A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas no todo ou em parte, não significa necessariamente, a adesão às ideias nelas contidas, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Todas postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores primários, e não representam de maneira alguma, a posição do blog. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo opinativo desta página.
Home » , , » Conheça as duas principais heresias enfrentadas pela igreja na atualidade!

Conheça as duas principais heresias enfrentadas pela igreja na atualidade!

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 16 de maio de 2025 | 12:27

 






O demônio apesar de ter uma inteligência superior a nossa, não é muito criativo, e sempre tenta destruir a igreja de duas formas: externamente e internamente!


-Externamente: através dos regimes imperialistas e ditatoriais, impedindo a liberdade religiosa com perseguições sistemáticas e violentas aos Cristãos (os regimes anti-cristãos ateístas, comunistas, e dos terroristas radicais islãmicos).











-Internamente: de forma mais eficaz, através das heresias, inspirando lideranças da igreja a se rebelarem contra algum aspecto da fé, ou a fé como um todo (como as heresias modernas do protestantismo e Teologia da Libertação). Detalhe: nenhum herege de forma pessoal, tomam a decisão de querer destruir a igreja com sua heresia. São geralmente sinceros em suas iniciativas, porém, sinceramente errados, pois consideram que toda igreja milenar está errada e somente eles com seu ponto de vista pessoal, e seu grupo, é que estão certos!












Abaixo as duas principais heresias da atualidade! Cuidado! Você pode estar sendo até sincero(a) em seguir essas heresias, mas, está sinceramente enganado(a) pelo demônio que é pai da mentira! (João 8,44)








1ª)-HERERIA MODERNA: "PROTESTANTISMO"



A heresia que dividiu e ainda divide os Cristãos, desde seu início, diminuiu a unidade, a vitalidade evangelizadora, religiosa e cultural, estendendo depois sua nefasta influência até aos países da América, foi o protestantismo. Não foi uma única heresia, mas um desdobramente de várias heresias. Desde o princípio teve diversos fundadores, continuou a ramificar-se e ainda hoje não são raras as cisões e separações no seu seio. 









Entre si os protestantes revelam grandes diferenças doutrinárias, e CONTRADITÓRIAS, e muitas vezes apresentam entre eles mesmos, um antagonismo hostil, mas quando se trata de uma questão contra a Igreja católica, estão geralmente unidas. Como laço de união conservam apenas seu caráter negativo, protestante. A todas é comum o “dogma” que não há magistério infalível, como o tem a Igreja católica, e que não há uma Tradição como fonte de Fé cristã, mas afirmam que cada um encontra a completa revelação na Bíblia que seria a fonte única de Fé, contrariando a própria escritura em 2 Pedro 1,20; 1 Coríntios 11, 2. Igualmente, segundo sua concepção, não há pessoa nem autoridade alguma, eclesiástica nem civil que possa dizer a outros o que devem crer (apesar de crerem no que a igreja Católica definiu no Novo Testamento). Como todas as heresias que favoreceram o protestantismo em sua origem, por exemplo, a dos waldenses ou depois a de Wiclef e Hus, também o protestantismo é um fruto de seu tempo e já madurecia há muito antes de sua explosão. As contínuas lutas entre os Papas e o poder civil diminuíram tanto o poder espiritual dos Papas quanto o poder político e administrativo dos imperadores. Surgiu o pensamento nacionalista: os povos desejavam ser completamente independentes, e os reis e príncipes tentavam, de todos os modos, diminuir a influência dos imperadores nos seus domínios. Para com os súditos, porém, seguiam o absolutismo radical que o direito romano dava aos soberanos, pretendendo até dirigir os negócios da Igreja, nomeando bispos e abades nem sempre dignos de tal ofício.  A vida religiosa ao fim da idade média era ainda forte e florescente. Mas, como acontece sempre, os erros pessoais e os rebaixamentos morais chamavam mais a atenção e exerciam maior influência no povo do que o bom exemplo, o heroísmo e a santidade de muitos. Na cátedra de Pedro assentaram-se por este tempo, homens indignos ou incapazes. Alexandre VI na sua vida privada caiu em graves erros morais. Seu sucessor, Júlio II, de vida e fama limpa, foi contudo mais militar do que “bom Pastor”. Leão X, um florentino, gostava de mostrar no seu governo o brilho da cultura e das artes, mas descuidou-se de pôr em prática a séria reforma nos costumes, que se fazia necessária. Mormente por causa da construção da nova e atual basílica de São Pedro, a Santa Sé precisava de dinheiro, e foram criados nos diversos países, impostos eclesiásticos, o que causou não poucos atritos com os soberanos. Por outro lado, algumas pessoas eclesiásticas aproveitaram esta ocasião para realizar negócios simoníacos.  O povo, que já sofria muito por causa das quase contínuas guerras e guerrilhas, estava bem acessível à propaganda anti-romana e anti-clerical. Para cúmulo de infelicidade, nem os bispos cuidaram como deviam, como verdadeiros pastores, do bem espiritual dos fiéis.  Não pode ficar também esquecido o movimento do chamado “renascimento” que partindo da Itália espalhou-se por toda a Europa. Este “renascimento” não se limitou ao estudo assíduo e profundo das línguas e artes da antiguidade clássica, mas embebeu-se avidamente no espírito pagão da antiguidade. Se nas ideias religiosas os renascentistas continuavam cristãos, na sua visão cósmica, Deus já não era o centro de tudo, mas sim o homem que assim procurava tornar-se independente nas suas crenças e nos princípios morais.  O que foi pior, é que os costumes descritos pelos escritores pagãos em breve tempo, estavam em vigor também nas cortes e nos palácios, para grande escândalo do povo, que não podia deixar de se sentir atraído por aquele modo fácil de viver, apresentado com tanto brilho pelos literatos e artistas, por poetas, prosadores, pintores e escultores, que lhe davam aparente aprovação. Naqueles tempos, imediatamente antes da heresia protestante, em certas camadas intelectuais da sociedade, reinava a filosofia do averroísmo panteísta, cujos seguidores foram verdadeiros livre-pensadores.  Já desde o século XIII houve quem negasse, por exemplo, a providência divina, a liberdade da vontade humana, a imortalidade da alma. A outros não pareciam verdadeiros os milagres narrados na Sagrada Escritura. Alguns humanistas, mais literatos que pensadores, não se cansavam de blasfemar contra a Igreja, ridicularizando-lhe as instituições e o culto divino. Tudo, na opinião destes levianos, era engano dos padres. O que até hoje vemos, aquilo que os inimigos da Igreja vomitarem contra ela, já naquele tempo, foi multiplicado entre o povo simples. E estes, em geral, pouco instruído na religião, não sabiam distinguir o que era verdade, das mentiras.  O "nominalismo" foi outra corrente filosófica muito espalhada. Ensinava que a inteligência humana não é capaz de conhecer o que na realidade existe, e que também não pode provar ser razoável a nossa Fé. Admitia, por isto, cegamente, as verdades da revelação e dizia que a Bíblia é a fonte única da Fé. Parecia exaltar muito a Fé, na verdade, porém, destruía-lhe todo o fundamento. Outras heresias monstruosas foram ainda divulgadas pelos nominalistas, como por exemplo, que Deus pode fazer o que quiser, e que Ele pode querer até o que em si era pecado, mas que deixa de sê-lo logo que Deus o quer; e concluíam daí que o pecado nem sempre é intrinsecamente mau: que o homem pode salvar-se por própria força, se o quiser; e renovavam assim a antiga heresia do pelagianismo. Contra esta doutrina funestíssima bateu-se o augustiniano Gregório de Rímini, que ensinava em Viena de Áustria. Infelizmente ele desceu ao mesmo terreno dos adversários, adaptou-se ao nominalismo e com a doutrina de Santo Agostinho sobre o pecado original e sobre a graça, pretendeu combater o neo-pelagianismo. Tal empresa, com base por parte tão falha, teve resultados bem tortos, pois Gregório acabou afirmando, por exemplo, que o pecado original é uma real qualidade física na alma, isto é, a concupiscência.Nesta balbúrdia de ideias nasceu Lutero, em 10 de Novembro de 1483. Na verdade, como todo herege, ele tinha boas e más inclinações. Entrou na vereda do erro porque pretendia resolver uma grande dificuldade de Fé que o atormentava. Mas, uma vez que pusera sua opinião por cima da doutrina da Igreja, não tinha mais um esteio firme nem para solucionar seus problemas. E caiu no abismo da heresia e da apostasia. Os pais de Lutero eram piedosos e lhe deram uma educação religiosa, mas foram muito severos para com o filho. Este tornou-se por isto, tímido e muito propenso à melancolia e à escrupulosidade. Tinha grande facilidade nos estudos e distinguiu-se sempre entre os colegas.  Num domingo, estando em passeio ele e um amigo, foram surpreendidos por uma trovoada, e um raio matou o amigo a seu lado. Lutero viu nisto a voz de Deus, e 15 dias depois, na idade de 22 anos, entrou no noviciado dos augustinianos. Parece que já antes havia pensado em tornar-se religiosos, mas a resolução foi realizada sob a impressão do acontecimento. Na ordem, mostrou-se consciencioso em cumprir os deveres do novo estado. Com muita aplicação e grande proveito fez os estudos de filosofia e teologia e em 1507 era ordenado sacerdote. Pouco depois recebeu a nomeação de professor de filosofia. Mas ainda não tinha achado a paz de coração nem a harmonia interior. Não que sofresse tentações violentas, mas a melancolia lhe minava a alma e o problema do pecado e da concupiscência do homem, ou a questão de como o homem pecador possa encontrar o Deus propício e sua salvação, lhe martirizavam não só a inteligência mas até a própria sensibilidade. Deus lhe parecia ser apenas um juiz severo, sempre pronto a castigar o pecado. Levado por estes sentimentos, esforçava-se Lutero para cumprir sempre melhor os seus deveres religiosos, o que o foi tornando cada vez mais nervoso e escrupuloso. Às vezes julgava-se até condenado e sentia-se próximo ao desespero, porque por meio da filosofia e da teologia de seu tempo, – tinha estudado também as obras de Gregório de Rímini, – não lhe foi possível achar uma boa solução para suas dificuldades. Infelizmente ele não conhecia a genuína filosofia e teologia escolásticas. Foi este homem indeciso, sensível e apaixonado, sem segurança interna, que abandonou, levado pelo orgulho e pelo apego às próprias ideias, toda segurança externa e lançou-se, arrastando muitos outros, à aventura nefasta do “livre exame”, que não tem respaldo nas escrituras, pelo contrário. Desde 1512 Lutero havia se doutorado em teologia, e nos meses de inverno de 1512-1513, estudando a epístola de São Paulo aos Romanos, julgou ter encontrado a chave da solução da sua questão, nas palavras do Apóstolo: “O justo viverá da Fé” (Romanos 1, 17). E no inverno seguinte, ele chegou à esta conclusão: A justiça de Deus é o seu amor, a sua benevolência para com as criaturas. o homem mesmo não pode fazer nada para a sua salvação, senão entregar-se a Deus por um ato de Fé e confiança absoluta na bondade de Deus. Mas, em si, o homem não é capaz de fazer o bem. Só Deus faz tudo nele.  Com esta teoria, Lutero sentia-se aliviado nas suas lutas interiores, o que o confirmava ainda mais em suas conclusões. Mas Lutero não se cansa de repetir também, que em si o homem não é capaz de uma ação boa e meritória, pois intrinsecamente é e fica pecador, corrompido pelo pecado original. Lutero julgava ter encontrado tal doutrina na Sagrada Escritura. Como não combinava com a doutrina tradicional da Igreja, nem diante da palavra de Deus na Bíblia, e como essa sua interpretação lhe parecia o único e eficaz meio de salvação, a Santa Igreja se lhe tornava invisível, perdia todos os contornos de um corpo unido a Cristo pela vida, pela doutrina e pela história, para ser um conglomerado de todos os que experimentavam em si a salvação, como ele, cada um a seu modo. Esta doutrina herética e pessoal,  Lutero começou a ensinar desde 1513 na universidade e a pregá-la do púlpito das igrejas. Como porém, uma coisa arrasta a outra, em breve, ele já estava a fazer acerbas críticas às instituições da Igreja. Faltava apenas a faísca que fizesse explodir no seio do povo esta mina de heresias. Lutero não errou em procurar ansiosamente a solução dos problemas que o martirizavam, mas cometeu o erro fatal de sobrepor sua opinião à realidade, de perder a consciência de que a Fé nos vem por intermédio da santa Igreja, pois a ela, à comunhão dos Apóstolos foi dito: “Ide, ensinai todas as nações. instruindo-as a observar estas coisas que vos tenho mandado. Eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt. 28, 19-20).Portanto, já muito antes de sua revolta contra a Igreja, Lutero ensinava opiniões que contradiziam a doutrina de Cristo. Faltava só um PRETEXTO, ou ocasião externa para se tornar pública sua heresia. Esta ocasião chegou bem cedo!  Por causa da construção da nova basílica de São Pedro em Roma, os Papas tinham concedido indulgências (apenas um dos meios, não o único, do perdão da PENAS TEMPORAIS), a todos que os socorressem com as esmolas. Para ganhar esta indulgência era necessário, porém, estar em estado de graça, isto é, era necessário receber os sacramentos, pois segundo a doutrina da Igreja, a indulgência nos concede apenas a remissão das penas temporais que nos ficam depois do próprio perdão dos pecados. Infelizmente, alguns pregadores, ávidos de angariar muitas esmolas, não insistiram na recepção dos sacramentos e atribuíram a indulgência diretamente à esmola. Tal abuso não podia deixar de causar grande escândalo.  Quem publicou a indulgência perto de Wittenberg, onde se achava Lutero, foi o dominicano João Tetzel. Contra ele Lutero, ao meio dia de 31 de Outubro de 1517, afixou na porta da Igreja de Todos os Santos 97 teses sobre o pecado e penitência, indulgência e purgatório, e convidou o doutores a uma discussão pública sobres estas teses, que em parte estavam conforme a doutrina da Igreja e em parte a contradiziam.  Este gesto de Lutero não tinha, naquele tempo, nada de extraordinário. Era costume entre os doutores naquela época, provocar discussões públicas pela afixação de teses. O que, porém, tornou imprudente e perigoso este passo de Lutero foi o estado geral de animosidade popular contra Roma e até mesmo contra a Igreja que nos príncipes se refletia como um desejo ardente de independência política do império.  Os dominicanos junto à Santa Sé levantaram contra Lutero a suspeita de ensinar e propugnar erros contra a Fé. para se justificar, Lutero teve uma conferência de 12 a 14 de Outubro de 1518 com o cardeal Caetano. Recusou-se, porém, a revogar seus erros e pouco depois, apelou, como ele se exprimiu: “do Papa mal informado ao Papa para ser melhor informado”. No ano seguinte, na discussão pública entre Eck e Karlstadt, Lutero apoiou a este, e se viu constrangido logicamente, a negar o primado do Sumo Pontífice e a infalibilidade dos concílios ecumênicos.  Desde que explodiu esta luta aberta, se notava no caráter de Lutero uma grande mudança. Antes era de uma grande timidez e escrupulosidade, e não se lhe podia negar a boa intenção. Agora, porém, começou a mostrar-se arrogante, cada vez mais radical nas suas opiniões, mais grosseiro no palavreado, e mais teimoso nos seus juízos. Era a reação natural de seu caráter e de sua educação, fortificada por uma forte dose de orgulho que lhe era própria. tornou-se também intolerante a ponto de não admitir nenhuma opinião contrária a sua, mesmo que fosse consequência lógica de seus próprios ensinamentos. Ensinava ele, por exemplo, que a justificação vem por um ato de fé fiducial na obra redentora de Cristo. Uma criança recém-nascida porém, não é capaz de tal ato. Por consequência o batismo não poderia causar nela a justificação.Lutero omitiu propositalmente que o batismo de crianças não de fé e arrependimento, mas de eleição gratuita e imerecida (conforme João 15,16; Atos 16,31-33). Mas, tanto Lutero como Calvino, defenderam sim, o valor do batismo de crianças com tão bons argumentos que nem um católico poderia fazer melhor!  A grande verdade é que se Lutero não tivesse encontrado uma oposição tão cerrada e dura como encontrou, de seus pares e autoridades da igreja na época, talvez se tivesse calado e revisto suas posições. Mas sentindo-se contradito, ferido na honra para sustentar o primeiro erro, como acontece a todos os orgulhosos que não têm energia de reconhecer seu erro em frente da verdade. Irritado conta o Papa que lhe censurara 41 proposições das suas 95 teses. Lutero atacou-o chamando-o de anticristo, e em 10 de Dezembro de 1520 queimou a bula papal que lhe comunicava a excomunhão, no caso de obstinação. Diante disto, Leão X o excomungou e a seus seguidores em 3 de Janeiro de 1521. Lutero achava-se, pois, fora da comunhão da Igreja fundada por Cristo e entregue a Pedro e seus sucessores (Mateus16,18).  Em Worms o imperador o condenou também, e o considerou fora da lei, e sem os direitos civis. Mas o duque de Saxônia o raptou e escondeu no castelo de Wartburgo e assim o salvou da morte.  Então, daquele mesmo castelo donde saíram 300 anos antes, pelas mãos de Santa Isabel de Turíngia o amor e a verdade, começaram a jorrar a mentira e o erro nos panfletos de Lutero. Instigados pelas ideias de Lutero, em 1524 os camponeses revoltaram-se contra a ordem social existente. Os nobres defenderam suas posições, e na luta morreram 100.000 agricultores. Em vez de falar em favor dos camponeses, que realmente era explorados, Lutero mandou que se matassem os revoltosos como cães rabugentos. Até amigos do apóstata não puderam deixar de censurar-lhe esta dureza e crueldade.  Em 1525, Lutero uniu-se ilegitimamente,sem o sacramento do matrimônio,  com uma religiosa igualmente apóstata e dela teve 3 filhos e 3 filhas. Muitos príncipes aderiram á doutrina do herege, por verem nela um meio de se tornarem independentes do imperador.  Realmente, quando em 1529, o imperador Carlos V, em Spira, proibiu qualquer mudança até o concílio ecumênico, os luteranos protestaram contra esta decisão e os príncipes se aliaram contra o imperador. Desde então os luteranos ficaram chamados “protestantes”. Interessante que esses mesmos protestantes desde o começo de sua ação, tinham exigido um concílio ecumênico que compusesse e pusesse fim as divergências existentes entre eles e os católicos, mas quando em 13 de Dezembro de 1645 foi aberto o concílio de Trento, eles negaram-se a assisti-lo. Pouco depois, em 18 de Fevereiro de 1546, Lutero faleceu de repente, em consequência suspeitas até hoje. Nos últimos tempos, ele tinha perdido a direção do movimento que iniciara. Contra seu gosto e vontade se viu forçado a fazer uma série de concessões aos adeptos, mormente aos príncipes. Assim é que permitiu ao duque de Hássia a poligamia, isto é, ter duas mulheres.  Desgostoso de tudo, sofrendo muito do fígado e de arteriosclerose, novamente as dúvidas e remorsos o martirizavam, principalmente a respeito do passo fatal da apostasia. Mas não encontrou o caminho do regresso para o seio maternal da Igreja. Ao contrário; encheu-se sempre mais de um ódio cego contra o Papa, e não teve vergonha de contra ele publicar panfletos baixíssimos calão e injúrias das quais teria de prestar contas diante de Deus.  Fazer um juízo sobre Lutero, não é coisa fácil. Só Deus o pode e decerto o fez. Foi um homem de profunda religiosidade, às vezes confessava grande veneração à Mãe de Deus, Maria Santíssima. Mas no erro, objetiva e subjetivamente não foi inocente, se bem que não se lhe possa negar, no princípio, uma dose de boa intenção como em todos os hereges do passado e do presente. Deus que dirige tudo, fez reverter também, de forma POSITIVA esta revolução religiosa, para o bem espiritual de sua Santa Igreja. No século anterior o humanismo tinha posto a Igreja em grande perigo de se tornar humana demais, e os católicos perderam quase a consciência de ser ela uma instituição divina.  Lutero atacando-a, obrigou-a a refletir sobre a sua natureza mais profunda: corpo VISÍVEL  de Cristo! E o concílio de Trento fez isto admiravelmente, definindo a doutrina em muitos pontos e iniciando uma verdadeira Contra reforma na Igreja de Cristo.  A reforma não foi a que Lutero fez, mas a que ele provocou como reação vital dentro da Igreja. E os muitos que caíram no erro com folhas secas levadas pelas tempestades, já interiormente não eram bons católicos e haviam perdido o verdadeiro espírito. Não se pode negar, porém, que a reforma de Lutero dividiu os povos da Europa e também da América em dois campos, o que nos tempos seguintes causou grandes guerras, como a dos 30 anos que deixou a Alemanha em incrível miséria.  





Nietzsche que no seu ódio implacável contra a Igreja católica tinha um faro todo especial para justificar o caminho de sua insana ideia anti-religosa, lamentou que Lutero desgraçadamente, indiretamnete, salvara mais uma vez a Igreja, porque suscitou o Santo Concílio de Trento!  No seu 'Anticristo' escreveu ele depois de ter falado de Cesar Borgia, filho bastardo de Alexandre VI, "que pretendia secularizar a Igreja e teria assim abolido o cristianismo da face da terra, mas o que se sucedeu? um monge alemão, Lutero, veio a Roma. Este monge com todos os instintos de vingança de um sacerdote desgraçado, rebelou-se em Roma contra a renascença. (Nietzsche afirmava que a renascença pagã era uma reação da vida contra a mortificação dela pelo cristianismo). Em vez de compreender, cheio de agradecimento, o prodígio feito (o cristianismo vencido na sua própria sede), seu ódio cego ao papa, neste ridículo espetáculo, favoreceu apenas a manutenção da igreja institucionalizada, e não seu fim!  Lutero com sua revolta insana, restabeleceu e fortaleceu a Igreja Romana! A renascença ficou um acontecimento sem sentido...Ó, estes alemães, quanto já nos têm custado! Se não se acabou com o cristianismo, os alemães têm a culpa!" 












Não é como Nietzsche diz! Se não se acaba com o cristianismo é porque o sustenta a força de Deus (Mateus 16,18-20)! A reforma protestante, em si, foi mais uma grande frustração para o demônio e seus asseclas. Deus sabe escrever direito em linhas tortas, e o único que de um mal aparente, tira um bem permanete!
  





Fonte:  "Hereges e Heresias", Frei Mariano Diexhans O.F.M., 1ª Edição, 1946.






2ª)-HERERIA MODERNA: "TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO MARXISTA REVOLUCIONÁRIA"









Libertação e justiça são temas populares na esfera pública. E os cristãos devem se interessar por tais temas. Nós fomos libertos e sabemos que Deus é justo.Mas o que a Bíblia quer dizer ao falar sobre ser liberto? E sobre buscar a justiça?Algumas vozes na igreja construíram paradigmas teológicos inteiros a partir desses temas, aplicando-os à sociedade como um todo. Considere afirmações como as seguintes:





"A única razão de ser [da teologia cristã] é apresentar em um discurso ordenado o significado da ação de Deus no mundo, para que a comunidade dos oprimidos reconheça que a sua sede inata por libertação não é apenas consistente com o evangelho, mas é o evangelho de Jesus Cristo.A construção de uma sociedade justa tem valor em termos do Reino, ou, numa fraseologia mais comum, participar do processo de libertação já é, em certo sentido, uma obra salvífica."[1]




Essas assertivas foram feitas por James Cone e Gustavo Gutierrez, respectivamente. Ambos tiveram papéis influentes no desenvolvimento da chamada Teologia da Libertação na América do Norte e do Sul na segunda metade do século XX. A partir dos conceitos sociais de raça e classe, Cone e Gutierrez construíram sistemas teológicos que seriam, ao fim, adotados por cristãos protestantes na América do Norte, predominantemente em igrejas afro-americanas, e segmentos da Igreja Católica na América Latina.





Para avaliar e responder a propostas como essas, os pastores precisam da teologia bíblica.




Afinal, a teologia da libertação se estendeu hoje de modo a servir a uma miríade de outras causas – do feminismo à homossexualidade e ao ambientalismo. O objetivo deste artigo não é discutir essas ramificações contemporâneas, mas colocar uma teologia bíblica evangélica em diálogo com a teologia da libertação, como um estudo de caso para aprendermos como a teologia bíblica protege e fortalece as igrejas na sã doutrina.





O que a teologia bíblica tem a dizer?



Em um sentido genérico, teologia bíblica é simplesmente teologia derivada da Bíblia. E, embora esse compromisso certamente seja necessário para se chegar à verdade sobre Deus, muitas molduras teológicas – inclusive a teologia da libertação – reivindicam procedência bíblica.Contudo, o termo “teologia bíblica” também se refere a um modo de interpretar a Bíblia, isto é, um modo que ajuda a compreender as narrativas menores as quais, juntas, compõem uma narrativa bíblica total. Ele se preocupa tanto com a grande imagem quanto com os seus pixels, em especial como os autores bíblicos entendiam os detalhes desses pixels à luz da grande imagem como um todo. Então o que a teologia bíblica tem a dizer em resposta às reivindicações e objetivos da teologia da libertação? Eu posso pensar em cinco tópicos que a teologia bíblica desejaria abordar.






Sobre a opressão sistêmica: "os contextos da teologia da libertação"




Primeiro, a teologia bíblica expressará uma compreensão empática dos contextos sociais e políticos nos quais a teologia da libertação emergiu nas Américas. Indivíduos como Cone e Gutierrez estavam buscando, desesperadamente, demonstrar a relevância da Bíblia em meio a horrendas realidades sociais e econômicas. Poucos evangélicos na época estavam interessados em abordar tais coisas e muitos impediram progresso naquelas áreas.





A natureza corrosiva do racismo de Jim Crow no sul dos Estados Unidos e as realidades devastadoras da pobreza crônica na América Latina levaram pensadores teológicos a forjar um sistema que fosse tanto profético como público. Infelizmente, à medida que certas questões foram trazidas para o centro, o essencial foi empurrado para as margens.





A teologia bíblica não apenas nos chama a reconhecer esses contextos, mas também nos ajuda a examiná-las de maneira correta. Todas as injustiças no mundo apontam de volta para a queda e para a rebelião fundamental do homem contra Deus. Por exemplo, racistas são racistas porque são rebeldes contra Deus. E, ao apontar para a verdadeira origem do racismo, a teologia bíblica pode então seguir o rastro do enredo bíblico até descobrirmos que a cura definitiva está na pessoa e obra de Jesus Cristo. Apenas os cristãos têm a única mensagem apta a reconciliar racistas e outros rebeldes com um santo e justo Deus.A missão da igreja local, sem dúvida, é entregar e espalhar essa mensagem evangélica.





Sobre o pecado: o réu da teologia da libertação





A teologia da libertação descreve o pecado não em termos de uma rebelião individual contra um santo e justo Deus, mas em termos de injustiça estrutural e coletiva. E negligenciar completamente os pecados do indivíduo é um erro. Por outro lado, pode-se fechar os olhos para as evidências da queda estrutural ao mesmo tempo em que se reconhece a pecaminosidade dos indivíduos que habitam essas estruturas (de certa forma nega-se as consequências do pecado original).










A teologia bíblica encoraja o equilíbrio. O enredo da Escritura situa a origem do pecado no coração humano individual, de tal modo que Paulo pode concluir: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3,23). Mas, tão logo indivíduos caídos começam a construir civilizações, sua condição caída se concretizará nas instituições que governam a sociedade, do juramento de Lameque à decisão coletiva de construir Babel, às balanças enganosas e aos decretos iníquos (Gênesis 4,24; 11,4; Deuteronômio 16,19-20; Provérbios 16,11; Isaías 10,1-2). Uma lei ou prática injusta, em outras palavras, é uma injustiça institucionalizada ou estrutural. Além disso, o enredo do Israel pré-exílico nos apresenta não apenas uma narrativa de atos pecaminosos discretos, mas da corrupção infecciosa de uma nação inteira, em parte devida às injustiças de seus reis e sacerdotes, cujos pecados manifestavam-se não apenas individualmente, mas institucional e estruturalmente – em tudo, desde os seus tratados com potências estrangeiras à prática do suborno e à exploração do órfão e da viúva. Assim, falar da obra de Cristo ao cumprir a lei e os profetas é falar não apenas de uma lavagem e purificação individuais, mas de uma lavagem e purificação institucional e estrutural. Ele não é apenas o indivíduo justo; ele é o verdadeiro templo. Ele não apenas guardou o sábado; ele é o Senhor do Sábado. Ele não é apenas um novo Adão; ele é um novo reino e nação e governo.




Os cristãos, que se submetem ao governo de Cristo, deveriam, portanto, estar entre os primeiros a reconhecer não apenas a prevalência do pecado individual, mas do pecado institucional e corporativo. Ao considerarem a governança de Cristo, eles estão treinados para discernir a natureza de um governo verdadeiramente justo. 




Embora grandes falhas marquem o registro histórico nesse particular, indivíduos cristãos deveriam lutar para liderar o caminho não apenas de oposição a atos individuais de injustiça, mas às injustiças institucionais. Nós devemos servir como sal e luz em um mundo tenebroso. Ainda assim, a teologia bíblica compreende que este mundo continuará a falhar em refletir a glória de Deus, exatamente porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. Ademais, na teologia da libertação, o pecado é descrito dentro do binário oprimido/opressor. Não há espaço para debruçar-se sobre normas universais de comportamento ético. Além disso, parece que aqueles que constituem a comunidade dos oprimidos são até mesmo incapazes de cometer pecado. Aqui, a teologia bíblica novamente enfatizaria a universalidade do pecado (Romanos 3,23; 5,12). Toda a humanidade, tanto os opressores quanto os oprimidos, é culpada de pecado. Essa culpa e corrupção herdadas têm sua gênese no Jardim, no qual tanto a inocência como o paraíso são perdidos por causa da desobediência idólatra (Gênesis 3,7-23).




Isso significa que, dentro do enredo bíblico, até mesmo aqueles considerados vítimas são também vilões que necessitam desesperadamente da graça salvadora. A Bíblia não conta uma história de mocinhos contra bandidos. Em vez disso, ela conta a história de um único que é bom, o qual sofre em lugar de um povo que é mau e em favor desse povo adquire o bem (2 Coríntios 5,21). 





O conflito humano procede da quebra da comunhão com Deus, da qual toda a humanidade padece. Qualquer teologia que rejeite este fato pode apenas enganosamente ser chamada “da libertação”, uma vez que ela confina seus aderentes à perpétua escravidão e, talvez, à condenação eterna.






Sobre a vitimização como lente interpretativa: a hermenêutica da teologia da libertação




A teologia da libertação ensina que a Bíblia deve ser interpretada sob a perspectiva do pobre e do oprimido. Ela faz isso a fim de evitar mais injustiças e de trazer à luz os sofrimentos das vítimas sociais. De fato, ela afirma que a Bíblia existe para revelar Deus como o libertador das vítimas oprimidas. Essa libertação é, de muitas maneiras, vista como a essência da mensagem da salvação.




Mas deveríamos nós utilizar a comunidade dos oprimidos ou os pobres como a lente interpretativa por meio da qual lemos a Bíblia? 



Uma teologia bíblica correta defende que a Bíblia não é sobre o homem, mas sobre o Deus-homem, Jesus Cristo.  A pessoa e obra de Cristo é o ápice da história da redenção. Ele é o objeto último e o consumador da fé que justifica. Lembre-se de que Jesus colocou a si mesmo no centro da narrativa do Antigo Testamento (Lucas 24,27). 





Assim, uma hermenêutica centrada em Cristo é o princípio para abrir o significado das Escrituras (pois quanto mais conhecemos e descobrimos a Jesus mais descobrimos a nós mesmos, pois a nossa verdadeira vida e identidade está escondida nele, conforme nos é revelado em Colossenses 3,3-4).



-João 6,29: "Jesus respondeu e disse-lhes: A obra de Deus é esta, que creiais Naquele que Ele enviou."



-1 João 3, 2:"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser; mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos como Ele, porque o veremos como Ele é."






Essa convicção nos ajuda a nos concentrarmos no conteúdo do grande drama bíblico. É a história da história dele, movendo da criação à queda, à redenção, à consumação. A Bíblia conta a história de um Deus que planejou, da eternidade passada, assegurar a salvação de um povo pecador ao enviar e sacrificar o seu Filho.




Sobre a "narrativa do êxodo": o tema dominante da teologia da libertação












Para a teologia da libertação, especialmente a teologia da libertação negra, o relato do Êxodo é o tema central em torno do qual a teologia se orienta. O ato de Deus libertar o seu povo da escravidão egípcia estabelece as expectativas e a agenda atual da teologia da libertação.




Aplicar a história de resgate do Êxodo ao mundo temporal das nações e da política não começou no meio do século XX. Escravos negros americanos nos séculos XVIII e XIX foram atraídos para a narrativa do Êxodo, uma vez que ela refletia sua condição. A narrativa servia como uma prova positiva de que Deus era capaz de e desejava resgatar um novo Israel (escravos negros) de um novo Egito (América). Olhando mais além, os puritanos do século XVII que atravessaram o Atlântico consideravam estar deixando um Egito (Inglaterra) em missão divina, embarcando no que um historiador chamou “uma peregrinação pelo deserto”. Não obstante, a teologia da libertação moderna foi a primeira a tomar essa narrativa e aplicá-la como normativa às comunidades oprimidas.






A teologia bíblica expõe diversos problemas com essa pressuposição prescritiva




-Primeiro, ela ignora o fato de que as pragas culminam na morte dos primogênitos e na Páscoa, um ato de julgamento que caía tanto sobre os descendentes de Abraão quanto sobre o resto do Egito. Os descendentes de Abraão, contudo, tinham um modo de escapar por meio de um sacrifício substitutivo. Os Evangelhos, depois, caracterizam Cristo como o nosso Cordeiro Pascal (por exemplo, João 1,29). Não seria correto dizer, portanto, que o caminho do nosso êxodo é por meio do sacrifício expiatório desse Cordeiro Pascal, em vez de, por exemplo, por meio da modificação de leis injustas?




-Segundo, a teologia da libertação falha em reconhecer – ou, pelo menos, parece menosprezar – a realidade pactual em que o Êxodo se expressa. O Êxodo não foi um evento meramente político e socioeconômico. Em vez disso, Deus estava mantendo uma promessa pactual ao reunir para si mesmo um povo pactual: “Tomar-vos-ei por meu povo [israelitas] e serei vosso Deus” (Êxodo 6,7). A Antiga Aliança, então, foi cumprida na Nova. E em nenhum lugar Jesus faz uma nova aliança no seu sangue com os puritanos. Ou com os escravos negros. Ou com os excluídos da América do Sul. Em vez disso, ele oferece uma nova aliança por todos aqueles que se arrependem e crêem em sua obra pactual realizada.




-Terceiro, a teologia da libertação falha em considerar o objetivo do evento do Êxodo. Deus diz a Faraó: “Deixa ir o meu povo, para que me sirva no deserto” (Êxodo 7,16, ênfase acrescida). O objetivo não era, em última instância, a libertação política ou econômica, mas ajuntar um povo governado por Deus, obediente e adorador. E, contudo, nós sabemos que os israelitas acabaram por fracassar em submeter-se ao governo de Deus, fracassaram em adorar e fracassaram em obedecer. Embora eles tenham sido resgatados da escravidão física, permanecem em escravidão espiritual. 






A teologia da libertação, portanto, põe a sua esperança num Êxodo que, literalmente, não liberta e jamais libertou (nem no passado e muito menos no presente).






Felizmente, o tema do Êxodo não está confinado ao Pentateuco; ele está presente em toda a Bíblia. A desobediência pecaminosa de Israel culmina com os cativeiros assírio e babilônico nos séculos VIII e VI a.C., respectivamente. Antes desses cativeiros, os profetas Isaías e Jeremias falaram de um novo Êxodo, um que iria ofuscar o primeiro. Segundo esses profetas, este Êxodo, quando plenamente realizado, não apenas incluiria o retorno dos exilados, mas, e mais importante, a libertação espiritual. Assim, o grande descuido da teologia da libertação no que se refere à narrativa do Êxodo é que ela falha em tratar o evento do Êxodo como uma sombra da libertação que Cristo traz. À medida que a Bíblia se descortina e a Nova Aliança é estabelecida, Cristo é retratado como um superior Cordeiro pascal (1 Coríntios 5,7), como um superior Moisés (Hebreus 3,1-6) e como o verdadeiro Israel (Oséias 11,1; Mateus 2,15). Colocando de modo simples, o Êxodo é, em sua plena expressão, a salvação eterna do pecado e da condenação, salvação que só se pode encontrar em Cristo. Um novo povo de Deus está sendo moldado segundo a sua justiça, não segundo uma identidade étnica ou uma condição social.






Sobre o fim dos tempos: o erro escatológico da teologia da libertação





É difícil discernir o que a teologia da libertação ensina sobre o fim dos tempos. O modo como Deus levará este mundo ao seu fim apropriado não constitui uma preocupação imediata dos teólogos da libertação. Além disso, a realidade de uma vida por vir é raramente discutida. O que importa é o aqui e o agora e como a opressão, a pobreza e a injustiça podem ser erradicadas hoje. Ela sustenta que uma teologia preocupada com um mundo superior e por vir paralisa as comunidades oprimidas e justifica o status quo. Portanto, a teologia da libertação busca desiludir as pessoas de suas expectativas futuras e encorajá-las a buscar essas esperanças futuras agora. Embora perigosamente desorientada, há algo de valor a se reconhecer aqui. A teologia da libertação oferece uma crítica justa a alguns na comunidade evangélica, ao expor o que pode apenas ser considerada uma indiferença para com a injustiça social, ainda que escondida sob uma doutrina ortodoxa. Não obstante, o corretivo que a teologia bíblica oferece é de imensa importância: ela afirma a ressurreição final e a nova criação por vir. O testemunho bíblico está cheio de um constante refrão da esperança eterna. As alianças bíblicas culminam na nova aliança em Cristo, marcada pelo selo da habitação do Espírito – o literal penhor da prometida herança a se receber (Efésios 1,14). E, contrário ao que a teologia da libertação sugere, a esperança dessa herança encoraja tanto a paciência que reflete a Cristo (2 Coríntios 4,17-18; 1 Pedro 2,21-23) como os esforços que exaltam a Cristo (1 Coríntios 15,58).




A teologia bíblica expõe o fato de que a teologia da libertação não apenas tem uma escatologia excessivamente realizada, mas se engana completamente acerca do fim dos tempos. 





O objetivo último do drama bíblico da redenção não é fazer com que o homem habite com o homem em harmonia e igualdade. O objetivo do drama se realizará e se expressará na exclamação desta grande voz: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles.” (Apocalipse 21,3). Infelizmente, a libertação que importa não pode ser encontrada na teologia da libertação.





Notas:



[1] As citações no início deste artigo – assim como os ensinamentos em geral do sistema teológico criticado – foram respectivamente extraídas de James H. Cone, A Black Theology of Liberation, Fortieth Anniversary Edition (New York: Orbis Books, 2010) [N.T.: Sem tradução em português] e Gustavo Gutierrez, A Theology of Liberation, 15th Anniversary Edition (New York: Orbis Books, 1988) [N.T.: Publicado em português sob o título Teologia da libertação: perspectivas (São Paulo: Edições Loyola, 2000)].
 




Tradução: Vinícius Silva Pimentel


Revisão: Vinícius Musselman Pimentel








------------------------------------------------------

 













Apostolado Berakash no "YouTube": se inscreva, curta, e compartilhe se gostar:

https://www.youtube.com/watch?v=Igh8afWLFy4





GOSTOU Do APOSTOLADO berakash?  QUER SER UM (A) SEGUIDOR (a) E RECEBER AS ATUALIZÇÕES EM SEU CELULAR, OU, E-MAIL?

 

 

Segue no link abaixo o “PASSO-A-PASSO” para se tornar um(a) seguidor(a) - (basta clicar):

 

 

https://berakash.blogspot.com/2023/10/como-ser-um-ser-um-seguidor-e-ou.html

 

 

Shalom!






------------------------------------------------------

 





APOSTOLADO BERAKASHComo você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicadosInfelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:

 



filhodedeusshalom@gmail.com


Curta este artigo :

Postar um comentário

Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.

TRANSLATE

QUEM SOU EU?

Minha foto
CIDADÃO DO MUNDO, NORDESTINO COM ORGULHO, Brazil
Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

SIGA-NOS E RECEBA AS NOVAS ATUALIZAÇÕES EM SEU CELULAR:

POSTAGENS MAIS LIDAS

TOTAL DE ACESSOS NO MÊS

ÚLTIMOS 5 COMENTÁRIOS

QUE NOSSO BOM DEUS RETRIBUA E MULTIPLIQUE EM BENÇÃOS SUA DOAÇÃO!

QUE NOSSO BOM DEUS RETRIBUA E MULTIPLIQUE EM BENÇÃOS SUA DOAÇÃO!
 
Support : Creating Website | Johny Template | Mas Template
Copyright © 2013. O BERAKÁ - All Rights Reserved
Template Created by Creating Website Published by Mas Template
Proudly powered by Blogger