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Discurso de Dom Mariano na UERN: Ruptura ou continuidade evolutiva da práxis pedagógica verdadeiramente “libertadora”?

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 6 de maio de 2019 | 18:21


(D. Mariano e D. José Freire: Ruptura ou continuidade?)






O famoso escritor francês Victor Hugo (1802-1885) observou: "resistimos à invasão dos exércitos, porém, não resistimos à invasão das ideias"...e o pintor americano William McGregor Paxton (1869 – 1941) arrematou: “As ideias são mais poderosas do que os exércitos. ”





Como teólogo e filho da “academia local”, pois sou bacharel em teologia pela Faculdade Católica de Mossoró-RN, tomo a liberdade de intervir neste debate relativo a publicação do livro: "EDUCAÇÃO LIBERTADORA E CATEQUESE - Viabilidade do método Psicossocial de Paulo Freire em uma catequese antropológica". Tudo isto claro, sem intencionar ser detentor da verdade e nem muito menos colocar um ponto final, muito pelo contrário, a intenção é abrir e contribuir para um salutar debate. Dito isto, venho para dar-lhes a conhecer minhas reflexões no tocante à hermenêutica das práxis educadoras na visão de nossos dois últimos bispos diocesanos Dom José e Dom Mariano respectivamente. Ruptura ou continuidade? Em relação a qual práxis e tradição educadora? Pergunto-me se a tradição educativa anterior a Dom José, é um fato unívoco ou se não é acima de tudo uma pluralidade de tradições em sua mais que secular diacronia. Agora, na minha opinião pessoal, todo esse processo foi ao mesmo tempo, fruto de uma releitura (termo muito usado nos tempos de meu bacharelado) intencionalmente, tanto de continuidade como de uma necessária ruptura, como veremos adiante no discurso de Dom Mariano feito na UERN, durante sua legítima e honrosa homenagem, da qual eu compactuo, congratulando-o.






A auspiciada atualização de uma práxis pedagógica não ideologizada que transparece no discurso de Dom Mariano na UERN, é precisamente uma recuperação, um retorno a uma época, que é deveras certamente, preocupante para alguns, mas feliz, porque está nutrida de integralidade. Não estou com isto propondo, entenda-se bem, a recuperação de uma "práxis pedagógica primitiva e caduca", e portanto, inadequada para fundar, ou refundar, uma práxis educacional autêntica e atualizada. Não será preciso se surpreender, exatamente porque também entendo o processo educacional como um organismo vivo, e sua tradição está sujeita à evolução, mas também, a releituras de práticas pedagógicas eficazes. Que tenha sido verdadeiramente, este retorno de uma práxis educacional não ideologizada, a intenção mais profunda do discurso de Dom Mariano na UERN, está mais que claro. O critério hermenêutico que assumo como teólogo, na liberdade  que a função me permite, é de postular por uma pluralidade diacrônica, diversificada e plural, e não uniformizada de tradições pastorais e pedagógicas do passado e do presente na diocese. Escrevo isto, colocando como corolário algumas observações, que talvez não serão compartilhadas pelos "progressistas".





1)- A primeira é que, se olharmos o estado atual da educação local, está realmente conforme diagnosticado no discurso de Dom Mariano uma educação Ideologizada e engessada, que não se permite outras formas de pensar e um agir pedagógico livre de ideologias.





2)- Mesmo que se fale de uma pluralidade de fato e de direito, esta ainda não está concretizada. E vejo de forma positiva introduzir esta pluralidade de forma pacífica e indolor, essa presença "vetero-educativa", que é um patrimônio a ser resguardado e não simplesmente negado. E não vejo isto como uma quebra de unidade, mas como algo salutar e inerente ao processo educativo, principalmente aquelas experiências tradicionais que deram certo. E não vejo como uma atitude prudente introduzir no processo educativo local, inovações desconsideradas, na doutrina e na práxis teológica-educativa de diretrizes católicas. Em síntese, para concluir este bloco com uma fórmula sintética estas minhas considerações iniciais, ao criticar esta educação ideologizada, Dom Mariano acertadamente não tentou introduzir nenhum elemento estranho como podem deduzir alguns progressistas, mas retornar àquilo que se havia perdido: Uma "educação integral", que já era protagonizada por Dom José Freire.







Ora, a degradação da linguagem pedagógica integral se dá quando essa tendência educacional e cultural de forma ideologizada, se estende aos jornais, à TV, à internet, ao rádio, aos discursos intolerantes de políticos e militantes, mas também, e (como é triste escrever e constatar isso), até nas homilias. Para os que não concordam, só resta o silêncio obsequioso? E deixar tudo entregue à ditadura da arbitrariedade? Pois argumentar para quê?  Se já dispõem dos chavões, das palavras de ordem e de todas as respostas? Mostrar racionalmente por que se discorda dessa ou daquela pedagogia para quê? se é suficiente se comportar como vacas de presépio só dizendo amém? Buscar convencer o outro lado para quê? se é mais fácil intimidá-los com o discurso da “falta de unidade” ? 











Em suma, não há qualquer necessidade de demonstrar-se outra forma de pensar, porque o que importa é amealhar o maior número possível de autômatos que compõem o nós e segregar os demais, mesmos que estes sejam a maioria, no curral utilizado para isolar a influência nociva de todos os “mal-intencionados” - Mas é evidente que essa verdadeira ditadura ideológica conhecida como linguagem politicamente correta não está acontecendo por acaso. Tudo isso foi pensado, planejado e executado pacientemente, durante décadas, como um incessante trabalho de formigas, pela esquerda em todo o mundo e que acabou penetrando também, na Igreja, pois os homens e a Igreja são filhos de cada tempo. Para não retrocedermos em demasia no tempo, vamos nos referir apenas ao filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975) e ao também filósofo italiano Antonio Gramsci (1891-1937), bem como aos educadores Jean Piaget (1896-1980), e Paulo Freire (1921-1997), todos comunistas, no atual processo pedagógico.Bakhtin enxergava a linguagem como um processo permanente de interação por meio do diálogo e não apenas como um sistema autônomo. Assim, a língua só existe mediante o uso que locutores ou escritores e ouvintes ou leitores fazem dela, em situações concretas de comunicação. Definiu noções de análise da linguagem com base em discursos e crônicas artísticos, filosóficos, científicos e políticos. Segundo ele, o ensino, o aprendizado e a linguagem deveriam subordinar-se ao sujeito, aquele agente dos acontecimentos responsável pela criação dos discursos e ideias. Os enunciados sempre são trabalhados pelo sujeito tendo em vista os objetivos ideológicos, sociais, históricos e culturais. Isso lembra a você alguns dos partidos de esquerda? Pois é. As relações entre linguagem, ideologia e hegemonia de Gramsci e Bakhtin são bastante semelhantes. Analisando os conceitos bakhtinianos de heteroglossia (a diversidade social de tipos de linguagens) e dialogismo (o processo de interação entre textos, em que estes não são considerados isoladamente, mas concatenados com outras proposições similares) e a definição gramsciana de hegemonia (as relações de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade), conclui-se que as visões de linguagem e subjetividade de ambos são convergentes e que, a partir de uma discussão sobre os conceitos de poder, discurso e ideologia, consideram a linguagem e o sujeito como processos capazes de refutar e criticar os poderes e discursos prevalecentes.Antonio Gramsci, certamente é mais conhecido no Brasil do que Bakhtin como uma das maiores referências do pensamento esquerdista no século XX. Il Gobbo (o corcunda), assim apelidado por conta de um defeito físico, alinhava-se com o projeto político que visa à revolução proletária, mas se distinguia porque acreditava que a chegada ao poder deveria ser antecedida por mudanças de mentalidade e que os agentes dessas mudanças deveriam ser os intelectuais e a ferramenta essencial deveria ser a escola. Enquanto a maioria dos pensadores marxistas enfatizava as relações entre economia e política, Il Gobbo deu maior importância à ação ideológica nos campos da educação, da cultura e da intelligentsia no processo histórico de transformação. Muitos de seus conceitos permanecem atuais e, o que é pior, são postos em prática por governos e políticos esquerdistas em todo o mundo, e quando pior ainda, por instituições católicas. Foi Gramsci que levou à pedagogia a "conquista da cidadania" como um dos objetivos das escolas. Estas deveriam ser manipuladas para o que denominou de "elevação cultural das massas", alegoria que, segundo ele, representaria a libertação das populações da visão de mundo baseada em "preconceitos" e "tabus" (a religião seria um deles), bem como dos usos e costumes tradicionais que impediriam a crítica das "classes dominantes". A maior parte da obra de Gramsci foi escrita na prisão, por ordem de Mussolini e só veio a ser divulgada depois da sua morte. Desse período, há duas obras: as Cartas do cárcere, com mensagens a parentes ou amigos e os famosos 32 Cadernos do cárcere, que não eram originalmente destinados à publicação. Para esconder-se da censura fascista, adotou uma linguagem cifrada, repleta de conceitos originais, como bloco histórico, intelectualidade orgânica, sociedade civil e hegemonia, e de expressões novas, como 'filosofia da práxis' como sinônimo de marxismo. Sua escrita, a exemplo da de Nietzsche, é fundamentalmente fragmentada.Segundo Gramsci, "toda relação de hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica", isto é, de aprendizado. E obtém-se a hegemonia mediante uma luta de direções contrastantes, primeiramente no campo da ética e depois no da política. Para Il Gobbo, era necessário primeiro conquistar as mentes e só depois o poder. 





No campo da educação, duas influências consentâneas com essas ideias influenciaram a educação de maneira muito forte:








1)-  A primeira foi a do francês Jean William Fritz Piaget, para quem as crianças só podiam aprender o que estavam preparadas a assimilar. Aos professores  caberia tão somente a tarefa de aperfeiçoar o processo de descoberta dos alunos. Piaget criticou acidamente a modalidade de ensino onde "o professor dita e o aluno copia e repete".







2)- Essa crítica de Piaget foi endossada pela segunda das influências, a do pernambucano Paulo Freire, o pedagogo endeusado pela esquerda de nosso país e autor de A pedagogia do oprimido. Com seu método dialético de alfabetização, Freire denominou jocosamente a então maneira tradicional de educar de "educação bancária". Freire é, e não posso me furtar de aduzir, infelizmente, o atual patrono da educação brasileira. O que, certamente, explica as péssimas colocações do Brasil em todos os rankings internacionais divulgados anualmente. Mas trata-se, dizem seus adoradores, de pedagogia crítica, o que para mim não passa de uma antecipação do dialeto weaselese para designar o grande equívoco que é o marxismo.Sempre que ouço ou vejo o nome de Paulo Freire, lembro-me de Roberto Campos, que não se cansava de se referir a ele como o educador que jamais educara integralmente uma criança sequer. O qual é corroborado por Olavo de Carvalho, que dele faz o seguinte diagnóstico:







Paulo Freire, cujo maravilhoso sistema de ensino jamais produziu um escritor, um cientista, um filósofo ou mesmo um executivo competente, limitando-se a transformar milhares de coitadinhos em igual número de coitadinhos, é o patrono de uma educação nacional que produz analfabetos funcionais em massa e cujos estudantes obtêm sempre as piores notas nos testes internacionais. Se 41 universidades acham esse cidadão o máximo, 41 universidades deveriam ser fechadas. Paulo Freire é um sujeito oco, o tipo acabado do pseudo-intelectual militante. Sua fama baseia-se inteiramente no lucro político que os comunistas obtêm do seu método. Esse método, aliás, não passa de uma coleção de truques para reduzir a educação à doutrinação sectária...” 














Mas vale a pena verificarmos até que ponto suas divagações alucinatórias iam. À educação "bancária" ele contrapunha a educação "libertadora". A primeira seria uma relação "vertical" entre educador e educando. Um deteria o conhecimento e a capacidade de pensar, e o outro seria o objeto que recebe o conhecimento e segue o mestre. O educador "bancário", então, "depositaria" conhecimentos nos alunos e estes passivamente os receberiam. Tal concepção de educação teria como objetivo intencional formar indivíduos acomodados, não-questionadores e que se submeteriam à estrutura de poder vigente, sem objetivos de crescerem na vida, e teria sido idealizada para acobertar os interesses dos "dominadores". Trata-se de uma trama muito bem urdida por Freire de trocar seis por meia dúzia: “Ao mesmo tempo em que alerta que educar para pensar é algo perigoso para eles e que mudanças devem ser feitas, ele também propõe uma solução que, ao fim e ao cabo, bestializa os alunos, destruindo sua inteligência e sua própria capacidade de pensar como indivíduos autônomos. E, ao mesmo tempo em que critica a educação "vertical" ou "bancária", sugere outra verticalidade de viés totalitário, a do estado sobre os indivíduos, transferindo a autoridade de pais e professores para seu exército de ideólogos ocupando as salas de aula.” - Matéria da GAZETA DO POVO afirma que durante décadas, Paulo Freire foi a referência incontestável da educação brasileira. Ainda hoje, ele não tem concorrentes em número de citações nas faculdades de Pedagogia. Mas, se merece crédito por ter chamado atenção para o problema do analfabetismo no país, Freire adotou um viés ideológico que já era problemático nos anos 1960 e não pode ser tomado como referência neste nosso presente. O país de Paulo Freire não educa os filhos de pais que responsáveis também, não cobram das escolas, passam a mão na cabeça de filhos indisciplinados, e de professores que estão mais preocupados em aulas de troca de sexo de crianças, do que ensinar matemática e português, com honrosas e raríssimas exceções. A educação deveria ser “a prioridade” no Brasil, mas não apenas com pedidos de “mais dinheiro” para o MEC, como se o orçamento estatal para educação fosse pequeno, e ele é um dos mais altos do mundo em relação ao PIB. Na verdade, gastamos muito e gastamos mal. Mais do que discutir orçamento estatal, é preciso livrar o país da influencia nefasta do experimentalismo de ONGs bancadas por bilionários culpados que trazem manuais prontos da ONU/UNESCO e afins que vêem crianças de países em desenvolvimento como cobaias para suas perversões ideológicas.O impacto de índices tão baixos de educação não são apenas sociais e culturais, são também econômicos. O “capital humano” explica hoje grande parte do desenvolvimento e da prosperidade de um país, uma lição que o Brasil não aprendeu ainda. A criança que não recebe educação de qualidade será um trabalhador improdutivo, com baixos salários (ou nenhum salário) e um indivíduo condenado ao ciclo de pobreza que não é quebrado por decreto ou com “mais dinheiro” para a burocracia estatal.São os pais, os maiores interessados no futuro dos filhos, que devem liderar a luta nas escolas, ajudando a criar ilhas de excelência que elevarão a média nacional e servirão de exemplo para as outras. Se você tem filhos em idade escolar, faça a sua parte e, ao menos na escola que você pode ter uma participação direta, lute para que ela esteja fora deste verdadeiro desastre nacional. Você não vai mudar o país com textões no Facebook, seu papel é mudar o que está na sua área direta de influência. Se todos fizerem a sua parte sem alarde, sem ostentação de virtudes mas com seriedade e compromisso, o Brasil muda para melhor.A educação brasileira é uma tragédia. Os números são totalmente incompatíveis com um país com um dos maiores PIBs do mundo e que não está envolvido em guerras externas ou internas. A raiz do problema não é econômica, como querem os marxistas de esquerda e liberais de miolo mole, mas cultural. O Brasil sequer entende o que é educação, para que serve e o que deve ser exigido dos gestores e professores das escolas.Educação não é apenas um “direito”, seja lá o que isso signifique. Educação é uma obrigação e uma responsabilidade. Como disse Edmund Burke, a sociedade é um “contrato” e uma “parceria entre os vivos, os mortos e os que ainda vão nascer”. Os vivos têm a responsabilidade, como fiéis depositários da bagagem cultural acumulada pelas gerações anteriores, garantir que as próximas gerações possam receber este conhecimento e passar adiante. Educação é, antes de tudo, uma herança.Este crime continuado que tem vitimado nossas crianças brasileiras e que compromete diretamente o futuro do país, é fruto de um acordo tácito entre governos incompetentes e ideologizados, pais lenientes e professores-militantes.No dia 2 de maio de 1997, em São Paulo, morria o coveiro da educação brasileira. Sua memória e seu legado, tragicamente, continuam mais vivos do que nunca. 




O país de Paulo Freire, conforme resultados divulgado pelo PISA, conquistou as seguintes colocações entre 70 países:






– 63º lugar em ciências


– 59º lugar em leitura


– 66º lugar em matemática












Para você ter uma idéia da abrangência do estudo, o PISA pesquisou mais de 23 mil alunos de quase 850 escolas diferentes no Brasil.Se você não está assustado o suficiente, saiba que 82% dos estudantes brasileiros que participaram do estudo ficaram no nível de desempenho mais baixo possível medido pelo PISA. Na média geral, estamos no 65º lugar entre os 70 países do levantamento.A pedagogia de Paulo Freire tem um papel central neste resultado, mas o desastre da educação brasileira não teria ocorrido sem a conivência da burocracia estatal, políticos, formadores de opinião, pais e professores. Um homem só, por pior que seja, não consegue acabar sozinho com a educação de um país inteiro.Há um ciclo pernicioso que acorrenta o país e que deve ser atacado a partir da educação. Ensino de baixa qualidade e que ainda doutrina ideologicamente seus alunos para terem aversão ao trabalho, ao empreendedorismo, às instituições e ao que entendem por “capitalismo”, entregam ao mercado uma massa formada por indivíduos que não conseguem ajudar o país a produzir, avançar e competir externamente, muito menos ajudarem a si mesmos a conquistar o desenvolvimento pessoal e profissional para uma vida digna e plena. Chega de olhar pelo retrovisor e só lamentar os maus resultados. Pelo contrário, é hora de enterrar de vez o legado de Paulo Freire e a ideologização radical da educação para o Brasil ter alguma esperança de futuro.



Veja agora cinco ideias "indefensáveis" que Paulo Freire apoia em seu principal livro, Pedagogia do Oprimido:






1) O mundo maniqueista de Paulo Freire se divide entre opressores e oprimidos!





Freire defende uma pedagogia “que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação”. Ao adaptar a noção da constante luta de classes de Karl Marx, o pedagogo usa um esquema binário: os estudantes não teriam opção senão buscar sua liberdade diante dos opressores. A noção freiriana de libertação é pouco detalhada pelo autor, mas um detalhe da obra traz uma boa pista do que ele tinha em mente: a descrição apaixonada que ele faz do regime de Cuba, o próximo item da lista.





2) Para Paulo Freire Che Guevara é um "exemplo de amor"!











Quando Pedagogia do Oprimido foi escrito, os fuzilamentos sumários feitos em Cuba já eram notórios. O próprio Che Guevara havia admitido a prática do alto da tribuna das Nações Unidas. No entanto, Freire enxergava apenas qualidades no guerrilheiro convertido em ditador. "O que não expressou Guevara, talvez por sua humildade, é que foram exatamente esta humildade e a sua capacidade de amar que possibilitaram a sua ‘comunhão’ com o povo. Este homem excepcional revelava uma profunda capacidade de amar e comunicar-se", escreveu Paulo Freire.





3) Para Paulo Freire a educação deve estar a serviço da revolução!






O sentido pedagógico, dialógico, da revolução, que a faz 'revolução cultural' também, tem de acompanhá-la em todas as suas fases", propôs Freire. A implicação é que o ensino deve estar a serviço da ideologia. A ideia de Paulo Freire abre as portas para a pregação política em sala de aula, com as vítimas de sempre: os alunos! (Pelo seu discurso, neste ponto, Dom Mariano rompe com este modelo).





4) A família é opressora!?






Em Pedagogia do Oprimido não há qualquer menção ao papel da família na educação (homeschooling seria uma heresia para ser queimado na fogueira). O ensino é visto como uma tarefa do professor, subentendido o protagonismo do Estado nessa função. A lógica de Paulo Freire é esta: como a sociedade é opressora, a família reproduz os mecanismos opressores dentro de casa. "As relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo geral, as condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E, se estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras, penetram nos lares que incrementam o clima da opressão", diz um trecho do livro.





5) É preciso combater a “invasão cultural” (QUAL?)






A educação, por definição, depende da transmissão de conhecimentos e valores acumulados ao logo da história. No Brasil, essa história vem sobretudo das grandes tradições da filosofia grega, do direito romano, da matriz cristã. Interpretar o ensino dessa tradição como uma “imposição de valores” a ser combatida significa isolar os alunos do contexto histórico do país onde vivem. Freire quer os estudantes protegidos da “invasão”: "Neste sentido, a invasão cultural, indiscutivelmente alienante, realizada maciamente ou não, é sempre uma violência ao ser da cultura invadida, que perde sua originalidade ou se vê ameaçado de perdê-la", prega.Entre os herdeiros ideológicos de Paulo Freire estão as correntes que defendem uma versão do Português sem erros nem acertos(simples assim), o que no fim das contas, prejudica a inserção de jovens carentes no mercado de trabalho.












Segundo sua nomenclatura, uma "educação libertadora ou problematizadora" seria aquela que não separasse professor e aluno, em que ambos seriam concomitantemente educadores e educandos. Em suas palavras: “Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. A educação libertadora abre espaço para o diálogo, a comunicação, o levantamento de problemas, o questionamento e reflexão sobre o estado atual de coisas e, acima de tudo, busca a transformação...”Repare no recorrente estratagema dialético que consiste em dividir tudo o que existe no mundo na suposta dicotomia entre nós e eles (alguém lembra deste discurso?), sem a qual o socialismo-comunismo não pode existir: nós, os bonzinhos, os socialistas-comunistas de caráter ilibado e ótimas intenções e eles, os malvados defensores do capitalismo, da propriedade privada e da economia de mercado, de péssima índole e intenções escusas.Bakhtin, Gramsci, Piaget e Freire, os dois primeiros em plano mais filosófico e os dois últimos invadindo (ou ocupando, segundo o dialeto weaselese) as salas de aula, podem ser responsabilizados pelo predomínio, dito cultural, que a esquerda vem exercendo há décadas em todo o mundo. Ora, tudo isto como escrevi no início, é fruto de um trabalho árduo, paciente e de longo prazo da esquerda mundial. Mas, como tudo o que é errado não pode funcionar bem durante todo o tempo, as coisas estão começando a mudar, e Dom Mariano como Europeu, não tão influenciado por estas correntes ideológicas, e muito inteligente como ele é, percebeu isto.





*Conteúdo adaptado de: Gazeta do Povo





Abro aqui um “parêntesis” para dar alguns exemplos de palavras e expressões dessa novilíngua tão bem retratada por George Orwell (1903-1950) e que bem ilustram a importância dessa batalha, ao mesmo tempo em que nos exortam a eliminar esse lixo que vem contaminando seguidas gerações, destruindo sua capacidade de pensar, manipulando o idioma e cometendo enormes fraudes semânticas:Homofobia, loby gay, machismo, empoderamento, aquecimento global (ou mudanças climáticas), patriarcado, ressignificação da família, misoginia, o uso do x em lugar dos artigos o ou a, afrodescendente, opressão, luta de classes, golpista, democracia, estado democrático de direito, extrema-direita, mídia golpista, neoliberalismo, capitalismo selvagem, identidade de gênero, justiça social, dívida histórica, xenofobia, ocupação (no lugar de invasão), eurocentrismo, islamofobia, heteronormativismo, elite, classista, burguês, pobre de direita, negro de direita, direito social, distribuição de renda, cultura do estupro, apreensão (no lugar de prisão) de menores, função social da terra, desconstrução, poliamor, homoafetivo, medidas sócio-educativas, transexualidade, problematização, opressão do homem branco, medieval (aplicado à Igreja Católica), transfobia, consciência social, função social, desmatamento, ações afirmativas, minorias, elitista, preconceituoso, "pública, gratuita e de qualidade", polícia cidadã, relativização, cidadãos críticos, neo (aqui basta acrescentar qualquer palavra), globalização (no lugar de globalismo), excluídos, presidenta, dieta balanceada, manifestantes, inclusão, interrupção voluntária da gravidez, espírito republicano, autonomia do corpo, direito da mulher ao próprio corpo, católicas pelo direito de decidir, sociedade justa e igualitária, saúde reprodutiva, questão de gênero, orientação sexual, autoritarismo (como sinônimo de hierarquia), cadeirante, indivíduos em situação de risco social (criminosos), demandas do nosso tempo, bom dia a todos e todas, pessoa em transição entre empregos (desempregado), sustentabilidade, hipossuficiência e muitas, muitas e muitas outras.







Todo esse discurso contaminado ideologicamente tem uma característica indisfarçável, que é a negação da verdade integral do homem! 







O que se explica pela orientação marcantemente relativista do socialismo-comunismo e, no plano prático, pelos conhecidos conselhos do nacional-socialista Goebbels, de que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade, bem como pelo ensinamento de Lenin de acusar os adversários do que você faz e chamá-los do que você é.Mas parece que uma nesga de esperança começa a se descortinar neste final de 2016, em que a esquerda brasileira foi duramente reduzida e humilhada nas eleições, onde uma presidente petista foi destituída, a Inglaterra escolheu o Brexit, Hillary Clinton perdeu para Donald Trump, Hollande teve sérios problemas na França, a bandeira da responsabilidade fiscal está mais visível e as pessoas estão acreditando cada vez menos nas ditas soluções políticas de esquerda.A batalha das ideias aí está e o que devemos fazer para vencê-la, aproveitando-nos dessa aparente derrocada do esquerdismo?













Agora vou dar apenas 4 sugestões genéricas, ao mesmo tempo em que indicarei um curso: "Guerra Semântica", criado por Dante Mantovani, especialista em linguística, para estudar metodicamente o tema e mostrar como restabelecer a verdade semântica em dez lições, com abordagem aprofundada e fundamentação sólida:







1)- A primeira coisa que devemos fazer para ganharmos a batalha da linguagem é nos insurgir contra a mentira. E, para combatermos a mentira, temos necessariamente de reconhecer que existe a verdade. Isso não quer dizer, em absoluto, que pretendamos ser seus donos; apenas que devemos mostrar todo o arsenal de embustes que se esconde atrás dessa linguagem politicamente correta da esquerda. A mentira não pode prevalecer durante muito tempo e, em se tratando das ideias socialistas, seu tempo já é mais do que passado.Assim, reaja sem medo, tão logo você ouvir alguma dessas palavras ou expressões envenenadas, mostrando que você tem cérebro e que ele funciona, mesmo se você foi treinado na escola por professores do método Freire. Mostre que o socialismo-comunismo jamais funcionou em país algum, não funciona e nunca vai funcionar.Para isso, é preciso que você faça um pequeno esforço, começando pela supressão dos jornais e documentários de TV e dos jornais impressos, que estão impregnados de doninhas. Busque outras fontes de informação. A internet aí está para isso. A lei da demanda funciona sempre e, portanto, caindo a demanda por esse verdadeiro lixo, os proprietários de TVs e de jornais terão que se livrar dos maus jornalistas, que são na verdade militantes. Se não agirem assim, vão quebrar. Mercado neles!







2)- Se você tem filhos na escola (incluindo as católicas), acompanhe tudo o que os professores estão fazendo com eles, porque a responsabilidade é toda sua. Se perceber a existência de professores militantes, e certamente e inevitavelmente isso vai acontecer, porque 90% deles vem das universidades públicas equerdizadas, vá à escola e diga que seu filho não está ali para ser doutrinado, e nem você está pagando para que ele seja idiotizado por ideias de esquerda ou de direita, mas para aprender as matérias curriculares. Se a coordenação ou direção da escola não se mostrar receptiva, ameace trocar de escola. E se nem assim funcionar, troque! Aqui a lei do mercado e da livre concorrência funcionará (pelo ao menos por enquanto).






3)- Se você é universitário e está cansado dessa xaropada doutrinadora, desse mimimi esquerdista que domina os cursos de ciências humanas, especialmente nas universidades públicas, comece a contestar respeitosamente seus professores. Use argumentos e não se impressione nem com a idade, nem com a barba e a sandália do seu professor petista ou psolista ou com aquele vestido sempre comprido e os cabelos desalinhados da professora marxista, pois a maioria deles não tem argumentos, só sabem repetir jargões e palavrões! Os que eventualmente apresentarem alguns argumentos, muito provavelmente irão respeitar também os seus. Se eles não respeitarem você, ficarão muito mal perante a turma, e você terá ganho uma batalha (não a guerra).







4)- E se você, tal como eu, é formador de opinião, ou professor universitário, tenha sempre em mente uma famosa frase de Mises: “a de que basta haver um solitário e fiel professor que tenha as ideias certas, e que saiba transmitir sua lógica, em um departamento qualquer, para que um grande número de alunos se interesse e busque aprofundar-se nelas". E para incentivar seus seguidores e alunos a não abandonarem seus intentos diante das enormes dificuldades representadas pela cultura predominantemente de esquerda, diga para eles que, se eles têm convicção de que suas ideias são corretas, então sigam a máxima: “A verdade e o sentido é mais importante do que a velocidade”.





CONCLUSÃO:





(Dois grandes bispos de Mossoró-RN: Dom José Freire e Dom Mariano Manzana)










Segue Ipsis Litteris o discurso do Bispo Diocesano de Mossoró-RN, Dom Mariano Manzana, durante as comemorações dos 50 anos da UERN na Assembleia Universitária, realizada em 28 de setembro de 2018, na cidade de Mossoró-RN, por ocasião da entrega do título de Professor Honoris Causa ao ao mesmo:







“A Universidade deve ser a transmissora da ética e da liberdade. Liberdade para pensar, criar, ensinar, criticar e construir. Não se pode esquecer que ela lida com o saber. E este é livre. No entanto, procura-se, não raro, “encarcerar a Academia nos grilhões das ideologias e de outros interesses alheios à missão acadêmica”. Já no Estado Novo, ao ser promulgado o estatuto do magistério superior, afirmava-se a imprescindível autonomia universitária, como expressão da liberdade. Ela é inarredável para que possa exercer plenamente suas funções e cumprir sua autêntica vocação. Autonomia entendida não como privilégio ou soberania, e sim como prerrogativa de responsabilidade e criatividade, independência e distância de tudo aquilo que busca manipular o pensar e o saber...” 






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CIDADÃO DO MUNDO, NORDESTINO COM ORGULHO, Brazil
Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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