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Crise do pensamento crítico? Uma análise do conteúdo e da qualidade das teses universitárias brasileiras

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 5 de junho de 2024 | 17:20

 



Vejam só o "nível intelectual das atuais teses acadêmicas" nas universidades brasileiras




O dinheiro do contribuinte — fruto do trabalho árduo de milhões de brasileiros que acordam cedo, enfrentam transporte precário e pagam impostos extorsivos — vem sofrendo, ao longo dos anos, ultraje atrás de ultraje. São desperdícios que se acumulam em camadas: falta de investimento em infraestrutura básica, incapacidade de prevenir desastres anunciados, desorganização sistêmica e uma burocracia que parece viver de costas para a realidade. Entretanto, nada causa mais espanto do que ver o erário sendo consumido em refeições de bandejão, dormitórios, contas de luz e água, bolsas de pesquisa e salários — tudo para financiar a produção de “teses acadêmicas” que, em muitos casos, beiram o nonsense absoluto. É um soco no estômago de qualquer cidadão que trabalha de sol a sol e vê o resultado de seu esforço evaporar em estudos que confundem militância com ciência e devaneio com produção intelectual. Esses trabalhos não apenas revelam a falência moral e metodológica de parte do meio universitário, como também escancaram uma inversão de valores: a transformação da pesquisa acadêmica em palco de experimentos ideológicos e obsessões individuais. O que deveria ser um espaço de pensamento crítico e rigor metodológico virou um laboratório de narrativas subjetivas, onde a coerência cede lugar ao proselitismo. Mais grave ainda é perceber como esse tipo de produção acaba sendo amplificado por setores da mídia e do entretenimento — jornalistas, influenciadores e artistas militantes — que reproduzem e difundem tais ideias, moldando percepções e tentando impor uma cultura desconectada da realidade. É a criação deliberada de uma “realidade paralela”, onde a razão é substituída pela emoção, e a objetividade dá lugar ao ressentimento travestido de ciência.


 



20 teses insólitas que acabaram de sair do forno nas universidades do Brasil




Por Gazeta do Povo

 


Uma dissertação de mestrado em Direito segundo a qual o agronegócio condena o Brasil ao subdesenvolvimento (por culpa do capitalismo). Uma tese de doutorado em Linguística que denuncia o "golpe" que derrubou Dilma Rousseff do poder em 2016. Uma dissertação de mestrado em Arquitetura que fala em “binariedade” de gênero e no simbolismo da “saída do armário”.







 



A "elite acadêmica brasileira" tem produzido trabalhos curiosos.



 

Uma reportagem da Gazeta do Povo já demonstrou que Karl Marx, Michel Foucault e Paulo Freire são os autores mais citados por mestrandos e doutorandos brasileiros.O levantamento usou a ferramenta Pinpoint, em parceria com o Google, para identificar alguns exemplos peculiares da produção acadêmica recente. Ao todo, a reportagem analisou a íntegra de 7.000 teses e dissertações: 5.000 produzidas em 2023 e 2.000 em 2022.Agora, em uma análise ainda mais detalhada, separamos 20 dissertações de mestrado e teses de doutorado que se destacam pelo caráter inusitado. Na melhor das hipóteses.

 






Para ler a íntegra de cada trabalho, basta clicar nos títulos que estão no link original ao final desse post - Aviso: alguns trechos têm linguajar chulo.

 



1. Toda criança é queer? “Ou isto ou aquilo”' 


Curso: Mestrado em Educação

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal Fluminense (UFF)

 

Autora: Danielle Ferreira Bastos

 

Trecho: “Contudo, os apontamentos de Freud, universais e atemporais, cuja sexualidade humana é a trama que reinventada e respeitosa ao mundo interno do sujeito, reapropria a criança que Freud já trazia como 'viada' e que a todo custo a sociedade tenta ‘desviadizar.’”








 

2: Uma crítica criminológica: o populismo penal como projeto político neutralizador de corpos



Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino:  Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

 

Autora: Alessandra Alvares Bueno Da Rosa

 



Trecho: “Pena não educa – é castigo não-pedagógico, fruto de uma herança religiosa, compondo a ralé estrutural do sistema prisional marcado pela desigualdade da sociedade periférica. O controle sobre as massas é feito por meio das prisões. A alternativa contra esse dispositivo do capitalismo contemporâneo é despolitizar o delito, descentralizar a punição. Não é o arbítrio e tampouco a luta por um caos. A origem da prisão não é jurídica, é um instrumento de controle da sociedade capitalista.”




 






3. Estado bruxólico. As bruxas como tecnologia de resistência



Curso: Doutorado em Comunicação

 

Instituição de Ensino: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

 

Autora: Sindia Cristina Martins dos Santos

 



Trecho: “A partir desses agenciamentos teóricos, surge a noção de estado bruxólico como um corpo-existência que se constitui diante de acontecimentos fomentadores de um determinado imaginário ligado à mulher — infanticídio, mitologemas sobre o útero como animal que caminha no interior do corpo feminino, a capacidade de lidar com o caos, o dispêndio etc.”


 








4. Sapatonas caminhoneiras negras e o mercado de trabalho como um desafio




Curso: Mestrado em Políticas Públicas

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal do Piauí (UFPI)

 

Autora:  Luara Dias Silva

 



Trecho: “Na sociedade capitalista em que vivemos o acesso ao mercado de trabalho é o principal meio de subsistência das classes populares, de todos aqueles que não detém o capital, para as mulheres estar nesses espaços de trabalho foi um processo de conquista ao logo dos anos, porque o capitalismo se sustenta em bases racistas, patriarcais, classistas e LGBTfóbicas com a lógica que rege a heterocisnoma.”

 








5. Uma crítica à cisnormatividade pelas perspectivas decolonial e anarquista




Curso: Mestrado em Filosofia

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

 

Autor: Cello Latini Pfeil

 



Trecho: “Corpos que fogem às regras da colonialidade patriarcal branca, em relação a gênero e sexualidade, são sistematicamente excluídos dos espaços de produção de conhecimento e da possibilidade de empregabilidade. Essa é a expressão da colonialidade cisgênera e das ciscolonialidades. As ciscolonialidades seriam, então, em nossa interpretação, originárias da colonialidade cisgênera, tal como opressões patriarcais contra corpos considerados femininos seriam originárias da colonialidade de gênero.”



 






6. Boate Chantecler: a representação da ascensão e do declínio nos espaços de prazer do Recife (1939-1984)




Curso: Mestrado em História

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal Fluminense (UFF)

 

Autora: Olivia Tereza Pinheiro de Siqueira

 



Trecho: “O maior arcabouço teórico desse trabalho está pautado nas teorias feministas, buscando abranger pelo menos três vertentes: o feminismo eurocêntrico, o feminismo decolonial e o p*tafeminismo."




 








7. As aberturas políticas a partir das fraturas: Caminhos para desempedrarmos nossos corações numa América Latina atravessada pela modernidade e pelo neoliberalismo




Curso: Mestrado em Relações Internacionais

 

Instituição de Ensino: Pontifícia Universidade Católica (PUC Rio)

 

Autor:João Pedro Barbosa Marins

 




Trecho: “Nesse sentido, resgatar o pensamento de outras culturas que habitam a América Latina pode nos ajudar a seguir nesta direção. Um exemplo dessas contribuições é a partir de um entendimento da cultura Tsetal, que busca um desempedrar desses corações que foram tão endurecidos pelo individualismo da racionalidade neoliberal ou pela predatória relação com a natureza e com todos os seres que a modernidade encarna, juntamente com seu projeto de legitimar só um tipo de sociedade, aquela considerada moderna.”

 




8. O corpo feminino e sua via crucis: uma leitura de Clarice Lispector




Curso: Doutorado em Letras

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal do Pará (UFPA)

 

Autora: Julie Christie Damasceno Leal

 



Trecho: “Se para o cristianismo o corpo humano é algo imperfeito, pecaminoso, falho e perecível, o corpo feminino por sua vez é visto como algo ainda mais depreciável. Cada religião estabelece para seus seguidores um conjunto de normas que devem ser seguidos sem qualquer questionamento: os dogmas.”

 











9. Representação, hegemonia e violência divina a partir dos discursos sobre a destituição de Dilma Rousseff: uma análise dos documentários Democracia em Vertigem e Não Vai Ter Golpe




Curso: Mestrado em Linguística Aplicada

 

Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Ceará (UECE)

 

Autor: Francisco Djefrey Simplicio Pereira

 



Trecho: “O trabalho é oportuno, visto que a narrativa democrática fascista-liberal, nos termos de Boaventura (2010), do MBL tem conseguido “reunir partidos de espectros políticos diversos”, cooptando parte da esquerda e centro-esquerda brasileiras (PEREIRA, 2021, p.1), na tentativa de morte e ressurreição antecipada de um representante político para a disputa da presidência de 2022.”

 






10. "A gente mal nasce e começa a morrer": micropolíticas do desejo de morte e práticas de resistência em trajetos homossexuais




Curso: Doutorado em Psicologia

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

 

Autor: Antonio Leonardo Figueiredo Calou




 





Trecho: “A c*ceta é um termo criado para fazer referência a um sexo que se aproxima da b*ceta (vagina), mas que não é ela, talvez uma forma maquiada dela. Por um lado, é uma tentativa edipianizante e falocêntrica, pois uma vez que aproxima o c* de objetos sexuais que tem sentidos determinados e fixos de se exercer e funcionar, ela o faz requerendo um lugar social, um lugar de poder para ela, que de certa forma já dita o que nela pode entrar e para quem ela servirá. A c*ceta desinveste o c* de seu aspecto democrático e libertário, impedindo seus fluxos experimentativos e desviantes, lhes dirigindo a produção de um outro objeto com um conjunto de normas e estruturas.”




 

11. O discurso sobre a universidade pública e o saber científico em meio ao negacionismo no governo Bolsonaro




Curso: Doutorado em Linguística e Literatura

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

 

Autora: Simone Natividade Santos

 




Trecho: “O golpe de Estado deu abertura para que instituísse o governo provisório de Michel Temer desencadeando em reformas de cunho educacional, trabalhista e previdenciário que eliminaram direitos importantes que foram alcançados após a redemocratização do país com a Constituição Federal de 1988. O seu programa: 'Uma ponte para o futuro', na verdade, mostrava o seu intento regressivo, em que direitos foram esfacelados principalmente para a classe dominada.”

 




12. Múltiplos modos de mover politicamente os corpos no rap: cartografia dos regimes coreopolíticos do rap do Brasil e dos EUA




Curso: Doutorado em Comunicação

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

 

Autor: Mario Augusto Oliveira Monteiro Rolim

 



Trecho: “Do lado do regime hardcore, o sexo e a sedução apareciam em performances que costuma(va)m trazer as mulheres como objetos a serem dominados ou ostentados, algo que também acontecia no regime de baile, mas com um comprometimento maior com uma postura vertical e rígida do corpo, mais recusa à “dança” e à exposição do c*, e(talvez) mais misoginia.”

 



13.  Lingujando na Coletiva Elas Poemas: entre cuidados, poemas e devir na busca de nós




Curso: Mestrado em Linguística Aplicada

 

Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Ceará (UECE)

 

Autora: Ana Malba Araujo de Queiroz

 



Trecho: “Como objetos para o deleite masculino, fomos impedidas de compreender o nosso corpo, de vivenciar nosso potencial orgástico, como anuncia a minha poema: 'Sua boca fica melhor chupando/ E eu fico melhor gozando!'”

 



14. Do planejamento soviético a Nova Economia do Projetamento




Curso: Mestrado em Ciências Econômicas

 

Instituição de Ensino: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

 

Autor: Willian Thompson Silva Gomes

 








Trecho: “Vimos que com os recursos computacionais atuais e outras tecnologias não existentes durante a Guerra-Fria é possível pensar numa alternativa econômica, contrária ao capitalismo, necessária para resolver os problemas que a humanidade vai ter que encarar durante este século e o próximo. Para esta pesquisa foram utilizados livros e artigos acadêmicos relevantes ao trabalho, utilizando essencialmente o arcabouço de conhecimento econômico marxista.”

 



15. Como Se Faz um Corpo Queer?: Revolução Biomolecular Contra o Império Farmacopornográfico




Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino: Unversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 

Autor: Thiago Cesar Carvalho dos Santos

 

Trecho: “O objetivo deste trabalho é compreender os processos para a feitura de um corpo queer, ou apontar os caminhos possíveis para ativação dessa queeridade. Nesse sentido, foi importante compreender os modos de produção dos corpos-sujeitos operados pelo funcionamento da máquina bipolar capitalista, para então pensar e experimentar estratégias, não só de resistência, mas de destituição desse regime.”

 




16. Honrar o habitus, apagar os corpos: uma fofoca carnavalizante sobre a história do Doutor Honoris Causa nas Faculdades de Direito públicas do Brasil




Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 

Autor: Antonio Lopes de Almeida

 



Trecho: “Minha escrita e meus escritos — sei que é injusto dizer que são meus, porque vivo roubando-lhes do dia a dia das pessoas acadêmicas e não acadêmicas — partem mais de coisas heterodoxas e periféricas que observo nas faculdades de Direito, nas conversas de mesa de bar e na vigilância das redes sociais do que das bibliotecas, das trocas de e-mails com pesquisadoras ou dos eventos acadêmicos. Por essa via, não acredito que esteja sendo incoerente com o que escrevi, mas mantenho a consciência de que venho de baixo e pretendo permanecer embaixo com os tipos marginais e sem relevância à primeira vista. Nessa linha, a fofoca é o melhor caminho ou méthodos para experenciar e narrar a marginalidade.”

 



17. Acumulação Capitalista, Regulação do Trabalho e Agronegócio no Brasil: uma Relação de Dependência e Subdesenvolvimento




Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 

Autora: Yasmin Silveira Martins

 



Trecho: “É imprescindível a compreensão de que o agronegócio fomenta o subdesenvolvimento do Brasil, ao contrário do desenvolvimento que o setor e seus ideólogos/patrocinadores garantem. Destaca-se que isso ocorre justamente para viabilizar a acumulação de capitais por parte dos gigantes proprietários do setor agropecuário. E o que permite tal acumulação é, necessariamente, o próprio desenvolvimento do modo de produção capitalista, que em sua dinâmica evolutiva forjou o desenvolvimento de determinados países às expensas do desenvolvimento de outros.”



 





18. O aborto como instrumento de biopolítica




Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino:  Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

 

Autora: Ana Maria Meinberg de Moraes

 

Trecho:“O discurso religioso segue presente no Brasil (e no mundo) e demonstra força na esfera política e legislativa. O extremismo religioso pode agravar, ainda mais, a situação da mulher como ser detentor de direitos e liberdades individuais, ao utilizar o discurso da mulher como fonte de pecado, agravado pelo discurso de assassinato de um ser humano (feto), que é sagrado.”

 



19. Decolonizando afetos: o reconhecimento jurídico das famílias poliafetivas




Curso: Mestrado em Direito

 

Instituição de Ensino:  Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

 

Autora: Livia Scopel Ribeiro Dini

 



Trecho: “A monogamia é tão somente a estrutura de um tipo de família, a matrimonial, introduzida no ordenamento pelo colonizador como instrumento de manutenção de seus próprios valores. Ao lado da família matrimonial, existem tantas outras que também são públicas, ostensivas e formada por laços de afetividade, sendo, portanto, merecedoras da tutela estatal.”



 






20. Cidade-armário, banheiros, cozinhas: histórias sobre brechas e gênero




Autor: Daniela de Oliveira Faria

 

Curso: Mestrado em Arquitetura e Urbanismo

 

Instituição de Ensino: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 







Trecho: “Mobilizo o armário-objeto para desconstruir o armário-simbólico e as dicotomias que o cercam, mostrando que essa analogia, que é fundante para o pensamento sobre a sexualidade, é limitada, colonial e binariamente opressora. O armário não passa de um delimitador contraditório e paradoxal entre dentro e fora, entre segredo e revelação, entre homossexual e heterossexual, e entre o que está aparente ou escondido.”




Fonte:https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/20-teses-insolitas-que-acabaram-sair-forno-universidades-brasil/






Conclusão  




Respeitar minorias e garantir a liberdade de expressão são pilares indispensáveis de uma sociedade democrática e plural. No entanto, há uma diferença abissal entre defender direitos e impor uma agenda ideológica travestida de ciência. Quando o espaço acadêmico deixa de ser o berço do pensamento crítico e passa a funcionar como fábrica de narrativas e slogans políticos, algo essencial se perde: a credibilidade do saber.  O dinheiro público, que deveria fomentar descobertas, inovação e soluções reais para os problemas do país, é desviado — não necessariamente em corrupção explícita, mas em algo ainda mais danoso: a banalização do conhecimento. A universidade, que deveria ser farol do pensamento racional, torna-se palco de experimentos sociológicos de gosto duvidoso, onde o rigor metodológico é trocado por militância emocional e pautas identitárias repetidas à exaustão.  E, como se não bastasse, essa produção pseudo-intelectual ganha megafone: ecoa nas redações, nas telas, nos palcos e nas redes sociais, alimentando um ciclo de desinformação disfarçada de erudição. O resultado é uma cultura distorcida, na qual o mérito é ridicularizado, a objetividade é tachada de opressão e o contribuinte é transformado em patrocinador involuntário da decadência.  Em última instância, o problema vai muito além do mau uso de recursos: trata-se de uma erosão silenciosa do espírito crítico nacional. Quando a universidade abdica de seu papel de produzir conhecimento verdadeiro para se tornar um altar de causas ideológicas, o país inteiro empobrece — moral, intelectual e culturalmente. E, no fim das contas, o trabalhador que sustenta essa engrenagem é quem paga a conta, assistindo impotente ao colapso daquilo que um dia foi sinônimo de prestígio e excelência acadêmica.






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Blog educativo e formativo inspirado em 1Pd 3,15, dedicado à defesa da fé e à evangelização. Nele somos apenas o jumentinho que leva Cristo e sua verdade aos povos, proclamando que Ele é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14,6) e que sua Igreja é a coluna e sustentáculo da verdade (1Tm 3,15). Nossa Missão: promover a educação integral da pessoa, unindo fé, razão e cultura; fortalecer famílias e comunidades por meio da formação espiritual e intelectual; proclamar a verdade revelada por Cristo e confiada à Igreja. Nossa Visão: ser um espaço de evangelização que ilumina também os campos social, político e econômico, mostrando que fé e razão caminham juntas, em defesa da verdade contra ideologias que afastam de Deus. Áreas de Estudo: Teologia: mãe de todas as ciências. Filosofia: base da razão e da reflexão. Política: análise crítica de governos e ideologias à luz da fé. Economia: princípios éticos e cristãos aplicados à vida financeira. Rejeitamos uma imagem distorcida e meramente sentimentalista de Deus, proclamando o verdadeiro Deus revelado em Jesus Cristo. Nosso lema é o do salmista: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória” (Sl 115,1).

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