"Se alguém for pra Mossoró
Deve
fazer romaria,
Na cova de Menino de Ouro
Que nos deixou certo dia,
Por intermédio da bala
Que
calou sua fala
E findou sua valentia.
Menino de Ouro
Era o mais
valente do bando,
Pois somente respeitava Lampião
em seu comando.
Quatorze, era sua idade
Mas
tinha a ferocidade
De um demônio atirando...”
(Fonte: https://pt.slideshare.net/theamaia/a-passagem-de-lampio-em-tabuleiro-do-norte)
O ataque do bando de Lampião a Mossoró vem sendo contado e
recontado em prosa e verso, desde 1927, quando a resistência comandada pelo
então prefeito Rodolfo Fernandes impediu que os bandoleiros saqueassem a
cidade. O assunto parecia exaurido, com exceção de alguns pontos
polêmicos, entre os quais as motivações e as verdadeiras circunstâncias da
morte do cangaceiro José Leite Santana, o Jararaca, que ainda não foram, e
dificilmente serão esclarecidas (esse sim, o Jararaca, encontra-se enterrado no cemitério central da cidade, e não o menino de ouro).A verdade, contudo, é que havia muito mais a ser contado, um
vácuo histórico de 400 quilômetros, compreendendo o início da marcha dos
cangaceiros rumo à capital do Oeste potiguar e o caminho percorrido por eles
após o confronto em Mossoró. E é essa lacuna que o juiz de Direito Sérgio Augusto de Souza
Dantas, do Juizado Especial do Fórum Varela Barca, de Natal, propõe-se a
preencher com o livro "Lampião e o
Rio Grande do Norte - A História da Grande Jornada". Em entrevista exclusiva ao jornal O Mossoroense, o autor fala
sobre a obra, revela dados coletados em seis anos de pesquisa, levanta nova
hipótese para a execução de Jararaca e afirma que está apenas esperando o convite
para lançar o trabalho na terra que derrotou o Rei do Cangaço. Há poucos registros sobre a
morte de Menino-de-Ouro, que não suportando a dor de um ferimento sofrido em
Mossoró teria pedido a Lampião que o executasse. O livro desvenda esse
episódio? O episódio já foi desvendado desde 1995 pelo pesquisador
Hilário Lucetti. Casualmente Hilário encontrou um certo Zeferino que
trabalhava na fazenda Piçarra, do velho coiteiro de Lampião, Antônio Teixeira,
o Antônio da Piçarra. Aos poucos lhe granjeou confiança, e acabou com toda a história
do Menino-de-Ouro em mãos. Todo o episódio,as confusões com o apelido, a prisão do ainda
garoto, está contado no livro
"Lampião e o Estado Maior do Cangaço", do próprio Lucetti.De fato, eu não desvendo mito nenhum. Apenas referendo as
palavras de Lucetti, o qual teve contato direto e quase diário, com o chamado
Menino-de-Ouro.E acrescento apenas o seguinte: O episódio da morte de Menino-de-Ouro é narrada por Raul
Fernandes na obra a que me referi anteriormente, e teve como FONTE ÚNICA o
depoimento de Antônio Luiz Tavares, o ex-cangaceiro Asa Branca. Raul chega mesmo a falar que desenterraram o cadáver do
garoto ("A Marcha de Lampião", capítulo 14, nota número 11).Todavia, minhas pesquisas no Arquivo Público do Estado e no
Instituto Histórico e Geográfico não registraram a exumação de um garoto no
lugar indicado pelo velho Asa Branca, mas de um homem adulto. Não lhe posso precisar agora a data da edição, mas há uma
nota inserida em um exemplar do jornal "A República" sobre o fato. E
veja mais um detalhe: “Segundo o próprio Lucetti me
contou, Zeferino, quando vivo, lhe disse que seu apelido era Alagoano ou
Oliveira, e raríssimas às vezes se referiam a ele como Menino-de-Ouro.” Por fim, basta ver a foto do bando tirada em Limoeiro do
Norte em 15 de junho daquele ano. Lá está o Alagoano, o Oliveira, o
Menino-de-Ouro de Lampião posando para o instantâneo. Particularmente creio que o ex-cangaceiro Asa Branca,com
todo o respeito que devo à sua memória , deve ter confundido nomes e passou de
forma errônea a história para o doutor Raul Fernandes, ou mesmo a tradição oral
criou o mito Menino-de-Ouro e a posteridade o repercutiu.Essa é a minha visão. Porém respeito a opinião de quem
insiste em contrário.
Fonte: Trecho de entrevista por: Cid Augusto – O Mossoroense
O CASO DO CANGACEIRO MENINO DE OURO!
Por Geraldo Júnior
(foto reprodução)
Embora identificado na
tradicional fotografia do bando de lampião em limoeiro do Norte/Ce tirada em 15
de junho de 1927, alguns pesquisadores/historiadores
afirmam que o cangaceiro Menino de Ouro foi ferido gravemente durante a
tentativa de invasão à Mossoró/Rn e que veio a falecer durante a fuga, antes de
chegar à Limoeiro do Norte/Ce, sendo enterrado em terras cearenses. Segundo o pesquisador/escritor Antônio
Amaury Corrêa de Araújo, Menino de Ouro não foi o cangaceiro que foi morto
nessa ocasião, e que inclusive esteve pessoalmente com ele há algumas décadas
atrás. Um
detalhe que devemos observar com atenção é o fato de todos os moradores da
região da Lagoa do Rocha (Chapada do Apodi) em Limoeiro do Norte/Ce serem
unânimes em afirmar que o cangaceiro que foi ali enterrado é realmente o
“Menino de Ouro”. Inclusive, o próprio senhor que serviu de guia para Lampião
até Limoeiro, afirmou ser o referido cangaceiro. Onde está a verdade nisso tudo? Será mais um
enigma insolucionável do cangaço?
Na imagem acima em destaque (círculo), aquele que é apontado por alguns
como sendo o cangaceiro Menino de Ouro. Observem que na foto ele está
identificado como “Alagoano” - (Informações de: Geraldo
Antônio de Souza Júnior - administrador do grupo O Cangaço).
Fonte: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2016/06/o-caso-do-cangaceiro-menino-de-ouro.html
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Menino de Ouro não morreu em Mossoró.
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