No contexto dos debates e votações acerca dos
Planos Municipais de Educação, o Conselho Permanente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília (DF), entre 16 e 18 de junho
de 2015, aprovou e divulgou nota a respeito da inclusão da ideologia de gênero
nos textos em discussão. Para os bispos, a proposta de universalização do
ensino e o esforço do Estado em estabelecer a inclusão social como eixo
orientador da educação merecem apoio e consideração. Por outro lado, "a introdução dessa ideologia na prática pedagógica
das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das
famílias", diz a nota. Leia a nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre a inclusão da
ideologia de gênero nos Planos de Educação
“Homem
e mulher Ele os criou” (Gn 1,27)
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília, nos dias 16 a 18 de junho,
manifesta seu reconhecimento pelo importante trabalho de elaboração dos Planos
Estaduais e Municipais de Educação em desenvolvimento em todos os estados e
municípios brasileiros para o próximo decênio. A proposta de universalização do
ensino e o esforço de estabelecer a inclusão social como eixo orientador da
educação merecem nosso apoio e consideração ao apontar para a construção de uma
sociedade onde todas as pessoas sejam respeitadas. A tentativa de inclusão da ideologia de gênero nos Planos Estaduais e
Municipais de Educação contraria o Plano Nacional de Educação, aprovado no ano
passado pelo Congresso Nacional, que rejeitou tal expressão. Pretender que a identidade sexual
seja uma construção eminentemente cultural, com a consequente escolha pessoal,
como propõe a ideologia de gênero, não é caminho para combater a discriminação
das pessoas por causa de sua orientação sexual. O pressuposto antropológico de
uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos e éticos,
identidade histórica do povo brasileiro, é que deve nortear os Planos de
Educação.
A ideologia de gênero vai no caminho oposto e desconstrói o conceito
de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher. A introdução dessa ideologia na prática
pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças
e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma
silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados,
que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la.A ausência da sociedade civil na discussão sobre o
modelo de educação a ser adotado fere o direito das famílias de definir as
bases e as diretrizes da educação que desejam para seus filhos. A CNBB reafirma o compromisso da Igreja em se somar
aos que combatem todo tipo de discriminação a fim de que tenhamos uma sociedade
sempre mais fraterna e solidária. Confia que a sociedade e o Estado cumpram seu
direito e dever de oferecer a toda pessoa os meios necessários para uma
educação livre e autêntica (cf. CNBB - Doc. 47, n. 73).Reafirma também o papel insubstituível dos
pais na educação de seus filhos e primeiros responsáveis por introduzi-los na
vida em sociedade. Agradecemos a tantos que têm se empenhado na defesa
de uma educação de qualidade no Brasil, opondo-se até mesmo a excessos do
Estado que, muitas vezes, se sobrepõe ao papel dos pais e da família.
A estes exortamos a que, juntamente com educadores e associações de
famílias, assumam sua tarefa de protagonistas na educação dos filhos. Que Deus inspire os legisladores na
responsabilidade que têm nesse momento e anime os educadores na nobre e sublime
tarefa de colaborar com os pais em sua missão de educar.
Brasília,
18 de junho de 2015.
Dom
Sergio da Rocha
Arcebispo
de Brasília-DF
Presidente
da CNBB
|
Dom
Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA
Vice-presidente da CNBB
|
Dom
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo
Auxiliar de Brasília-DF
Secretário
Geral da CNBB
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