Em "21 Lições", Harari questiona se as religiões tradicionais, como o cristianismo, Judaismo e o islão, conseguirão se adaptar à engenharia genética, que pode levar à criação de super-humanos e à superação da morte.Ele também, levanta a possibilidade de que os novos avanços tecnológicos e as empresas de tecnologia, como as de Silicon Valley, possam vir a criar novas "religiões" ou sistemas de crenças que substituirão os antigos.E diz que se assumiu homossexual por causa da ciência. Yuval Harari em seu último livro, apresenta a religião como uma narrativa em declínio, sendo desafiada por novas visões de mundo e pelo impacto das novas tecnologia. Em 21 Lições para o Século 21, Yuval Noah Harari não critica a religião diretamente, mas a aborda como uma forma de "narrativa" ou ideologia que molda a humanidade, questionando seu papel no mundo atual e futuro diante dos avanços tecnológicos e outros desafios globais. Ele argumenta que, embora as religiões sejam poderosas, e eficazes, a humanidade precisa discernir entre fatos e as narrativas que nos são contadas para lidar conosco e a realidade que nos rodeia. Harari analisa narrativas, incluindo as religiosas, como formas de criar significado e ordem no mundo. Ele questiona a rigidez dessas, na linguagem do autor, consideradas todoas elas como narrativas, sem levar em conta o fato histórico de Jesus de Nazaré, colocando todas no mesmo rol.Uma das questões centrais do livro é se "Deus está de volta". Isso não é uma afirmação de retorno divino, mas uma reflexão sobre a persistência e o papel da religião e dos valores religiosos no mundo contemporâneo. Harari incentiva seus ávidos e fieis leitores a desenvolverem um pensamento crítico para distinguir a verdade das narrativas que lhes são apresentadas. O livro não se aprofunda numa condenação da religião, mas a usa como um ponto de partida para discutir questões mais amplas do século XXI, como a tecnologia, a política, a guerra e as mudanças climáticas. O objetivo é preparar os indivíduos para um futuro complexo, focando nas habilidades para lidar com ele. Em suma, Harari não critica a religião como mal, mas a insere no contexto maior das narrativas e ideologias que influenciam e são questionadas no mundo atual. Yuval Noah Harari declara-se abertamente como homossexual no livro, com um "marido" o qual lhe dedica o livro. O autor temos percebido, há alguns anos, faz de sua identidade uma parte importante da sua visão de mundo e da forma como ele usa o pensamento científico para se questionar sobre a realidade e aceitar a si mesmo. Harari explicou como a ciência o ajudou a aceitar a sua própria identidade sexual, questionando a ideia de que ser gay é "não natural". Ele argumenta que qualquer coisa que existe é natural por definição, desmistificando preconceitos sobre a sexualidade. Porem, para os especialistas no assunto, como Freud e Zusman, a homossexualidade é compreendida como uma fixação da libido e uma regressão patológica à fase anal da evolução psicossexual, isto é, pré-genital. A noção de fixação é relacionada a uma parada do desenvolvimento, tomada como indicador de patologia, e não como os modos de inscrição dos representantes da pulsão no corpo. Desta forma, a homossexualidade não se teria subordinado à “primazia genital”, índice de “maturidade humana”, da “evolução ideal”, caracterizando, assim, uma perversão ou desvio do instinto sexual. Para Zusman, o homem ou a mulher homossexual possui uma identidade de gênero discordante de seus órgãos genitais. Essa não correspondência seria um problema de identificação. A identificação do homossexual com a mãe seria a responsável pela fixação anal e sua respectiva passividade. A cristalização dessa identificação feminina conduziria a uma identidade ou identificação delirante, a exemplo dos travestis. Alguns almejariam a “mutilação” dos genitais para a consumação de seu delírio. Seja como for, “a homossexualidade tem na face interna dos seus disfarces a etiqueta da psicose”, conclui (conforme ZUSMAN, Waldemar: "Breve anatomia da homossexualidade". Jornal O Globo. Rio de Janeiro, Caderno Opinião, 12 ago 1997, p. 7 - "As Erínias da Celmy". Boletim Científico da SBPRJ. Rio de Janeiro. 1: 1-8, jan/1998).