Nada tenho de extraordinário — apenas o desejo sincero de amar e servir a Cristo, com todo o coração e com as poucas forças que ainda possuo.  Sou alguém apaixonado por Jesus Cristo e pela Sua Igreja, essa barca sagrada que atravessa os séculos conduzindo os corações ao porto seguro da salvação. Não busco cargos nem reconhecimentos; busco ser fiel. Não pretendo brilhar, mas refletir um pouco da luz de Cristo sobre os caminhos escurecidos deste tempo.  Procuro viver a fé com simplicidade e ardor, lembrando que a santidade começa nas pequenas coisas: uma oração feita com amor, uma palavra de consolo, um gesto de caridade, um “sim” dado cada manhã. Ser leigo, para mim, é estar no coração do mundo com o coração em Deus, levando a presença de Cristo ao cotidiano — à família, ao trabalho, à convivência com os irmãos.  Sou apenas isso: um consagrado de Maria, tentando, dia após dia, fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).










Estilo antigo?






Perdão… na Igreja Católica, não existe realmente nada de “antigo” no sentido pejorativo. Existem apenas as coisas de sempre — e para sempre.  A verdade católica é eterna; não se desgasta com o tempo, não se altera com modismos ou opiniões passageiras. A essência da fé, os dogmas, os sacramentos, a Liturgia — tudo o que é verdadeiramente católico — permanece imutável, porque a Verdade mesma não muda jamais.  O que alguns chamam de “estilo antigo” é, na realidade, a fidelidade àquilo que sempre foi, àquilo que os santos viveram, os mártires defenderam e a Igreja transmitiu por séculos, sem nunca se deixar seduzir pelas tendências passageiras do mundo.  Portanto, não se trata de apego ao passado, mas de respeito à eternidade da Verdade. Ser católico é abraçar o que é perene, caminhar com os séculos sem jamais perder de vista Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre (cf. Hb 13,8).






(Aprofundamento para casais em Aracati-CE)




Perguntar-me-á você: mas o senhor não pertence, hoje, a nenhum movimento “progressista e libertador dos pobres?”




Não! Graças a Deus, não!  Repudio tudo aquilo que se diz progressista, mas que na realidade prega uma falsa libertação. Uma libertação que promete liberdade de tudo: da Igreja, de Deus, da moral, de “tabus”, de qualquer autoridade que limite os caprichos humanos… mas jamais daquilo que é pecado.  Repudio a ideologia que demoniza as virtudes e glorifica os vícios, que transforma o pecado em normalidade e o erro em direito. Não me deixo seduzir por discursos que vendem liberdade sem responsabilidade, igualdade sem verdade e justiça sem Deus.  Ser cristão, na minha visão, não é seguir modismos ou bandeiras humanas; é permanecer fiel à verdade eterna, defender a moral que santifica, amar os pobres de alma e de corpo, e conduzir todos à verdadeira liberdade: aquela que só existe em Cristo, a Verdade que liberta de tudo o que escraviza o espírito (cf. Jo 8,32).
 
 

 

 
 
 
Sou pelo que é eterno, pelo que não passa, pois a Igreja Católica é filha da certeza, filha da verdade, e não da dúvida ou da ambiguidade.  E, à bem da verdade, Jesus não se encarnou e não derramou Sua vida no Calvário apenas por uma classe social, os pobres. Ele morreu por todos os pecadores, ricos ou pobres, instruindo-nos que o amor de Deus não faz acepção de pessoas.  Ele deixou isto claro ao anunciar Sua missão integral, como registrado em Lucas 4,18:  “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o Evangelho aos pobres. Ele me enviou para proclamar a libertação aos aprisionados, a recuperação da vista aos cegos, e para restituir a liberdade aos oprimidos.”  Portanto, a missão de Cristo não se restringe à pobreza material, mas abrange todas as dimensões da vida humana: espiritual, moral, social e pessoal. Ser discípulo de Jesus é abraçar essa missão integral, buscando a libertação do pecado, a reconciliação com Deus e a restauração da dignidade de cada ser humano, independentemente de sua condição econômica ou posição social.








Faço questão de que meu brado ecoe os argumentos da verdade, sem meias palavras, sem rodeios. Falo com clareza e coragem, para que nada fique dúbio ou escondido, doa a quem doer.  Não me preocupo em agradar a opiniões passageiras ou em seguir a multidão. Prefiro, como São Paulo, agradar a Deus antes que aos homens (cf. Gl 1,10). Se minhas palavras ferem conveniências ou despertam desconforto, que assim seja! Antes a fidelidade à Verdade do que a complacência com o erro.  Falar a verdade é, muitas vezes, uma espada de dois gumes: pode incomodar, provocar rejeição ou crítica. Mas não há outra via para quem deseja permanecer íntegro diante de Deus. Não me deixo levar pelo silêncio conivente, nem pelo murmúrio confortável do relativismo. Meu compromisso é a Verdade que liberta, a Verdade que permanece inalterável através dos séculos, e que exige coragem para ser proclamada.  Portanto, continuarei a falar claro e alto, confiando que a Palavra de Deus produza frutos, mesmo que às vezes seja necessária a dor do confronto para que se faça luz na escuridão do mundo.




(Aprofundamento para membros RCC de Areia Branca - RN)



ainda quer saber o Que faço na Igreja?



Mas você ainda não percebeu? Ensino — àqueles que ignoram, mas têm boa vontade de aprender — algo do pouco que Deus me permitiu conhecer. Reconheço, porém, com humildade:  “Se enxerguei algo de verdadeiro além do que outros não viram, não foi por mérito próprio, mas porque estava sentado sobre os ombros de gigantes da fé do passado.”  E não paro aí. Martelo argumentos contra quem ousa negar a Verdade Católica, ou ataca a fé com palavras vazias e retóricas enganosas. Não faço isso por orgulho, mas por amor à Igreja, por fidelidade àquilo que é eterno e imutável. 







Combato, com todas as forças, as profanações e heresias que os chamados progressistas e libertadores do momento defendem com tanto fervor. Faço isso porque sei que o clamor destemido atrai almas. É a Cruz que atrai, como disse Jesus:  “Quando Eu for levantado, atrairei tudo a Mim” (Jo 12,32).  Sim, levantar Cristo e a Verdade bem alto é ato de coragem, pois atrai aqueles que buscam sentido e propósito, mesmo em meio ao caos e à confusão do mundo moderno. Os homens, e especialmente a juventude, são atraídos pelo heroísmo, não pelo comodismo. Não se deixam conquistar pelo pacifismo falso, pela mediocridade confortável ou pelo silêncio cúmplice que já hoje traz vergonha e derrota.  





(Formação para casais na paróquia N. Sra. de Fátima-Mossoró-RN)






Em tempos em que a virtude é ridicularizada e o pecado celebrado, levantar-se pela Verdade é ato profético. É gritar no deserto, ecoando os clamores dos profetas, lembrando a todos que Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. A Verdade não se negocia. Quem a defende com coragem mostra que ainda é possível resistir às seduções do mundo, apontando sempre para Cristo como o centro de toda existência.  Minha luta é silenciosa para uns, audível para outros, mas é constante. É feita de orações longas, confissões sinceras, ensinamentos humildes e combates intelectuais. É feita de olhar nos olhos do erro sem medo, de falar quando todos preferem silenciar, de permanecer firme quando muitos cederiam à conveniência.  E faço tudo isso não por glória própria, mas porque a Verdade não pode ser silenciada, porque a Cruz não pode ser escondida, e porque a graça de Deus precisa encontrar corações dispostos a ouvir e seguir.  Assim, continuo meu caminho como um servo fiel e imperfeito, consciente das minhas limitações, mas entregue de todo coração à missão de Cristo, sabendo que levantar a Cruz e proclamar a Verdade é a maior expressão de amor que posso oferecer à Igreja e ao mundo.  Se quiser, posso ainda criar uma versão ainda mais épica e poética, quase como um manifesto profético completo, com ritmo literário intenso, perfeita para postagem ou leitura em público.


Que faço na Igreja?



Peço a Nossa Senhora, minha Mãe e Rainha, a quem sou consagrado, que transforme minha alma em uma espada para a glória de Deus. Com essa espada, não luto por mim mesmo, mas forjo outras almas-espadas, corajosas e firmes, para que combatam o bom combate da fé, defendendo a Verdade, anunciando o Evangelho e resistindo às mentiras do mundo.  Mas não me detenho apenas na batalha. Mais do que isso, procuro construir catedrais nas almas, espaços sagrados onde o Espírito Santo (não eu), possa habitar, iluminando, santificando e transformando cada coração. Cada palavra que ensino, cada gesto que pratico, cada oração que elevo, é um tijolo nesta catedral invisível, edificando almas para Deus, tornando-as templos vivos de santidade e consagração.  Assim, meu serviço na Igreja não é feito de títulos ou honrarias, mas de amor concreto, coragem espiritual e fidelidade à Verdade. Meu desejo é que cada alma tocada pelo Evangelho se torne uma fortaleza de fé, uma espada que reflita a luz de Cristo e um templo onde Ele possa reinar para sempre.  Pois, afinal, o combate e a construção caminham juntos: é preciso lutar pelo que é verdadeiro e ao mesmo tempo edificar o Reino de Deus nos corações, para que a Igreja seja sempre viva, santa e poderosa, refletindo a glória eterna do Senhor.





(Pregando sobre Falsas Doutrinas no Renascer)



Que faço ainda na Igreja?




Alguns podem me julgar infeliz, porque me veem sempre polemizante, sempre levantando a voz em defesa da fé. Mas saibam: é exatamente o oposto! Sou imensamente feliz, porque combato o bom combate.  O Espírito Santo inspirou as Escrituras a nos lembrar que:  “Militia est vita homini super terram” — a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7,10).  Sem luta, a vida perde sentido. Sem combate, não vale a pena existir. E eu faço parte da Igreja militante, aquela que caminha erguendo a Cruz e proclamando a Verdade, mesmo em meio às adversidades e ao silêncio cúmplice do mundo.  Um católico que não está em constante luta pela fé possui uma alma tristemente aposentada, acomodada, anestesiada. Não é meu caso. Embora já esteja aposentado do trabalho profissional que garante o sustento meu e de minha família, não aposentarei jamais minha alma do bom combate da fé.  Cada oração, cada palavra de defesa da Verdade, cada gesto de coragem é uma vitória no combate espiritual, um tijolo a mais na edificação do Reino de Deus nos corações. E nessa luta encontro alegria e realização, porque sei que servir à Igreja, combater pelo Evangelho e permanecer fiel à Verdade é a maior aventura que uma alma pode viver sobre a terra.  Minha felicidade não vem do conforto, nem da aprovação do mundo, mas do cumprimento da missão que Cristo confiou a cada discípulo: lutar, resistir e permanecer firme até o fim. Sou um católico vivo, militante e apaixonado, e é nesta paixão pelo Evangelho que encontro sentido, força e alegria para seguir adiante.




(Pregando sobre Falsas Doutrinas - Missão de Mossoró-RN)




Não sabe você que o Crisma nos faz soldados de Cristo?  Se percebe que vivo sempre debatendo e defendendo a Fé, saiba que o Crisma não me foi concedido em vão — graças a Deus! O Espírito Santo, que um dia me ungiu com o santo crisma, gravou em minha alma o selo do combate, e é por isso que me alegro em lutar as batalhas do Senhor.  Sim, o combate me traz imensa alegria! Porque me permite defender a Verdade Católica, confirmar os irmãos na Fé, e — oh, graça sublime! — ver, não raras vezes, almas retornando ao Caminho de Cristo e à comunhão com sua Santa Igreja, tocadas não por mim, mas pelos argumentos e inspirações que o próprio Deus põe em meus lábios, ou na ponta de meus dedos.  É diante do teclado, instrumento do meu apostolado, que tantas vezes golpeio sofismas e mentiras, como um soldado da Palavra, respondendo aos inimigos de Deus e da Igreja com as armas da razão e da Fé. E, olhando para trás, com humildade e gratidão, vejo um vasto trigal que o Senhor me permitiu semear: almas que, tocadas pela graça, aderiram à sã doutrina da salvação. E então me alegro — como nordestino que sou — ao contemplar as espigas douradas balançando sob o vento suave da graça, iluminadas pelo sol de Deus, sinal de que nenhuma luta, quando travada por amor, é em vão.  Rogo, contudo, a Deus que perdoe este seu velho e indigno servo, tantas vezes impaciente, inconveniente e talvez até arrogante — mas sempre pela Sua causa. Já cansado de tantas batalhas, mas ainda sedento de servir, sigo com o coração firme, porque a fé não é refúgio dos fracos, mas chama dos fortes.  Preferiria você que eu fosse um católico “mansinho”, desses que calam quando a honra de Deus é ultrajada e a Igreja é ofendida? Não! Jamais!  Antes quero ser chamado de duro, insistente e combativo, do que ser contado entre os mornos, que nada dizem, nada fazem e nada defendem! Porque a tibieza é a sepultura da fé, e a indiferença, o mais frio dos pecados.  E enquanto eu tiver voz, palavra e vida, seguirei lutando — com a espada da Verdade e o escudo da Fé — até o último suspiro, proclamando, como São Paulo:  


“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” (2Tm 4,7)









Quereria você que eu fosse um católico pacificamente cúmplice?  Que eu fechasse os olhos diante dos covardes silêncios que dão a impressão de que a Igreja não possui a Verdade, e que os católicos não têm coragem ou capacidade de se levantar em defesa de Deus? Não! Jamais!  Preferiria você que eu fosse estimado pelos maus, mantendo uma cordialidade superficial que apenas acoberta covardia ou impotência? Que eu buscasse muitos “amigos” que aplaudissem uma cumplicidade simpática, enquanto a honra de Deus era pisoteada? Que eu, para ser popular, querido ou admirado, me calasse quando a Verdade era atacada? Não! Jamais!  Sei que muitos preferem essa tibieza, mas eu não pertenço à Igreja morna. Lutar, cantar, aceitar desafios, não temer, não tremer e estar sempre na primeira linha de combate, quando se trata de defender a honra de Deus e de Sua Santa Igreja… ah! Isso sim! Mil vezes sim!  E se essa postura me trouxer o ódio dos maus, desprezo, calúnias, isolamento, perseguição ou incompreensão, nela estará minha honra, porque Nosso Senhor disse:  “Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e vos perseguirem, e disserem falsamente todo o mal contra vós por minha causa” (Mt 5,11).  Permita-me, a propósito, parodiar um poeta que admiro:  


“Ah, se você soubesse, meu caro, que divertidas manchas fazem, sobre nossa roupa, o fel dos invejosos e a baba dos covardes!” (Ah si tu savais, mon cher, que d´amusantes tâches font sur mon pourpoint le fiel des envieux et la bave des lâches — E. Rostand, Cyrano de Bergerac).  




(Aprofundamento para Casais em Apodi -RN)




Se você não compreendeu a felicidade que se encontra na luta pela Verdade, então não entendeu nada do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. É um equívoco pensar que uma vida de combate e polêmicas traz infelicidade. Muito pelo contrário: a verdadeira alegria está em defender a fé, mesmo quando é difícil, solitário ou impopular.  Será que você nem percebeu que Jesus, em sua vida pública, polemizava continuamente contra os fariseus, escribas e doutores da Lei? Ele não se deixou seduzir pela tibieza nem pelo consenso humano. Ele lutou pela Verdade até o fim, e essa mesma Verdade exige de nós coragem, firmeza e fidelidade inabalável.  Quem vive o Evangelho com seriedade sabe que a luta, a defesa e a indignação justa são sinais de uma fé viva, e que somente quem se levanta contra o erro e protege a Verdade experimenta a verdadeira felicidade cristã.





(Pregando na Capela de São Francisco -Mossoró-RN)




Você ainda não percebeu que Jesus foi crucificado exatamente por ter polemizado durante três anos, denunciando publicamente a hipocrisia dos fariseus, escribas e doutores da Lei? Não creio que você não o tenha percebido!  Será que hoje cessaram os hipócritas? Será que já não há fariseus modernos, mascarados sob novos nomes, travestidos de piedade e tolerância? Ou será que o que realmente falta são cristãos dispostos a serem outros Cristos, imitadores fiéis d’Aquele que não se calou diante do erro?  Porque, afinal, Christianus, alter Christus — o cristão é um outro Cristo! E Cristo foi combativo, foi um polemista por excelência, não porque amasse a discórdia, mas porque amava a Verdade. Ele foi tão polêmico, tão contundente, tão verdadeiro, que continua até hoje a causar divisão, como Ele próprio anunciou:  “Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra.” (Mt 10, 34-35)  Sim, eu escolhi a luta e aceitei a divisão. E é justamente isso que me trouxe uma vida plena, feliz e profundamente alegre: viver combatendo o bom combate, não contra pessoas, mas contra as mentiras que afastam as almas de Deus.  E se há em mim algum outro defeito — talvez grave — é o de rir demais. Sim, rio dos inimigos de Deus, rio de seus sofismas e de suas falácias quando, pela graça divina, os vejo desmascarados diante da força luminosa da Verdade.  Mas também rio de alegria, canto de felicidade, porque possuo, ainda que indignamente, a pureza da Verdade Católica, e procuro ser fiel a ela até o fim. E canto, canto mesmo — com esta voz desafinada, gasta e rouca de tanto pregar, de tanto discutir, e de tanto cantar!  Pois há uma alegria que o mundo não entende: a alegria de lutar pela Verdade e permanecer fiel a Cristo, custe o que custar. E é nessa luta que encontro minha paz.E como canto em minha alma, quero fazer os Jovens também, cantarem:





“Chantons l´honneur de vivre, 
(Cantemos a honra de viver)


bravant le monde entier! (...) 
(desafiando o mundo inteiro...)


L´honneur de nous battre 
(Cantemos a honra de batalhar)


pour la gloire de Dieu !" 
(pela glória de Deus)





(Aprofundamento para Casais em Aracati-CE)




Cantar até na luta! Rir até no combate!  Meus cabelos, já embranquecidos, orgulho-me deles, sinal de anos de dedicação e batalhas travadas pela fé. Minhas rugas, marcas do tempo, mostram que chego ao entardecer de uma vida repleta de lutas, mas uma vida que vale cada esforço, cada batalha, cada lágrima e cada sorriso.  E, ao olhar para trás, sou obrigado a reconhecer uma verdade inegável: fui, e sou, imensamente feliz! Muito feliz! Mesmo nas cruzes que carreguei, mesmo nos combates mais árduos, a felicidade brotou da própria Cruz, da certeza de servir ao Senhor e de lutar pelo Reino de Deus.  Então, você compreendeu, enfim, o valor do meu combate? Compreendeu que defender a Verdade, enfrentar os inimigos da fé e erguer a Cruz é motivo de alegria, coragem e realização espiritual?  Se a sua resposta for sim, venha conosco! Venha para a polêmica! Venha para o combate na defesa da Fé! Contra os hereges, os falsos mestres e todos aqueles que atacam a Verdade Católica!  Não se iluda: não é fácil, nem sempre popular, nem confortável. Mas é a vida cristã militante em sua forma mais gloriosa. E há alegria em cada batalha, em cada palavra dita em defesa da Verdade, em cada alma que retorna à luz da fé por nossas ações.  Venha lutar, cantar e rir conosco! Pois a fé não se rende, não se acomoda, não se silencia — e aqueles que a defendem, mesmo cansados ou envelhecidos, encontram nela a maior das felicidades: a alegria de ser fiel a Cristo até o fim.









Mas você ainda quer saber o que faço na Igreja?






Rezo, estudo, escrevo artigos no blog Berakash e nas redes sociais, dedicando este meu insignificante, mas apaixonado apostolado à propagação da Verdade. E, pela graça de Deus, desperto entusiasmos nos bons e ódios nos maus (cf. Gal 4,16). Aturo desaforos e incompreensões, suporto calúnias e os silêncios murmurantes de quem prefere o conforto da mediocridade à coragem da Verdade. Mas, acima de tudo, respondo a aqueles que sinceramente buscam respostas verdadeiras, quer venham com humildade, quer venham com deboche.  E, pela graça do Senhor, que “me deu os meus dedos para a guerra” (cf. Sl 144,1), golpeio os sofismas e falsas doutrinas no teclado, proclamando o Evangelho de Cristo, defendendo a fé e oferecendo instrução firme e caridosa.  Sinto alegria imensa quando vejo frutos dessa luta: almas que retornam à Fé, corações que se fortalecem, pessoas que reconhecem a Verdade e se regozijam em caminhar novamente com Cristo. 





São inúmeros os comentários e manifestações de gratidão nas postagens do blog Berakash ao longo dos anos, e cada um deles é para mim um testemunho de que o esforço não é em vão, uma prova de que Deus usa até os mais humildes instrumentos para semear luz no mundo.  Não busco aplausos nem popularidade. Minha recompensa está na graça de Deus operando em corações transformados, na certeza de que mesmo minhas palavras e esforços mais simples podem ser instrumentos de salvação.  E assim sigo: orando, estudando, escrevendo e defendendo a Fé, com alegria, coragem e esperança, sabendo que cada batalha travada pela Verdade é uma vitória para o Reino de Deus.



(Formatura em Teologia pela FCM-RN - 1ª Turma.2014)




Que faço na Igreja?




Atiço brasas que se apagavam. Fortaleço, tanto quanto posso, com a ajuda de Deus, canas tortas e frágeis, dando-lhes vigor para resistirem às tempestades do mundo. Sopro, com todo esforço e fé, em fogueiras bruxuleantes, inflamando o ardor da fé nos corações que quase se apagaram. Acendo tochas, inflamo candelabros, e faço jovens cantarem a alegria de lutar e de defender a Fé Católica!  E sempre que posso, procuro responder às dúvidas de internautas que me questionam. Algumas perguntas são pretensiosas. Outras, impertinentes. Há as mal-educadas, as atrevidas, as ignorantes, e as carregadas de ódio, vazias de argumentos. Cada pergunta é um desafio. Cada resposta, um duelo.  À sabre ou florete? Quem escolhe as armas é o adversário. Mas a minha arma é sempre o Escudo da Fé e a espada da Verdade. E o prêmio que busco não é glória pessoal, mas a conversão de uma alma para Nosso Senhor, a alegria de ver corações retornarem à luz da Verdade.  Como “Atalaia”, que é a missão particular que Deus me confiou dentro do meu Carisma, fico sempre na brecha, sempre na muralha da Santa Mãe Igreja. Meu coração vigia mesmo quando meus olhos dormem. Sonhando, planejando, antecipando as perguntas que virão e os argumentos que serão dados. Não por orgulho, mas por amor à Verdade, à Igreja e às almas que dependem de nossa fidelidade.  E é nesta vigilância, neste esforço constante, que encontro sentido, propósito e alegria: Pois cada chama reacendida, cada alma fortalecida, cada dúvida esclarecida é testemunho de que Deus trabalha através dos seus servos, mesmo os mais imperfeitos, e que a luta pela Verdade nunca é em vão.



(Seminário para Casais em Mossoró-RN)





Que faço na Igreja?




Com a graça e a ajuda de Deus, faço aquilo que venho realizando toda a minha vida: edificar almas para Cristo. Como tão belamente expressou Pierre de Craon, na peça Une jeune fille Violaine:  “Faço catedrais nas almas. Catedrais de luz e de vitrais, de verdades e virtudes, para que Deus habite nelas.”  Sim, construo catedrais invisíveis, tijolo por tijolo, com oração, ensino, exemplo e amor à fé. Cada palavra de orientação, cada gesto de caridade, cada esclarecimento da Verdade é um tijolo colocado com cuidado, uma luz acesa em vitrais que refletem a glória de Deus.  Não busco reconhecimento humano, nem aplausos passageiro. Minha alegria está em ver Deus habitar nessas almas, transformando-as em templos vivos, capazes de irradiar luz, firmeza e santidade no mundo. E mesmo quando a obra parece pequena ou incompleta, sei que cada catedral erguida para Deus é eterna, porque a graça do Senhor dá solidez àquilo que é construído com amor e fidelidade.  E assim sigo: pedindo força a Deus, confiando na ação do Espírito Santo, e dedicando minha vida a essa missão silenciosa, mas infinita, de elevar cada alma a ser morada digna do Altíssimo, pois é nesse trabalho — invisível aos olhos, mas visível à eternidade — que reside o verdadeiro sentido de meu ministério e de minha vida na Igreja.







Nos Escritos Shalom, comunidade da qual tive a graça de fazer parte por muitos anos — e à qual sou eternamente grato —, duas ideias marcaram profundamente meu chamado e delinearam minha missão pessoal dentro do Carisma.  Nos lembra o fundador, Moyses Azevedo:  “Precisamos ir reconquistando, palmo a palmo, todos os espaços perdidos para o inimigo de Deus, e lá fincar a bandeira de Cristo...” (Histórico Shalom, 1984, p. 6-9)  Estas palavras não foram apenas uma orientação, mas uma verdadeira revelação para minha vida. Elas mostraram que a missão cristã não é passiva, não se limita à contemplação ou ao conforto pessoal. Ao contrário, é uma luta constante, um esforço cotidiano de reaver cada espaço tomado pelo erro, pelo pecado e pelo abandono da fé, e plantar ali a presença de Cristo, o estandarte da Verdade e do Amor divino. Talvez Deus tenha me chamado a esse carisma para me revelar isso, que assumi como missão. E foi nesse espírito que entendi meu próprio chamado: ser soldado e construtor, vigilante e evangelizador, lutando e edificando, sempre consciente de que cada esforço, cada gesto, cada palavra de fé, mesmo que pequeno, é instrumento nas mãos de Deus para expandir o Reino.  O Carisma do Shalom, assim, não apenas me inspirou, mas me moldou: ensinou-me que a fidelidade se manifesta na coragem de reconquistar o perdido e na alegria de plantar Cristo em cada coração, transformando o mundo não pela força humana, mas pela presença e ação do Espírito Santo.




(Fip 3,13-14:esquecendo-me do passado prossigo para o alvo)






“É aí que se manifesta o desígnio de Deus para a nossa vocação. Em um mundo marcado pelo pecado, ‘que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, onde reinam tantos males, o ocultismo, a não conservação da pureza nem na vida nem no matrimônio, a impureza, o adultério, sangue, crime, roubo, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento da gratidão, impureza das almas, inversão sexual, desordens no casamento, despudor e etc, e ainda se diz em paz’ (Sb 14,22-26); o Senhor nos chama a sermos anunciadores da sua paz (Isa 52), a vivermos e proclamarmos a sua Paz. A levarmos com a nossa vida, com a nossa palavra e com o nosso testemunho, o Shalom de Deus aos corações; a sermos instrumentos de reconciliação do mundo com Deus; a anunciarmos com todo o nosso coração, com todas as nossas forças a salvação de Jesus Cristo e o seu Evangelho” (RVSh, 359)





E você ?...




Não deseja fazer parte do exército de Jesus na defesa de Nosso Senhor e da Verdadeira Fé da Igreja? Aquela Fé eterna e imutável, que atravessou séculos, mas que hoje é ridicularizada por ateus e infiéis, e coroada novamente de espinhos pelos hereges libertadores e progressistas, que, com sofismas, escarnecem da Divina Face de Cristo?  Se em seu peito habita um coração valente, se você sente ardor pela Verdade e coragem para erguer a voz contra o erro, então venha combater conosco. Venha para a linha de frente do bom combate da fé, onde cada palavra, cada gesto, cada oração e cada defesa da Verdade é uma espada que protege almas e honra o nome de Deus.  Não se engane: não é caminho fácil, nem sempre reconhecido, mas é o caminho da fidelidade, da coragem e da verdadeira alegria cristã. Porque aqueles que permanecem firmes na Verdade, mesmo em meio às ofensas e perseguições, experimentam a glória e a paz que somente a luta justa em Deus pode conceder.  Venha, portanto, erguer-se como soldado da Verdade, guardião da Fé e defensor da Igreja! Pois a batalha é árdua, mas a vitória — quando o coração e a alma permanecem firmes em Cristo — é eterna.



ENFIM, SOU APENAS UM reles e INSIGNIFICANTE CATEQUISTA!









No mês de agosto celebra-se o Dia do Catequista.  O catequista é um cristão chamado de maneira particular por Deus, chamado que, quando acolhido na fé, capacita-o ao serviço de transmitir a fé e iniciar outros na vida cristã.  As razões imediatas para que alguém seja chamado a esta missão são variadas, mas todas são instrumentos da ação de Deus, que, por meio da Igreja, conduz o catequista a servir com dedicação e fidelidade à Palavra de Deus.






Por meio desse chamado, o catequista torna-se partícipe da missão de Jesus de conduzir os discípulos a uma relação filial com o Pai. O verdadeiro protagonista de toda autêntica catequese, porém, é o Espírito Santo, que, por meio da profunda união que o catequista cultiva com Cristo, torna eficazes os esforços humanos no serviço catequético.  Essa missão se realiza no seio da Igreja, onde o catequista atua como testemunha da Tradição viva e como mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo em seu Corpo eclesial.  (CNBB – Diretrizes Catequéticas, DC 112)

 






Juramento do "Catequista e ministros de ensino" na fidelidade da transmissão Integral do Magistério da Igreja




Por Professor Felipe Aquino - Cleofas

 

 

 

Eu N. (…), creio firmemente e professo todas e cada uma das verdades que estão contidas no “Símbolo da Fé”, a saber: (segue o Credo). Creio também firmemente em tudo o que está contido na Palavra de Deus, escrita ou transmitida pela Tradição, e é proposto pela Igreja, de forma solene ou pelo Magistério ordinário e universal, para ser acreditado como divinamente revelado.De igual modo aceito firmemente e guardo tudo o que, acerca da doutrina da fé e dos costumes, é proposto de modo definitivo pela mesma Igreja. Adiro, ainda, com religioso obséquio da vontade e da inteligência, aos ensinamentos que o  Romano Pontífice ou o Colégio Episcopal propõem, quando exercem o Magistério autêntico, ainda que não entendam proclamá-los com um ato definitivo. Eu N.(…) ao assumir o ofício de (Catequista, ministro de ensino, teólogo) prometo conservar-me sempre em comunhão com a Igreja Católica, tanto por palavras quanto pela minha maneira de proceder. Desempenharei, com grande diligência e fidelidade, os deveres a que estou obrigado para com a Igreja, tanto universal quanto particular, na qual fui chamado a exercer o meu serviço segundo as normas do direito. No exercício do meu cargo, que me foi confiado em nome da Igreja, conservarei intacto, transmitirei e explicarei fielmente o “depósito da fé” (1Tm 1,10; 4,6; 2tm 4,3; Tt 2,1), evitando todas as doutrinas que lhe são contrárias.Acatarei a disciplina comum de toda a Igreja e favorecerei a observância de todas as leis eclesiásticas, especialmente as contidas no Código de Direito Canônico.Seguirei, com obediência cristã, o que os sagrados Pastores declaram como doutores e mestres autênticos da fé ou estabelecem como chefes da Igreja, e prestarei fiel ajuda aos Bispos diocesanos, para que a ação apostólica, a exercer em nome e por mandato da Igreja, se realize em comunhão com a mesma Igreja.Assim Deus me ajude e os Santos Evangelhos de Deus, que toco com as minhas mãos.

 

Amém!



 






 

CATEQUIZAR é aproximar, ouvir e estar junto, participar é sofrer e alegrar-se com alguém. Este alguém pode ser, a criança, o adolescente, o jovem, o adulto, o velho, o enfermo, ou uma pessoa que necessita de nossa atenção.









CATEQUISTA é aquele que vê no próximo um ser com possibilidades de ser transformado. Não é fazê-lo á nossa semelhança, mas sim avaliar suas potencialidades e elevá-las a Cristo!

 








 

SER CATEQUISTA é sentir-se responsável por uma igreja sinal de Deus Amor, Pai e Mãe, esperança dos aflitos e sofredores.







O CATEQUISTA não desiste! A derrota de hoje, pode estar na vitória do amanhã! 




Acreditamos que na função missionária de catequizar, é ter também a capacidade mental de experimentar, muitas vezes a derrota, repetir com convicção: Vou continuar! É preciso fundamentar essa vocação com a leitura da Palavra de Deus, participar das formações oferecidas na paróquia, na região pastoral e na diocese, aprendendo dos simples, ter olhos abertos, atentos á realidade; ter coração humano, fraterno, é ser continuador de Cristo entre os humilhados.





 

VAMOS SER CATEQUISTAS renovados, inculturados, sem medo, profetas dos dias de hoje, criem pistas de saída; procurem fontes abastecedoras; planejem caminhadas, participem da comunidade, valorizem-se! estimulem-se! unam-se! catequistas de nossa diocese.

 

 



 


QUERIDO CATEQUISTA valorize a sua hora, é a hora dos profetas! 



Não se cale! Não deixe que a Palavra de Deus se afogue nos poços do medo ou da indiferença. Seja profeta! Seja porta-voz do Amor de Deus. A Igreja está com você, fortalecendo seu serviço e seu testemunho.É nesse espírito que agradecemos ao Senhor pelo dom da vida de todos os catequistas, que servem com humildade e muitas vezes no anonimato, como o jumentinho que leva Jesus aos povos, levando Cristo às comunidades com alegria, dedicação e amor.  Vocês promovem a educação da fé, fazem ecoar constantemente a Palavra de Deus, e formam semeadores da esperança do Reino, espalhando luz e vida onde há necessidade.  Que o Senhor, em Sua infinita bondade e ternura, os faça instrumentos de Sua Paz, fortalecendo seus corações, renovando suas forças e tornando cada gesto e palavra um reflexo do amor de Cristo.


 

Como você acha Barros, que se apresentará e será recebido por Deus em seu Reino?


Para aqueles que, ao me encontrarem no Céu, talvez se surpreendam e perguntem: "Mas como você está aqui, Barros?" — minha resposta será simples: "Claro! Se até você está aqui, por que não eu também?"  Apresentar-me-ei como Santa Teresinha do Menino Jesus, seguindo sua pequena via: "Quero apresentar-me não à vossa justiça perfeita, mas à misericórdia divina, com minhas mãos completamente vazias de méritos."  Teresinha, consciente de sua pequenez e incapacidade, ao comparar-se com os grandes santos, recorreu inteiramente ao amor misericordioso de Cristo, permitindo que Ele mesmo realizasse sua santificação: "O elevador que deve elevar-me até o Céu", dizia Teresinha, "são vossos braços, ó Jesus" (Manuscrito B, 3v).  Ela compreendeu uma verdade fundamental: o amor perfeito é sempre misericordioso. Deus não deseja que sejamos amados por justiça ou gratificados por nossos méritos, mas quer derramar-se totalmente sobre almas de mãos vazias, oferecendo-se de modo gratuito e inesperado. Teresinha percebeu que não precisava crescer ou se engrandecer: bastava permanecer pequena, humilde e entregue.  Essa espiritualidade produz a virtude da humildade, à qual tanto aspiro. 




Ao nos colocarmos humildemente aos pés de Deus, com as mãos vazias, admitimos nossa miséria e nossa incapacidade para qualquer bem, mas confiamos que nossa santificação é obra d’Aquele que tudo pode. Caminho, assim, com a certeza de que Deus nos quer no Céu e que, se correspondermos à Sua graça, um dia poderemos contemplá-Lo face a face, como nosso divino amigo, como ensina São Tomás de Aquino.  Mas confesso: essa pergunta é esmagadora. E faço minhas as palavras do professor Orlando Fedeli: "Temo e tremo ao pensar nisso, visto que 'nihil inultum permanebit' — nada permanecerá impune — quando Ele abrir o livro da minha vida ante meus olhos."  Nada ficará escondido. Que farei eu, miserável pecador? Onde me esconder? A qual patrono rogarei? Quando, nesse juízo, nem mesmo o justo estará seguro, quanto mais eu? Onde encontrarei refúgio, se nem Maria Santíssima, advogada dos pecadores — a quem sempre quis servir — estará a meu lado para implorar o perdão que Ela sempre suplicou para mim?  E, no entanto, nesta mesma consciência de minha miséria, encontro esperança: Pois sei que Deus ama, e que Sua misericórdia, infinita e surpreendente, é maior que toda minha pequenez e todos os meus pecados. Apresentar-me-ei, portanto, de mãos vazias, coração humilde, confiando na plenitude do amor misericordioso de Cristo, e não em meus méritos.

 



Tremo ao pensar que será tarde demais, porque o oceano de meus pecados é imenso, minha malícia sem limites e minha culpa, infinita. O rubor do amor e da vergonha cobrirá meu rosto, enquanto eu gemer como pecador convicto de culpa, mas ainda assim suplicarei: Perdoa-me, meu Deus! Que fazer, então, senão bater no peito como o publicano acusado pelo fariseu e clamar:



“Tende piedade de mim, Senhor, porque sou pecador!”


Quando muitos me acusarem diante de Deus e o inimigo, ao meu lado, apontar meus pecados exigindo minha condenação — que farei? Sempre há quem acuse nossas faltas. Durante a vida, podemos ser caluniados injustamente, mas no dia do juízo estaremos diante da verdade. No juízo particular, os demônios substituirão os caluniadores terrenos: acusarão, não de falsidades, mas dos pecados reais que cometemos.


Serei acusado, sim:


-de ter faltado à caridade e à justiça, até nas pequenas coisas;

-de ter sido rebelde ao clero e negligente com o dízimo;

-de ter chamado publicamente os fariseus de hipócritas e raça de víboras, esquecendo-me de que eu mesmo dizia e não fazia;

-de ter denunciado os doutores da Lei e teólogos progressistas como sepulcros caiados e membros da sinagoga de Satanás, sem ver que eu também era pecador;

-de ter repreendido os escribas da internet — até mesmo alguns tonsurados — por negarem a presença real de Cristo na Eucaristia, chamando-os de filhos da sinagoga de Satanás, e, no entanto, sendo eu mesmo muitas vezes incoerente entre o que pregava e o que vivia.



Mas uma coisa posso afirmar diante de Deus: nunca faltei com o respeito e a reverência devida aos seus ungidos. Rezei por eles, mesmo quando fui caluniado. Este pecado, não cometi. E quando tudo for revelado, o que direi eu diante do trono do Altíssimo, senão:

“Senhor, Tu sabes tudo! Nada Te é oculto.
Lembra-Te, ó Jesus misericordioso, que eu fui a causa de Teus caminhos cansados.
Não me percas naquele dia terrível do juízo!
Tu, que me buscaste por todos os caminhos da minha vida,
Tu, que cansado, ao meio-dia, Te sentaste à beira do poço para pedir-me um copo de água…
Aquele adúltero era eu, Senhor!
E foi a partir do Teu olhar, cheio de misericórdia,
daquela conversa sincera e reveladora,
que percebi o mal que fazia a mim mesmo, à minha família e aos que me cercavam.
Teu amor me alcançou…
Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir.
Hoje já não vivo mais sem Ti.”


Que direi eu ainda a Jesus no dia de meu Juízo?

 

Lembra-Te, Senhor, que foste Tu quem me remiu, morrendo por mim na cruz. E todo esse trabalho de amor seria então perdido?  Tu que absolveste Maria Madalena, chamaste Judas de amigo mesmo no instante da traição; Tu que escutaste o clamor do ladrão arrependido e o acolheste em Teu Reino... Tu, que me deste esperança junto ao poço de Jacó e, quando fui surpreendido em adultério, não me condenaste, mas disseste: “Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra.”  



Mas agora, diante da minha consciência pesada, ouço uma voz que me interroga com temor:  “Como você acha que será recebido por Deus em Seu Reino?”  


E eu responderei: Como pecador, reconhecendo meus inúmeros pecados e clamando por misericórdia. Com as mãos vazias, sem mérito algum, pois tudo o que em mim houve de bom foi graça Tua, Senhor. Meu mesmo — apenas os meus pecados!  Com minhas comunhões mal feitas, com o zelo impetuoso dos filhos do trovão, com minhas chagas purulentas e dores escondidas, com minhas quedas miseráveis, com minha juventude maliciosa e minha velhice inútil... Eis-me aqui, Senhor.  Mas Tu, ó único verdadeiramente Bom, não permitas que eu queime eternamente no fogo do inferno, aonde tantos — até com razão humana — talvez me destinem, conhecendo o mal que causei no tempo da minha ignorância.  Apresento-me diante de Ti como um instrumento velho e enferrujado, que não soube bem trabalhar; como um servo inútil, um catequista cansado da internet, que insistiu em empunhar uma espada já sem corte, gasta de tanto golpear em defesa da Tua verdade.  Mesmo assim, Senhor, não olhes para a lâmina cega da espada, mas para o coração de quem ainda Te ama e deseja, mesmo ferido, anunciar-Te. Recebe-me como sou: fraco, imperfeito, mas Teu. E se ainda restar em mim um sopro de amor, sopra Tu mesmo sobre ele, para que se inflame uma última vez em louvor à Tua infinita Misericórdia.


Como me apresentarei então diante do Divino e Justo Juiz?

 

Com meus inúmeros e pesados pecados… mas também com esperança.  Como um velho escultor que possuía apenas uma goiva gasta, pequena, quase sem corte, à qual estava habituado, mesmo sabendo que existiam ferramentas novas, afiadas e mais perfeitas. Tão pobre e limitado era, que não podia adquirir outra. E, mesmo quando teve a graça de experimentar algumas goivas melhores — mais afiadas, mais precisas (como a espiritualidade da RCC, a Pastoral Familiar, a Comunidade Católica Shalom, a quem sou eternamente grato) —, preferiu usar a velha e conhecida. Pois só com ela sabia trabalhar, só com ela podia transformar a pedra em forma de amor e serviço.  



Essa fidelidade do velho escultor à sua goiva gasta me recorda Davi, que preferiu usar sua funda de pastor, familiar e simples, em vez da armadura reluzente e pesada de Saul, ao enfrentar Golias. Assim também os velhos cruzados, na batalha, confiavam em suas espadas gastas, companheiras de tantas lutas, ao invés de novas lâminas, por mais afiadas que fossem.  E essa é a minha esperança: que Deus perdoe este teólogo de meia tigela, este catequista sem título ou glória, e que, ainda assim, Ele tenha usado esta velha goiva sem gume, nas mãos de um servo limitado, para manter acesa a chama da fé e da perseverança em muitos corações que ainda fumegam, sedentos de verdade e amor divino.

 


Como me apresentarei diante de Jesus, meu justo e temível JUIZ, porém, cheio de Misericórdia? 

 

Só posso me apresentar como sempre fui e como sou: pecador e combatente. Como pecador miserável, que clama por perdão, e como membro da Igreja militante, um fiel que gastou a voz, a vista, a vida e até a própria honra para ensinar a sã doutrina da salvação.  Apresentar-me-ei coberto de culpas, e também dos escarros daqueles que me odeiam, caluniam e mal interpretam, justa ou injustamente. Apresentar-me-ei, porém, com esperança, na confiança de que Deus, por Sua infinita misericórdia, levará em conta meus combates, minhas polêmicas e minhas catequeses, todas voltadas a ensinar a verdade de Cristo e de Sua Igreja, para a salvação daqueles que me ouviram ou leram o que escrevia.  Espero que Ele considere, por Sua misericórdia, que alguma alma tenha sido convertida, que algum coração tenha sido tocado, que algum espírito tenha sido fortalecido por meus esforços e palavras — cumprindo assim a promessa de Tiago 5,20: "Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte a sua alma e cobrirá uma multidão de pecados."  




Reconheço que minhas culpas são enormes, e é natural que, aos cinquenta anos, com letras que já preciso aumentar pelos óculos de grau, meu olhar perceba defeitos e faltas maiores do que realmente são. Mas graças a Deus, me consola saber que não serão os falsos cristãos que me julgarão, mas Cristo, que morreu também por este pecador e velho catequista.  O Juízo de Cristo me faz tremer, sim. Mas sei que Sua misericórdia é para aqueles que O temem e se prostram diante Dele. A Ele suplico, por intercessão de Nossa Senhora — a quem dediquei todo meu apostolado — que tenha piedade de mim, e que, por Sua infinita bondade, repare o trigal que plantei com minhas mãos brutas e inexperientes, semeando Sua verdade em meio a tantas mentiras.  



Que Deus se lembre de que foi Ele mesmo quem insistiu em usar uma velha goiva, uma funda bruta, uma espada gasta e indigna, nas mãos de um servo limitado, para lutar por Ele e pela Santa Igreja nestes dias de calamidade, confusão e horror.  Que Deus tenha piedade de nós todos, e perdoe particularmente a mim, pecador, que só quis combater por Ele, apenas para agradar a Ele, e jamais para os homens ou por falsas verdades.


A SANTA INDIFERENÇA!



Dificilmente conseguimos reagir com verdadeira tranquilidade diante de certos acontecimentos se não cultivarmos, antes de tudo, um conhecimento profundo de nós mesmos. O autoconhecimento nos dá a base necessária para compreender nossas emoções, discernir nossas paixões e perceber como nossas reações muitas vezes são moldadas por desejos, medos e expectativas. Ao aprendermos a permanecer equilibrados diante de todas as experiências que a vida nos apresenta, desenvolvemos também um desapego saudável em relação às circunstâncias externas.  É nesse processo que surge a chamada santa indiferença: não se trata de desinteresse ou frieza, mas de uma liberdade interior que nos permite estar totalmente comprometidos e engajados em ajudar os outros, ao mesmo tempo em que preservamos nosso equilíbrio mental. Podemos dedicar-nos com intensidade às causas que nos tocam e aos trabalhos que nos são confiados, mantendo a serenidade diante de resultados que não dependem exclusivamente de nós. 



Dessa forma, conseguimos permanecer pacíficos e, simultaneamente, felizes, enquanto contribuímos para a paz e a felicidade alheias.  Santo Inácio de Loyola oferece um exemplo marcante desse ideal. Certa vez, questionado sobre quais seriam seus sentimentos caso o Papa resolvesse suprimir a Companhia de Jesus, respondeu com simplicidade e profundidade:  



"Um quarto de hora de oração, e não pensaria mais nisso. Esta é a mais difícil de todas as mortificações – atingir uma Santa Indiferença pelo êxito ou fracasso de uma obra a que dedicamos nossas melhores energias. Se ela triunfa, muito bem; se ela fracassa, muito bem também, ainda que para nossa mente limitada e ligada ao tempo seja inteiramente incompreensível."  


A lição é clara: nossa paz interior não deve depender do sucesso ou do reconhecimento externo, mas sim de uma confiança serena na providência, de uma entrega genuína ao dever e de um amor que age sem esperar recompensas. A verdadeira liberdade, a alegria e a serenidade surgem quando conseguimos trabalhar com intensidade e dedicação, sem nos deixar escravizar pelos frutos de nossas ações. É nesse espaço de equilíbrio e desapego que floresce uma vida plena, capaz de irradiar paz para si e para os outros.



Gratidão: A Linguagem das Almas esposas – Comunicando meu desligamento estatutário da Comunidade Católica Shalom



Queridos irmãos e irmãs em Cristo, Shalom!


Recebi nesta data, 05/08/2022 – dia da Consagração da Basílica de Santa Maria Maior, minha Mãe e Senhora – o aceite da Comunidade ao meu pedido formal de desligamento estatutário, após um longo período de escuta e discernimento.


Aprendi, ao longo de todos esses anos de vocação, que podemos até nos afastar do serviço estatutário, mas o carisma que recebemos de Deus permanece em nós. Saímos apenas da vida formal da comunidade, não do dom que nos foi concedido, irrevogável e sem arrependimentos (cf. Rm 11,29).





A vida é feita de ciclos: alguns voluntários, outros impostos pelas circunstâncias. Encerramos e iniciamos ciclos quando perdemos entes queridos, quando nossos filhos nascem, se casam ou seguem seus caminhos; quando mudamos de emprego, cidade ou casa; quando enfrentamos desemprego, aposentadoria ou dependência na velhice. Novas amizades surgem, outras se desfazem.


Também vivenciamos ciclos em nossa caminhada com Deus: quando nos dedicamos a uma vocação específica para viver melhor nossa vocação batismal, ou quando, após discernimento, encerramos um processo para iniciar outro, ainda na mesma missão a Cristo. Hoje, por exemplo, sigo servindo na catequese de jovens e adultos na Paróquia Sagrada Família, em Mossoró-RN.




O que não podemos fazer é encerrar ciclos de forma deselegante ou ingrata, “batendo portas” ou falando mal do passado. O desprezo total pelo que vivemos revela falta de maturidade. Quem renega todo o passado provavelmente repudiará o presente que hoje considera precioso. Nem tudo que passou foi inteiramente bom ou ruim; em tudo há graças e desafios. Mudar faz bem; a gratidão também.


Muitas vezes, diante de situações difíceis, questionamos o porquê de determinadas experiências. Lutamos para sustentar algo que, no fundo, já não é mais possível; permanecemos em empregos que não despertam nossa vocação ou em amizades que nos afastam de Deus e das pessoas que nos amam verdadeiramente. Naturalmente, temos medo de abrir mão do que nos custou tanto e de enfrentar o desconhecido.




Mas os ciclos existem e são permitidos por Deus como instrumentos de nosso amadurecimento. Algo nos é retirado para que possamos dar espaço ao novo, permitindo que Deus nos presenteie com maiores dons. Cada ciclo precisa ser vivido com entrega, atenção e cuidado com nossos pensamentos, emoções e atitudes, extraindo aprendizado de todas as experiências – boas ou difíceis.


Aprendi também que Deus sempre serve o melhor vinho no final. Saber discernir em oração, sem pressa, quando algo já não nos acrescenta, quando causa incômodo ou desgaste, é fundamental. Quando precisamos fazer força demais para manter algo funcionando, quando desafios não fluem e a exaustão se torna constante, é hora de acender o sinal de alerta e entrar em um saudável processo de discernimento.


Nem tudo nem todos permanecerão em nossa caminhada, e isso não diminui sua importância. Eles foram necessários e permitidos por Deus para nosso crescimento e o deles. Trazemos marcas uns dos outros, pois o amor deixa lembranças e impressões profundas.




Devemos, então, olhar para frente e para o alto, para a meta do cristão: a santidade. Permitamo-nos recomeçar, perseverar e abraçar o novo que Deus nos oferece. Encerro este ciclo com profunda gratidão a tudo e a todos (não citarei nomes para não ser indelicado), especialmente a Deus, que me formou e me guiou nesta bela vocação.


Como disse Edionê, uma das primeiras RL’s da missão em Mossoró, ao se despedir:


"Por tudo só tenho uma palavra: Gratidão! Que só no céu vocês entenderão, pois as palavras são insuficientes para descrever! Aqui eu feri e fui ferido, mas acima de tudo: aqui eu também amei, e muito mais amado eu fui."


E como nos lembra São Paulo:


"Mas uma coisa eu faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3,13-14)


Não nos esqueçamos: “O céu é logo ali!”


Shalom!


Francisco Barros

 


O Cordel da Gratidão!


(Francisco Barros)






Olhe seu minino,

Foi muita emoção!

Muitos anos de vida corrida

Nesta linda Vocação!

Alguns já partiram 

Mas sei que continuam do céu 

no ministério da intercessão!

 


Porque, quem tem este chamado

Num tem sossego! Coitado!

Enquanto não vir um monte de gente 

junto ao Jesus amado

Com a evangelização!


 

Agente reza, 

estuda, tem formação,

faz retiro, faz adoração!

Porém, contudo, entretanto,

As vezes num tem jeito,

Corre a lágrima num canto...

Ficamos com aquela dor no peito

Chateado com algum irmão

Porque somos um balaio de gato

Mas dentro dele o Espirito Santo,

Que sempre arruma uma solução

Dizendo pra nós num ficar ensimesmado

Porque de gente, tem um bocado

Precisando de salvação!

 

E assim a gente vai andando

Neste caminho de Cruz e ressurreição

Sendo a vós do amado

Neste mundo todo enrolado

Sem Deus no coração...

Estes precisam conhecer a profecia

que transformei em poesia

pra homenagear cada irmão!

 


 

Pedindo desculpas por qualquer falha

Porque também, estou na batalha

Nesta obra de reconstrução

Do homem ferido pelo pecado,

Mas com a Comunidade de lado

Sabendo que Deus é Pai de todos

E somo todos irmãos!

 

Um dia vamos estar no Céu

Sem mágoas no coração,

Vamos relembrar que neste chamado

Deus só chamou os piores!

Não somos os melhores

Apenas gratos, 

por esta magnifica Vocação!

 


Parabéns a todos(as) os Shalomitas! Grato a todos do passado e do presente, pelo seu SIM e oferta de vida a Deus na evangelização que me alcançou, principalmente a Moysés e Emmir!




ORAÇÃO PELO APOSTOLADO BERAKASH:

 

Pai de amor e bondade, Neste momento de estar diante de Tua Santa e Majestosa Presença, quero Te louvar e bendizer por todas as graças recebidas e pelos desafios superados até aqui. Reconheço, com humildade, que até este ponto foste Tu quem nos sustentou e nos guiou (1 Sm 7,12).  Que a Tua paz, graça, misericórdia e perfeita harmonia estejam sempre sobre este apostolado, que se coloca a serviço de Ti e da Santa Mãe Igreja, coluna e sustentáculo da verdade (1 Tm 3,15). Peço-Te, Senhor, que abençoes e direciones tudo o que se escreve, se pensa e se publica neste humilde apostolado, segundo Tua Santíssima Vontade.  Abençoa, Senhor, tudo o que for de Teu agrado, para que até os menores sucessos se tornem testemunhos da Tua glória. Abençoa as pessoas e suas famílias que terão contato com as publicações deste apostolado. Renova minhas forças e concede-me a parresia necessária para realizar este trabalho da melhor forma possível, conquistando almas pelo anúncio da verdade, para Ti e para o Teu Reino.  Senhor, concede-me um coração generoso para atender com amabilidade todos aqueles que buscam orientação, sem jamais ser indiferente às suas dúvidas e anseios de respostas verdadeiras. Dá-me mente e olhos atentos para compreender e perceber aqueles que acompanham este apostolado. Concede-me o dom do otimismo cristão, e que eu saiba calar diante de rumores e palavras ofensivas que possam afastar alguém de Ti e de Tua Igreja.  






Senhor, dá-me mãos firmes e treinadas para a batalha espiritual em que estamos envolvidos (Ef 6,12; Sl 144,1), e uma mente aberta para discernir com sabedoria todas as ideias, novas e antigas, compreendendo aqueles que pensam diferentemente de mim. Especialmente, Senhor, concede-me uma fé profunda, firme e convicta na Tua Palavra reveladora e no sagrado Magistério, capaz de dar razões de nossa fé (1 Pd 3,15).  Quando eu estiver fraco, confuso, desfalecido ou ferido na luta, guia-me, sustenta-me e fortalece-me com a luz do Espírito Santo. E ao concluir minha missão aqui na terra, que eu possa dizer com esperança:  "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." (2 Tm 4,7-8)  Que, como São Tomás de Aquino, baluarte deste apostolado, eu possa cantar e rezar a Ti, meu Senhor e Salvador:  

"Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo, 
Realiza, eu Te suplico, este meu desejo: 
Ver-Te, enfim, face a face, meu divino amigo! 
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!"  
Amém!




Nasci no dia 16 de fevereiro – véspera da festa de Nossa Senhora do Desterro, celebrada em 17 de fevereiro.


Trago a marca do desterro em minha vida. Nasci no Giquí, distrito de Jaguaruana-CE, cresci em Aracati-CE e, até o momento, devido ao trabalho, moro em Mossoró-RN. Minha caminhada com Deus começou na Legião de Maria, depois na Renovação Carismática Católica (RCC) em Aracati-CE, e em 1996 vivi a experiência da Efusão do Espírito Santo.  Em 1999 fui transferido para Mossoró-RN, onde atuei na Pastoral Familiar da Paróquia de São Manoel, sob o cuidado do querido Padre Guimarães, até 2001, quando ingressei no vocacional Shalom, permanecendo nesta magnífica vocação por mais de 20 anos, até 05/08/2022. Hoje, sirvo como catequista de jovens e adultos na Paróquia Sagrada Família.  A devoção a Nossa Senhora do Desterro tem origem bíblica, como nos narra São Mateus: quando a Sagrada Família precisou fugir para o Egito para escapar da perseguição do Rei Herodes (Mt 2,13-23). Maria Santíssima permaneceu cerca de quatro anos desterrada, vivendo como estrangeira em terra alheia. Esta devoção é para aqueles que não possuem uma pátria definitiva neste mundo, como milhões de brasileiros que deixam sua terra em busca de melhores condições de vida, ou os milhões de refugiados ao redor do mundo.  Em diferentes culturas, Nossa Senhora do Desterro é invocada como protetora dos migrantes. Na Itália, é chamada Madonna degli Emigrati – a Mãe dos imigrantes – e todos rezam a Ela pedindo acolhimento, novas amizades e oportunidades de trabalho em terras estranhas. Maria Santíssima nos ensina a espiritualidade do desterro: acolher o irmão, independentemente de sua origem. Como dizia São Bento a seus monges: “Chegou o visitante, chegou o migrante, chegou Cristo!”  Os devotos de Nossa Senhora do Desterro, segundo a tradição, recebem proteção contra a fome, a peste, a guerra e doenças contagiosas. Seus inimigos não terão poder sobre eles, resistirão às tentações do demônio, e serão abençoados em seus negócios e viagens. Além disso, não morrerão sem a confissão e estarão protegidos de uma morte repentina.  A vida de Jesus e de sua família nos dá o exemplo do desterro: José e Maria tiveram que fugir com o Menino Jesus para uma terra estranha, pagã, vivendo por quatro anos no Egito. Jesus também experimentou o desterro, e nos ensina que acolher o estrangeiro é acolhê-Lo: “Eu era forasteiro e me acolheste” (Mt 25,35).  No Brasil, a devoção se espalhou historicamente: em 1673, Francisco Dias Velho, fundador de Florianópolis (então chamada Desterro), trouxe uma imagem de Nossa Senhora do Desterro e construiu uma capela em sua honra, iniciando a devoção em todo o país. O Papa Pio X, posteriormente, dedicou a Catedral de Florianópolis a Ela, tornando-a padroeira da cidade.  Hoje, várias cidades brasileiras mantêm a devoção a Nossa Senhora do Desterro, com capelas e igrejas em sua homenagem, incluindo Vila Flor, no Rio Grande do Norte, cidade que a tem como padroeira.

 




Oração a Nossa Senhora do desterro


"Ó Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe do Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador do Mundo, Rainha do Céu e da terra, advogada dos pecadores, auxiliadora dos cristãos, protetora dos pobres, consoladora dos tristes, amparo dos órfãos e viúvas, alivio das almas que penam, socorro dos aflitos, desterradora das indigências, das calamidades, dos inimigos corporais e espirituais, da morte cruel, dos tormentos eternos, de todo bicho e animal peçonhento, dos maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, das cenas terríveis e visões espantosas, do rigor do dia do juízo final, das pragas, dos incêndios, desastres, bruxarias e maldições, dos malfeitores, ladrões, assaltantes e assassinos.

 



Minha amada Mãe, eu prostrado agora aos vossos pés, com piedosíssimas lágrimas, cheio de arrependimento das minhas pesadas culpas, por vosso intermédio imploro perdão a Deus infinitamente Bom.Rogai a vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias, para que ele desterre de nossas vidas todos estes males, nos dê o perdão de nossos pecados, e nos enriqueça com sua divina graça e misericórdia.Cobri-nos com vosso Manto maternal, ó divina estrela dos montes.Desterrai de nós todos ao males e maldições.Afugentai de nós a peste e os desassossegos.Possamos, por vosso intermédio, obter de Deus a cura de todas as doenças, encontrar as portas do Céu abertas, e convosco ser felizes por toda a eternidade. Amém!"


Nossa Senhora do Desterro, rogai por nós que recorremos a Vós!

 

segue minha "música epitáfio" que marcou para sempre minha caminhada com deus - ("insisto" - de isaias luciano):




Apostolado Berakash - "Ad maiorem Dei gloriam inque hominum salutem"


“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória” (Sl 115,1).



Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/1



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Shalom! A Paz em Cristo e o Amor de Maria!


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Anônimo
20 de julho de 2022 às 11:33

É meu irmãozinho...como sempre digo: perfeito só Deus! e atire a primeira pedra quem nunca pecou! Muito me edificaram este seu testemunho. Que Deus lhe abençoe, o proteja e o livre de todo mal.

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Blog educativo e formativo inspirado em 1Pd 3,15, dedicado à defesa da fé e à evangelização. Nele somos apenas o jumentinho que leva Cristo e sua verdade aos povos, proclamando que Ele é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14,6) e que sua Igreja é a coluna e sustentáculo da verdade (1Tm 3,15). Nossa Missão: promover a educação integral da pessoa, unindo fé, razão e cultura; fortalecer famílias e comunidades por meio da formação espiritual e intelectual; proclamar a verdade revelada por Cristo e confiada à Igreja. Nossa Visão: ser um espaço de evangelização que ilumina também os campos social, político e econômico, mostrando que fé e razão caminham juntas, em defesa da verdade contra ideologias que afastam de Deus. Áreas de Estudo: Teologia: mãe de todas as ciências. Filosofia: base da razão e da reflexão. Política: análise crítica de governos e ideologias à luz da fé. Economia: princípios éticos e cristãos aplicados à vida financeira. Rejeitamos uma imagem distorcida e meramente sentimentalista de Deus, proclamando o verdadeiro Deus revelado em Jesus Cristo. Nosso lema é o do salmista: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória” (Sl 115,1).

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