Fui
surpreendido por um número de cristãos por quem tenho apreço que se “declaram
como resistência”, mas como assim? Resistência aos valores Cristãos? E em prol
da libertinagem? Foi para esta liberdade que Cristo nos libertou?
Devo me unir a um dos
movimentos de resistência?
“E não sede conformados com este
mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus...”
(Romanos 12,2)
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(Não foi para esta libertinagem que Jesus morreu na cruz)
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Fui investigar, e rapidamente vejo que o
termo foi lançado como tema da campanha de pelo menos dois partidos, o Partido
Comunista do Brasil (PcdoB) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda
sem entrar no mérito da escolha individual na hora da eleição, gostaria de
convidar estes irmãos em Cristo, assim como todos nós cristãos que temem a
Deus, a considerar em primeiro lugar a exortação da Palavra de Deus e só depois
decidir se devemos ou não assumir bandeiras propostas por estes ou quaisquer
outros partidos. Na verdade, o conhecido trecho de Romanos 12, 2 nesta
introdução, deve servir de alerta a embarcarmos em um movimento proposto por
partidos políticos. Este outro trecho abaixo foi escrito pelo apóstolo Paulo em
um contexto de um império cruel e opressivo, e completamente oposto aos valores
Cristãos. O texto é Filipenses 1,27-30:
“Não importa o que aconteça, exerçam
a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim,
quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique
eu sabendo que vocês permanecem firmes
num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica, sem de forma alguma
deixar-se intimidar por aqueles que se opõem a vocês. Para eles isso é sinal de
destruição, mas para vocês, de salvação, e isso da parte de Deus; pois
a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de
sofrer por ele, já que estão passando pelo mesmo combate que me viram
enfrentar e agora ouvem que ainda enfrento...”
Alguns pontos são fundamentais para nossa
reflexão:
-Há uma discussão sobre qual cidadania o apóstolo está se referindo no
versículo 27. Para alguns é a cidadania do céu e para outros a cidadania
romana. Ainda que um debate relevante, eu gostaria de propor que, em última
análise, a conclusão deve obrigatoriamente ser a mesma.
-Se por ser cidadão do céu eu me
comporto de um modo digno em minha vida terrena ou se exerço minha cidadania
nesta terra de modo digno do evangelho, o resultado me parece o mesmo.
-Nosso
modo de viver a vida deve ser digno do evangelho de Cristo.Ainda que possamos enxergar em um candidato
traços que se alinham com o evangelho, minha lealdade precisa estar além destas
impressões.
Para o Cristão o critério é o evangelho de Cristo! E qual é a essência do evangelho?
Em primeiro lugar, que há um Deus santo e
perfeito, que é ao mesmo tempo amoroso e misericordioso. O evangelho inclui
também obrigatoriamente o fato de que, como seres humanos, somos todos
pecadores e que, exceto pela graça salvadora deste Deus, estamos condenados à
perdição eterna. Por fim, o evangelho se baseia em um
arrependimento que me faz reconhecer a santidade de Deus, minha necessidade e o
amor divino manifesto no sacrifício de Cristo em meu lugar para que meus
pecados fossem pagos, possibilitando que eu entrasse em comunhão com ele. Sem
arrependimento, o evangelho continua apenas como uma possibilidade. Esse é
nosso critério fundamental. Essa é nossa base. A partir desse ponto devemos
viver nossa cidadania, exercer nossos direitos e nossos deveres.No final do
verso o apóstolo declara qual sua esperança para os cristãos de Filipos: que
eles estejam firmes num só espírito. Com isso não estou dizendo que não
se deve ter opiniões, e esteja pregando a uniformidade que não é sinônimo de
unidade, que pode até se dar na diversidade de carismas.
Mas afinal, o que
deve nos unir e o que deve nos separar? Qual o espírito no qual devemos
permanecer firmes?
O apóstolo responde rapidamente
esta pergunta: “lutando unânimes pela fé evangélica”. Uma frase desta nova “resistência” é que ninguém
solte a mão de ninguém. Sinceramente eu gosto da frase e até da proposta, mesmo
não compactuando com seu conteúdo, pois ela é poética e inspiradora, mas como
Cristão, preciso ter certeza de que estou de mão dadas com outros que defendem
uma causa que realmente tenha impacto de vida eterna. Caso contrário serei
apenas um inocente útil, uma peça de manobra em partidos e movimentos que não
resistem ao teste do tempo e do crivo de Cristo. Volte à descrição da
essência do evangelho acima. É por isso que você declara resistência? Se é, me
chame, pois quero estar lutando junto contigo pela fé no evangelho. Se não é
esta sua bandeira, se não é esta sua causa, deixe-me recomendar extremo cuidado
para que você não se deixe moldar por causas e argumentos deste mundo que
passa.Conta-se que o imperador
romano Constantino, no ano de 311, teve uma visão de que sob o símbolo cristão
ele venceria sua campanha. Baseado nessa visão ele marchou seu exército através
de um rio e os declarou batizados e, portanto, cristãos. Essa manobra pode ter convencido
alguns, mas o próprio Constantino permaneceu pagão até seus últimos dias de
vida. Poucos historiadores cristãos acreditam que ele tenha de fato se
convertido. Essa história nos traz a uma questão muito delicada. Muitos
candidatos durante o período eleitoral, têm tentado se passar por cristãos, mas
claramente defendendo valores contrários ao evangelho.É evidente que toda e qualquer tortura deve ser
condenada, não importam quais crimes o torturado tenha cometido, ou possa
cometer com sua ideologia. É também verdade que, a partir de um ponto de vista
cristão, qualquer proposta de legalização do aborto equivale a validar quase um
genocídio e a afirmação de que esta é uma questão de saúde pública, apenas muda
o fórum do debate, não seu resultado. Bem como a defesa da depravação sexual e
até da pedofilia por alguns mais radicais.
Se por um lado apologias são
feitas ao preconceito, por outro, ataques diretos à família tradicional são
propostos em documentos oficiais. Afirmo estas obviedades não para acirrar
posições, mas para que tenhamos o devido cuidado de não repetir o barateamento
do cristianismo equiparando-o a propostas ideológicas mundanas contrárias ao
evangelho. Jesus deixou isto muito claro ao dizer:
“Dai a Cesar (o
estado) o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus...” (Mateus 22,21)
Jesus
não dá esta exortação estritamente dentro dos limites do pagar ou não pagar o
tributo a César. A reposta de Jesus é um convite a que os seus interlocutores,
bem como a nós, que abandonem os seus horizontes limitados para enfrentar o
problema decisivo que era o de Deus. Havendo falhado em denegrir a pessoa e
autoridade de Jesus, os líderes religiosos armaram-Lhe a “cilada perfeita”: a
questão do tributo a César (e o demônio hoje com esta proposta da resistência
na defesa do kit: Pecadores com seus pecados).
Se Jesus apoiasse o tributo
imperial, Se exporia ao ódio dos extorquidos judeus; se não apoiasse, seria
denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo judeu. O mesmo se
da com esta armadilha da resistência: Se você se opõe a ela, é considerado
politicamente incorreto na defesa das minorias e dos excluídos. Ora defender as
minorias e excluídos é uma coisa, agora defender e abraçar o pecado destas
minorias é outra, Jesus em momento algum ao defender os excluídos abraçou os
seus pecados, muito pelo contrário, ele disse: "Vais e não peques mais" (João
8,11). O
episódio narrado no Evangelho de João, é inserido logo após a Festa dos
Tabernáculos (cf. Jo
7, 37ss), alguns fariseus arrastam aos pés de Jesus uma mulher surpreendida em
adultério e Lhe perguntam, com ânimo doloso, a que punição ela deve ser
submetida. Ciente, porém, da astúcia que os movia, Cristo perdoa a adúltera e
impede que se lhe aplique a pena de apedrejamento, prescrita na Lei por Moisés
(cf. Dt 22, 20s
e 23s; Lv 20,
10). Lida sob a perspectiva geral do capítulo oitavo de São João, ao longo do
qual se vai acentuando o tema do sacrifício
expiatório do Senhor, a perícope nos convida a pôr-nos no lugar
daquela infeliz mulher e a reconhecer que, por causa de nossos pecados, somos
verdadeiramente dignos de morte (cf. Rm
1, 32). É Cristo quem, tomando sobre si a pena devida às nossas faltas, nos liberta
da escravidão do pecado, e não nos incentivando a permanecer nele,ou seja, na morte que não morre, quer
dizer, da condenação eterna. Ao olhar para o rosto daquela pobre pecadora
jogada a seus pés, Jesus viu a cada um de nós; por isso, o perdão que depois
lhe oferece se estende também aos que, antes mesmo de virem ao mundo, seriam a
causa de sua dolorosa Paixão. A sentença de Cristo é, pois, contra o pecado, e não
contra o pecador, e por isto Ele ordena: "Podes ir, e de agora em diante
não peques mais". Mas
voltando ao contexto anterior,magistralmente, Jesus calou os líderes judaicos
com as célebres palavras: Dai
a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Com isto, Jesus
estabeleceu a importante questão de que o cristão é cidadão de dois mundos: o
terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo celeste com
todas as implicações que isto acarreta. O cristão não pode viver alienado no
mundo, pois é sal e luz,
vivendo para fazer uma diferença saudável na comunidade; mas sem se esquecer de
sua cidadania celestial, atuando como embaixador de Deus, na linguagem de São
Paulo, para com os que estão à sua volta, a começar pelo marido, esposa,
filhos, parentes, amigos, colegas, vizinhos, etc. Como disse Pedro: Antes, importa obedecer a Deus do que
aos homens (Atos 5,29). Escolha pois a Deus e viveremos.Que Deus
nos ensine a subordinar todas as nossas vontades ao seu querer e vontade,
tendo-O como medida deu tudo quanto existe. Alías dirá o salmista: tudo é de
Deus e nós somos de Deus.O tema de submissão é
muito impopular em nossos dias, mas nem por isso menos bíblico ou relevante
para aquele que teme a Deus.
Vamos agora refletir brevemente sobre o
texto de Romanos 13,1-5:
“1Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de
Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2Portanto,
aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus
instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si
mesmos. 3Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser por aqueles que
praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e
ela o enaltecerá. 4Pois
é serva de Deus para o seu bem. Mas, se você praticar o mal, tenha medo, pois
ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para
punir quem pratica o mal. 5Portanto, é necessário que sejamos
submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição,
mas também por questão de consciência.”
Vamos destacar alguns
pontos sobre a submissão às autoridades legitimamente constituídas:
1)- Primeiro, autoridades são permitidas por
Deus para nossa benção ou nossa disciplina.
2)- Segundo, quem se rebela contra uma
autoridade de forma tácita (não importa o que ele faça, eu sou contra)
se rebela contra Deus! Isso não significa que não devemos nos levantar
em nossa função profética e protestar contra atos ou programas injustos que um
governo esteja propondo. Paulo sofreu por se levantar contra a idolatria do
estado romano. Cuidado para que seja contra o que o governo está propondo e não
apenas com aquilo que seus opositores ideológicos contrários ao evangelho,estão
acusando.
3)- Terceiro, nossa submissão não deve ser
apenas por medo das consequências, mas por um espírito quebrantado e submisso
em primeiro lugar à Deus.
3)- Por fim, uma outra palavra de Paulo deve
nos guiar em nossa reação ao governo eleito. Trata-se 1Timóteo 2,1-4:
1Antes de tudo, recomendo que se
façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os
homens; 2pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para
que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e
dignidade. 3Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, 4que
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.
O propósito de tudo isso é que todos cheguem
ao conhecimento da verdade e à salvação. Essa é nossa resistência! Isso deveria
nos unir, isso deveria nos consumir. Que você e eu possamos escolher com muito
discernimento quais as causas e bandeiras pelas quais vale a pena lutar e quais
são aquelas que são apenas manobras do inimigo que se transveste de luz para
confundir até os eleitos (cf 2 Cor 11,14). Já sabemos
o que o demônio pode fazer conosco, mas precisamos saber que, ao sermos
criados, nós também recebemos a força de Deus, por isso o mal não tem força
sobre nós. Mas, se ouvimos as vozes erradas, o demônio age, pois não usamos bem
da liberdade que Deus nos deu. Devemos caminhar na bondade Deus, ouvindo
somente a Ele e não às outras vozes, porque sabemos que, quando ouvimos a
Palavra do Senhor, recebemos a santidade e a justiça. Portanto, o nosso olhar
para Jesus não deve ser somente na mente, mas sim no coração, pois é nele que
Deus coloca Suas raízes em nós. A Igreja nos ensina que, diante de
qualquer situação, se deve colocar Cristo, e nada antepor a Ele, pois o Senhor,
que se colocou na cruz, vai revelar Seu poder por sermos filhos de Deus. Quando
nos arrependemos dos nossos pecados, o Senhor vence em nós e nos tornamos
vitoriosos.Quando
comungamos Jesus é Ele quem está em nós, assim nos tornamos o corpo de Cristo.
Saiba que você é corpo de Cristo, contudo ele é não seu, mas sim casa do
Espírito Santo, e portanto precisamos romper com o pecado oferecendo resistência
ao pecado, e não dourar a pílula dando-lhe outros nomes para nos tornar amigos
dele.Ao perceber que as coisas estão
difíceis, peça ao Senhor que o ajude, reze como na oração do Pai-Nosso, quando
esta diz: “Venha nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade!” O Senhor nos
ouve e se dá a cada um de nós como alimento. Ao nos doarmos para Deus, Ele nos
enriquece com a Sua providência. O demônio quer confundir as nossas mentes,
como a serpente, ele quer nos enganar. Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.
São Paulo diz, na Carta aos Efésios, que nó precisamos ficar firmes e construir
raízes sólidas em Deus para derrotarmos o demônio, e como derrotamos o diabo? Fale
a verdade o tempo todo, custe o que custar, oportuna e inoportunamente, pois
Jesus é a verdade. A segunda arma é a justiça, faça sempre o bem. Terceiro: use
de zelo para propagar a verdadeira paz, que não é mera ausência de conflitos. A
quarta arma para derrotar o mal: se confesse como pecador. Quinta arma: leia a
Palavra de Deus diariamente; é a Palavra de Deus que corta a ação do demônio.
Precisamos andar com Jesus o tempo todo. Rezemos incessantemente para que possamos
fazer resistência, sim, mas aos ataques do inimigo em qualquer forma que estes
surjam: sejam por meio de projetos do governo, ideologias, por meio de atitudes
de grupos ímpios, por meio de movimentos da mídia ou qualquer outra forma. E
que Cristo seja honrado por vivermos de maneira digna do evangelho.
Papa Francisco: "Há 3 tipos de resistências que impedem a conversão"
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
Mt 7,21.24-27: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu
Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe
em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.
25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa
não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve
estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que
construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os
ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi
completa!”
Na
homilia da Missa matutina na Casa Santa Marta em Dezembro de 2016, o Papa
Francisco alertou sobre 3 tipos de resistências no coração que impedem a ação
da graça, a conversão; e incentivou a encontrá-las, identificá-las e
enfrentá-las sem temor:
“Às vezes, encontramos em nossos corações resistências ao Senhor, que
são por fim, resistências à graça de Deus. Não tenham medo quando cada um
vocês, cada um de nós, vê que em seu coração existem resistências”, exortou.
Papa Francisco falou de três tipos de resistência:
1. Resistência das “palavras vazias” - Para explicar a
resistência das “palavras vazias”, o Santo Padre se referiu à parábola dos dois
filhos que o Pai convida à vinha: um diz “não” e depois acaba indo, o outro diz
“sim” e não aparece.Este último “diz sim a tudo, muito diplomaticamente, mas na
verdade está dizendo ‘não, não, não’”, explicou Francisco. “Tantas palavras: ‘Sim, sim, sim; mudaremos tudo! Sim!’, para não mudar
nada, não? Ali está a camuflagem espiritual: os que tudo sim, mas que é tudo
não. É a resistência das palavras vazias”.
2. Resistência das “palavras justificadoras” - Depois, tem a
resistência “das palavras justificadoras”, ou seja, quando uma pessoa se
justifica continuamente, “sempre há uma razão para se opor”. Quando as justificações são muitas, “não há o bom cheiro de Deus, existe
o mau cheiro do diabo”. “O cristão não precisa se justificar, porque está
justificado pela Palavra de Deus”. Trata-se de resistência das palavras “que
buscam justificar a minha posição para não seguir aquilo que o Senhor nos
indica”.
3. Resistência das “palavras acusatórias” - Por último, há a
resistência das “palavras acusatórias”. “Quando se acusam os outros para não
olhar para si mesmos, não se necessita de conversão e assim se resiste à graça
como evidencia a Parábola do fariseu e do publicano”, disse o Papa. “Mas essas resistências
escondidas, que todos temos, como são? Sempre vêm para deter um processo de
conversão. Sempre!”.Trata-se de tentações que “oferecem uma resistência
passiva, de maneira escondida”, mas também ajudam a amadurecer na fé e a
consolidar a aproximação ao Senhor.“Quando há um processo de mudança em uma
instituição, em uma família, eu ouço dizer: ‘Há resistências ali…’ Mas graças a
Deus! Se não existissem, a coisa não seria de Deus”. A resistência à graça, indicou o Papa Francisco, é um bom sinal “porque
nos indica que o Senhor está trabalhando em nós”. Devemos “deixar cair as
resistências para que a graça vá adiante”.
Fonte: ACI DIGITAL
Mensagem da Assembleia Ordinária dos Bispos da
América Central
Na mensagem final de
sua Assembleia Ordinária em VALLE DE ÁNGELES em novembro de 2011, os bispos da
América Central pedem às pessoas que vivem na região não obscurecerem nem
enfraquecerem seu compromisso cristão. Os prelados dos países
centro-americanos, que se reuniram de 21 a 25 de novembro em Valle de Ángeles,
Honduras, também observam com alegria que o povo da América Central “não perde
a esperança”, mesmo na dificuldade e na dor.A primeira parte do texto foca a
parábola do trigo e do joio, destacando que:
“Jesus nos ensina que o Reino de Deus encontra o seu caminho na história
através do pecado e do mal do homem”
Eles reconhecem como
“semente boa, sinal do Reino, o amor pela vida, enraizado no coração dos nossos
povos e próprio da nossa cultura, mesmo se vivido em meio às ervas daninhas de
uma violência alarmante, que assume muitas formas e tem diversos agentes: o
crime organizado, o tráfico de drogas, a crescente violência social”. Além de
soluções sócio-econômicas que os Estados e a sociedade têm que implementar para
conter e reprimir o crescimento desse flagelo, “nós, cristãos”, dizem os
bispos, “temos que nos esforçar para seguir o Cristo Redentor”.
“Sabendo que a boa semente do Reino de Deus continua a crescer mesmo entre as
ervas daninhas, não permitamos que o nosso compromisso cristão de viver e
proclamar os valores do Evangelho seja obscurecido ou enfraquecido”, exortam.
Em segundo lugar, os
bispos da América Central relembram a parábola do grão de mostarda, “com a qual
Jesus nos ensina que o Reino de Deus não vem necessariamente através de gestos
ou de ações grandiosas, mas em silêncio, com as realizações humanas,
inicialmente pequenas ou limitadas”.Os bispos reconhecem com alegria “alguns
sinais de vida da Igreja, que, como um grão de mostarda, podem parecer
pequenos, mas já dão muitos frutos nas nossas comunidades”.Entre eles, os
bispos apontam “a espiritualidade profunda do nosso povo americano, que se
agarra ao amor de Deus e não perde a esperança, mesmo enfrentando situações
dramáticas de dificuldade e dor”, bem como a dedicação de tantos sacerdotes,
religiosos e leigos generosos, que dão testemunho de Cristo e servem à Igreja
em meio a muitas limitações e sacrifícios.
Além disso, eles citam “o caminho da renovação de muitas das nossas
paróquias, que está ganhando força apesar de alguma resistência pessoal e
estrutural”.
Outro sinal
“extremamente encorajador é a fé entusiasta de muitos jovens”, amigos e
discípulos de Cristo, que certamente são e continuarão a ser o fermento de
renovação da nossa sociedade à luz do Evangelho”. Finalmente, os bispos recordam
a parábola do semeador, “com a qual Jesus anuncia com otimismo o Reino dos
Céus, com suas palavras e atos, sem excluir ninguém do plano de Deus”.
Fonte: Zenit
CONCLUSÃO:
Aprendi com o tempo
que as pessoas amam se sentir incluídas socialmente. Aprendi que abraçar é
melhor que falar, que dar é melhor que receber e que contribuir é melhor que
retribuir. Aprendi que a propagação da cultura de ódio do NÓS CONTRA ELES, não é e
nunca vai ser a moeda pela qual nós vamos conquistar o reino de Deus, pelo
contrário o ódio repele o amor. Amor espera e tudo suporta. Eu amo a
Deus, amando pessoas. Como posso dizer que amo o Deus que não vejo e não amo o
meu irmão, a quem vejo?
"No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo,
porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no
amor." I João 4,18.
Lutamos também contra a polarização
partidária que racha o país em dois grandes lados, forçando-nos a tomarmos
decisões baseadas no fato de quem odiamos menos. Entendemos
como cristãos e cidadãos esclarecidos, que político algum nos trará o céu para
a terra. A nossa guerra é para nos reconciliar com Cristo, por Cristo e em
Cristo, não fomentando o ódio recíproco da luta de classes, colocando uns
contra os outros, pois fomos chamados para sermos pacificadores. Comprometamo-nos
a colocarmos o amor acima de todas as nossas opiniões, nunca
disseminando o ódio e repudiando veementemente quem acredita e pratica o
contrário de tudo aquilo que cremos e professamos.A todos aqueles e aquelas que estão frustrados
e desesperançados com os rumos da
política e da economia, bem como todos aqueles que padecem do espinho na carne
da homossexualidade, mas que lutam pela santidade, para todos aqueles que
sempre sonharam com segundas chances, a todas as mulheres que lutam por
equiparação salarial, menos discriminação e violências, a todos os que querem ter
liberdade para escolher sem serem taxados de traidores, para todos
aqueles que não se sentem dignos de serem amigos de Deus, só podemos ofertar
nosso apoio e a misericórdia de Deus, que odeia apenas o pecado, mas que ama
incondicionalmente o pecador e quer liberta-lo e salva-lo.O escritor e jornalista espanhol Juan Manuel
de Prada afirmou que o achado da fé é um tesouro que responde às grandes
interrogantes do homem e que o catolicismo serve os povos para resistir aos
regimes fortemente dogmáticos.
“Os regimes ferreamente dogmáticos nunca deixam de usurpar o ser humano:
povos arrasados em sua organização, família e religião, encontraram na fé
católica uma resistência potente”, afirmou durante o curso “Cristãos em
Democracia”, organizado pela Universidade Católica “São Vicente Mártir” de
Valência (UCV).
Em nota de imprensa
enviada no dia 3 de agosto à ACI Prensa, a UCV indicou que em sua exposição o
jornalista abordou o tema do marxismo. Ele disse que o discurso desta ideologia se
apóia em uma liberdade mal entendida e portanto viciada. Nesse sentido,
recordou que o marxismo foi uma reação contra o liberalismo, condenado pela
Igreja constantemente e cuja expressão máxima é o capitalismo. “O liberalismo
econômico acompanhou a destruição do tecido social que o cristianismo tinha
criado anteriormente, fazendo desaparecer os grêmios e as instituições sociais e
educativas”, indicou. Por sua parte, afirmou:
“O marxismo propôs abolir os dogmas do cristianismo criando uma nova
ordem dogmática, onde a proposta católica de salvação foi substituída por um
projeto de salvação terrena.”
Entretanto, ele
alertou que o comunismo não foi derrotado, mas que “abandonou sua antiga
camiseta e se infiltrou na ordem liberal”. A fusão de comunismo e liberalismo já foi
produzida e acampou no Ocidente nas últimas décadas, afirmou. O resultado de
tudo isto, é que nunca foi tão difícil como hoje defender Cristo, o Evangelho e
a Sua Santa Igreja, pois o chamado “politicamente correto” é exatamente
uma vivência de valores anticristãos tais como: Aprovação de uniões gays como matrimônio, aborto, pílula abortiva do dia
seguinte, eutanásia, pedofilia, legalização de uso de drogas para diversão, bebê
de proveta, manipulação genética de embriões, produção independente de filhos
sem casamento, etc. Campeia a imoralidade
no meio de nós, o pecado é chamado de virtude e o vício é legalizado como um
bem. Como
um rolo compressor movido pela mídia, os falsos valores vão invadindo os nossos
lares e escolas, criando uma cultura neo-pagã e anticristã, deformando a
educação das crianças e dos jovens. É preciso com coragem combater tudo
isto por amor a Deus e ao homem:
“Eu vos
exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos
em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir
qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.
Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam
de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente
modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um
só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente
função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e
cada um de nós é membro um do outro. Temos dons diferentes, conforme a graça
que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a
fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom
de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as
esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele
que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade. Que vossa caridade não
seja fingida. Aborrecei o mal,
apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e
fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo.
Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança,
pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos
fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem;
abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com
os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar
pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios
aos vossos próprios olhos. Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a
fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós,
vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos,
mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim
exercer a justiça, diz o Senhor {Dt 32,35}. Se o teu inimigo tiver fome,
dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás
carvões em brasa sobre a sua cabeça {Pr 25,21s}. Não te deixes vencer pelo mal,
mas triunfa do mal com o bem.” (Romanos
12,1-21)
Sejamos
resistência Cristã sim, a todos estes contra valores Cristãos!
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