Dois setores do catolicismo que vêm recebendo visibilidade
significativa nas últimas décadas: a Renovação Carismática Católica (RCC) e a
Teologia da Libertação. Um trata das questões SOCIAIS, ou seja, relativas ao
TER, o outro da questões EXISTENCIAIS, ou seja relativas ao SER.Considerados
antagônicos por muitos pesquisadores, a presente reflexão analisa como a esfera
política se manifesta em alguns eventos desenvolvidos no interior desses dois segmentos
da Igreja, bem como, a compreensão por membros do clero e também dos fieis
sobre o tema. Partindo de uma releitura
teológica das referidas figuras, concluindo que a exigência de uma “regula fidei” para realizar o
discernimento do crer, exige-se uma abertura, superando preconceitos e
quebrando nossas categorias cristalizadas, isto é, só uma ‘normatividade
aberta’ revela-se capaz de discernir a verdadeira fé na ambiguidade do âmbito religioso.
O rosto plural da fé tem,
na experiência plural e na ambiguidade religiosa, o desafio de posicionar-se
face aos desafios do hodierno, ao mesmo tempo das sociedades plurais e do
pluralismo religioso, que se entrecruzam na própria experiência da ambiguidade
humana.O
questionamento teológico defronta-se com o estatuto da verdade, ou seja, o que
é a verdade cristã numa sociedade plural? Ou ainda, a verdade e a práxis da fé
é por natureza intolerante e uniforme ?Estas questões são cruciais na
medida em que se engajam no debate entre verdade dogmática e práxis da fé, entre
confessional idade e cidadania, face à opinião pública secularizada e
emancipada, que nos leva a concluir quando entendemos o papel de cada um, que não são divergentes, mas convergentes.
AS PASTORAIS
E MOVIMENTOS A SERVIÇO DA IGREJA NA IMPLANTAÇÃO DOS VALORES DO REINO DE DEUS ATRAVÉS
DA EVANGELIZAÇÃO
A finalidade da Igreja Católica é evangelizar, ou
seja, difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos e nos livros
sagrados. Para que a Igreja possa fazer essa divulgação do Santo
Evangelho, precisa ter um plano organizado, um projeto de evangelização que é
distribuído a vários grupos em diferentes setores. Esses setores são chamados “Pastorais”. E as pessoas que trabalham
nessas pastorais são chamadas “agentes pastorais” ou “agentes de
pastoral”.Toda pastoral exige em
si mesma um objetivo, uma característica e uma necessidade, de forma que
ela é constituída como necessidade primária na evangelização da Diocese ou da
Paróquia. Portanto, Pastoral,
é serviço, ação, trabalho desenvolvido pela Igreja. Não se resume em grupo de
pessoas, mas em ação organizada e dirigida pela Diocese e Paróquia para
“atender” determinada situação em uma realidade específica. Pastoral vem de
Pastor. Por isso é importante destacar que “FAZER” pastoral é fazer o que Jesus
fez. É continuar sua missão. É por meio das pastorais e do conjunto de suas
atividades que a Igreja realiza a sua tríplice missão: profética,
sacerdotal e testemunhal. De uma forma mais simples podemos também
definir a pastoral como "os braços" do pastor. Não seria
possível a cada sacerdote, a cada pastor, realizar todas as atividades
necessárias para a Igreja cumprir sua tríplice missão, por isso a Igreja
utiliza-se dos serviços dos leigos, para, como "braços" dos pastores,
ajudar a Igreja.Uma pastoral é essencial na estrutura orgânica de
uma Diocese ou Paróquia; o conjunto de pastorais denominamos de Pastoral
Orgânica porque estão na estrutura fundamental da organização diocesana ou
paroquial; na verdade ela é essencial e necessária.Exemplos: Pastoral da criança, da saúde, da educação, da
juventude, da comunicação, da sobriedade, do menor, da liturgia, da
catequese, a pastoral familiar, carcerária e muitas outras.Em todas essas pastorais existem pessoas com certa formação
para exercerem o trabalho que a elas correspondem. São coordenadas
pelas dioceses que promovem regularmente cursos e encontros de formação, para
que os “agentes de pastoral” possam trabalhar junto às comunidades com plena
consciência do que estão fazendo e da finalidade do seu trabalho.
O
TRABALHO DOS MOVIMENTOS DA IGREJA NA MISSÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
Os Movimentos Católicos, são grupos específico com
organização específica muitas vezes independente, não diretamente ligados a uma
paróquia ou Diocese, constituídos de leigos e leigas e às vezes com assessoria
de alguns Sacerdotes e com coordenação nacional e internacional. O que
caracteriza um movimento católico é que a sua origem e estrutura parte
geralmente de um fundador ou fundadora que
dá as coordenadas para que esse movimento exista. Regido muitas vezes de
estatutos e normas e de um direcionamento na espiritualidade, reconhecidos
formalmente pela Igreja a nível Pontifício, ou diocesano. Anterior ao Concílio
Vaticano II, esses movimentos eram denominados irmandades e confrarias. Os movimentos nascem e
se formam num contexto externo à igreja local, mas atuam dentro da Paróquia, ou
Diocese. É uma ação dos leigos que pode envolver várias pastorais/serviços ao
mesmo tempo. Estão mais ligados à vida pessoal dos participantes e, em
geral, têm um caráter de espiritualidade existencial,com mais ênfase no SER, do
que no FAZER, e seguem um carisma próprio, envolvendo mais ou menos as mesmas
pessoas que vivenciaram um encontro, um retiro ou uma catequese. Normalmente o
grupo que tem uma liderança, tem um objetivo claro de oração,
espiritualidade, comunhão e missão ou apostolado com autorização eclesiástica,
pode chegar a ser um movimento.Exemplos de movimentos: ECC
(Encontro de Casais com Cristo), Apostolado da Oração, movimento RCC (Renovação
Carismática Católica), movimento da Mãe Rainha, movimento do Terço dos Homens, Comunidades
Novas, etc. Os movimentos, assim como os grupos, também podem ter âmbito
paroquial, diocesano ou universal (católico).Os Grupos são formados por fiéis, que se reúnem de
forma espontânea, porém sempre com a licença e orientação do Pároco ou vigário
paroquial e tendo como base a oração e a escuta da Palavra nas suas ações
evangelizadoras as mais diversas (incluindo até as de caráter Social). Os
grupos reúnem-se para orar, para promover a justiça e a paz, para visitar
doentes, evangelizações porta a porta, de rua, etc. Quando um grupo
cresce e amadurece, pode tornar-se uma Comunidade reconhecida pelo pároco
(comunidade paroquial), pelo bispo (comunidade diocesana) ou até mesmo pelo
Papa (comunidade católica). Exemplos
de Comunidades Novas reconhecidas formalmente pelo Vaticano: Comunidade Católica Shalom e Canção
Nova.Normalmente a nível paroquial, ou diocesano, os
representantes/coordenadores de grupos e movimentos, assim como das pastorais,
são convidados a fazer parte os CPP’s (Conselhos Pastorais paroquiais).
CONCLUSÃO:
“Pois, como em um só corpo temos muitos membros e
cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos
muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro”. (Rm
12, 4-5).
“Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são
diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo
Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para
proveito comum”. (1Cor 12, 4-7).
As desigualdades e pluralidades, são
naturais e fruto da sabedoria de Deus – Ninguém pode acabar com isto:
Ao analisarmos o universo
percebemos que ele é hierárquico e desigual, indo desde um mineral, passando
pelos vegetais animais, homens e os anjos, há uma hierarquia que promove
harmonia, cosmos. Se todo universo é regido pela ordem que atravessa a
desigualdade dos seres, tal lei natural passa também pelos homens. Nos seres
humanos também há desigualdades naturais dos quais não decorrem direitos
(baixos, altos, gordos, magros, negros, brancos, carecas, cabeludos, fortes e
fracos) e desigualdades dos quais decorrem direitos (virtuosos, pecadores,
ladrões, honestos, professores, alunos, trabalhadores, vagabundos, pais e
filhos). Isto quer dizer que um homem não tem direito sobre o outro por ser
alto ou baixo, entretanto possui se é pai e o outro filho, ambos possuem
direitos equivalente às suas prerrogativas.O magistério da Santa Igreja já se
manifestou diversas vezes sobre tal assunto, mas encontramos em Leão XIII (Quod
Apostolici Muneris e Humanum Genus) algo mais direto, ele diz que no homem
também há desigualdades naturais e acidentais, desta forma os homens são
semelhantes e não iguais. Estes possuem a mesma natureza, logo os mesmos
direitos naturais. Quando os homens se aperfeiçoam, isso gera desigualdade e
querer impor a maior igualdade possível entre os homens é querer que eles não
se aperfeiçoem, mas decaiam. A igualdade só se pode realizar pelo nível mais
baixo. Com relação a isso, Deus criou tal desigualdade exatamente para fomentar
a cooperação mutua entre os homens, lembremos: a lei de Deus é o amor.
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