“Os homens não são
[monogâmicos]! Não adianta fingir o contrário. Simplesmente não o são, pelo
menos não de acordo com sua natureza animal. Para nós, a monogamia (embora há
muito tempo fundamental para as idéias que herdamos) é um elemento de ética,
revelada de acordo com a fé e não com a carne. Esse é um mundo decaído onde não há harmonia
entre os nossos corpos, nossas mentes e nossas almas. A essência de um mundo
decaído consiste no fato de que o melhor não pode ser conquistado através da
diversão livre ou do que é muitas vezes chamado de “auto-realização” (que
geralmente não passa de um bom nome para a complacência e que é absolutamente
contrária à realização do próximo), mas sim quando se recusa a si mesmo,
sofrendo. A fidelidade no matrimônio
cristão implica precisamente nisso: uma grande mortificação. Para um cristão,
não há escapatória. O matrimônio pode ajudar a santificar e direcionar ao seu
objeto adequado seus desejos sexuais, e sua graça de (estado) pode ajudá-lo no
combate, porém, o combate permanece, continua lá. O casamento não o
saciará, naquele sentido em que comer regularmente satisfaz a fome, mas lhe
proporcionará tanto dificuldades como facilidades para habilitá-lo a viver
a pureza própria do estado matrimonial. Nenhum
homem, por mais que tenha amado a sua eleita e noiva de sua juventude, conseguiu
permanecer fiel de corpo e alma quando ela se tornou sua esposa, sem um
exercício consciente e deliberado da vontade, ou seja, sem negar a si mesmo.
Poucos são os que sabem disso, mesmo os educados dentro da Igreja. E os que
estão fora dela não parecem sequer ter ouvido falar nisso. Quando o
encanto desaparece, ou simplesmente se desvanece um pouco, eles acreditam que
cometeram um erro de pessoa e que ainda não encontraram sua verdadeira alma
gêmea. Então, a “verdadeira alma gêmea”
geralmente passará a ser a próxima pessoa sexualmente atraente com a qual se
encontrar, alguém com quem poderiam muito muito bem ter se casado, se não fosse
por… Daí o divórcio, para proporcionar o “se não fosse por” ou segunda chance. E,
é claro, eles geralmente tem razão: cometeram um erro. Apenas um homem muito
sábio, já no final de sua vida, poderia realmente tomar uma decisão sensata
sobre com qual mulher, entre todas as possíveis, ele deveria ter se casado.
Quase todos os casamentos, inclusive os mais felizes, são erros, no sentido de
que certamente (em um mundo mais perfeito ou com um pouco mais de esforço neste
mundo tão imperfeito) ambos os cônjuges poderiam ter encontrado um marido ou
esposa mais compatível. No entanto, sua “verdadeira alma gêmea” é aquela com a
qual você está realmente casado! Na verdade, a pessoa tem pouca escolha: a
vida e as circunstâncias quase sempre intervêm em tudo (muito embora, quando se
trata de Deus, a vida e as circunstâncias se tornam seus instrumentos ou
intervenções). Neste mundo decaído, os nossos únicos guias são a prudência
e a sabedoria (raras na juventude e tardias demais na velhice), um coração puro
e fidelidade da vontade…"
(Retirado das Cartas de J.R.R. Tolkien)
O segredo e fonte da Sabedoria de Tolkien é muito simples: “viver segundo a fé e não a carne.” Ou, dito de outra forma por Tolkien na mesma carta acima que escreveu a seu filho!
“Desde a obscuridade da
minha vida, com tantas frustrações, eu ponho diante de ti o único,
verdadeiramente grande e digno de amor nessa terra: o Santíssimo Sacramento! Nele
encontrarás romance, glória, honra, lealdade e o verdadeiro caminho de todos os
seus amores nesse mundo e, mais ainda, na morte. Por um paradoxo divino, a
morte põe fim à vida e exige a rendição de todos, porém, só ao prová-la (ou
pregustá-la), aquilo que buscas nos relacionamentos (amor, fidelidade, alegria)
poderá se manter ou adquirir esse aspecto de realidade e duração eterna que
deseja e busca o coração de cada homem”:
"Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu desejo
Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!"
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