SOBRE A ONISCIÊNCIA E ONIPOTÊNCIA
DIVINA
Definimos o conhecimento de Deus como aquela perfeição pela qual Ele, de maneira singular, conhece a Si mesmo e todas as coisas existente e possíveis, as que são e as que poderiam ser. Sentimos que a maneira é a extensão deste conhecimento são incompreensíveis para nós. O conhecimento de Deus é dessemelhante ao nosso; não é sucessivo, adquirido gradativamente mas intuitivo. Não é parcial isto não é imperfeito é relativo como o nosso, mas imediato e perfeito, correspondendo a verdade das coisas. As passagens bíblicas que ensinam a onisciência de Deus são: Salmos 139.1 ao 6, salmos 147.5. e 1º João 3.20.
O objetivo da onisciência de Deus
Deus conhece todo o universo criado - matéria e espírito - na sua vastidão inconcebível, complexidade, a minúcia de suas partes, a sutileza dos pensamentos, a volição. Conhece tanto o possível como o real, existente, como se ler na bíblia sagrada, Isaías 48.18; o futuro como o presente esta na sua presença, Salmos 139. 2-4, Salmos 147.3-4.Este último aspecto da onisciência de Deus, como presciência, especialmente no que diz respeito as ações livres dos homens, apresenta-nos um problema dificílimo, insolúvel ao homem. Como pode Deus conhecer com certeza as ações livres dos homens antes de eles nascerem, quando essas são determinadas unicamente por eles? Esta dificuldade tem levado muitos a negarem a presciência de Deus. Mas a bíblia de forma clara afirma que Ele as conhece, Isaías 42.9; Isaías, 46.10. Alguns tem isso para outro extremo e negam o livre arbítrio do homem. Mas a verdade, embora incompreensível, esta no meio termo. Convém lembrar que a presciência de um ato torna-o certo, mas não o obriga. Faraó foi livre e responsável pelo endurecimento do seu coração. Deus as conhece, isto é, as leis, e por isso sabe de antemão o que faremos. Todavia isto ainda não resolve todo o mistério.
Sobre a Onipotência de Deus
A onipotência de Deus é aquela perfeição divina pela qual Deus pode, pelo mero exercício de sua vontade, realizar tudo quanto Ele resolve levar a efeito, Salmos 115.3 - enfim, só Deus pode criar algo a partir do nada absoluto.
A questão não é o
que Deus pode fazer, mas o que Ele quer e precisa fazer?
Há mais duas coisas que devem ser notadas:
1ª)- Deus não usa todo seu poder - Ele poderia fazer mais do que fez, se quisesse, ou fazer, se quiser. Ele tem poder (controle) sobre seu próprio poder!
2ª)- A onipotência de Deus não exclui, mas toma como admitido a autolimitação deste poder. Assim é que temos a possibilidade do livre arbítrio do homem.
Sobre a comunhão universal dos santos
vivos e mortos em Cristo
Refutando esta confusão sobre este conhecimento dos santos, digo que eles não precisam por si mesmos serem oniscientes nem onipresentes e muito menos onipotentes, atributos exclusivos da divina majestade, mas Deus pode lhes permitir que recebam as orações dos fiéis e peçam por eles, para que os fiéis que ainda estão militando na terra possam participar da felicidade com os santos e anjos no paraíso celestial.Note que aos profetas era dado conhecer o futuro, e mesmo o que ocorria em lugares em que não estavam.Assim o anjo apareceu a São José e o fez conhecer a perseguição de Herodes, o que fez então José fugir para o Egito com Jesus e Maria.Onisciência, onipresença de São José? Não, apenas graça e favor de Deus.E, como esta, poderia citar várias outras passagens Refutando ainda em sua tentativa de separar intercessão dos santos enquanto vivos (que você concorda) e depois de mortos, lembro que os ossos de Eliseu, ressuscitaram um morto (IV Reis, XIII, 21).E também que Deus se dizia o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Deus DOS VIVOS, quando eles já estavam mortos.E ainda, na passagem do rico e Lázaro, onde o pobre vai para o seio de Abraão, no céu.E ainda no episódio do bom ladrão, quando Cristo lhe promete o céu imediato, e não no fim do mundo (S. Lucas, XXIII, 42-43); Portanto as almas dos santos não estão "dormindo", ignorando o que acontece, mas, ao contrário, estão junto a Deus, e com mais razão ainda, pois não podem mais pecar ou desobedecer a Deus em absolutamente nada, podem interceder pelos seus parentes, amigos, pela Igreja, e mesmo pela conversão daqueles que nem imaginam ou que negam que isso seja possível.
A PERGUNTA QUE
NÃO CALA: “Se Maria e os Santos não são onipotentes e onipresentes como podemos
pedir e ser atendidos em alguma coisa por eles? Como isto funciona?”
A pergunta é muito interessante. Ela vale não somente para a Virgem Maria, mas também para todos os santos e anjos de Deus. Como seres limitados, não são onipresentes nem têm um conhecimento infinito (onisciência), eles podem ouvir e atender nossos pedidos?
-ATENÇÃO!!! A teologia não sabe tudo do mistério de Deus e de seus desígnios! E nem precisa! Foi-nos revelado somente aquilo que é essencial para a nossa salvação, de modo que muito dos mistérios de Deus, sua verdade, sua justiça, sua misericórdia, e do modo como Ele age e dirige as coisas, escapa a nossa inteligência. A verdade é maior que nossa inteligência, já dizia São Tomas de Aquino.
-Uma teologia que fale sobre tudo não é boa teologia; é tagarelice. A teologia deve saber quando falar e quando calar. A questão que aqui é colocada enquadra-se certamente nesta categoria. O que não quer dizer que não se possa ter uma certa penetração do mistério (Pois Justo e principalmente Cristão vive principalmente pela fé, e Deus é mistério).
-Todos nós, batizados em Cristo, somos revestidos do Espírito de Cristo e inseridos no seu Corpo que é a Igreja. A Virgem e todos os eleitos de Deus que estão no céu estão plenamente inseridos em Cristo e vivem na potência do Espírito de Cristo que é Espírito de comunhão e que penetra e sonda todas as coisas e já participam em plenitude desta unidade com a participação na NATUREZA DIVINA (conforme 2 Pd 1,4).
É muito importante compreender isso: a nossa comunhão dá-se sempre em Cristo pleno do Espírito Santo: é Ele e só Ele o “espaço” no qual nos encontramos em comunhão com o Pai e com os irmãos! A Virgem ou os santos e até mesmo os anjos jamais poderiam estar em comunhão conosco se não fosse no Espírito do Ressuscitado, no qual estamos todos inseridos em Cristo como membros uns dos outros, tendo a Cristo por Cabeça do Corpo, que é a Igreja! Então, pela própria participação nesta natureza Divina em plenitude, a Virgem e os santos jamais poderiam saber de nós, de nossas súplicas e de nossas necessidades. Somente sabem e somente nos atendem porque estão na comunhão do Espírito Santo, que é a Igreja da terra e do céu, comunhão esta que somente se dá no Corpo de Cristo (que é a Igreja).Lembre-se do Credo: “Creio no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos”. O modo de compreender este artigo da nossa fé é o seguinte: Creio no Espírito Santo, presente na Igreja católica para a comunhão dos santos. Ou seja, é o Espírito do Ressuscitado que nos insere em Cristo e em Cristo nos faz uma comunhão de santificados e partícipes de sua Natureza.
Apoc.2,26 : Então ao vencedor, ao que praticar minhas obras até o fim, dar-lhe-ei poder sobre as nações pagãs.
Apoc 3,21: Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
"LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO"
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