O CASO DO CANGACEIRO MENINO DE OURO!
Por Geraldo Júnior
Embora identificado na tradicional fotografia do bando de lampião em limoeiro do Norte/Ce tirada em 15 de junho de 1927, alguns pesquisadores/historiadores afirmam que o cangaceiro Menino de Ouro foi ferido gravemente durante a tentativa de invasão à Mossoró/Rn e que veio a falecer durante a fuga, antes de chegar à Limoeiro do Norte/Ce, sendo enterrado em terras cearenses. Segundo o pesquisador/escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo, Menino de Ouro não foi o cangaceiro que foi morto nessa ocasião, e que inclusive esteve pessoalmente com ele há algumas décadas atrás. Um detalhe que devemos observar com atenção é o fato de todos os moradores da região da Lagoa do Rocha (Chapada do Apodi) em Limoeiro do Norte/Ce serem unânimes em afirmar que o cangaceiro que foi ali enterrado é realmente o “Menino de Ouro”. Inclusive, o próprio senhor que serviu de guia para Lampião até Limoeiro, afirmou ser o referido cangaceiro. Onde está a verdade nisso tudo? Será mais um enigma insolucionável do cangaço? Na imagem acima em destaque (círculo), aquele que é apontado por alguns como sendo o cangaceiro Menino de Ouro. Observem que na foto ele está identificado como “Alagoano” - (Informações de: Geraldo Antônio de Souza Júnior - administrador do grupo O Cangaço).
Fonte: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2016/06/o-caso-do-cangaceiro-menino-de-ouro.html
Há mais de 90 anos, Lampião e
seu bando passou por terras cearenses fugindo da fracassada luta em Mossoró RN.
Em 13 de Junho de 1927, na fazenda Lagoa do Rocha-CE, segundo moradores do local,
em unanimidade, relatam que o cangaceiro Menino de Ouro foi executado na
estrada próxima a fazenda. Em pesquisa entrevistamos um neto de seu Anísio
Batista dos Santos - Anísio foi o guia dos cangaceiros até Limoeiro CE, seu
neto Zildenor dos Santos aos 72 anos de idade, nos presenteou com este relato
maravilhoso sobre este acontecimento (vídeo abaixo);
-Áudio e imagens: Madson Ney - Embolada filmes
-Pesquisa: Sizinho Junior
-Produção: Embolada filmes e
na Rota do Cangaço
Agradecimentos: a toda
família do saudoso Anísio Batista dos Santos, em especial ao seu Zildenor dos Santos
pela entrevista cedida.
Trajetória do Cangaceiro Menino de
ouro até seu pedido de execução:
A morte do cangaceiro "Dois-de-Ouro" FERIDO EM MOSSORÓ-rn
A
cruz de aroeira, carcomida pelo tempo – teria quase oitenta anos, repousa sob
uma plataforma de tijolos grosseiros que alguma alma caridosa houve por bem
construir à margem da muito antiga estrada do cajueiro, que liga Limoeiro a
Mossoró. Originariamente, percebe-se facilmente, a cruz estava plantada
diretamente no solo calcário. Hoje inclusive existe uma pequena cavidade por
trás da cruz, construída com tijolos, talvez para receber velas. Um pouco à
esquerda, uma oiticica centenária zomba da fragilidade humana derramando sua
sombra testemunha daquele dia fatídico. Mais além, um denso mar de algarobas,
marmeleiros, juremas, mufumos, todos acinzentados pelo pó que o vento quente
revolve, dá uma precisa noção do tipo de homem que é capaz de enfrenta-lo: o
sertanejo!
Ali estava sepultado um tipo de
sertanejo que já não existia mais. Pelo menos nos moldes de antigamente. Um
cangaceiro. Menino de Ouro? Alagoano? Dois de Ouro? Az de Ouro? Não é provável
que sejam os dois primeiros, por que há relatos de fontes primárias quanto à
presença deles em episódios posteriores envolvendo o cangaço. A dúvida é: qual
dos dois? Dois de Ouro ou Az de Ouro? Se obedecermos à ciência, que nos manda
respeitar o testemunho de quem presenciou os fatos, a tendência é que tenha
sido Dois de Ouro.
Naquele dia fatídico, fugindo a passo acelerado de Mossoró, onde perdera Colchete e Jararaca, Lampião carregava consigo, tomado por dores cruciantes, esse cangaceiro que teria sido atingido por uma bala que lhe destruíra o nariz. Lampião já parara em uma casa humilde – esse episódio é por demais conhecido – e obtivera água e sal para lavar o ferimento. Coberto de sangue, com a cabeça envolvida por um lenço sujo, o cangaceiro, entretanto, não conseguia continuar. E, à sombra da oiticica, decidiu morrer. Pediu que lhe matassem – não queria continuar. Após muita discussão um seu companheiro o executou e sepultou em cova rasa. No entorno da sepultura há muitas pedras – calcário. São pedras milenares. Testemunharam tudo. Pudessem relatar o que viram e ouviram contariam a nós acerca daquele momento tenebroso. Saberíamos, talvez, quem de fato teria sido o cangaceiro executado a pedidos. Diriam a nós um pouco mais acerca desses homens-feras que não temiam a morte, a sede, a fome, caminhadas sem fim por sobre um chão inóspito, debaixo do sol inclemente, fendendo a braçadas a caatinga áspera. Não temiam os inimigos naturais – as volantes, os “macacos”, a resistência, quando havia, dos habitantes do Sertão a quem atacavam. Não temiam a traição permanente dos coiteiros e coronéis com os quais constituíam essa página da história do Brasil recém saído da monarquia. Não temiam nada. Para esse cangaceiro desconhecido deixamos nossa perplexidade, algumas orações, muitas perguntas não respondidas e uma vela acesa, solitária, com a chama a teimar em sobreviver lutando contra o vento quente do sertão.
Fonte - https://cariricangaco.blogspot.com/2011/05/morte-do-cangaceiro-dois-de-ouro.html
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Menino de Ouro não morreu em Mossoró.
Não, mas o ferimento que o cangaceiro recebeu durante a invasão à Mossoró o fez pedir o tiro de misericórdia, morrendo em terras do Ceará e enterrado durante a fuga do bando.
O túmulo fica aqui pertinho de Baraúna (RN), cidade que faz divisa com o CE. Tem gente que vai lá fazer visita e rezar.
No instragram @porfelipecosta tem até vídeo mostrando e falando sobre o túmulo do Menino de Ouro aqui em Baraúna.
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