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Esperar em Deus, ou quem sabe faz a hora e antecipa-se ao próprio Deus ?

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 29 de dezembro de 2016 | 17:38





“Vem vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer...” (Geraldo Vandré).



Vocês que são meus contemporâneos, devem se lembrar muito bem desses versos, cantados por Geraldo Vandré na época da “Contra Revolução Comunista dos militares no Brasil”; porém tranquilizem-se, não vai aqui nesse contexto nenhuma conotação política, mas sim uma conotação para com a vida.



Às vezes, simplesmente não existem respostas nem explicação. Apenas a vida. Apenas as pessoas. Apenas o momento.Apenas o mundo. Apenas a dor e o amor. E se insistirmos em não aceitar, em brigar, em nos rebelar, em nos revoltar, conseguiremos tão somente mais dor e menos amor. Aceite que você não tem o controle total sobre todas as coisas, que você não pode decidir sozinho, que o universo tem seu próprio ritmo. Faça o que está ao seu alcance; faça a sua parte, bem feito e da melhor maneira que puder. E o que não puder, entregue e espere, porque embora diga sabiamente a música "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", tem ocasiões nesta vida em que quem sabe espera acontecer e respeita a hora de não fazer, até que um dia, de repente aquilo acontece.




O homem na sua existência é um ser limitado. O mundo que o cerca e no qual ele habita e o modifica, é um mundo limitado. Mas por algum propósito a sua razão está aberta ao ilimitado, vislumbra no transcendente a totalidade de seu ser. O homem de fé crê em seu Deus, como na resposta dada por Jesus a um fariseu e doutor da lei sobre o maior dos mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus com todo seu coração, toda a sua alma e sua inteligência” (Mt 22,37), mas nesse “todo”, Jesus afirma também que o homem pode crer com sua incompreensão, atitude humilde ante o transcendente e situações imanentes, que o leva a um silêncio, não resignado, mas de profundo amor e reverência:


“Cremos que Deus pode ser aquilo que nós não compreendemos. Acima da razão que quer explicações, há o mistério que pede silêncio e reverência...”


Há pessoas que preferem sacrificar sua própria vida a negar suas convicções. Mas isso não os diferencia daqueles que entregam a vida para não trair seu país ou uma ideologia política, que quer antecipar um tempo novo. Porém, o mártir vai mais além: ele entrega a sua vida como testemunho do evangelho, e não de uma ideologia. Sua morte era um sinal de que nada era mais importante do que ser fiel ao seguimento de Jesus Cristo, mesmo que isso significasse a morte.



A sua convicção se centra na verdade em que ele acredita e que a partir daquele momento torna-se o testemunho de uma Igreja que professa a mesma fé. As catacumbas nos apresentam o lado mais eloqüente da vida cristã dos primeiros séculos, pois constituem uma escola de fé, de esperança e de caridade. Remete-nos às lembranças daqueles tempos em que grandes mártires caminhavam para o martírio conscientes e esperançosos de que algo melhor lhes esperava. De que o prêmio a sua fidelidade e ao projeto de Jesus é o que em breve contemplariam:


“Ficai alegres e contentes, porque será grande para vós a recompensa no céu” (Mt5,11).


Ao longo da história dos primeiros séculos não faltaram exemplos de gratuidade recebida e gratuidade oferecida. Transformaram essa gratuidade em característica primordial da experiência cristã e de sua transposição ativa para a sociedade.




Na raiz da controvérsia Pelagiana estava o questionamento: É o homem ou Deus quem quer e decide? 



Para essa pergunta Agostinho mostra que o ponto de partida de nossas decisões, chamadas livres, há forças secretas, independentes de nossa vontade. Nesse sentido ele afirma que o livre arbítrio é suficiente para fazer o mal, mas não é capaz, por sí mesmo de chegar ao bem. Para tal é necessário o auxílio de Deus em forma de graça.A graça divina e a aceitação dessa pelo homem, criam espontaneamente, na natureza humana, uma nova natureza, uma sobrenatureza que faz como que o homem aja como filho de Deus.



Nessa total entrega a Deus, Balthasar compreende a verdadeira fé, onde se mistura a ausência com a presença, o silêncio com a Revelação: essa é a dialética divina. Na compreensão de Balthasar é nesse ausentar-se do cristão que reside a sua presença mais ativa, mais significativa:




“Também o cristão é com Cristo um ausente do mundo, para estar presente nele desde Deus, de modo mais intenso, embora incompreensível. A missão cristã no mundo supõe esse estar morto para o mundo, não apenas na própria entrega ao seguimento de Jesus, como caminho terreno, mas também enquanto a dialética da imanência, sempre maior em sua transcendência, toma corpo no cristão, sabendo que o tempo esconde o que é eterno...”
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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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